quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

CRÔNICA: O AUTOMÓVEL - WALCYR CARRASCO - COM GABARITO

 Crônica: O Automóvel

                Walcyr Carrasco

QUANDO PAPAI COMPROU nosso primeiro carro, mamãe decidiu: 

     Vou tirar carta de motorista!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0IHK8BT-tVybpg-WWjqdI0qN9WgcIjOyKW881Kz9q84b_WI2cgnsVsXlJfPChSFielWex_rtCM8tuAsg7RAwAJz5SNwz2AZv6YZkU62hV6SUznjk75bAjTtdXPiG9toWE8gGLTGZAk7ajjPmEXSoSzOtTuMSY_7Tc_eCiwUqeQQAhVUedyhE79FQ9_us/s1600/JIPE.png


Eu era criança. Não era comum que mulheres dirigissem. Mamãe tinha alma de pioneira. Por exemplo, trabalhava fora, enquanto suas amigas se conformavam em ser donas-de-casa. Morávamos em uma cidade do interior. A autoescola só tinha um jipe. Começaram as aulas. Comigo no banco de trás, as mãos presas agarradas na capota. O jipe dava solavancos e rodopiava pelas ruas. O instrutor aterrorizado.

— O breque, o breque! Aperte o breque!

Mamãe se confundia. Enfiava o pé no acelerador. Ela gritava. O instrutor gritava. Os pedestres corriam. Entre as façanhas, arrancou a porta de um Karmann Guia. Na última aula antes do exame arrasou a entrada do mercado municipal.

Repetiu duas vezes. Na terceira, o examinador tremia:

— Mais devagar! Assim a senhora enfia o carro em uma árvore.

Surpreendentemente, ganhou a carta. Talvez por terror dos examinadores. Seu idílio automobilístico não durou muito. Papai perdeu o pouco que tinha. Viemos para São Paulo com uma mão na frente e outra atrás. Carro? Nem pensar. Ficou mais de dez anos sem dirigir. A vida melhorou. Minha cunhada ofereceu o volante.

— Só para ter o gostinho.

 Entrou atrás de um caminhão parado.

Mais uma temporada de exílio. Papai se recuperou montando um estacionamento. Todas as manhãs, lá estava mamãe, gordinha, de chapéu de homem na cabeça, dando ordens aos manobristas.

— À direita! Vira... vai que dá, vai que dá!

Só havia uma condição. Não fazer manobras ela mesma. Seria impossível pagar os prejuízos. O incrível é que papai não gostava de dirigir. Desistiu de ter automóvel. Mamãe olhava os modelos. Sonhava. Mudaram-se para Santos. Tempos depois, papai faleceu. Para surpresa de toda a família, mamãe veio a arrumar um namorado, aos 64 anos. Perguntei, cauteloso, a idade do príncipe encantado.

— Sessenta e três.

- Suspirei, aliviado. Se fosse trinta, aí sim, eu ficaria bem preocupado.

Nunca se viu casal tão apaixonado. Era um senhor aposentado, de índole calma. Mamãe me contou:

— Sabe, ele está pensando em comprar um carro.

— Mãe, quem é doida por automóvel é você! Convenceu o velho?!

— Não tenho o direito? 

Tinha. Juntaram as economias. Vieram para São Paulo. Compraram um bom automóvel usado no sábado de manhã. Pegaram a serra. Na curva, havia óleo na pista. Derraparam de leve. Pararam. Um policial aproximou-se.

 — Deixem o carro aí, já vamos ver. Venham para cá, por causa da curva.

Mal se afastaram caminhando, outro carro veio voando na curva. Derrapou também. Voou em cima do automóvel. O que sobrou dava para levar em uma sacola.

Não tinha seguro. Perda total. Revoltada, mamãe não se conformava:

     Não ficamos mais de uma hora com o carro!

Tentei confortá-la.

— Mamãe, quem sabe seu destino não é ter automóvel.

— Que conversa é essa de destino? Eu não me conformo!

E vou ter!

Teve. Dali a meses comprou novo veículo em sociedade com o namorado. Eu e meus irmãos demos uma força. Que felicidade! Subiam a serra só para comer um filé. Só se tornou um pouco ressabiada.

—- Ele dirige muito bem — contou, referindo-se ao grisalho. — Às vezes tenho vontade de pegar a direção, mas não gosto da serra.

 Com a proximidade do Dia das Mães, sinto um aperto no coração. Ela partiu há dois anos, doente, e às vezes me dá uma imensa saudade. Sinto também uma sensação de alegria. Mamãe conseguiu seu carro. Felizmente, eu a ajudei a realizar seu sonho!  

Entendendo o texto 

01.  Qual foi a reação da mãe do narrador quando o pai comprou o primeiro carro da família?

a) Decidiu aprender a dirigir.

b) Recusou-se a aprender a dirigir.

c) Contratou um motorista particular.

d) Pediu para vender o carro.

   02. Onde a família morava quando a mãe decidiu aprender a dirigir?

         a) Na capital.

         b) Em uma cidade do interior.

         c) Na praia.

         d) Em outro país.

  03. Por que o instrutor de direção ficava aterrorizado durante as aulas com a mãe do narrador?

         a) Porque ela era muito calma.

         b) Porque ela dirigia muito devagar.

         c) Porque ela tinha dificuldade em controlar o carro.

         d) Porque ela era uma motorista experiente.

   04. O que aconteceu na última aula de direção da mãe antes do exame?

         a) Ela passou no exame de direção.

         b) Ela arrancou a porta de um carro estacionado.

         c) Ela desistiu de aprender a dirigir.

         d) Ela comprou um carro novo.

  05. Por quanto tempo o pai ficou sem dirigir após perder o pouco que tinha?

        a) Mais de dez anos.

        b) Um ano.

        c) Um mês.

        d) Uma semana.

  06. O que a mãe fazia todas as manhãs após o pai montar um estacionamento?

        a) Ia trabalhar como motorista de ônibus.

        b) Dava ordens aos manobristas.

        c) Ficava em casa sem fazer nada.

        d) Ia à autoescola aprender a dirigir novamente.

  07. O que aconteceu com o carro que a mãe e o namorado compraram em um sábado de manhã?

        a) Foi roubado.

        b) Sofreu um acidente grave.

        c) Foi vendido rapidamente.

        d) Ficou intacto por anos.

  08. Por que a mãe ficou revoltada após o acidente com o carro novo?

        a) Porque o carro estava muito velho.

        b) Porque o seguro não cobria o acidente.

        c) Porque o namorado não estava dirigindo com cuidado.

        d) Porque eles não tinham seguro para o carro.

  09. Qual era o sentimento do narrador em relação à mãe, dois anos após sua partida?

        a) Tristeza.

        b) Alegria.

        c) Raiva.

        d) Indiferença.

10. O que o narrador sente em relação ao fato de ter ajudado a mãe a realizar seu sonho de ter um carro?

        a) Remorso.

        b) Felicidade.

        c) Desgosto.

        d) Arrependimento.

 

 

 

CRÔNICA: TRUQUE NO ASSALTANTE - WALCYR CARRASCO - COM GABARITO

 Crônica: Truque no Assaltante

                   Walcyr Carrasco

JURO QUE É VERDADE. Tenho uma amiga especializada em se livrar de assaltantes. Sua arma: a imaginação. Maria Adelaide é escritora. Madura, de aparência frágil, é o tipo de vítima ideal. Foi assaltada várias vezes. Acabou desenvolvendo uma estratégia. Certa vez andava pela rua do Curtume, vindo de um encontro profissional. Notou que um rapaz vinha em sua direção, a mão enfiada dentro do casaco. Prestes a sacar a arma. Olhou em torno. Ninguém! Não teve dúvidas. Saltitou em direção a ele, com um sorriso de orelha a orelha!

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz_MAq8YEg6Vr8TvpBgSirj3UjhNSLt3F0Kc3INq90TUqrPEdSqOtWDSRtbkf50jAV9At4T2Afsf4_kvMZWl2F1HqA85NyDEKrbqdm-8ZXUy3kDAhRoXpG0QMgQRRG1p7J8amg77h6WYAqJwR5Km3H5ky_Kwbvd702TJJ9IbfimSf_iCDZU0dl9I0pKxM/s1600/ESCRITORA.jpg

— Você! Finalmente nos encontramos! Como vai sua mãe?

Faz tanto tempo que não nos vemos!

O rapaz hesitou, em dúvida. Maria Adelaide continuou, rápida.

— E a Cidinha, tem visto a Cidinha? Como é que ela está?

— Bem...

Abraçou o rapaz.

 — Agora eu preciso ir. Mas vê se não some, hein?! Telefona! Fugiu em direção ao carro, deixando o ladrão parado, com ar de dúvida. Na vez seguinte, saía com uma amiga da Pinacoteca do Estado, na avenida Tiradentes. Lá adiante viu um trombadinha se aproximando. Não teve dúvidas. Virou-se para a amiga e começou a brigar, aos gritos!

— Você nunca podia ter feito isso comigo! Ah, mas você não presta. O que você fez não tem perdão. Você vai me pagar!

A amiga arregalou os olhos, chocada com a gritaria, cada vez maior.

O trombadinha aproximou-se, já enfiando a mão no bolso. Adelaide gritou

ainda mais. Parecia prestes a partir para as vias de fato.     

— Não me responda! Fica quieta, você não tem o direito de falar!

O ladrão ainda tentou estabelecer contato:

— Dona... dona...

— Fica quieto você também! — gritou para o assaltante.

— Você não sabe o que ela me fez.

— Mas o que foi que ela aprontou?.

— Ela acabou com a minha vida!

O possível assaltante pensou um segundo e aconselhou:

— Mata ela.

— É o que eu devia fazer! Acabar com você, ouviu? — vociferou Adelaide para a amiga.

O rapaz foi embora — possivelmente para não ser envolvido em crimes maiores. Quando estava longe, a amiga recuperou a fala.

— Que eu fiz?        

— Nada. Eu vi que o ladrão vinha em nossa direção. A rua estava vazia e aprontei um escândalo. Assim, ele desistiu. Vamos embora? 

Partiu sorridente, com a amiga cambaleante.

A última vez foi em uma floricultura da avenida dos Bandeirantes. Acabava de comprar um buquê. O rapaz entrou de arma em punho.

— Passa a carteira!- E você, dá  o dinheiro! — gritou para a vendedora.

A caixa ficou paralisada. Adelaide respondeu, fria.

— Estou só com cartões de crédito, sem dinheiro. Não adianta você levar minha carteira, não vai ter lucro nenhum.

— Não quero nem saber! Passa a grana.

Adelaide voltou-se furiosa e interpelou a caixa.

— Não ouviu o que ele disse? Se ele está roubando, é por que tem

necessidade e precisa do dinheiro. Passa a grana!

O assaltante fez que sim, feliz pela compreensão.

— É isso mesmo! Se eu assalto é porque preciso!

Levou todo o dinheiro da floricultura. Adelaide continuou incólume, com a bolsa fechada. Seu segredo:

— Preciso de um segundo para pensar. Se sou pega de surpresa, entrego tudo. Mas quando tenho chance... invento uma história.

A imaginação ainda é a melhor arma para enfrentar as dificuldades da vida moderna!

Entendendo o texto

01. Como Maria Adelaide se livra do assaltante na rua do Curtume?

a) Ela saca uma arma.

b) Ela briga com o assaltante.

c) Ela aborda o assaltante como se o conhecesse, perguntando sobre sua mãe e uma tal de Cidinha.

d) Ela entrega todo o seu dinheiro sem hesitar.

  02.O que Maria Adelaide faz quando vê um trombadinha se aproximando na avenida Tiradentes?

         a) Ela entrega sua bolsa imediatamente.

       b) Ela começa a gritar e brigar com sua amiga.

       c) Ela corre para chamar a polícia.

       d) Ela desmaia de medo.

   03. Qual é o resultado da abordagem de Maria Adelaide ao trombadinha na avenida Tiradentes?

       a) Ele a agride fisicamente.

       b) Ele desiste do assalto e vai embora.

       c) Ele agradece por ela ter defendido a amiga.

       d) Ele decide se juntar à briga entre as duas.

   04. Como Maria Adelaide reage quando um assaltante entra em uma floricultura?

       a) Ela chama a polícia.

       b) Ela entrega todo o seu dinheiro sem questionar.

       c) Ela confronta o assaltante e pede que ele deixe a caixa em paz.

      d) Ela foge do local imediatamente.

  05. Qual é o "segredo" de Maria Adelaide para se livrar dos assaltantes?

       a) Ela sempre carrega uma arma consigo.

       b) Ela é amiga da polícia e consegue se proteger facilmente.

       c) Ela inventa histórias e utiliza sua imaginação para confundir os assaltantes.

       d) Ela usa técnicas de defesa pessoal para imobilizar os criminosos.

    06. O que acontece com o assaltante na floricultura depois que Maria Adelaide intervém?

        a) Ele foge sem levar nada.

        b) Ele se arrepende e devolve o dinheiro.

        c) Ele agradece a compreensão de Maria Adelaide e leva apenas o dinheiro da caixa.

       d) Ele é preso pela polícia.

   07. Qual é o resultado final das interações de Maria Adelaide com os assaltantes?

       a) Ela é sempre agredida fisicamente.

       b) Ela nunca consegue se livrar dos assaltantes.

       c) Ela usa sua imaginação para escapar das situações de perigo.

       d) Ela entrega tudo o que tem sem hesitar.

 08. Qual é o principal talento de Maria Adelaide para se livrar dos assaltantes?

       a) Sua força física.

       b) Sua capacidade de negociar com os criminosos.

       c) Sua habilidade em inventar histórias e improvisar.

       d) Sua velocidade em fugir das situações de perigo.

   09. Por que Maria Adelaide acredita que os assaltantes desistem facilmente quando ela usa sua estratégia?

        a) Porque eles percebem que ela não tem nada de valor.

        b) Porque eles têm medo de sua reação imprevisível.

        c) Porque eles reconhecem Maria Adelaide como uma pessoa conhecida.

       d) Porque eles se comovem com sua compaixão e empatia.

 10. Qual é a lição principal da crônica "Truque no Assaltante" de Walcyr Carrasco?

       a) A importância de ter cuidado ao andar pelas ruas.

       b) A eficácia da imaginação e criatividade em situações de perigo.

       c) A necessidade de estar sempre armado para se proteger.

       d) A confiança na bondade inerente das pessoas.

 

 

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PARA O 7º ANO COM DESCRITORES - GABARITADA

 

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PARA O 7º ANO ENSINO FUNDAMENTAL

 D13 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.

 Leia a anedota a seguir.

Anedota: Cachorrinho perdido

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm88s011BVhCNLXt9FKanumxLw2y5tGhvJrnoH-2XQksb4l6L4nblugQCLJai_npKp-AQDbyzscsOxYALd7902K_AfwLk-G8WFRI3HdR4yGg6hFHvfFTZKZoQJgVuEVBFippdzqt6DJAj1dt8ZyyxW53Q2pAwMV6aZ6OZ3pUbJqjmpsj-kKyennjHTRT4/s1600/PERDIDO.jpg


 Um senhor chegou todo agoniado em uma empresa que fazia faixas e cartazes e foi logo dizendo:

— Meu cachorrinho se perdeu e eu quero mandar fazer uma faixa bem grande!

— Pois não, meu senhor! Quais serão os dizeres na faixa?

— Totó, volte logo! Estou muito triste!

Adaptado de: http://www.osvigaristas.com.br/piadas/portugues/cachorrinho-perdido-8616.html

QUESTÃO 01

O traço de humor no texto é percebido quando o senhor

(A) chega agoniado na empresa.

(B) diz que perdeu seu cachorrinho.

C) pede uma faixa bem grande.

D) diz as frases para colocar na faixa.

 Observe a tirinha abaixo:

                                                                   Fonte: farawaysoclose3.blogspot.com

QUESTÃO 02 (SAEP 2012)

Nessa tirinha, o que causa humor?

(A) a baratinha em cima do livro no primeiro quadrinho.

(B) o homem encontrar a baratinha no livro.

(C) a fala da baratinha no último quadrinho.

(D) o tamanho da baratinha.

  

Observe a tirinha abaixo para responder à questão 03.

 FONTE: LANCAST. Anabel. Revista Recreio. Ano 6, nº 299. São Paulo: abril, 1º/12/2005.

QUESTÃO 03

O traço de humor na tirinha é percebido principalmente quando descobrimos

(A) o que tem dentro da caixa de presente.

(B) o porquê da menina não abraçar o aniversariante.

(C) o lugar da festa organizada pelo aniversariante.

(D) quanto a menina pagou pelo presente.

 

Leia a anedota abaixo:

QUESTÃO 04 (SAEP 2012)

O texto é engraçado porque

(A) um cliente liga para a loja.

(B) o cliente confunde “próprio” com o nome de alguém.

(C) o cliente confunde Pedro com o nome “próprio”.

(D) Pedro não se encontra na loja.

 

Observe a tirinha a seguir e responda à questão 05.

 Níquel Náusea, de Fernando Gonsales. Folha de São Paulo, SP – 12 maio 2001. E11.

 QUESTÃO 05 (SAEP 2012)

Nesta tirinha a sentença que expressa humor é:

(A) “Oi, zebra!”

(B) “Nossa!! Que mau humor!!”

(C) “Aproveita que já está de pijama! Há há há!”

(D) “Você precisa dormir um pouco!”

 

D14 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.

 Fábula: O coelho e a tartaruga

 O coelho estava se gabando para os outros animais:

__ Sou o mais rápido e nunca perco de ninguém. Desafio a

todos aqui a participarem de uma corrida comigo.

__ Aceito o desafio! Disse a tartaruga.

__ Você é muito lenta! Acho que vai perder seu tempo,

respondeu o coelho.

__ Guarde seu orgulho até ver quem vai vencer, alertou

a tartaruga.

Ao ouvirem o sinal de largada, os dois partiram.

O coelho saiu a toda velocidade e a tartaruga ficou para trás.

Mais adiante, acreditando que a tartaruga não tinha a menor chance, deitou-se e tirou uma soneca. Enquanto isso, a tartaruga continuava caminhando.

Quando o coelho acordou não teve tempo de correr para chegar primeiro, então a tartaruga atravessou a linha de chegada e venceu a corrida.

Moral: Quem segue confiante é vencedor.

Adaptado de http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/Fabulas/fabulasdeesopo1.htm

QUESTÃO 06

No trecho “Aceito o desafio!”, o ponto de exclamação (!) indica que a tartaruga estava

(A) triste.

(B) aborrecida.

(C) assustada.

(D) confiante.

 

Piada - A continha de subtração

Na aula de Matemática, a professora perguntou para os alunos:

— Se quatro moscas estivessem em cima da minha mesa e eu matasse uma delas, quantas ficariam na mesa?

— Uma! Respondeu Pedrinho, rapidamente.

— O quê? Você não sabe fazer uma simples continha de subtração?

— Professora, acontece que só fica a mosca morta em cima da mesa, porque as outras vão se mandar.

Adaptado de: http://circodoxixi.blogspot.com/2011/01/piadas-infantis.html

QUESTÃO 07

Na expressão ― “O quê?”, o ponto de interrogação (?) dá o sentido de que a professora está

(A) aborrecida.

(B) satisfeita.

(C) em dúvida.

(D) orgulhosa.

 

Observe a tirinha da Chiquinha, a seguir:

QUESTÃO 08 (SAEP 2012)

O ponto de exclamação usado na fala do último quadrinho indica

(A) decepção.

(B) medo.

(C) raiva.

(D) surpresa.

Observe a tirinha da Mafalda.


                        Fonte: http://sempretops.com/tirinha338_mafalda.jpg

 QUESTÃO 09 (SAEP 2012)

O ponto de exclamação aparece em todos os quadrinhos expressando sentidos diferentes. A expressão em que ele indica ordem é

(A) Como o mar é lindo!

(B) Está indo embora!

(C) Ei, volte!

(D) Que saco essa obediência!

 Observe a tirinha abaixo:

QUESTÃO 10 (SAEP 2012)

As reticências usadas no segundo quadrinho indicam

(A) uma pausa grande no pensamento do Cebolinha.

(B) que o Cebolinha não tinha mais nada a dizer.

(C) que o Cebolinha queria dizer apenas isto mesmo.

(D) a continuidade do pensamento do Cebolinha.

 

QUESTÃO 11 (SAEP 2012)

D14- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.

Leia o texto abaixo e responda.

O pai telefona para casa:

– Alô?

– ...

Reconhece o silêncio da tipinha. Você liga? Quem fala é você.

– Alô, fofinha.

Nem um som. Criança não é para ser chamada fofinha. Cinco anos, já viu.

– Oi, filha. Sabe que eu te amo?

– Eu também.

“Puxa, ela nunca disse que me amava”.

– Também o quê?

– Eu também amo eu.

Crianças (seleção). Curitiba, 2001. p. 31. Disponível em: <http://www.releituras.com/daltontrevisan_crianca.asp>.

Em qual dos trechos desse texto está expressa a opinião do narrador?

A) “Reconhece o silêncio da tipinha.”.

B) “Criança não é para ser chamada de fofinha.”.

C) “– Oi filha. Sabe que eu te amo?”.

D) “Puxa, ela nunca disse que me amava”.

QUESTÃO 12

D7 – Identificar a tese de um texto

Leia o texto abaixo.

RECEITAS DA VOVÓ

Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando).

A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias:

A) Fazem com que lembremos a nossa infância.

B) Resgatam nossas tradições familiares ou étnicas.

C) São as que só nossas mães ou avós conhecem.

D) São uma parte importante da cultura brasileira.

QUESTÃO 13 (PROVA BRASIL)

D8 –   Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

Leia o texto abaixo:

O QUE É SER ADOTADO

Os alunos do primeiro ano, da professora Débora, discutiam a fotografia de uma família. Um menino na foto tinha os cabelos de cor diferente dos outros membros da família.

Um aluno sugeriu que ele talvez fosse adotado e uma garotinha disse:

– Sei tudo de filhos adotados porque sou adotada.

– O que é ser adotado? – outra criança perguntou.

– Quer dizer que você cresce no coração da mãe, em vez de crescer na barriga.

DOLAN, George. Você Não Está Só. Ediouro

O aluno sugeriu que a criança da foto tinha sido adotada por que:

A) os cabelos dela eram diferentes.

B) estava na foto da família.

C) pertencia a uma família.

D) cresceu na barriga da mãe.

QUESTÃO 14 (SAERS)

D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto

Leia o texto abaixo.

FÁBULA: A TARTARUGA E A LEBRE

                  (Esopo)

A lebre estava caçoando da lerdeza da tartaruga. A tartaruga se abespinhou e desafiou a lebre para uma corrida. A lebre, cheia de si, aceitou a aposta. A raposa foi escolhida como juiz. A solução por ser muito sabida e correta. A tartaruga não perdeu tempo e começou a se arrastar. A lebre logo ultrapassou a adversária e, vendo que ia ganhar fácil, resolveu dar um cochilo. Acordou assustada e correu como louca. Na linha de chegada, a tartaruga esperava a lebre toda contente.

Devagar se vai ao longe.

BENNET, William J. (Org.); MACHADO, Luiz Raul (Trad.). O livro das virtudes.

 O principal objetivo desse texto é

A)  descrever um local.

B) evidenciar uma moral.

C) falar sobre uma aposta.

D) relatar um fato científico.

 

QUESTÃO 15 (Prova Brasil)

D11- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto

Leia o texto abaixo:

A FUNÇÃO DA ARTE

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.

Viajaram para o Sul.

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

– Me ajuda a olhar!

 GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno 5ª ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997.

 O menino ficou tremendo, gaguejando por que

A) a viagem foi longa.

B) as dunas eram muito altas.

C) o mar era imenso e belo.

D) o pai não o ajudou a ver o mar.

QUESTÃO 16 – (Prova Brasil)

D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

Leia o texto abaixo:

O CABO E O SOLDADO

Um cabo e um soldado de serviço dobravam a esquina, quando perceberam que a multidão fechada em círculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.

Não conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem:

— Eu sou irmão da vítima.

Todos olharam e logo o deixaram passar.

Quando chegou ao centro da multidão, notou que ali estava um burro que tinha acabado de ser atropelado e, sem graça, gaguejou dizendo ao soldado:

— Ora essa, o parente é seu.

 Revista Seleções. Rir é o melhor remédio. 12/98, p.91.

No texto, o traço de humor está no fato de:

A) o cabo e um soldado terem dobrado a esquina.

B) o cabo ter ido verificar do que se tratava.

C) todos terem olhado para o cabo.

D) ter sido um burro a vítima do atropelamento.

D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Texto: Infância

Eu tenho oito anos e já sei ler e escrever.

Por isso, ganhei de presente a história de Peter Pan. As aventuras dele com o Capitão Gancho e o jacaré que engoliu um relógio até que são engraçadas. Mas achei uma bobagem aquela mania do Peter Pan de querer ficar sempre menino.

Já imaginaram se todos quisessem ficar sempre pequenos e nunca mais crescer? Aí quem ia cuidar da gente? Fazer comida, passar pito, mandar tomar banho, dizer que é hora de ir pra cama?

Sarar a gente da dor de barriga e da dor de dente?

 Fonte: Henriqueta Lisboa ET ALII. Varal de Poesia.1ª ed. São Paulo: Ática, 2003. p. 35.

 QUESTÃO 17 (Prova Rio, 2010)

No trecho “As aventuras dele com o Capitão Gancho”, a palavra destacada refere-se ao

(A) jacaré.

(B) menino.

(C) Peter Pan.

(D) relógio.

D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

 Texto: Um conto de gatos

 Os gatos sortudos da Rua Melenas tinham cada um sete ratos para comer. Os outros, com dois apenas tinham de se satisfazer. O total de ratos comidos sendo 24, quantos gatos traçaram ratos?

UM CONTO de gatos. CiênciaHoje das Crianças, ano 9. nº 60. Jul. 2006. p. 28.

 

QUESTÃO 18 (SAEP 2012)

No trecho: “Os outros, com dois apenas...”, a expressão em destaque se refere

(A) aos gatos.

(B) aos ratos.

(C) aos contos.

(D) aos gatos e ratos.

 

D8 - Estabelecer relações de causa/consequência entre partes e elementos do texto.

 Texto: O terremoto

Depois do terremoto, apenas uma casa ficou de pé.

__ Por que você ficou de pé, sua casa doida, não sabe que houve um terremoto? – Advertiu a bruxa.

__ Um terremoto?! – repetiu a casa com as janelas esbugalhadas.

E foi tratando logo de desabar também com medo da bruxa.

DÍDIMO, Horácio. As historinhas do mestre jabuti. Fortaleza: Edições Democrático Rocha, 2003, p. 23

 QUESTÃO 19 (SAERJ 2009)

A casa que estava em pé desabou

(A) por causa de um terremoto.

(B) porque teve medo da bruxa.

(C) porque era uma casa doida.

(D) por causa das janelas abertas.

D5- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). 

 

                                Garfiel – 0024-7

QUESTÃO 20 (SARESP 2010)

O balão do 3.º quadrinho é diferente dos outros. Seu formato indica que o personagem está

(A) cochichando.

(B) cantando.

(C) gritando.

(D) pensando.