quarta-feira, 29 de setembro de 2021

PROPAGANDA: INFÂNCIA LIVRE DE CONSUMISMO - COM GABARITO

 Propaganda: Infância Livre de Consumismo

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUiGwJ-SlBjpuVwliU_EcNI1qjd1o6yFQrdfNsAn4vuMmzp_8xCaUFhNUyM7QY9I9JOCjWJj5kBqVRA-VLdrhRWTKZvQhgFiqAnh5pafyIfnJuz6TXOGcIhueq-SfL21Akjqsv9Nt8OJI/s225/DIA+DAS+CRI.


Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 179.

Entendendo a propaganda:

01 – Essa propaganda está vendendo algum produto ou serviço? Justifique.

      Ela não está vendendo nada, não há qualquer produto sendo anunciado.

02 – Toda propaganda tem um público-alvo, ou seja, é dirigida a uma parcela específica da população. A quem se dirige essa propaganda?

      Aos pais com filhos ainda na infância.

03 – Releia o trecho a seguir:

        “No dia das crianças, dê menos presente e mais presença.”

a)   Em seu caderno, copie do trecho duas palavras que são semelhantes na escrita e na pronúncia.

“Presente” e “presença”.

b)   Que efeito o uso dessas duas palavras gera no texto?

O uso dessas duas palavras próximas uma da outra gera um efeito sonoro e de sentido que chama a atenção do leitor.

04 – Que palavras utilizadas no texto fazem pedidos, apelos ao leitor?

      “Dê” e “tire”.

05 – Qual é a mensagem veiculada nessa propaganda?

      A mensagem de que em vez de dar presentes, os pais deveriam se fazer mais presentes na vida dos filhos. Essa ação já seria um presente para eles. 






TEXTO: OS PSICO-HISTORIADORES 4 (FRAGMENTO) - ISAAC ASIMOV - FUNDAÇÃO - COM GABARITO

 Texto: Os psico-historiadores 4 (Fragmento)


Capitulo 4.

        – Boa tarde, senhor – disse Gaal. – Eu... Eu...

        – Você não achava que fôssemos nos ver antes de amanhã? Normalmente, não mesmo.  É que, se formos utilizar seus serviços, precisamos trabalhar rápido. Está ficando cada vez mais difícil obter recrutas.

        – Não estou entendendo, senhor.

        – Você estava conversando com um homem na torre de observação, não estava?

        – Sim. O primeiro nome dele é Jerril. Não sei mais nada sobre ele.

        – O nome dele não é nada. Ele é agente da Comissão de Segurança Pública. Ele o seguiu desde o aeroporto.

        – Mas por quê? Sinto muito, mas estou muito confuso.

        – O homem da torre não disse nada a meu respeito?

        Gaal hesitou.

        – Ele se referiu ao senhor como Corvo Seldon.

        – Ele disse por quê?

        – Disse que o senhor prevê desastres.

        – E prevejo. O que Trantor significa para você?

        Todos pareciam estar perguntando sua opinião sobre Trantor. Gaal se sentia incapaz de responder outra coisa além da palavra “glorioso”.

        – Você disse isso sem pensar. E se usar a psico-história?

        – Não pensei em aplicá-la ao problema.

        – Antes de acabar seu trabalho comigo, jovem, aprenderá a aplicar a psico-história a todos os problemas de forma natural; observe – Seldon tirou sua calculadora do bolso do cinto. Diziam que ele guardava uma dessas debaixo do travesseiro, para usar em momentos de insônia. Seu acabamento cinza brilhante estava ligeiramente desgastado pelo uso. Os dedos ágeis de Seldon, cheios de manchas da idade, brincavam com arquivos e teclas que preenchiam sua superfície. Símbolos vermelhos despontavam na parte superior.

        – Isto representa a condição do Império atualmente – ele afirmou.

        Ficou esperando.

        Por fim, Gaal disse:

        – Certamente, isso não é uma representação completa.

        – Não, não é completa – disse Seldon. – Fico feliz por você não ter aceito minha palavra cegamente. Entretanto, é uma aproximação que servirá para demonstrar a proposição. Você aceita isso?

        – Se for submetida à minha verificação posterior da derivação da função, sim. – Gaal estava evitando, cuidadosamente, uma possível armadilha.

        – Ótimo. Adicione a isso a conhecida probabilidade de assassinato imperial, revoltas de vice-reis, a recorrência contemporânea de períodos de depressão econômica, a taxa cada vez menor de explorações planetárias, a...

        E continuou.  À medida que cada item era mencionado, novos símbolos ganhavam vida a seu toque, e se fundiam à função básica que se expandia e se modificava.

        Gaal só o interrompeu uma vez.

        – Não vejo a validade dessa transformação de conjunto.

        Seldon a repetiu mais devagar.

        – Mas isso – disse Gaal – é feito por meio de uma sócio-operação proibida.

        – Ótimo. Você é rápido, mas ainda não é rápido o bastante. Ela não é proibida nesta conexão. Deixe-me fazer isso por expansões.

        O procedimento demorou muito mais e, no final, Gaal disse, humildemente:

        – Agora percebi.

        Finalmente, Seldon parou.

        – Isto é Trantor daqui a três séculos. Como você interpreta isso? Hein? – inclinou a cabeça para o lado e ficou esperando.

        Gaal disse, sem acreditar:

        – Destruição total! Mas... Mas isso é impossível. Trantor nunca foi...

        Seldon estava repleto da intensa empolgação de um homem que só havia envelhecido no corpo.

        – Vamos, vamos. Você viu como se chegou ao resultado. Coloque isso em palavras. Esqueça o simbolismo por um momento.

        – À medida que Trantor se tornar mais especializado, vai se tornar mais vulnerável, menos capaz de se defender – disse Gaal. – Além disso, à medida que ele se torna, cada vez mais, o centro administrativo do Império, também se torna um prêmio maior. À medida que a sucessão imperial se tornar cada vez mais incerta e as rixas entre as grandes famílias crescerem mais, a responsabilidade social desaparece.

        – Chega. E a probabilidade numérica de destruição total em três séculos?

        – Não saberia dizer.

        – Mas certamente você sabe realizar uma diferenciação de campo?

        Gaal se sentiu sob pressão. Seldon não lhe ofereceu a calculadora. Ela estava sendo mostrada a uns trinta centímetros de seus olhos. Calculou furiosamente e sentiu a testa molhada de suor.

        – Cerca de 85%? – ele perguntou.

        – Não está mal ¾ disse Seldon, projetando o lábio inferior –, mas não está bom. A cifra correta é 92,5%.

        – E por isso o senhor é chamado Corvo Seldon? – disse Gaal. – Nunca vi nada disso nas publicações acadêmicas.

        – Mas é claro que não. Esse tipo de coisa não se publica. Você supõe que o Império poderia expor sua fragilidade dessa maneira? Esta é uma demonstração muito simples de psico-história. Mas alguns dos nossos resultados vazaram para a aristocracia.

        – Isso é ruim.

        – Não necessariamente. Tudo é levado em conta.

        -- Mas é por isso que estou sendo investigado?

        – Sim. Tudo a respeito do meu projeto está sendo investigado.

        – O senhor está em perigo?

        – Ah, sim. Há uma probabilidade de 1,7% de que eu seja executado, mas naturalmente isso não deterá o projeto. Também já levamos isso em consideração. Bem, não importa. Você me encontrará, suponho, na Universidade amanhã?

        – Sim – disse Gaal.

ASIMOV, Isaac. Fundação. Tradução Fabio Fernandes. São Paulo: Aleph, 2009, p. 26-28.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 19-22.

Entendendo o texto:

01 – O diálogo que você acabou de ler se inicia por uma fala aparentemente apreensiva de Gaal. Por que ele parece nervoso? Como o texto sinaliza esse sentimento?

      Gaal parece nervoso por estar finalmente conhecendo Hari Seldon e sua polêmica teoria. Para marcar essa hesitação e o sentimento apreensivo do personagem, são usadas repetições e reticências. Há também outro momento da narrativa em que o narrador sinaliza que ele parece responder às perguntas com cuidado por sentir que está prestes a cair em uma armadilha.

02 – Mesmo sem ler os dois capítulos que antecedem esse, sabemos, pelo diálogo entre os dois personagens, o que aconteceu com Gaal antes de conversar com Hari Seldon. De que modo?

      Para retomar os eventos anteriores, há uma parte da conversa em que Gaal responde a Hari que o nome do homem com o qual estava conversando é Jerril, e Hari afirma que aquele nome não é verdadeiro e que o homem, é na verdade, um agente da comissão de Segurança Pública que o estava seguindo.

03 – Podemos dizer que o conflito é uma parte da história em que surge uma tensão que obriga os personagens a modificarem seu trajeto e o modo como percebem a realidade. Um dos primeiros conflitos da história se anuncia nesse diálogo entre os personagens. Qual é esse conflito?

      Hari Seldon convida Gaal a fazer um cálculo matemático usando uma técnica chamada por ele de psico-história. Quando o jovem pesquisador começa a completar o cálculo, ele percebe que as contas parecem indicar que o império humano que colonizou quase toda a galáxia será destruído em poucos anos.

04 – Por que Hari Seldon foi apelidado de “Corvo Seldon”?

      Por desenvolver uma teoria que prevê catástrofes que culminarão na destruição do Império Galáctico construído pela humanidade (o corvo é considerado uma ave de mau agouro).

05 – Gaal aponta um aspecto como a principal causa dos problemas que farão com que o Império seja destruído. Qual fala nos ajuda a localizar essa informação?

      Essa informação encontra-se na seguinte fala de Gaal: “– À medida que Trantor se tornar mais especializado, vai se tornar mais vulnerável, menos capaz de se defender – disse Gaal. – Além disso, à medida que ele se torna, cada vez mais, o centro administrativo do Império, também se torna um prêmio maior. À medida que a sucessão imperial se tornar cada vez mais incerta e as rixas entre as grandes famílias crescerem mais, a responsabilidade social desaparece.” Gaal afirma que, entre as principais causas da ruína iminente do Império, estão o fato de a raça humana, de modo ganancioso, preocupar-se com a ampliação dos territórios colonizados sem considerar a responsabilidade social pelas pessoas que habitam esses lugares e a ganância das famílias dos imperadores, que farão de tudo para tomar o poder sem medir as consequências éticas de suas ações.

 

 

TEXTO: OS PSICO-HISTORIADORES (FRAGMENTO)- ISAAC ASIMOV - ENCICLOPÉDIA GALÁCTICA - COM GABARITO

 Texto: Os psico-historiadores (Fragmento)

       Hari Seldon – ...  Nascido no ano 11.988 da Era Galáctica: falecido em 12.069. As datas são mais conhecidas, em termos da atual Era da Fundação, como de – 79 a 1 E.F. Nascido numa família de classe média de Helicon, setor de Arcturus (onde seu pai, como reza uma lenda de autenticidade duvidosa, cultivava tabaco nas usinas hidropônicas do planeta), desde cedo revelou uma fantástica habilidade em matemática. Os relatos sobre sua habilidade são inumeráveis e, alguns deles, contraditórios. Dizem que, aos dois anos de idade, ele...

        ...  Sem dúvida, suas maiores contribuições foram no campo da psico-história. Quando Seldon começou, este campo era pouco mais do que um conjunto de axiomas vagos; ele o transformou numa ciência estatística profunda...

        ... A maior autoridade existente para saber detalhes de sua vida é a biografia escrita por Gaal Dornick que, quando jovem, conheceu Seldon dois anos antes da morte do grande matemático. A história do encontro...

Enciclopédia galáctica

Capitulo 1

        Seu nome era Gaal Dornick, e ele era apenas um caipira que nunca havia visto Trantor antes. Isto é, não na vida real. Ele já o vira muitas vezes em hipervídeo e, ocasionalmente, em incríveis reportagens tridimensionais cobrindo uma coroação imperial ou a abertura de um Conselho Galáctico. Muito embora tivesse vivido toda a sua vida no mundo de Synnax, que orbitava uma estrela na periferia da Corrente Azul, ele não estava isolado da civilização. Naquela época, nenhum lugar na Galáxia estava.

        Havia quase vinte e cinco milhões de planetas habitados na Galáxia então, e nenhum deles deixava de prestar obediência ao Império cujo trono ficava em Trantor. Era o último meio século no qual essa afirmação poderia ser feita.

        Para Gaal, a viagem era o clímax indubitável de sua vida jovem e acadêmica. Ele já havia estado no espaço antes, e por isso essa jornada, como viagem em si, pouco significava para ele. Na verdade, sua única viagem anterior tinha sido até o único satélite de Synnax para obter os dados sobre a mecânica de deslocamento de meteoros de que precisava para sua dissertação, mas viagem espacial era tudo a mesma coisa; não importava se a pessoa viajava meio milhão de quilômetros ou muitos anos-luz.

        Ele havia se preparado só um pouquinho para o Salto pelo hiperespaço, um fenômeno que as pessoas não experimentavam em viagens interplanetárias simples. O Salto permanecia, e provavelmente assim seria para sempre, o único método prático de viajar entre as estrelas. A viagem pelo espaço comum não podia ser mais rápida do que a da luz comum (um pouco de conhecimento científico que pertencia aos poucos itens conhecidos desde a aurora esquecida da história humana), e isso teria significado muitos anos no espaço até mesmo entre os sistemas habitados mais próximos. Através do hiperespaço, essa região inimaginável que não era espaço nem tempo, nem matéria nem energia, nem algo nem nada, era possível atravessar a extensão da galáxia no intervalo entre dois instantes de tempo.

        Gaal havia esperado pelo primeiro desses saltos com um pouco de medo no estômago, e acabou não sendo nada além de um ínfimo tremor, um pequeno solavanco interno que cessou um instante antes que ele pudesse ter certeza de que o havia sentido.

        E isso foi tudo.

        E, depois, tinha ficado apenas a nave, grande e reluzente, a produção de 12 mil anos de progresso imperial; e ele próprio, com seu doutorado em matemática recém-obtido e um convite do grande Hari Seldon para ir a Trantor e se juntar ao vasto, e um tanto misterioso, Projeto Seldon.

        O que Gaal esperava, depois da decepção do Salto, era aquela primeira visão de Trantor. Ele ficou espreitando o Mirante. As persianas de aço eram erguidas em momentos anunciados e ele estava sempre ali, observando o brilho forte das estrelas, apreciando o incrível enxame nebuloso de um aglomerado estelar, como um gigantesco enxame de vaga-lumes apanhados em pleno voo e paralisados para sempre.  Em um momento havia a fumaça fria, azul-embranquecida de uma nebulosa gasosa a cinco anos-luz da nave, espalhando-se pela janela como leite, preenchendo o aposento com um tom gelado, e desaparecendo de vista duas horas depois, após outro Salto.

        A primeira visão do sol de Trantor foi a de uma partícula dura e branca totalmente perdida dentro de uma miríade de outras, e reconhecível somente porque fora apontada pelo guia da nave. As estrelas eram espessas, ali no centro galáctico. Mas, a cada Salto, ele brilhava mais, superando o resto, fazendo com que elas empalidecessem e reduzissem o brilho.

        Um oficial apareceu e disse:

        – O mirante ficará fechado durante o resto da viagem. Preparar para o pouso.

        Gaal o seguiu, puxando a manga do uniforme branco com o símbolo da Espaçonave-e-Sol do Império.

        – Seria possível me deixar ficar? Eu gostaria de ver Trantor – ele perguntou.

        O oficial sorriu e Gaal ficou vermelho. Lembrou-se de que falava com um sotaque provinciano.

        – Vamos pousar em Trantor pela manhã – respondeu o oficial.

        – Eu quis dizer que queria vê-lo do espaço.

        – Ah. Desculpe, meu rapaz. Se isto aqui fosse um iate espacial, poderíamos dar um jeito. Mas estamos descendo voltados para o sol. Você não gostaria de ficar cego, queimado e cheio de cicatrizes de radiação ao mesmo tempo, gostaria?

        Gaal começou a se afastar.

        O oficial disse, atrás dele:

        – De qualquer maneira, Trantor seria apenas uma mancha cinza, garoto. Por que é que você não faz uma excursão espacial assim que chegar lá? São bem baratinhas.

        Gaal olhou para trás.

        – Muito obrigado.

        Era infantil se sentir decepcionado, mas a infantilidade é uma coisa que acontece quase tão naturalmente a um homem quanto a uma criança, e Gaal sentiu um nó na garganta. Ele nunca vira Trantor se descortinando em toda a sua incredibilidade, grande como a vida, e não imaginara que teria de esperar mais ainda para isso.

ASIMOV, Isaac. Fundação. Tradução Fabio Fernandes. São Paulo: Aleph, 2009, p. 12-15.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 14-19.

Entendendo o texto:

01 – Retome as hipóteses que você levantou na subseção Antes de ler:

a)   Converse com seus colegas e o professor sobre como você imaginou a viagem das pessoas de um planeta a outro no futuro e sobre como o livro descreve a viagem de Gaal.

Resposta pessoal do aluno.

b)   Que hipóteses você levantou sobre o título da primeira parte do livro? Com base na leitura da 1ª parte do texto, é possível deduzir o conceito de psico-historiador?

Resposta pessoal do aluno.

02 – Nessa edição do texto, os editores trocaram as palavras Superespaço e Supervídeo, tal como foram escritas originalmente pelo autor, por Hiperespaço e Hipervídeo. O que justificaria essa troca?

      A troca feita pelos editores se justificaria pelo fato de tornar o texto mais acessível ao maior número possível de leitores de hoje em dia.

03 – Antes de lermos o Capítulo 1, encontramos um hipertexto, um texto que antecede a leitura do início da história. Como ele foi organizado e o que revela ao leitor?

      Esse hipertexto está organizado em forma de verbete, no caso da “Enciclopédia Galáctica” e faz a ambientação da história para o leitor, apresentando dois de seus principais personagens, o jovem Gaal Dornick e o misterioso cientista Hari Seldon.

04 – Enquanto lemos o primeiro capítulo, vamos, pouco a pouco, conhecendo um dos principais personagens do romance, o jovem Gaal Dormick. Que informações obtemos sobre ele no início dessa leitura?

      Gaal é retratado como um jovem pesquisador caipira que vive em Synnax, astro que orbita uma estrela na periferia da Corrente Azul, longe, portanto, dos grandes centros da Galáxia; encontra-se apreensivo por fazer uma viagem até Trantor, considerado a sede do Império que comandava vinte e cinco milhões de planetas habitados na Galáxia. Também informa que ele faz uma pesquisa de doutorado sobre a movimentação de meteoros e que ele parece estar ansioso com a viagem feita pelo espaço, com um pouco de medo do que pode ocorrer no caminho e apreensivo sobre o misterioso e vasto Projeto Seldon.

05 – Ao longo do primeiro capítulo da saga Fundação, há menção a diferentes cenários espaciais. Quais são? Eles existem de fato ou foram criados pelo autor do livro?

      Trantor, a sede do Império Galáctico; Synnax, o local de onde Gaal veio; e a Corrente Azul, além de diversas referências a nebulosas. Esses lugares são fictícios.

06 – Um aspecto fascinante das narrativas de ficção científica é a descrição de cenários intergalácticos ou futuristas que não existem, mas podemos imaginar quando lemos essas histórias. Em que parte do trecho essa descrição é feita pelo narrador quando Gaal chega a Trantor?

      Quando Gaal chega a Trantor, o narrador descreve o que ele vê do espaço pela janela da nave da seguinte forma:

“[...] era aquela primeira visão de Trantor. Ele ficou espreitando o Mirante. As persianas de aço eram erguidas em momentos anunciados e ele estava sempre ali, observando o brilho forte das estrelas, apreciando o incrível enxame nebuloso de um aglomerado estelar, como um gigantesco enxame de vaga-lumes apanhados em pleno voo e paralisados para sempre.  Em um momento havia a fumaça fria, azul-embranquecida de uma nebulosa gasosa a cinco anos-luz da nave, espalhando-se pela janela como leite, preenchendo o aposento com um tom gelado, e desaparecendo de vista duas horas depois, após outro Salto.

        A primeira visão do sol de Trantor foi a de uma partícula dura e branca totalmente perdida dentro de uma miríade de outras, e reconhecível somente porque fora apontada pelo guia da nave. As estrelas eram espessas, ali no centro galáctico. Mas, a cada Salto, ele brilhava mais, superando o resto, fazendo com que elas empalidecessem e reduzissem o brilho.”

07 – Ao fazer sua viagem, Gaal realiza uma espécie de Salto no hiperespaço que possibilita uma viagem com tranquilidade entre regiões distantes umas das outras por diversos anos-luz. O que seria a velocidade da luz? É possível, hoje, realizarmos viagens como essa?

      A medida de anos-luz faz referência à distância percorrida pela luz durante um ano, ou seja, à velocidade de 300 mil km/s, maneira como se organiza a velocidade da luz. A luz das estrelas, para chegar à Terra, por exemplo, viaja cerca de 300.000 km por segundo. Asimov retrata um futuro distante em que o ser humano poderá realizar viagens com essa velocidade naturalmente, o que ainda hoje é impossível.

08 – Por que Gaal é descrito pelo narrador e pelo funcionário da nave como um caipira?

      O termo caipira geralmente carrega um sentido pejorativo e preconceituoso, ligado à falta de refinamento ou de informação. Na obra Fundação, Trantor é o centro de um Império intergaláctico num futuro em que a raça humana colonizou quase toda a galáxia. Por viver longe do centro do império e não estar acostumado com viagens espaciais, Gaal é retratado pelo narrador e por esse personagem como um caipira. Isso também fica evidenciado no trecho em que Gaal pede ao oficial que o deixe no Mirante para observar Trantor, mas este o alerta sobre a questão do Sol, que pode queimá-lo, e o informa da possibilidade de uma excursão “baratinha”.

 

 

ARTIGO EXPOSITIVO: MAPA DA VIOLÊNCIA 2014: TAXA DE HOMICÍDIOS É A MAIOR DESDE 1980 - DEMETRIO WEBER E ODILON RIOS - COM GABARITO

 Artigo expositivo: Mapa da violência 2014: taxa de homicídios é a maior desde 1980

Número de assassinatos cresceu 7,9% no país entre 2011 e 2012

Por Demetrio Weber e Odilon Rios

27/05/2014 - 00:01

        BRASÍLIA E ALAGOAS – O Brasil registrou em 2012 o maior número absoluto de assassinatos e a taxa mais alta de homicídios desde 1980. Nada menos do que 56.337 pessoas foram mortas naquele ano, num acréscimo de 7,9% frente a 2011. A taxa de homicídios, que leva em conta o crescimento da população, também aumentou 7%, totalizando 29 vítimas fatais para cada 100 mil habitantes. É o que revela a mais nova versão do Mapa da Violência, que será lançada nas próximas semanas com dados que vão até 2012.

        O levantamento é baseado no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que tem como fonte os atestados de óbito emitidos em todo o país. O autor do mapa, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diz que o sistema do Ministério da Saúde foi criado em 1979 e que produz dados confiáveis desde 1980. As estatísticas referentes a homicídios em 2012, portanto, são recordes dentro da série histórica do SIM.

        — Nossas taxas são 50 a 100 vezes maiores do que a de países como o Japão. Isso marca o quanto ainda temos que percorrer para chegar a uma taxa minimamente civilizada — destaca o sociólogo.

        Para Waiselfisz, o Brasil vive um “equilíbrio instável”, em que alguns estados obtêm avanços, mas outros tropeçam. Os dados mais recentes mostram que apenas cinco unidades da federação conseguiram reduzir suas taxas de homicídios de 2011 para 2012. Dois deles — Rio de Janeiro e Espírito Santo — se mantiveram praticamente estáveis, com quedas de 0,3% e 0,4%, respectivamente. Os outros três foram Alagoas, com retração de 10,4%; Paraíba, com 6,2%, e Pernambuco, com 5,1%. Ainda assim eles continuam entre os dez estados com maiores taxas de homicídio do país.

        São Paulo apareceu na outra ponta. Entre 2011 e 2012, registrou alta de 11,3%, mas segue ainda com a segunda menor taxa do país. Considerando um período maior, de dez anos entre 2002 e 2012, os dados de São Paulo ainda são positivos, pois houve queda de 60% em sua taxa. Nesse mesmo período, o índice do Rio caiu 50%. Na média brasileira, a alta nesses dez anos foi de 2,1%. Para o sociólogo, a análise desses dados comprova que esses dois estados tiveram êxito em suas ações de Segurança Pública, mas que ainda é preciso fazer ajustes.

        — Não se pode dizer que o ano de 2012 seja uma tendência, mas é preocupante. As ações pontuais na área de Segurança Pública estão mostrando seus limites. Sem reformas estruturais que mexam no sistema penitenciário e no modelo obsoleto de Polícia Civil e Militar, não conseguiremos resolver o problema. E aí, sim, a tendência vai ser de alta — afirma Waiselfisz.

        O sociólogo destaca ainda que a onda de violência migrou das capitais para o interior, na esteira de novos polos de crescimento econômico. Segundo Waiselfisz, as taxas de assassinatos em capitais e grandes municípios diminuíram 20,9%, no período de 2003 a 2012, enquanto as de municípios menores cresceram 23,6%.

        Líder em violência e cobaia do plano federal Brasil Mais Seguro, Alagoas acumula 64,6 assassinatos por 100 mil habitantes. De janeiro a abril deste ano, 820 pessoas foram assassinadas (contra 765 ano passado). O secretário de Defesa Social alagoano, Diógenes Tenório, informou que só comentará os dados após a publicação do Mapa. Uma das propostas para combater o crime é a parceria da Polícia Militar com projetos sociais de redução do consumo de drogas. Segundo a secretaria, 70% dos homicídios têm a droga como pano de fundo. Outra ação é o reforço no policiamento em áreas críticas.

        A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também informou que não comentaria o estudo por não ter tido acesso aos dados. No entanto, lembra que, em 2012, sua taxa de homicídios foi de 11,53 para cada 100 mil habitantes, na época, a mais baixa do país.

WEBER, Demetrio; RIOS, Odilon. Mapa da Violência 2014: taxa de homicídios é a maior desde 1980. Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/mapa-da-violencia-2014-taxa-de-homicidios-a-maior-desde-1980-12613765#ixzz3V1iHk9bL. Acesso em: 13 abr. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 114-116.

Entendendo o artigo expositivo:

01 – O título da matéria menciona o “Mapa da Violência 2014”, entretanto, os dados apresentados vão até 2012. Explique por que isso acontece.

      Os dados que compõem o mapa vão até 2012, mas a pesquisa foi divulgada somente em 2014, provavelmente porque os dados precisaram ser analisados antes de sua publicação.

02 – Como foi feito o levantamento dos dados que compõem o “Mapa da Violência”?

      A partir dos atestados de óbito emitidos em todo o país, nos quais constam a causa da morte por homicídio.

03 – O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz afirma que o Brasil vive um “equilíbrio instável” no que se refere à taxa de homicídios. Considerando o contexto, esse equilíbrio é visto por ele como positivo ou negativo? Justifique.

      O sociólogo encara o equilíbrio como negativo, pois ele só existe porque, apesar de alguns estados terem melhorado, outros retrocederam. Além disso, a palavra “instável”, geralmente, denota algo negativo.

04 – Quais estados brasileiros conseguiram reduzir suas taxas de homicídios entre 2011 e 2012?

      Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas, Paraíba e Pernambuco.

05 – Sobre as taxas referentes a São Paulo, copie no caderno apenas a alternativa coerente com o texto:

a)   De 2011 a 2012, São Paulo esteve entre os estados com menor alta em homicídios.

b)   São Paulo, em dez anos, teve avanço na redução da taxa de homicídios. 

c)   São Paulo registrou queda de 60% na taxa de homicídios em dois anos.

06 – Segundo o sociólogo, o que deveria ser feito para resolver o problema na área da segurança pública?

      Segundo ele, é necessário reformar o sistema penitenciário e o modelo atrasado das políticas Civil e Militar.

07 – Releia as informações deste trecho e responda às questões seguintes:

        Líder em violência e cobaia do plano federal Brasil Mais Seguro, Alagoas acumula 64,6 assassinatos por 100 mil habitantes. De janeiro a abril deste ano, 820 pessoas foram assassinadas (contra 765 ano passado). O secretário de Defesa Social alagoano, Diógenes Tenório, informou que só comentará os dados após a publicação do Mapa. Uma das propostas para combater o crime é a parceria da Polícia Militar com projetos sociais de redução do consumo de drogas. Segundo a secretaria, 70% dos homicídios têm a droga como pano de fundo. Outra ação é o reforço no policiamento em áreas críticas.”

a)   O trecho informa que Alagoas foi usada como “cobaia” do plano federal Brasil Mais Seguro. Ao utilizar esse termo, fica implícito um posicionamento favorável ou contrário ao plano em questão?

A escolha do termo mostra que está implícito um posicionamento crítico ao plano, já que o termo “cobaia” é pejorativo, referindo-se a uma experiência e não à execução prática de um plano de resolução. 

b)   De acordo com o trecho, quais são as principais ações a serem seguidas para reduzir as mortes por homicídios em Alagoas?

Uma ação é a parceria entre a Polícia Militar e projetos sociais de redução do consumo de drogas, a outra é o reforço no policiamento em áreas críticas. 

c)   Qual é a importância de expor no texto o dado de que “70% dos homicídios têm a droga como pano de fundo”?

Esse número comprova a importância da parceria entre a PM e os projetos sociais, já que as drogas foram apontadas como uma das principais causas de assassinato.

08 – Em sua opinião, qual é a importância para a sociedade de pesquisas como o Mapa da Violência?

      Resposta pessoal do aluno.

09 – Após a leitura do texto deste capítulo, responda: Você se sente próximo ou distante de situações de violência?

      Resposta pessoal do aluno.

     

 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

CRÔNICA: ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE - RACHEL DE QUEIROZ - COM GABARITO

 Crônica: Assim caminha a humanidade

            Rachel de Queiroz 

        Há muito que penso nisso e muitas pessoas devem ter pensado a mesma coisa. Mas ninguém fala, ninguém diz nada. Por que, não o sei. Trata-se do automóvel. Essa maravilha mecânica, o veículo revolucionário que acabou com os carros de tração animal e expulsou o trem urbano para os longos percursos.

        E agora esse totem da nossa era, o AUTOMÓVEL, também chega ao seu fim, transforma-se num veículo obsoleto. Não serve mais. A finalidade a que se destinava, nas áreas urbanas: transporte individual, rápido, seletivo, perdeu o sentido.

        Você, hoje, para transpor alguns poucos mil metros, da sua casa para o centro, leva o mesmo tempo que gastaria se fosse caminhando a pé. As ruas de todas as cidades do mundo [...] vivem atravancadas por essas tartarugas ninjas, andando a passo de – sim, de tartaruga mesmo, cada uma ocupando um espaço que vai de 10 a 12 metros quadrados e transporta na sua grande maioria só uma ou duas pessoas, no máximo três, se houver o motorista.

        Arrogante. Nas suas janelas de cristal, na pintura luzidia, nos metais polidos, o automóvel é, acima de tudo, um monstro de egoísmo. A área que ele exige para si, na via pública, em vez de dois personagens lhe ocupando os assentos, daria para, no mínimo, três bancos de três pessoas, folgadamente instaladas. [...]

        É, temos de livrar as ruas disso que Macunaíma chamava "a máquina veículo automóvel". O carro puxado a cavalos também não desapareceu, por obsoleto? Hoje nem a rainha da Inglaterra o emprega, prefere os seus reluzentes Rolls Royces. Tal como não se podia mais suportar o atropelo e sujeira dos cavalos, das lerdas carruagens do fim do século 19, assim também o automóvel acabou.

        Há que substituí-lo por um transporte coletivo de qualidade, rápido, limpo, confortável. Metrôs, ou mesmo grandes veículos de superfície, sei lá. A cabeça dos técnicos já deve estar trabalhando, a dos urbanistas, a dos chamados cientistas sociais.

        [...]

         Quem sabe vai-se recorrer ao transporte aéreo, grandes helicópteros que seriam como ônibus voadores, pousando em heliportos arranjados nos tetos dos grandes edifícios? Não sei… Porque logo apareceriam helicópteros particulares, cada executivo teria o seu, de luxo, importado. O que, aliás, já está acontecendo. Eu mesma já viajei num desses, a convite de um amigo.

        Ou será que os engarrafamentos vão continuar por mais anos e anos, como os assaltos, os sequestros, os meninos de rua, as favelas e demais desgraças dos grandes ajuntamentos urbanos? Então a solução seria acabar mesmo com os próprios grandes ajuntamentos urbanos. Voltar todo mundo a se espalhar pelo campo, só procurando os centros quando a natureza do seu trabalho o exigisse.

        Até que o campo se deteriorasse também – já que esse é o destino do homem sobre a terra: acabar com tudo de bom e bonito que a natureza para ele criou.

 QUEIROZ, Rachel. Deixa que eu conto. São Paulo: Global, 2003.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 108-10.

Entendendo a crônica:

01 – O título do texto é “Assim caminha a humanidade”. A que se refere o texto?

      Provavelmente a alguma coisa que faz parte do dia a dia dos seres humanos, mas em direção ao futuro.

02 – Lendo apenas os trechos destacados no texto e associando-os à leitura do título, pense e responda:

a)   Provavelmente, o texto é predominantemente descritivo, narrativo ou argumentativo? Como você chegou a essa resposta?

Predominantemente argumentativo, pois se desenvolve defendendo uma ideia.

b)   O tom do texto em relação às atitudes humanas deve ser mais otimista ou pessimista? O que o fez pensar assim?

Pessimista. Sugestão: Foi escrito nos trechos destacados, por exemplo: “Mas ninguém fala, ninguém diz nada”.

03 – A cronista afirma que o automóvel não serve mais à finalidade a que se destinava. Por quê? Qual era a finalidade original do automóvel?

      Porque ele devia ser um transporte prático e rápido para distâncias maiores, urbanas. Como as ruas estão cheias demais, congestionadas, o automóvel não consegue mais se deslocar com rapidez.

04 – Observe que o texto tem dez parágrafos:

·        No primeiro parágrafo, apresenta-se o assunto da crônica: o automóvel e o trânsito caótico dos centros urbanos.

·        No segundo parágrafo, a crônica apresenta uma opinião: o automóvel vai acabar.

·        No terceiro e no quarto parágrafos, comenta-se o que é o carro, hoje, e o enorme problema do trânsito urbano.  

            a)   De que tratam os parágrafos quinto ao oitavo? Explique resumidamente.

Nesses parágrafos, a cronista discute alternativas e possibilidades, em contraste com a situação atual, para que se escape ao caos que os carros trouxeram aos grandes centros urbanos.

b)   A que conclusão a cronista chega nos dois últimos parágrafos?

Ela constata o que pode acontecer se não se fizer nada a respeito desse problema, assim como se não se fizer nada com relação aos estragos que os seres humanos provocam no mundo em que vivem.

05 – Releia o último parágrafo e identifique qual é a opinião da cronista sobre as ações humanas, de maneira geral.

      Ela acha que o ser humano não sabe conservar o que é bom e viver bem, porque cada um pensa apenas em si mesmo e não no planeta, no seu ambiente.

06 – Você concorda com a opinião da cronista? Justifique sua resposta de maneira convincente, dando pelo menos dois argumentos que confirmem sua opinião.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Qual é a ideia central do texto? Resuma, em apenas um parágrafo, a mensagem principal da crônica.

      A ideia central é a situação incoerente em que se encontra o ser humano: o desenvolvimento tecnológico, que deveria beneficiar a todos, traz prejuízos à natureza e às pessoas. Como é o caso do automóvel, que veio para facilitar o transporte, por ser mais rápido e mais confortável para longas distâncias, mas se tornou um empecilho urbano, pois ocupa muito espaço, leva poucas pessoas e, em vez de facilitar, dificulta a locomoção dentro dos grandes centros urbanos.

08 – Que sentimentos a crônica desperta no leitor? Em seu caderno, copie dois trechos que justifiquem sua resposta.

      Possibilidades: amargura, decepção, pessimismo. “[...] este é o destino do homem sobre a Terra: acabar com tudo de bom e bonito que a natureza para ele criou”; “Ou será que os engarrafamentos vão continuar por mais anos e anos, como os assaltos, os sequestros, os meninos de rua, as favelas e demais desgraças dos grandes ajuntamentos urbanos? Então a solução seria acabar mesmo com os próprios grandes ajuntamentos urbanos.”

09 – Justifique o título da crônica, explicando que sentidos podemos atribuir a ele.

      O título exprime ironicamente certo conformismo ao constatar que o destino da humanidade é caminhar para uma situação pior que a que tinha antes, porque destrói seu ambiente. O título também se refere ao modo como “se caminha” nas grandes cidades: os carros, que deveriam agilizar a locomoção das pessoas, congestionam as ruas e por isso todos andam muito devagar.