quinta-feira, 28 de novembro de 2019

POEMA: LUA CHEIA - CASSIANO RICARDO - COM GABARITO

Poema: Lua cheia
            Cassiano Ricardo

Boião de leite
que a noite leva
com mãos de treva
pra não sei quem beber.

E, que, embora levado
muito devagarinho,
vai derramando pingos brancos
pelo caminho...
          Martim Cererê. 3ª ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1974. p. 91.
                    Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – Atual Editora -2002 – p. 47.
Entendendo o poema:
01 – Algumas expressões do texto apresentam duplicidade de sentido.
a)   Identifique ao menos duas delas.
Boião de leite e pingos brancos.

b)   Dê o sentido comum e o sentido contextual de cada uma delas.
Boião de leite: vaso com leite e, no contexto, a lua;
Pingos brancos: gotas de líquido que caem e, no contexto, os raios de luz que a lua deixa pelo caminho.

02 – De acordo com o texto, qual o significado da palavra boião?
      Vaso bojudo, de barro ou de vidro, usado para guardar doces, conservas, etc.



IMAGEM: LINGUAGEM NÃO-VERBAL - COM QUESTÕES GABARITADAS

IMAGEM: LINGUAGEM NÃO- VERBAL

Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Português – 6ª Série – Ed. Ática, 2007 – p.10/11.

ESTUDO DO TEXTO
1)   Dizem que uma imagem fala mais que mil palavras. Que reação essa foto causa em você?
Resposta pessoal.

2)   A ave retratada na foto é uma garça. Onde ela está pousada?
Ela está pousada dentro do rio.

3)   Por que a imagem da garça aparece duplicada?
A imagem invertida é o reflexo da ave na água do rio.

4)   Observe a figura da garça. Ela parece assustada e com medo ou tranquila e atenta? O que, em sua postura, permite chegar a essa conclusão?
A garça parece tranquila, pois está firmemente apoiada em seus dedos espalmados no chão; a cabeça ereta e os olhos abertos revelam atenção.

5)   Onde, provavelmente, essa foto foi tirada: em um trecho do rio que atravessa uma cidade ou uma região rural? Mencione pelo menos um elemento da foto que justifique sua resposta.
A foto foi tirada em uma região rural, pois mostra um pedaço de mata.

TIRA: O MELHOR DE CALVIN - SUJEITO DA ORAÇÃO - COM GABARITO


Tira: O melhor de Calvin


                                        Bill Watterson. O melhor de Calvin. O Estado de São Paulo, 27/10/96.
                          Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – Atual Editora -2002 – p. 48.
Entendendo a tira:

01 – Indique o sujeito das orações abaixo:
a)   “De onde vêm os bebês?”
Os bebês.

b)   “[...] eles são deixados nas soleiras das portas pelas cegonhas?”
Eles.

c)   “[...] você foi jogado pela chaminé por um pterodáctilo peludo.”
Você.

02 – Compare o sujeito das orações a e b do exercício anterior e responda:
a)   Quem pratica a ação expressa na forma verbal vêm?
Os bebês.

b)   Quem recebe a ação expressa pela forma verbal são deixados?
Eles, os bebês.

03 – Releia as orações a e b do exercício 1 e responda:
a)   Quem deixa os bebês nas soleiras das portas?
As cegonhas.

b)   Segundo o pai, quem jogou o Calvin pela chaminé?
Um pterodáctilo peludo.

c)   A que classe gramatical pertencem as palavras per (pelas) e por que introduzem esses termos?
Á classe das preposições.

04 – Relacione o 3° quadrinho aos anteriores e responda: Que estado de espírito da personagem Calvin a interjeição uau! traduz?
      Por seu um menino “diferente”, ele achou esse fato incrível e está feliz, maravilhado.

05 – Sabendo que Calvin é um garotinho contestador, criativo, imaginativo e irreverente, levante hipóteses:
        O que o pai quer dizer com “muita coisa”?
      Que o fato de Calvin ter sido trazido por um pterodáctilo peludo e não por uma cegonha, como todas as crianças, explica o modo de ser do garoto, inclusive o entusiasmo dele com a explicação; que uma resposta convencional provavelmente o deixaria insatisfeito ou mais perguntador, etc.



TEXTO: MAR, EMBARCAÇÕES E AMAZÔNIA - COM GABARITO


TEXTO: MAR, EMBARÇÕES E AMAZÔNIA


      A porta de entrada para a selva amazônica fica no Maranhão: é a floresta dos Guarás, uma das maiores florestas de manguezais do Brasil. A vegetação, os canais e o mar se misturam nas reentrâncias, cujo colorido se transforma num emocionante festival ao receber as pinceladas das asas vermelhas dos guarás e das velas de embarcações pesqueiras.
       Centenas de canais naturais navegáveis cortam a floresta dos Guarás.
       É um convite à navegação, à pesca e à descoberta de novos segredos naturais por entre a vegetação exuberante.

Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Português – 6ª Série – Ed. Ática, 2007 – p.13/14.

ESTUDO DO TEXTO

1)   O texto foi retirado de um material publicitário intitulado Maranhão – Uma grande descoberta, patrocinado pelo Governo do Maranhão. Observando o título desse material publicitário e o modo como foram descritas as características da região, que objetivo percebemos que ele tem em relação ao leitor?
Pode-se deduzir que, com a descrição atraente da região, o material pretende criar no leitor o desejo de conhecer o Maranhão.

2)   O autor do texto procura ressaltar aspectos positivos ou negativos da floresta dos Guarás? Justifique sua resposta com passagem do texto.
O autor busca ressaltar os aspectos positivos do lugar. Exemplos: “[...] cujo colorido se transforma num emocionante festival[...]”.

3)   A descrição que o autor do texto fez da floresta dos Guarás despertou em você o desejo de conhecer esse lugar?
Resposta pessoal.

4)   Observe os guarás da foto e procure descrevê-los, ressaltando o que têm de característico. Se quiser, você pode enriquecer o texto com sua opinião sobre essas aves.
Tem a cor vermelha das penas, o bico longo, afilado e recurvado, as pernas longas e finas que terminam em fortes garras que lhes dão firmeza para se apoiarem nos galhos das árvores.
 



quarta-feira, 27 de novembro de 2019

POEMA: VOCAÇÃO DO POETA - MURILO MENDES - COM GABARITO

Poema: Vocação do poeta
         
     Murilo Mendes

Não nasci no começo deste século:
Nasci no plano eterno,
Nasci de mil vidas superpostas,
Nasci de mil ternuras desdobradas
Vim para conhecer o mal e o bem
E para separar o mal e o bem.


Vim para amar e ser desamado.
Vim para ignorar os grandes e consolar os pequenos
Não vim para construir a minha própria riqueza
Nem para destruir a riqueza dos outros.
Vim para reprimir o choro formidável
Que as gerações anteriores me transmitiram.
Vim para experimentar dúvidas e contradições.

Vim para sofrer as influências do tempo
E para afirmar o princípio eterno de onde vim.
Vim para distribuir inspiração às musas.
Vim para anunciar que a voz dos homens
Abafará a voz da sirene e da máquina,
E que a palavra essencial de Jesus Cristo
Dominará as palavras do patrão e do operário.
Vim para conhecer Deus meu criador, pouco a pouco,
Pois se O visse de repente, sem preparo, morreria.

                                        MENDES, Murilo. “Vocação do poeta”. In: Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994. p. 248.
Fonte: Livro- Português – Série – Novo Ensino Médio – Vol. único. Ed. Ática – 2000- p. 357.

Entendendo o poema:

01 – Segundo as palavras de Cristo, “Todo aquele pois que se fizer pequeno, como este menino, esse será grande no reino dos céus” (Mateus; XVIII,4). Em que verso pode-se perceber a presença dessa passagem bíblica?
      “Vim para consolar os grandes e ignorar os pequenos”.

02 – Relendo a 2ª estrofe, você diria que os objetivos do eu lírico são materiais ou espirituais? Justifique com um verso da estrofe em questão.
      Espirituais. “Não vim para construir minha própria riqueza”.

03 – Diante de um mundo em que prevalece a mecanização, qual a esperança do eu lírico?
      Para o eu lírico, “a voz dos homens abafará a voz da sirene e da máquina”.

04 – Segundo o eu lírico, o que poderá eliminar definitivamente o conflito entre os homens, entre o capital e o trabalho, entre patrões e operários?
      “A palavra essencial de Cristo”.


CARTUM DE QUINO - LINGUAGEM NÃO VERBAL - COM GABARITO


Cartum de Quino


                        Humano se nace. Barcelona: Lumen, 1991. p. 40.
                         Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – Atual Editora -2002 – p. 42-3.
Entendendo o cartum:
01 – Observe as personagens desse cartum e perceba o que elas estão fazendo.
a)   O homem de terno preto está entrando ou saindo de casa? Justifique com elementos do cartum.
Está entrando. Pode-se ver que a porta está sendo mostrada pelo lado de fora, como atesta a campainha no lado esquerdo da porta.

b)   O cachorro, portanto, está dentro ou fora de casa?
Fora de casa.

02 – O cartum não fez uso de palavras. Apenas disso, há dois balões que supõem uma fala do homem de terno preto.
a)   O que você acha que o homem disse ao cachorro?
Prometeu-lhe um osso.

b)   Como o cachorro fica depois desse comentário?
Fica contente, eufórico.

03 – Observe a sequência de cenas após o contato do homem com o cachorro. Perceba também as alterações de movimento do rabo do cão.
a)   O que a repetição de cenas sugere quanto ao tempo transcorrido?
Que o cachorro esperou muito tempo.

b)   O que a alteração dos movimentos do rabo do cachorro informa quanto ao seu estado de espírito?
O cachorro vai perdendo a alegria até ficar desanimado.

04 – No último quadro, o cachorro deixa a porta e passa por um painel cheio de cartazes.
a)   Por que ele se retira da porta?
Desistiu de esperar pelo homem, que não voltou.

b)   Quem é o homem dos cartazes e que tipo de propaganda eles veiculam?
É o homem que lhe prometera o osso. Os cartazes veiculam propaganda política.

05 – Indiretamente, há uma relação entre os cartazes e a situação ocorrida entre o homem e o cachorro.
a)   Qual é a profissão desse homem?
Ele é um político profissional.

b)   A quem o cachorro corresponderia, na vida real?
Ao povo.

c)   Segundo a visão do cartum, por que ele não cumpriu a promessa feita ao cão?
Sendo político, como é habitual, não cumpre suas promessas.

d)   Implicitamente, o que se pode supor do futuro profissional desse homem, se eleito?
Que será mais um político irresponsável, que faz promessas durante a campanha e, depois de eleito, esquece o povo e não cumpre o que prometeu.

ROMANCE: O HOMEM - (FRAGMENTO DE OS SERTÕES) - EUCLIDES DA CUNHA - COM GABARITO

Romance: O homem – Fragmento de Os Sertões.
                  Euclides da Cunha

        De repente, uma variante trágica.
        Aproxima-se a seca.
    O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o flagelo.
     Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Ceará.
        Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o peruano; e no Peru crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra.
        Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-a, estóico. Apesar das dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta a todo o transe esperanças de uma resistência impossível.
            Euclides da cunha. Os Sertões. 29. ed. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1979. p. 92.
Fonte: Livro- Português – Série – Novo Ensino Médio – Vol. único. Ed. Ática – 2000- p. 294-5.

Entendendo o romance:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Limbo: Orla, rebordo.

·        Candente: Em brasa.

·        Anomalia: Anormalidade.

·        Estóico: Impassível diante da dor ou do infortúnio.

02 – Como Euclides da Cunha caracteriza o homem sertanejo?
      Como um homem corajoso, bravo e estóico.

03 – Em que o homem sertanejo difere do peruano?
      O sertanejo ao contrário do peruano, não se apavora com as calamidades naturais.

04 – Por que Buckle caracteriza como uma “anomalia” o fato de o homem não se afeiçoar nunca às calamidades naturais que o rodeiam?
      Porque, tendo nascido em meio delas, deveria ser natural a sua adaptação.

05 – Destaque do texto uma passagem que demonstra ser o flagelo da seca algo repetitivo e bastante conhecido pelo sertanejo.
      “Apesar das dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de episódios...”.

06 – Com relação à linguagem, qual a característica da obra “Os Sertões”, de Euclides da Cunha?
      O estilo retórico-discursivo, muitas vezes barroco e pomposo.