terça-feira, 28 de setembro de 2021

MÚSICA(ATIVIDADES): TRÊS CIRANDAS DE PERNAMBUCO - MESTRE VITALINO PEREIRA DOS SANTOS - COM GABARITO

 Música(Atividades): Três cirandas de Pernambuco

             Mestre Vitalino Pereira dos Santos

1

Mandei fazer uma casa de farinha

Bem maneirinha que o vento possa levar

Oi passa sol, oi passa chuva, oi passa vento

Só não passa o movimento do cirandeiro a rodar.

2

Achei bom, bonito meu amor a brincar

Ciranda maneira

Vem cá, cirandeira,

Vem cá balançar.

3

Essa ciranda quem me deu foi Lia

Que mora na ilha

De Itamaracá. (BIS).

Domínio público. Ciranda (s.d.), de Mestre Vitalino Pereira dos Santos. Cerâmica policromada.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª Edição São Paulo 2015 p. 236-7.

Entendendo a canção:

01 – Como as “Três cirandas de Pernambuco” foram organizadas?

      As canções foram organizadas em versos, assim como ocorre com os poemas. Além disso, apresentam trabalho com a sonoridade das palavras.

02 – Uma das três cirandas fala do amor a alguém. Identifique-a e exemplifique essa afirmação.

      A ciranda 2 fala da pessoa amada. “Achei bom, bonito meu amor a brincar”.

03 – Alguma das cirandas faz um convite? Em caso positivo, exemplifique sua resposta com versos da canção.

      Sim. Na letra da ciranda 2 é possível ler os versos: “Vem cá, cirandeira, / Vem cá balançar”.

04 – Releia estes versos da ciranda 1:

        “Oi passa sol, oi passa chuva, oi passa vento

         Só não passa o movimento do cirandeiro a rodar.”

a)   Qual é o sentido desses versos?

Faça chuva ou faça sol, os cirandeiros não deixarão de dançar a ciranda.

b)   Eles foram construídos em linguagem figurada? Explique sua resposta.

Sim, os versos foram escritos em linguagem figurada, pois a expressão “Oi passa sol, oi passa chuva, oi passa vento” refere-se aos possíveis impedimentos e problemas que possam surgir na vida do cirandeiro. O eu poético, no entanto, diz que o cirandeiro não se rende às dificuldades: ele continuará a participar dessa dança, mesmo com as adversidades.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): REISADO - PENA BRANCA E XAVANTINHO - COM GABARITO

 Música(Atividades): Reisado

 
  Pena Branca e Xavantinho

O galo cantou no Oriente

Ai, ai, ai, ai

Surgiu a estrela da guia ai, ai
Anunciando a humanidade

Ai, ai, ai, ai
Deus menino, Deus das filhas ai, ai, ai, ai
Em uma estrebaria ai, ai

Vinte e cinco de Dezembro ai, ai, ai, ai
Não se dorme no colchão ai, ai

Deus menino teve a cama ai, ai, ai, ai
De folha seca do chão ai, ai, ai, ai
Pra nossa salvação ai, ai

Senhora dona da casa

Ai, ai, ai, ai

Oia a chuva no telhado ai, ai
Venha ver o Deus Menino

Ai, ai, ai, ai

Como está todo molhado ai, ai, ai, ai
Com os três reis a seu lado, ai, ai

Deus lhe pague a bela oferta

Ai, ai, ai, ai
E vós deu com alegria, ai, ai
O Divino Santos Reis

Ai, ai, ai, ai

São José e Santa Maria ai, ai, ai, ai
Há de ser vossa guia ai, ai

Teddy Vieira. O melhor de Pena Branca e Xavantinho, Sony Music, 1997. CD.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª Edição São Paulo 2015 p. 226-8.

Entendendo a canção:

01 – Você já conhecia alguma canção como essa?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Podemos dizer que a canção narra uma história. Qual?

      Sim. A canção conta a história do nascimento de Jesus.

03 – No meio da música, há a seguinte saudação: “Senhora dona da casa”. Considere o texto que você leu sobre Folia de Reis e responda: Essa saudação faz parte da história que está sendo contada? Por que ela foi usada?

      Não. Essa expressão representa os foliões saudando a dona de casa que recebeu a Folia de Reis.

04 – A natureza também anuncia o nascimento do menino. Copie do texto os versos que exemplificam essa afirmação.

      “O galo cantou no Oriente [...] / Surgiu a estrela da guia [...] / Anunciando à humanidade [...] / Deus menino, Deus das filha [...]”.

05 – Qual é a frase de agradecimento popular presente na letra da canção? Copie em seu caderno.

      “Deus lhe pague a bela oferta”.

·        Por que é feito esse agradecimento?

Nesse verso, os cantadores agradecem a oferta dos moradores visitados.

06 – Observe a expressão destacada no verso a seguir:

        Oia a chuva no telhado”.

a)   Com relação à variação linguística, o que o emprego da expressão “Oia” revela sobre a linguagem usada pelo eu poético?

O emprego da forma “oia” em vez de “olha”, no contexto em que foi empregada, constituiu uma variante linguística que pode ser encontrada, por exemplo, no falar caipira. No caso da canção, o seu uso busca representar o modo de se expressar do cantador.

b)   Releia o verso: “Deus menino, Deus das filha. Na expressão em destaque não houve concordância de número. Isso atrapalha o entendimento do texto?

Não, pois sabemos que essa é a maneira autêntica do falar que se buscou representar; além disso, a indicação do plural já está presente na palavra “das”.

07 – Elabore sua hipótese: Por que a expressão “ai, ai, ai, ai” aparece ao longo de toda a canção?

      Muitos cantores costumam usar esse tipo de recurso ao interpretarem suas músicas. Nessa canção, a repetição é um prolongamento dos versos, provocando um efeito sonoro típico das canções populares.

08 – Verifique na letra da canção “Reisado” as palavras e expressões que indicam tempo ou lugar e copie-as em seu caderno.

      Tempo: Vinte e cinco de dezembro; Lugar: No Oriente, em uma estrebaria, no colchão, no telhado.

·        Elas são importantes para o que a música quer transmitir? Por quê?

Sim, a música quer contar uma história. Essas palavras e expressões localizam quando e onde o nascimento do menino aconteceu e esse fato é o tema principal da canção e da manifestação popular Folia de Reis. Além disso, outros detalhes da história são melhor descritos por causa dessas expressões. Por exemplo: onde caía a chuva, onde a família se abrigou para o nascimento, que não se dorme no colchão em um dia como esse.

 

TIRA: HAGAR BAR - DIK BROWNE, O HORRÍVEL - FOLHA DE SÃO PAULO - COM GABARITO

 Tira: Hagar bar

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                             BROWNE, Dik. Hagar, o Horrível. Folha de São Paulo, 25 jan. 2015. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#25/1/2015. Acesso em: 26 jan. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª Edição São Paulo 2015 p. 232.

Entendendo a tira:

01 – Identifique e transcreva os dois pronomes demonstrativos usados na tirinha.

      “Neste” e “isso”.

02 – Por que, no primeiro quadrinho, foi empregado o pronome “(n)este” e não “(n)esse”?

      Porque a personagem se refere ao bar em que ambos estão.

03 – Imagine que as personagens estivessem a três quarteirões do bar a que se referem. Nesse caso, como ficariam as falas do frei no primeiro quadrinho? Por quê?

      As falas seriam “Irmão Hagar, você passa muito tempo naquele bar. Praticamente vive lá!”, porque ambas as personagens estariam longe do local apontado.

04 – A que se refere o pronome “isso”, empregado pela personagem Hagar no primeiro quadrinho?

      Refere-se ao fato de ele passar muito tempo no bar.

05 – A acusação feita pelo frei é confirmada ou negada no último quadrinho? Por quê?

      É confirmada, já que até as correspondências pessoais de Hagar estão sendo entregues no bar, sinalizando que ele realmente passa muito tempo lá.

TIRA: HAGAR ESPADA - DIK HAGAR - COM GABARITO

 Tira: Hagar espada

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                           BROWNE, Dik. Hagar, o Horrível. Folha de São Paulo, 20 dez. 2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#20/12/2014. Acesso em: 25 jan. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª Edição São Paulo 2015 p. 231.

Entendendo a tira:

01 – Qual é a importância do uso do pronome “esta” para a construção da fala da personagem?

      O pronome orienta o interlocutor a saber a qual pena o frei se refere. A palavra “esta” demonstra qual é a pena.

02 – A pena a que a fala faz referência está mais próxima do frei (pessoa que fala) ou de Hagar (pessoa que ouve)?

      Está mais próximo do frei, que é a pessoa que fala.

03 – Se a pena estivesse na mesa, logo à frente de Hagar, o correto seria usar a expressão “essa pena”, em vez de “esta pena”. A partir dessa informação e de sua resposta para o item anterior, responda: Quando se usa o pronome “este(a)” e quando se usa o pronome “esse(a)”?

      Usa-se o pronome “este(a)” quando ele se refere a algo que está próximo de quem fala. Usa-se o pronome “esse(a)” quando ele se refere a algo que está próximo de quem ouve.

TIRA: HAGAR SEGREDOS - DIK BROWNE - COM GABARITO

 Tira: Hagar segredos

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                                                BROWNE, Dik. Hagar, o Terrível. Folha de São Paulo, 8 fev. 2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#8/2/2015. Acesso em: 8 fev. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 51.

Entendendo a tira:

01 – No primeiro quadrinho, qual é o sentido das palavras “pacientemente” e “honestamente”, empregadas pela personagem Hagar?

      Significam, respectivamente, “com paciência” e “com honestidade”.

02 – A que classe gramatical elas pertencem?

      São advérbios de modo.

03 – Ao empregar a palavra “honestamente”, o que Hagar quis dizer a Spike?

      Ele quis dizer que era para Spike ser honesto ao responder à sua pergunta.

04 – Spike foi honesto ao responder à pergunta de Hagar? Por quê?

      Sim, porque lhe contou o motivo de ser paciente ao ouvir os fregueses.

05 – Qual é o motivo de Spike ser tão paciente com os fregueses?

      Ele recebe dinheiro das esposas dos clientes em troca de revelar a elas as informações que ouve dos fregueses.

06 – Transcreva um advérbio utilizado no segundo quadrinho e explique a importância dele na fala de Spike.

      O advérbio “bem” intensifica o verbo “pagar”, evidenciando que as mulheres pagam um valor considerável pelas informações dadas por Spike, ao contrário de seus maridos, que dão apenas gorjetas.

 

 

TEXTO: HOJE 'UM LEÃO MORRE E OUTRO VIVE" EM BUSCA DO CANECO DO BRASILEIRÃO - ÉDER LUIZ - COM GABARITO

 Texto: Hoje “um leão morre e outro vive” em busca do caneco do brasileirão

       [...] Apita o árbitro, bola rolando no “tapete verde” do Pacaembu.

        Bola na “meia-esquerda” com Silvinho, que rola com carinho pra Vampeta, que serve Edilson, o “capetinha” passa por um, passa por dois, “tá liso como quiabo” o garotinho, grande toque de Marcelinho, o “cracão da 36”, balançou prum lado, balançou pro outro, chutou pra fora do gol.

        Bola com Marcelinho, que domina pela “meia direita”, deu no “vazio” pra Rincón, vai levando o colombiano pela “peça ofensiva”, viu Índio entrar, tocou pra ele que cruzou na cabeça de Didi... defendeu Danrlei. “Bota” pra escanteio o goleiro “gremista”.

        Vai “cobrar” Marcelinho. Levantou na área, passou por todo mundo, entrou Edilson de cabeça, é gol, goooooooooooooooooooooooooool do Corinthians!

        Recomeça o jogo, lá vem o Grêmio, “mordido, ferido”, vai tentar dar o troco no “Timão”, bola nos pés de Robert vai “descendo, fugindo” pelo setor esquerdo com capricho, “rola macio” pra Fabinho, que bate por cima do gol de Nei.

        Vai terminar o jogo, o árbitro já olha pro seu relógio, vai apitar o final da partida, “desce a ladeira o Timão” com Gilmar que toca pra Marcelinho, vai tentar do “meio da avenida”, bate na trave, a bola “beija o poste” e vai pra fora. “Tiro de meta” pra Danrlei.

        Faz a festa a “galera do Timão” no Pacaembu, que venha o “Peixe”. Apita o árbitro, termina o jogo, Corinthians classificado pras quartas-de-final do brasileirão. Corinthians 1 x Grêmio 0.

Transcrição parcial do jogo Corinthians e Grêmio. Semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol, 1998. Rádio Band FM, Locutor: Éder Luiz. São Paulo, 25 nov. 1998.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 83-4.

Entendendo o texto:

01 – Ao ler o texto, você consegue imaginar qual é o ritmo e a entonação dessa narração?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Em uma narração de rádio, é possível compreender as ações que os jogadores estão realizando, mesmo sem ver as imagens? Por quê?

      Sim, porque o narrador conta com detalhes as sequências dos lances do jogo.

03 – O ritmo da narração de um jogo de futebol pela TV é diferente do ritmo da narração pelo rádio? Explique sua resposta.

      Sim, o do rádio é muito mais rápido do que o da TV. No rádio, os ouvintes não tem as imagens, e o locutor procura apresentar o máximo de informações em pouco tempo.

04 – Releia este trecho do texto:

        Bola na “meia-esquerda” com Silvinho, que rola com carinho pra Vampeta, que serve Edilson, o “capetinha” passa por um, passa por dois, “tá liso como quiabo” o garotinho, grande toque de Marcelinho, o “cracão da 36”, balançou prum lado, balançou pro outro, chutou pra fora do gol.”

a)   Identifique a quem se referem as seguintes expressões.

·        O “capetinha”. = Edilson.

·        O garotinho. = Edilson.

·        O “cracão da 36”. = Marcelinho.

b)              B) O trecho “[...] passa por um, passa por dois, “tá liso como quiabo” o garotinho [...]” se refere a uma ação de um jogador. Levando em conta o contexto de uma partida de futebol, explique o que o jogador realmente está fazendo.

Está driblando outro jogador.

c)   Que expressões ou frases desse trecho revelam a integração, o espírito de equipe entre os jogadores? Transcreva-os.

“[...] que rola com carinho pra Vampeta, que serve Edilson [...] grande toque pra Marcelinho [...]”.

05 – Transcreva do texto os trechos que indicam como o narrador anuncia o início e o término do jogo.

      Início: “Apita o árbitro, bola rolando no ‘tapete verde’ do Pacaembu”. Término: “Apita o árbitro, termina o jogo. Corinthians classificado pras quartas de final do Brasileirão. Corinthians 1 x Grêmio 0!”.

06 – Agora é a sua vez de entrar em campo! Reúna-se com seus colegas para participar da narração de um jogo de futebol. Veja como realiza-la seguindo as orientações. 

      Resposta pessoal do aluno.

   

NOTÍCIA: NEYMAR INAUGURA INSTITUTO PARA FAMÍLIAS CARENTES DA PRAIA GRANDE -GLOBO ESPORTE - COM GABARITO

 Notícia: Neymar inaugura instituto para famílias carentes da Praia Grande 

           Atacante do Barcelona e da seleção brasileira vai ajudar cerca de dez mil pessoas com esporte, educação e assistência médica em estrutura de 8400 metros quadrados 

        Neymar inaugurou nesta terça-feira, em Praia Grande, litoral de São Paulo, o Instituto Projeto Neymar Jr. Em uma área de 8400 metros quadrados, no bairro Jardim Glória, o craque do Barcelona construiu o local onde serão atendidas crianças e famílias carentes da região. No total, cerca de dez mil pessoas serão beneficiadas. 

        No terreno, cedido pela prefeitura da cidade por trinta anos, renováveis por mais trinta, o atacante da seleção brasileira montou um complexo esportivo e também salas para alfabetização em inglês e espanhol, salas de leitura, cinema, informática e de cursos profissionalizantes, além de espaço médico e odontológico. 

        — Eu só tenho a agradecer, como falei com minha família hoje de manhã. Cada coisa que Deus vem fazendo na nossa vida que nem sei como agradecer. Estou realizando mais um sonho – disse o atacante, ao chegar para a solenidade de inauguração. 

        — Eu morei a duas quadras daqui e sei o quanto isso foi minha infância. Isso aqui é uma porta gigante para que possamos dar oportunidades a pessoas daqui – completou Neymar. 

        Pouco antes da estrela do Barcelona, o pai dele, que será vice-presidente do instituto, falou com a imprensa. 

        — Este é um projeto familiar. Era um sonho de família fazer algo assim. O Neymar saiu deste ambiente. Morávamos aqui perto. Sabíamos da dificuldade que tínhamos para que nossos filhos tivessem qualidade de vida, que pudessem se divertir, brincar, com direito ao esporte, lazer. É uma oportunidade para fazermos um pouco do que não tínhamos e entregar para a comunidade – afirmou o Neymar da Silva Santos, pai do jogador. 

        O evento de inauguração contou com a presença de convidados ilustres, como o técnico Bernardinho, do vôlei, e o nadador Cesar Cielo. Astros da música também passaram pelo local e Neymar aproveitou a apresentação da banda Os Travessos para dar uma palinha. 

        É necessário cumprir alguns critérios para usufruir do instituto, como residir nas microrregiões próximas ao prédio (Aeroclube, Aprazível, Guaramar, Guilhermina, Marília, São Sebastião, Sítio do Campo, Vila Sônia e Jardim Glória). As crianças (de 7 a 14 anos) precisam estar matriculadas na escola e ter ao menos 90% de frequência. 

        — É um projeto audacioso como o Neymar, ousado como ele. E não poderia ser diferente. Pensamos, sim, e era um desejo dele criar algo que pudesse ajudar essas crianças. Foi difícil no começo, mas acho que conseguimos trabalhar com êxito, com a ajuda dos parceiros que tivemos – completou o pai do atleta. 

        Além disso, a família deve ter, no máximo, renda per capita de até R$ 140 e estar cadastrada no programa Bolsa Família, do Governo Federal. 

        Neymar e sua família escolheram o Jardim Glória, em Praia Grande, como sede para o instituto por ter sido um local que fez parte da história deles. Como lemas, o atacante do Barcelona e da seleção brasileira tem "assegurar o direito de brincar, jogar e praticar" e "o direito de estudar e ter acesso a toda informação segura". 

Fonte: Globo Esporte. Neymar inaugura instituto para famílias carentes da Praia Grande. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/noticia/2014/12/neymar-inaugura-instituto-para-familias-carentes-da-praia-grande.html. Acesso em: 6 abr. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 91-2.

Entendendo a notícia:

01 – Em que veículo ou suporte a notícia foi publicada? 

      Em um site de conteúdo esportivo.

02 – O principal fato anunciado pela notícia é a inauguração de um instituto para famílias carentes. O que faz com que ela ganhe destaque? 

      O fato de o instituto ter sido inaugurado por Neymar, um jogador de futebol famoso, fez com que a notícia ganhasse destaque. 

03 – O que o instituto criado por Neymar oferecerá? 

      Um complexo esportivo, salas para alfabetização em inglês e espanhol, salas de leitura, cinema, informática e de cursos profissionalizantes, além de espaço médico e odontológico. 

04 – Quais são as exigências para participar das atividades oferecidas pelo instituto? 

      E necessário residir nas microrregiões próximas ao prédio, ter de 7 a 14 anos, estar matriculado na escola e ter ao menos 90% de frequência. Além disso, a família deve ter renda per capita de até R$140,00 e estar cadastrada no programa Bolsa Família, do Governo Federal. 

05 – O nome "Neymar" é substituído por outras expressões no decorrer da notícia. 

a)   Releia o texto e transcreva algumas dessas expressões. 

"Atacante do Barcelona e da seleção brasileira", "craque do Barcelona", "o atacante da seleção brasileira", "o atacante", "estrela do Barcelona", "jogador", "atleta", "dele (s)". 

b)   Por que essas substituições foram feitas? 

         Para evitar que o texto ficasse repetitivo. 

06 – O que justifica a escolha do local de construção do instituto por Neymar? 

      O fato de o local ser próximo do lugar onde ele passou sua infância.

07 – Releia o fragmento a seguir:

        “— Eu só tenho a agradecer, como falei com minha família hoje de manhã. Cada coisa que Deus vem fazendo na nossa vida que nem sei como agradecer. Estou realizando mais um sonho — disse o atacante, ao chegar para a solenidade de inauguração.”

·        Observando o termo destacado, o que podemos deduzir sobre os sonhos de Neymar? 

      É possível deduzir que outros sonhos de Neymar já foram realizados, não sendo a inauguração do Instituto o único deles. 

08 – Observe a expressão destacada a seguir:

        “O evento de inauguração contou com a presença de convidados ilustres, como o técnico Bernardinho, do vôlei, e o nadador Cesar Cielo. Astros da música também passaram pelo local e Neymar aproveitou a apresentação da banda. Os Travessos para dar uma palinha.”

·        Ao empregá-la, que informação o jornalista dá ao leitor? 

      A informação de que Neymar cantou com a banda Os Travessos. A expressão "dar uma palinha" significa "dar uma amostra", "revelar um pouco".

09 – Releia este trecho:

        “É necessário cumprir alguns critérios para usufruir do instituto [...].”

a)   O fato destacado depende de uma ação anterior para acontecer. Que ação é essa?

“É necessário cumprir alguns critérios”.

b)    De acordo com sua resposta anterior, o fato destacado indica uma certeza ou uma possibilidade? 

          Uma possibilidade. Professor, discuta com a turma a correlação dos tempos verbais. Mostre a importância do indicativo na frase, a certeza mostrada pelo uso desse modo. Sugerimos escrever a frase no quadro de giz e, por meio dela, mostrar a correlação dos tempos verbais e a ideia dada pelo subjuntivo. 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

MÚSICA(ATIVIDADES): MANGUETOWN - CHICO SCIENCE & Nação Zumbi - COM GABARITO

 Música(Atividades): Manguetown

                                      Chico Science & Nação Zumbi

Estou enfiado na lama
É um bairro sujo
Onde os urubus têm casas
E eu não tenho asas

Mas estou aqui em minha casa
Onde os urubus têm asas
Vou pintando, segurando as paredes
Do meu mangue do meu quintal

Manguetown

Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge ao cheiro
Sujo da lama da Manguetown
Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge à vida suja
Nos dias da Manguetown

Esta noite sairei, vou beber com meus amigos
E com as asas que os urubus me deram ao dia
Eu voarei por toda a periferia
Vou sonhando com a mulher
Que talvez eu possa encontrar
Ela também vai andar na lama do meu quintal
Manguetown

Fui no mangue catar lixo, pegar caranguejo

E conversar com urubu.

Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge ao cheiro
Sujo da lama da manguetown
Andando por entre os becos
Andando em coletivos
Ninguém foge a vida suja
Nos dias da Manguetown

Fui no mangue catar lixo
Pegar caranguejo
Conversar com urubu.

Composição: Chico Science / Lúcio Maia / Dengue. Afrociberdelia. Sony Music, 1996. CD.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª Edição São Paulo 2015 p. 229-230.

Entendendo a canção:

01 – De acordo com a letra da canção, o lugar descrito para viver é agradável? Explique.

      Não. Ele é sujo e cheio de lama.

02 – A que lugar a canção está se referindo?

      Ao mangue, mais especificamente a um lugar da periferia de Recife denominado de Manguetown, onde vive o eu poético dessa canção.

03 – A palavra “Manguetown” foi criada com base na junção de duas palavras que já existem. Pelo Glossário, procure explicar qual é o significado dessa nova palavra na canção.

      Cidade do Mangue.

04 – Nessa letra, o eu poético diz que os urubus têm asas que ele não tem. E que até mesmo têm a casa que ele não tem. Com base nesses versos, explique os seguintes trechos da canção.

a)   “[...] Ninguém foge ao cheiro / sujo [...]” e “[...] à vida suja / Nos dias da Manguetown”.

Possibilidade: a Manguetown não oferece boas condições de vida e para quem mora lá não há muita expectativa de melhorar de vida, de sair da periferia para morar em outro lugar.

b)   “Vou sonhando com a mulher / Que talvez eu possa encontrar / Ela também vai andar / Na lama do meu quinntal”.

Possibilidade: a mulher que poderá ser sua companheira um dia terá de compartilhar das mesmas condições de vida dele. O futuro do eu poético se projeta com base na realidade da periferia, na falta de perspectiva que o lugar lhe oferece.

05 – Transcreva os versos que indicam que o eu poético tem intenção de sair do lugar em que vive para se lançar no espaço coletivo da periferia.

      “Esta noite sairei / Vou beber com meus amigos / E com as asas que os urubus me deram ao dia / Eu voarei por toda a periferia”.

06 – O eu poético se sente livre com o isolamento em uma casa confortável ou com a companhia dos amigos da comunidade? Que versos do texto podem confirmar essa ideia de liberdade?

      Ele se sente livre na companhia de seus amigos. Os versos que confirmam a ideia de liberdade são: “E com as asas que os urubus me deram ao dia / Eu voarei por toda a periferia”.

07 – Releia os versos a seguir:

        Vou pintando, segurando as paredes / Do meu mangue do meu quintal / Manguetown.” De acordo com os versos, a vida do eu poético e a da Manguetown se relacionam, misturam-se?

      O quintal dele é o próprio mangue, a Manguetown; a vida da comunidade se mistura à sua própria vida.

 

 

 

CAUSO: NUM RANCHO ÀS MARGENS DO RIO PARDO - EQUIPE XICO DA KAFUA

 Causo: Num rancho às margens do Rio Pardo

             Equipe Xico da Kafua

        Era um matuto dos bons e vivia num rancho às margens do Rio Pardo, perto de Cajuru. Seu Ico era o apelido dele. Acreditava em tudo que via e ouvia. E tinha opiniões muito firmes sobre coisas misteriosas. Adorava contar casos de assombração e outros bichos: 

        — Fui numa caçada de veado no primeiro dia da quaresma! Ai, ai, ai! Num pode caçá na quaresma, mas eu num sabia. Aí apareceu a assombração! Arma penada do otro mundo. E os cachorro disparô. Foro tudo pro corgo pra modi fugi da bicha... Veado que é bão nem nu pensamento, pruque eis tamém pressintiru a penuria passanu ali pertu! 

        — Mas era assombração mesmo, seu Ico? 

        — Pois u que havera di sê? Esse mundo é surtido! 

        Pois no mundo sortido do seu Ico também tinha saci! 

        — Quando é que o senhor viu saci, seu Ico? 

        — Ara! Vi a famia toda, num foi um saci só... Tinha o saci, a sacia gravi (ele queria dizer grávida), e os sacizim em riba da mãe, tudo pulano numa perna... 

        — E o que eles fizeram ou disseram pro senhor?

        — Nada... O saci cachaço inda ofereceu brasa pro meu paiero (tradução: o saci-pai acendeu o cigarro de palha dele). Gardicido!, eu disse... e entrei pa dentro modi num vê mais as tranquera... 

        E mula sem cabeça? Ah, seu Ico garante que existe: 

        — Essa eu nunca vi, mas ouvi o rinchado dela umas par de veis... E otro que eu tamém vi foi o tar de lobisome! Ê bicho fei! Mai num feis nada... desvirô num cachorro preto e sumiu presse mundão de meu Deus. Agora, em dia de pescaria, aparece muito é caboco-d'água. Um caboquim pretim e jeitado que mora dentro do rio... Ah, e tem que vê tamém o caapora. Grandão qui nem ele só, com um corpo peludo. Bichu fei! E o curupira! Vichi Maria, é fei dimais, tem pé virado pa trais... 

        — E com tudo isso o senhor ainda se arrisca a ir pro meio do mato, seu Ico? 

        — Pois vô sem medo! Qué sabê? – Dá uma gargalhada rouca e faz um ar maroto. – Qual! Tenho muito, mais muito mais medo é de gente vivo! 

EQUIPE Xico da Kafua, 24 nov. 2007. Disponível em: https://www.xicodakafua.com.br/causos_detalje.php?cod=9. Acesso em: 8 jan. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª Edição São Paulo 2015 p. 159-161.

Entendendo o causo:

01 – Complete a alternativa a seguir com as informações corretas sobre o texto. 

        Nesse texto. Um narrador fala sobre seu Ico, um homem do interior que diz ter visto diferentes tipos de assombrações. Para descrever o matuto, o narrador apresenta sua conversa com ele. 

      Ico, interior e assombrações.

02 – Releia as perguntas ou comentários que o narrador dirige a seu Ico. 

        — Mas era assombração mesmo, seu Ico? [...] 

        — Quando é que o senhor viu saci, seu Ico? [...] 

        — E o que eles fizeram ou disseram pro senhor? 

·        Qual é a intenção do narrador ao fazer essas perguntas?

Ele faz perguntas a seu Ico para direcionar a conversa, estimular o contador a falar sobre diferentes assuntos ou aprofundar a descrição do que ele já está contando. 

03 – O narrador, além de mostrar ao leitor os causos de seu Ico, retrata-o como uma personagem bem interiorana. Destaque palavras, expressões ou frases que identifiquem seu Ico como tal. 

      “Um matuto dos bons”; “Vivia num rancho”; “acreditava em tudo que via e ouvia”; “tinha opiniões muito firmes sobre coisas misteriosas”; “adorava contar casos de assombração e outros bichos”.

04 – É possível dizer que há dois narradores no texto que você leu: um que conta a história de seu Ico e outro que é o próprio Ico – personagem que também narra suas histórias ao longo do texto. 

·        Considerando essas informações, responda: Qual dos dois narradores pode ser considerado um "contador de causos"?

Seu Ico, pois é ele quem narra histórias que envolvem assombrações e personagens lendários.

05 – Quais são os seres sobrenaturais citados por seu Ico? 

      Assombração (alma penada), família de sacis, mula sem cabeça, lobisomem, caboclo-d'água, caipora e curupira.

06 – Releia o trecho a seguir e responda às próximas questões. 

        “— Fui numa caçada de veado no primeiro dia da quaresma! Ai, ai, ai! Num pode caçá na quaresma, mas eu num sabia. Aí apareceu a assombração!”

a)   Seu Ico faz referência a uma crendice popular relacionada a um fato religioso. Qual é ela?

Atividades que não podem ser realizadas durante a quaresma (quarenta dias que antecedem a Páscoa cristã), como caçar. 

b)   As crendices populares estão presentes no cotidiano. Cite algumas que você conhece. 

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: acreditar que atitudes como passar embaixo de escada, ver gato preto em noite de sexta-feira, quebrar espelho trazem azar.

07 – Você já viu um contador de causo pessoalmente ou pela TV? Conte para seus colegas. 

      Resposta pessoal do aluno. Professor, incentive a socialização das vivências.

08 – Copie das frases a seguir as palavras cujo significado você desconheça. Primeiro, tente descobrir o sentido dos termos, observando a relação que estabelecem com outras palavras. Depois, pesquise as palavras no dicionário e anote o significado que seja mais adequado ao contexto.

a)   "Era um matuto dos bons [...]".

Era um caipira dos mais típicos, dos mais autênticos, original.

b)   "Dá uma gargalhada rouca e faz um ar maroto."

Dá uma gargalhada rouca e faz um ar de esperto, brejeiro.