quarta-feira, 1 de agosto de 2018

CRÔNICA: O MENINO E O ARCO-ÍRIS - FERREIRA GULLAR - COM GABARITO

Crônica: O menino e o arco-íris
            Ferreira Gullar

        Era uma vez um menino curioso e entediado. Começou assustando-se com as cadeiras, as mesas e os demais objetos domésticos. Apalpava-os, mordia-os e jogava-os no chão: esperava certamente uma resposta que os objetos não lhe davam. Descobriu alguns objetos mais interessantes que os sapatos: os copos – estes, quando atirados ao chão, quebravam-se. Já era alguma coisa, pelo menos não permaneciam os mesmos depois da ação. Mas logo o menino (que era profundamente entediado) cansou-se dos copos: no fim de tudo era vidro e só vidro.
        Mais tarde pôde passar para o quintal e descobriu as galinhas e as plantas. Já eram mais interessantes, sobretudo as galinhas, que falavam uma língua incompreensível e bicavam a terra. Conheceu o peru, a galinha d´Angola e o pavão. Mas logo se acostumou a todos eles, e continuou entediado como sempre.
        Não pensava, não indagava com palavras, mas explorava sem cessar a realidade.
        Quando pôde sair à rua, teve novas esperanças: um dia escapou e percorreu o maior espaço possível, ruas, praças, largos onde meninos jogavam futebol, viu igrejas, automóveis e um trator que modificava um terreno. Perdeu-se. Fugiu outra vez para ver o trator trabalhando. Mas eis que o trabalho do trator deu na banalidade: canteiros para flores convencionais, um coreto etc. E o menino cansou-se da rua, voltou para o seu quintal. 
        O tédio levou o menino aos jogos de azar, aos banhos de mar e às viagens para a outra margem do rio. A margem de lá era igual à de cá. O menino cresceu e, no amor como no cinema, não encontrou o que procurava. Um dia, passando por um córrego, viu que as águas eram coloridas. Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!
        Desde então, todos os dias dava um jeito de ir ver as cores do córrego. Mas quando alguém lhe disse que o colorido das águas provinha de uma lavanderia próxima, começou a gritar que não, que as águas vinham do arco-íris. Foi recolhido ao manicômio.
        E daí?
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris. São Paulo: Ática, 2001. p. 5.

Entendendo a crônica:
01 – Identifique:
Título: O menino e o arco-íris.
Autor: Ferreira Gullar.

02 – “Mas logo se acostumou a todos eles”. O termo em destaque refere-se no texto a:
(A) animais no quintal.                          
(B) cadeiras e mesas. 
(C) sapatos e copos.                            
(D) jogos de azar.

03 – Pode-se concluir que o tema do texto é:
(A) a curiosidade.                                
(B) a insatisfação.         
(C) a natureza.                                   
(D) a saudade.

04 – De acordo com o texto, o menino procurava, desde criança, por:
(A) alguma coisa surpreendente.            
(B) galinhas e plantas interessantes.
(C) um arco-íris.                                   
(D) banhos de mar.

05 – “E daí?” A frase final do texto demonstra que a opinião do narrador sobre o destino do menino é de:
(A) pena e desespero.                                 
(B) simpatia e aprovação.
(C) indiferença e conformismo.                     
(D) esperança e simpatia.

06 – “Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!”
No trecho, os sinais de pontuação empregados assinalam:
(A) o tédio do menino.                                
(B) a surpresa do menino.
(C) a dúvida do narrador.                            
(D) o comentário do narrador.

07 – Esse texto é:
(A) uma crônica      
(B) uma notícia  
(C)  informativo       
(D) fábula

08 – Como você descreveria o menino?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Por que o menino sempre abandonava as coisas que encontrava?
      Porque ele cansava e queria coisas novas.  

10 – Comente sobre o desfecho do texto, dando sua opinião.
      Resposta pessoal do aluno.




  

CONTO: O SOLDADINHO DE CHUMBO - ADAPTADO POR SONIA SANTOS E RICARDO DOMINGOS - COM GABARITO


CONTO: O Soldadinho de Chumbo


        Numa loja de brinquedos havia uma caixa com vinte e cinco soldadinhos de chumbo todos iguais, menos um, ao qual faltava uma perna. Um dia a caixa foi dada de presente a um menino, que ficou maravilhado e logo colocou os soldadinhos em ordem junto ao parapeito da janela. Daí o soldadinho conseguia ver todos os outros brinquedos, entre os quais uma bailarina que estava à porta de um grande castelo de cartão. A bailarina era muito bonita, tinha os braços erguidos em arco sobre a cabeça e uma das pernas dobrada para trás, tão dobrada, mas tão dobrada, que acabava escondida pela saia. O soldadinho apaixonou-se imediatamente e pensou que, tal como ele, aquela menina tão linda tivesse uma perna só.
        Um dia, o menino, ao arrumar os brinquedos, deixou que o soldadinho caísse para a rua. O menino foi a correr procurá-lo mas não o encontrou. Pouco depois passaram outros meninos. Um deles viu o soldadinho de chumbo e exclamou: “Um soldadinho!
        Será que alguém o atirou fora porque ele está partido?” “E que vamos fazer com um soldadinho só? Precisaríamos pelo menos de meia dúzia para fazer uma batalha”, disse o outro rapaz. “Tenho uma ideia”, disse o primeiro. “Vamos colocá-lo num barco e mandá-lo dar a volta ao mundo”. E assim foi. Construíram um barquinho com uma folha de jornal, colocaram o soldadinho dentro e soltaram o barco para navegar na água que corria pela sarjeta.
        Apoiado na sua única perna, com a espingarda ao ombro, o soldadinho de chumbo procurava manter o equilíbrio. Com o coração a bater fortemente, o soldadinho voltava todos os seus pensamentos para a bailarina, que talvez nunca mais voltasse a ver. A água ganhou mais corrente e o barquinho de papel andou com mais força. A água caía em cascata para um lago. O soldadinho tentou equilibrar-se mas o barquinho deu um salto e caiu no rio. O barquinho virou e o soldadinho de chumbo afundou-se.
        Mal tinha chegado ao fundo, apareceu um enorme peixe que, ao vê-lo, o engoliu. O soldadinho estava numa imensa escuridão mas não deixava de pensar na sua amada. Passou-se muito tempo e de repente a escuridão desapareceu. O peixe tinha sido pescado por um senhor e a sua mulher, ao limpá-lo, tirou o soldadinho da barriga do peixe e deu-o ao seu filho para ele juntar aos outros soldadinhos que tinha no quarto.
        O menino fez uma grande festa porque era o soldadinho que tinha caído na rua. Juntou-o aos outros na janela, de onde podia ver sempre a sua bailarina.

         Texto adaptado por Sónia Santos e Ricardo Domingos.
   Porto, Cristina. O Soldadinho de Chumbo. São Paulo: Moderna, 1997.

Entendendo o texto:
01 – Qual é o título da história?
      O Soldadinho de Chumbo.

02 – De que o texto fala?
      Fala de um soldado que se perdeu da coleção de um menino.

03 – Quando começa a história?
      Começa numa loja de brinquedos.

04 – Por que o Soldadinho caiu da janela?
      Porque o menino estava arrumando eles e deixou cair para a rua.

05 – Quem encontrou o Soldadinho de Chumbo primeiro?
      Um dos meninos que estava passando pela rua.

06 – O que os meninos fizeram para o Soldadinho de Chumbo?
      Os meninos fizeram um barco de papel colocaram o soldado dentro, para dar a volta ao mundo.

07 – Quem se aproximou do Soldadinho de Chumbo e o engoliu?
      Um peixe enorme.

08 – Quem caiu na rede do pescador?
      Foi o peixe que tinha engolido o soldado.

09 – De que forma o Soldadinho voltou para casa?
      Quando o pescador limpou o peixe, achou o Soldadinho de Chumbo e deu ao seu filho. Para juntar aos outros soldados.

10 – Como termina a história?
      Com a felicidade do menino, porque era o soldadinho que ele tinha perdido.

11 – Por que a história foi denominada “Soldadinho de Chumbo”?
      Porque o personagem era um soldado de chumbo.

12 – Qual o sentimento que o Soldadinho sentia pela bailarina?
     O Soldadinho de Chumbo, apaixonou imediatamente pela bailarina.

13 – Qual o autor dessa história?
a)   Companhia das Letrinhas.
b)   Hans Christian Andersen
c)   O Soldadinho de Chumbo.

14 – De acordo com o texto, O Soldadinho de Chumbo, foi engolido por:
a)   Um tubarão feroz.
b)   Um peixe grande e guloso.
c)   Uma rede de pescador.

15 – Quando o narrador fala que o Soldadinho era cotó, que dizer:
a)   O Soldadinho tinha uma perna só.
b)   O Soldadinho era pequeno.
c)   Ele tinha perna curta.

16 – Na frase: “Enquanto eles vão brincando, o relógio da parede, meia noite, está marcando.” A palavra em destaque se refere a:
a)   Brinquedos.
b)   Bonecas.
c)   Feiticeiro.

17 – Por que o Soldadinho quase morre de susto?
      Quando ele foi engolido pelo peixe, achava que nunca mais iria ver a bailarina.

18 – A que gênero textual pertence este texto?
      (X) Contos de fadas.
      (  ) Fábula.
      (  ) Lendas.
19 – Qual o personagem principal da história?
      O Soldadinho de Chumbo.

20 – A história que você leu, é narrado por:
     (X) Um narrador.     (   ) Um soldadinho.    (   ) Um feiticeiro.





ENTREVISTA: LAZER X CRISE ECONÔMICA - JORGE ERTHEIN - FERNANDA OSHIRO - COM GABARITO

Entrevista: Lazer x Crise Econômica

                  Na crise, enquanto os trabalhadores só pensam em não perder o emprego, alguns patrões consideram que o melhor aproveitamento do tempo livre traz como consequência, melhor rendimento no trabalho.

        Para o sociólogo argentino Jorge Werthein, representante da Unesco (Órgão ligado à Organização das Nações Unidas – ONU) no Brasil, em época de desemprego, falar em lazer e tempo livre é problemático. Nesta entrevista, ele se mostra esperançoso quando declara que “o tempo livre que decorre do trabalho digno não pode ser visto como condenação ao desemprego.”

      --- O senhor acredita que os avanços tecnológicos, que teoricamente proporcionam às pessoas mais tempo fora do trabalho, representam um avanço no aproveitamento do tempo livre?
        Por outro lado, representa avanço, sim, na medida em que pode ampliar o tempo livre, possibilitando o exercício da criatividade e da realização pessoal. Por outro lado, só a menor parte da população trabalhadora se beneficia do tempo livre, o que representa um problema e uma limitação.

        --- Qual deve ser a orientação para que o tempo livre seja melhor aproveitamento?
        Muitos estudiosos proclamam o trabalho como necessidade humana básica. Nessa perspectiva, o tempo livre é definido como um modo de recuperar as forças produtivas, ou seja, descansar para poder produzir. O declínio do emprego, por causa do avanço da ciência e da tecnologia e dos modelos de desenvolvimento que a gente vê – que concentram decisões tecnológicas e lucros, começa a abalar os padrões da livre concorrência. E o tempo livre também pode ser visto como um produto do sistema capitalista, como objeto de exploração capitalista.

        --- De que maneira isso ocorre?
        Pela propaganda de valores que tenham efeitos positivos no aumento da produção e do consumo. Mas é preciso reconhecer que é parcial, pois não considera a própria luta histórica dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho. De mais de setenta horas semanais de trabalho em meados do século passado, a jornada em muitos países já está hoje abaixo de quarente horas. Essa conquista dos trabalhadores permitiu o desenvolvimento de uma cultura do lazer. As pessoas comuns passaram a ter acesso a determinados bens da civilização antes reservados apenas às camadas dominantes da sociedade. Ao mesmo tempo, surgiram inúmeras instituições sociais promotoras do lazer que imprimiram uma dimensão cultural ao tempo livre. Mas essa dimensão do lazer começa a sofrer os primeiros reveses, pois o processo de globalização aumenta sua velocidade, os modos de produção mudam e a crise do desemprego aumenta e se universaliza.

        --- Existe um preconceito que marginaliza o tempo livre como fator negativo para o desenvolvimento das pessoas. Ainda se relaciona tempo livre com o ócio?
        O tempo livre só será negativo na medida em que se reduzir a uma sociedade de consumo. Quem vê o tempo livre apenas como ócio esquece-se de que a própria Declaração Universal dos Direitos do Homem. Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive à limitação razoável das horas de trabalho e a férias periódicas remuneradas.

        --- Por causa das jornadas excessivas de trabalho, tempo gasto na condução, entre outros fatores, os trabalhadores não conseguem adquirir crescimento cultural. Como corrigir essa defasagem?
        O crescimento cultural dos excluídos representa um dos maiores desafios do nosso tempo. Só uma nova ética das relações internacionais, que permita a redução das desigualdades entre os povos, poderá viabilizar o retorno da dimensão humana do desenvolvimento.

        --- Como a Unesco interpreta a questão do lazer; do trabalho e do tempo livre? O mundo atual mostra preocupação com essas questões?
        A Unesco luta incessantemente em várias frentes para que os direitos humanos sejam respeitados. Luta por um direito que tenha compromisso com a ética e não com a futilidade e a vida sem sentido, banalizada.
        Todos os compromissos da Unesco têm algum tipo de relação com o problema do desemprego e do tempo livre. Educação, ciência, cultura, direitos humanos, tudo isso envolve, de alguma maneira, a questão do trabalho e do lazer. Todo o esforço da Unesco, desde quando foi criada, logo após a Segunda Guerra Mundial, tem sido no sentido de promover a paz e a justiça social por meio de diversas formas de intercâmbio científico e cultural e compromissos públicos entre seus Estados-membros.

        Entrevista concedida pelo Sociólogo argentino Jorge Werthein à Fernanda Oshiro, para a revista Sesc número 18

TEXTO: OS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA E O LAZER - PUBLICADO PELA APABB - COM GABARITO


Texto: Os Portadores de Deficiência e o Lazer
      
  Privadas de outros direitos fundamentais, as pessoas portadoras de deficiência quase não têm oportunidades de vivenciar o lazer, seja por falta de opções ou porque são impedidas de fazerem escolhas – até mesmo pela própria família.

        O professor Vinícius Saviolli, coordenador de lazer, recreação e esportes na APABB – Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade Associação dos Pais e Amigos do Banco do Brasil, em São Paulo, acha muito importante o lazer sem fins terapêuticos para pessoas portadoras de deficiência: “A vida de uma pessoa portadora de deficiência é toda ela um processo de reabilitação. Dessa forma, o lazer sem fins terapêuticos faz, inclusive, com que melhore o rendimento nas terapias realizadas durante a semana, além de melhorar a autoestima.”

        Conquistando afeto e inclusão

        Por meio de uma série de eventos de lazer, como tardes no clube, danceterias, passeios e festas, as famílias da APABB puderam perceber a importância dessas atividades para o desenvolvimento dos seus filhos, e a demanda cresceu, como conta Vinícius Saviolli. “As atividades de lazer, sobretudo os acampamentos, começaram a dar espaço para os portadores de deficiências se colocarem, terem iniciativas autônomas, tornando-o mais independentes. Partimos do pressuposto que esses jovens podem fazer tudo, dentro de uma proposta de lazer descompromissada com o desempenho ou metas, com o único objetivo de dar satisfação.”

        Projeto Carona

        Outra experiência com recreação para portadores de deficiência que está dando certo é o Projeto Carona, também em São Paulo. Inicialmente, o serviço oferecido era o transporte de pessoas com limitações físicas. Por solicitação de pais que tinham dificuldades de levar os filhos com deficiências para participar de programas culturais e de lazer, os organizadores começaram a desenvolver esse lado e, hoje, realizam passeios e acampamentos em grupo todos os finais de semana.
        As resistências iniciais, quase sempre por parte dos pais, são semelhantes às que acontecem na APABB, nas primeiras vezes que os filhos participam sozinhos do programas. “Eles descobrem coisas que podem fazer sem os pais, descobrem que podem divertir-se longe das famílias”, conta Roque Jose da Rocha Filho, responsável pela área de recreação do Projeto Carona. “A partir daí, a família percebe que a superproteção é desnecessária, que o filho tem capacidades que desconhecia.”
        Fazendo amigos
        “Quando a proposta é voltada para a satisfação do grupo, começam a se estabelecer relações de amizade, que é uma das dificuldades da vida desses adolescentes e jovens”, ressalta Vinícius. “Eles começam a sair juntos, telefonar-se, trocar informações, angústias e alegrias. Nos acampamentos as relações são intensas, o tempo todo quebrando a rotina rígida a que normalmente estão submetidos. No Projeto Carona também surgem amizades e namoros, como em qualquer turma de jovens. “Formamos grupos heterogêneos e eles se dão superbem. Os menos comprometidos acabam ajudando os outros, querem acompanhar os monitores, criando um clima saudável.” Roque destaca ainda o papel importante do papel desse trabalho na inclusão social. “Uma coisa é sabermos que os portadores de deficiência existem, outra, é vê-los num show, num teatro, passeando. Os empresários de lazer também já os descobriram como clientes em potencial que, quando bem atendidos, retornam. Às vezes, a sociedade não os inclui porque nem os vê, pois a própria família promove a exclusão.”
        O processo de inclusão social também é ressaltado por Vinícius. “O domínio de regras e comportamentos específicos necessários às propostas recreativas em geral estimula a autoconfiança para que a pessoa portadora de deficiência busque, espontaneamente, participar das atividades de lazer existentes na comunidade”, diz o coordenador. “Tornando-se útil e participativa, ela obtém de seu grupo social reconhecimento, respeito e afeto. Consequentemente, torna-se agente ativo no processo de inclusão social.”

                    Publicado pela APABB – Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade.

Entendendo o texto:
01 – Qual o título do texto?
      Os Portadores de Deficiência e o Lazer.

02 – Quais os direitos fundamentais, privados aos portadores de deficiências?
      Os deficientes quase não tem oportunidades de vivenciar o lazer, seja por falta de opções ou até mesmo pela própria família.

03 – Quem é o coordenador de lazer, recreação e esportes na APABB? E o que significa esta sigla?
      O Professor Vinícius Saviolli. APABB – Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de funcionários do Banco do Brasil.

04 – Qual a visão do professor Vinícius Saviolli, com relação aos deficientes?
      “A vida de uma pessoa portadora de deficiência é toda ela um processo de reabilitação. Dessa forma, o lazer sem fins terapêuticos faz, inclusive, com que melhore o rendimento nas terapias realizadas durante a semana, além de melhorar a autoestima.”

05 – Por meio de uma série de eventos de lazer, como; tardes no clube, danceterias, passeios e festas, qual é a visão do professor que vem conquistando afeto e inclusão?
      “As atividades de lazer, sobretudo os acampamentos, começaram a dar espaço para os portadores de deficiências se colocarem, terem iniciativas autônomas, tornando-o mais independentes. Partimos do pressuposto que esses jovens podem fazer tudo, dentro de uma proposta de lazer descompromissada com o desempenho ou metas, com o único objetivo de dar satisfação.”

06 – O que significa Projeto Carona?
      É o serviço oferecido para transportar as pessoas com limitações físicas.

07 – Quem é a pessoa responsável pela área de recreação do Projeto Carona?
      É Roque José da Rocha Filho.

08 – Qual é a visão da família, a partir da primeira vez que seus filhos participam sozinhos dos programas?
      “A partir daí, a família percebe que a superproteção é desnecessária, que o filho tem capacidades que desconhecia.”

09 – De acordo com o Projeto Carona, qual é a dificuldade dos adolescentes e jovens antes de conhecerem o projeto?
      Fazer amizade, sentir-se vivo, e sonhar com o futuro.

10 – No Projeto Carona, também surge amizades e namoro, como em qualquer turma de jovens, qual é o procedimento do projeto?
     “Formamos grupos heterogêneos e eles se dão superbem. Os menos comprometidos acabam ajudando os outros, querem acompanhar os monitores, criando um clima saudável.”

11 – De acordo com o Sr. Roque, qual é o papel importante desse trabalho na inclusão social?
      “Uma coisa é sabermos que os portadores de deficiência existem, outra, é vê-los num show, num teatro, passeando. Os empresários de lazer também já os descobriram como clientes em potencial que, quando bem atendidos, retornam. Às vezes, a sociedade não os inclui porque nem os vê, pois a própria família promove a exclusão.”

12 – O processo de inclusão social também é ressaltado por Vinícius, qual é o seu parecer?
     “O domínio de regras e comportamentos específicos necessários às propostas recreativas em geral estimula a autoconfiança para que a pessoa portadora de deficiência busque, espontaneamente, participar das atividades de lazer existentes na comunidade”.

13 – De que maneira, o Projeto Carona, se tornam mais úteis e reconhecida?
      “Tornando-se útil e participativa, ela obtém de seu grupo social reconhecimento, respeito e afeto. Consequentemente, torna-se agente ativo no processo de inclusão social.”

TEXTO: DO POVO PARA O POVO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: Do Povo para o Povo

          Serviço Público é aquele que é instituído, mantido e executado pelo estado, com o objetivo de atender aos seus próprios interesses e de satisfazer às necessidades coletivas.

        A concessão pública é contrato bilateral onde os contratantes assumem obrigações recíprocas e que não podem as partes, impunemente, deixar de cumprir. A Concessão quase sempre é outorgada com privilégio de exploração de monopólio e nesta hipótese, principalmente, deve ser examinado com cuidado o cumprimento das obrigações e o respeito às tarifas.
        Água
        No caso da água, o poder concedente é o município, mas as tarifas são fixadas pelo concessionário, que se submete apenas ao poder público estadual, que é o seu acionista majoritário.
        A tarifa de água não é fixada em razão do seu custo em cada um dos municípios, mas, diferentemente, é fixada em razão dos interesses políticos regionais ou simplesmente com base na capacidade econômico financeira de determinadas regiões.
        É notório que em algumas comunidades as tarifas não remuneram o verdadeiro custo da água, mas é também notório que em algumas comunidades a tarifa é extraordinariamente elevada para compensar o déficit de algumas regiões.
        Poderíamos até imaginar que seria justo que alguns consumidores mais ricos pagassem mais para que outros, mais pobres, pagassem menos. Mas não é este modelo correto da distribuição da renda, pois os nivelamentos não são em relação aos consumidores, pobres ou ricos, mas em razão da renda regional, que não exclui a existência de consumidores muito pobres em comunidades ricas e consumidores ricos em comunidades pobres.
        E mais, nas relações de consumo, o correto é que se pague o justo valor pelo produto que consome e não o valor ideal mensurado por interesses políticos, pela estatística ou pelos números da economia.
        Os investimentos e a cobertura do déficit regional não são obrigações do consumidor de serviços públicos essenciais, e sim responsabilidade governamental amparada pelas dotações orçamentárias.
        As tarifas de esgotos são cobradas do consumidor sem que efetivamente sejam prestadas. É que a concessionária apenas coleta o esgoto, sem efetivamente trata-lo para manter o equilíbrio do meio ambiente. Entretanto, a tarifa de esgotos chaga a custar ao consumidor um valor equivalente a 100% do valor da água consumida.
        Ainda assim, em muitos casos o esgoto coletado em um determinado local é canalizado para os rios, já mortos, poluído e levando doenças a milhares de pessoas esquecidas de que pagaram caro para o tratamento do esgoto, mas têm de suportá-lo como castigo por ter sua cidadania ignorada.
        Ora, o certo é que o consumidor de serviços públicos no Brasil ainda tem muito que aprender e exigir; somente depois desse avanço e da consciência cidadã é que poderemos avaliar a perfeição e eficiência dos concessionários e a responsabilidade e capacidade dos dirigentes dos poderes concedentes.

        Energia Elétrica
        O fornecimento de energia elétrica no Brasil não é diferente do setor de água e esgotos ou de telefonia. Embora tenhamos o privilégio de ter uma das melhores companhias de eletricidade do Brasil, não podemos desconhecer que os seus vícios são muitos, e o maior pecado é a ausência de organismos que acompanhem e fiscalizem a qualidade e regularidade da energia bem como a justa tarifa.
       As oscilações de tensão são fatores determinantes na duração e conservação dos nossos equipamentos e instalações elétricas e dos eletrodomésticos.
        Não se pode aceitar ainda o silêncio das concessionárias de energia elétrica quando é sabido que os industriais e os distribuidores deixam de fornecer no mercado lâmpadas incandescentes próprias e recomendadas para a tensão nominal da energia distribuída, quando é lógico, há ônus para o consumidor em razão da durabilidade das lâmpadas e com relação ao consumo de energia.
        Na verdade, as concessionárias pedem redução no consumo de energia em determinados momentos de alta demanda, mas se calam quando o aumento de consumo se projeta para a maioria do tempo quando há abundância de energia.

        Telecomunicações
        Seria ótimo para o consumidor saber que o sistema de telecomunicações cresceu mais que qualquer outro segmento empresarial no Brasil, que é uma das atividades mais rentáveis do mundo e que caminhamos para um processo de privatização que já é, de longe, o mais disputado do planeta.
        Mas a vontade de fazer crescer este segmento de forma desenfreada, sem respeito ao assinante e em absoluto alheamento ao cidadão, criou-se uma série de “pseudo” serviços, meros apelos sexuais, absolutamente imorais, destinados principalmente aos menores e aos serviçais, que onerariam a conta do assinante sem que este pudesse ter conhecimento do seu prejuízo.
        Isso tudo à revelia da lei e dos assinantes, como justificativa apenas a ambição pelos lucros políticos e a voracidade pelos lucros financeiros.
        Enfim, o assinante que nada sabe, descobre que a concessionária dos serviços de telecomunicações assinou um contrato com terceiros, comprometendo-se a chantagear o assinante com a cobrança de dívidas de terceiros nas contas de serviços telefônicos. E isso sem que o consumidor autorizasse formalmente.
        Enquanto isso, a televisão e demais veículos de comunicação despejam uma campanha publicitária dirigida exatamente aos não-assinantes de linhas telefônicas, estimulando-os a contrair dívida em nome do titular.
        É uma aberração que não tem precedentes na história e que, espera-se, a justiça venha corrigir de forma exemplar, até como forma de desestimular a exploração animalesca do sexo dirigido a menores e a doentes mentais.
        Enfim, o que a sociedade espera dos serviços públicos e dos concessionários é que finalmente se descubra que os serviços públicos se destinam ao cidadão e nunca contra o cidadão.
                                  Extraído do site: www.consumidorbrasil.com.br

Entendendo o texto:
01 – Qual é o título do texto?
      Do Povo para o Povo.

02 – O que é o Serviço Público; e qual o seu objetivo?
      É aquele que é instituído, mantido e executado pelo Estado, com o objetivo de atender aos seus próprios interesses e de satisfazer às necessidades coletivas.

03 – Conforme o texto; o que é Concessão Pública?
      É o contrato bilateral onde os contratantes assumem obrigações recíprocas e que não podem as partes, impunemente, deixar de cumprir.

04 – A concessão quase sempre é outorgada com privilégio de exploração de monopólio; em que devemos ficar atentos?
      Devemos examinar com cuidado o cumprimento das obrigações e o respeito às tarifas.

05 – Quais são os serviços essenciais, fornecido pelo Estado, para a coletividade?
      Temos: a água e esgoto, a energia elétrica, a telecomunicações, etc.

06 – No caso da água, de quem é o poder coa-cedente e por quem é fixadas as tarifas?
      É o município e as tarifas são fixadas pela concessionária.

07 – De que maneira, a concessionária, é feito a cobrança, sendo que há regiões que não remuneram o custo do serviço?
      A concessionária eleva a tarifa em outras regiões para repor as perdas.

08 – De acordo com o texto, existe diferença nas tarifas entre ricos e pobres? Justifique.
      Não. Porque a cobrança é feita pela renda da região.

09 – Para você, qual seria a tarifa justa?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – De quem é a responsabilidade, pelos investimentos e a cobertura do déficit regional?
      A responsabilidade é do Estado, amparada pelas dotações orçamentárias.

11 – A tarifa de esgoto é cobrado do consumidor junto com a tarifa da água, a concessionária faz o tratamento adequado, qual é o valor cobrado?
      A concessionária apenas coleta o esgoto se, efetivamente trata-lo para manter o equilíbrio do meio ambiente. E o valor cobrado é de 100% do valor da água.

12 – No Brasil, embora temos o privilégio de ter uma das melhores companhias de eletricidade, qual é o problema existente?
      O maior pecado é a ausência de organismos que acompanhem e fiscalizem a qualidade e regularidade da energia bem como a justa tarifa.

13 – Qual é o problema que a oscilações de tensão nós traz?
      É a duração e conservação dos nossos equipamentos e instalações elétricas e dos eletrodomésticos.

14 – Por que os industriais e os distribuidores deixam de fornecer no mercado lâmpadas incandescentes próprias e recomendadas para a tensão nominal da energia distribuída?
      Porque o consumidor iria utilizar aquelas que teriam maior durabilidade e menor consumo de energia. Do qual não é vantajoso para as concessionárias.

15 – De acordo com o texto, qual é a colocação ocupada pela telecomunicação, entre os serviços prestados pelo Estado?
      A telecomunicações cresceu mais que qualquer outro segmento no Brasil, tornando-se a mais rentável do mundo.

16 – Quais as consequências, que o crescimento desenfreado das telecomunicações, trouxe para seus consumidores?
      Criou uma série de serviços ruins, como: meros apelos sexuais, absolutamente imorais, destinados aos menores e aos serviçais.

17 – Qual é a consequência que traz a televisão e os veículos de comunicação, quando despejam uma campanha publicitária dirigida a não-assinantes, a contrair dívida em nome do titular?
      É uma aberração que não tem precedentes na história, espera-se que a Justiça venha corrigir de forma exemplar, como forma de desestimular a exploração do sexo dirigido a menores e a doentes mentais.

18 – O que a sociedade espera dos Serviços Públicos e das concessionárias?
      Esperam que os Serviços Públicos se destinam ao cidadão e nunca contra o cidadão.