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sábado, 20 de outubro de 2018

POEMA: MINHAS FILHAS - PATATIVA DO ASSARÉ - COM GABARITO

POEMA: MINHAS FILHAS
             Patativa do Assaré



Minhas filhas eu vejo que são três
E cada qual é da beleza irmã,
Se eu quero Lúcia, muito quero Inês
Da mesma forma quero Miriam.

Vendo a meiguice da primeira filha,
Vejo a segunda que me prende e encanta
A mesma estrela que reluz e brilha,
Se olho a terceira, vejo a mesma santa.


Se a cada uma com fervor venero,
Fico confuso sem saber das três
Qual a mais linda e qual mais eu quero
Se é Miriam, se é Lúcia ou se é Inês.

E já velho, a pensar de quando em quando
Que brevemente voltarei ao pó,
Eu sou feliz e morrerei pensando
Que as três filha que tenho é uma só.

PATATIVA DO ASSARÉ. Antologia Poética. 4.ed. rev. Fortaleza:
Demócrito Rocha, 2004. p.233.
Entendendo o poema:
01 – Para o velho, a primeira filha se destaca pela:
a) beleza.
b) comportamento
c) meiguice.
d) obediência
e) inteligência.

02 – Ao dizer “brevemente voltarei ao pó”, o velho revela que:
a) reconhece que seu fim está próximo.
b) sabe das dificuldades da sua sobrevivência.
c) sente necessidade de se afastar de casa.
d) vai percorrer estradas empoeiradas.
e) é um velho muito solitário.

03 – “Minhas filhas” é um poema porque está organizado em:
a) orações e versos.
b) versos e estrofes.
c) parágrafos e estrofes.
d) períodos e parágrafos.
e) parágrafos e versos.

04 – O velho acha que suas filhas são igualmente:
a) belas.
b) dedicadas.
c) meigas
d) obedientes.
e) inteligentes.

05 – O poema trata especialmente:
a) das preferências de um pai.
b) de uma relação familiar harmoniosa.
c) do afeto de um homem por suas filhas.
d) do respeito das filhas pelo pai.
e) do amor de um pai para uma só filha.

06 – No trecho: “Vou buscando meu amor para ver a vida passar”. A locução sublinhada, apresenta o verbo na forma nominal de:
a) infinitivo
b) particípio
c) gerúndio
d) imperativo
e) n.d.a

07 – “Ela andou rápido, mas foi pouco tempo, de acordo com o treinador”. A oração apresenta os seguintes advérbios, respectivamente:
a) tempo – lugar
b) modo – intensidade
c) lugar – intensidade
d) tempo – intensidade
e) intensidade – modo

08 – “Outra lição que Joãozinho já aprendeu é não ir acreditando em tudo que dizem.”
Os verbos sublinhados encontram-se, na sequência, nos seguintes tempos, modos ou formas nominais:
a) Pret. perfeito do indicativo, locução verbal, pretérito perfeito do indicativo.
b) Pret. perfeito do indicativo, locução verbal com gerúndio, pretérito perfeito do indicativo.
c) Pret. perfeito do indicativo, locução verbal com gerúndio, presente do indicativo.
d) Pret. perfeito do indicativo, locução verbal com gerúndio, futuro do pretérito do indicativo.
e) Pret. perfeito do indicativo, locução verbal, futuro do presente.



sábado, 4 de agosto de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): SOU NORDESTINO - GILDÁRIO DE ASSARÉ &PATATIVA DO ASSARÉ - COM GABARITO

Música(Atividades): Sou Nordestino
     

                            Compositor: Gildário De Assaré & Patativa Do Assaré

Meu Nordeste terra amada
Terra da mulher rendeira
Do coco da embolada
E da velha benzedeira
Nesta terra abençoada
Quero minha vida inteira

Refrão: (2x)
Por ordem celeste eu sou do nordeste
Sou cabra da Peste de tudo aqui tem
Canta o violeiro, aboia o vaqueiro
E bom sanfoneiro toca o xen-nhém-nhém

Não há nada mais bonito
Do que se ouvir do sertão
O sabiá sonoroso
Cantando sua canção
E se ver o sol brilhante
Cobrindo a face do chão
Refrão: (2x)
Por ordem celeste eu sou do nordeste
Sou cabra da Peste de tudo aqui tem
Canta o violeiro, aboia o vaqueiro
E bom sanfoneiro toca o xen-nhém-nhém

Sou nordestino e me orgulho
Da terra que Deus me deu
Aqui com a natureza
Foi que o artista aprendeu
Nesta terra abençoada
O rei do baião nasceu

Refrão: (5x)
Por ordem celeste eu sou do nordeste
Sou cabra da Peste de tudo aqui tem
Canta o violeiro, aboia o vaqueiro
E bom sanfoneiro toca o xen-nhém-nhém.

Entendendo a canção:
01 – Para você o que é ser nordestino?
      Resposta pessoal do aluno.   

02 – O autor da canção é de qual região brasileira?
      Do Nordeste.

03 – Você é de qual região brasileira?
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Para Patativa do Assaré, o que há de mais bonito no Sertão?
      “Ouvir o sabiá cantando a sua canção, ver o sol brilhante cobrir a face do chão.”

05 – Qual é o sentimento que Patativa do Assaré tem por ter nascido no Nordeste? Por quê?
      Orgulho. Por ser Nordestino.

06 -  Escreva, com suas palavras, o que você gosta mais da região em que nasceu e por quê?
      Resposta pessoal do aluno.


quinta-feira, 31 de maio de 2018

POEMA: O PEIXE - PATATIVA DO ASSARÉ - COM GABARITO

Poema: O peixe 
                 Patativa do Assaré

Tendo por berço o lago cristalino,
Folga o peixe, a nadar todo inocente,
Medo ou receio do porvir não sente,
Pois vive incauto do fatal destino.

Se na ponta de um fio longo e fino
A isca avista, ferra-a inconsciente,
Ficando o pobre peixe de repente,
Preso ao anzol do pescador ladino.

O camponês, também, do nosso Estado,
Ante a campanha eleitoral, coitado!
Daquele peixe tem a mesma sorte. 

Antes do pleito, festa, riso e gosto,
Depois do pleito, imposto e mais imposto.
Pobre matuto do sertão do Norte!
                              Patativa do Assaré
 Entendendo o poema:
01 – Analise o seguinte verso do poema: “Tendo por berço o lago cristalino”, qual é o significado do vocábulo berço nesse contexto?
      No contexto significa “Terra Natal”.

02 – Observe os significados do verbete “incauto”:
in·cau·to (latim incautus, -a, -um)
adjetivo
1.Que não tem cautela ou prudência. 
2.Que é inocente e sem malícia. 
        Agora analise os versos a seguir: “Folga o peixe, a nadar todo inocente, / Medo ou receio do porvir não sente / Pois vive incauto do fatal destino…” De acordo com as informações contidas nesses versos, qual significado é o mais correto para a ação do peixe? Explique por quê?
     Os dois significados podem ser empregados à ação do peixe, ele nada sem prudência e é inocente, porque nem imagina que um pescador poderá capturá-lo.

03 – “Se na ponta de um fio longo e fino 
         A isca avista, ferra-a inconsciente,
         Ficando o pobre peixe de repente, 
         Preso ao anzol do pescador ladino…”
Explique com base na leitura desses versos, o significado do termo “pescador ladino”.
      Pescador esperto.

04 – Faça a leitura das duas últimas estrofes do poema e explique a comparação feita pelo poeta.
      O poeta compara o peixe que ele considera inocente ao cidadão do campo que acredita na falsidade dos políticos que antes das eleições faz festa, distribui riso e gosto. Depois de eleito cobra imposto e mais imposto.

05 – Qual é a crítica que o poeta faz nesse poema “O peixe”? Você concorda com a afirmação feita por Patativa do Assaré? Explique?
      O poeta faz uma crítica aos políticos do nosso país que agem com esperteza para conquistar o voto do povo, principalmente os humildes e, depois que é eleito acaba com o bolso do povo na cobrança de impostos.

06 – Agora é sua vez de redigir um poema. As informações contidas nele deverão consistir em uma crítica implícita à política do nosso país. Siga o esquema de rimas adotado pelo poeta, bem como a quantidade de versos e estrofes.
      Resposta pessoal do aluno.






quinta-feira, 26 de abril de 2018

POEMA: AOS POETAS CLÁSSICOS - PATATIVA DO ASSARÉ - COM GABARITO

Poema: AOS POETAS CLÁSSICOS
              Patativa do Assaré

[...]

Depois que os dois livro eu li,             Cheio de rima e sentindo
Fiquei me sentindo bem,                    Quero iscrevê meu volume,
E ôtras coisinha aprendi                     Pra não ficá parecido
Sem tê lição de ninguém.                   Com a fulô sem perfume;
Na minha pobre linguage,                  A poesia sem rima,
A minha lira servage                          Bastante me disanima
Canto o que minha arma sente          E alegria não me dá;
E o meu coração incerra,                   Não tem sabô a leitura,
As coisas de minha terra                    Parece uma noite iscura
E a vida de minha gente.                   Sem istrela e sem luá. [...]
Poeta niversitaro,
Poeta de cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia
Não vá recebe carinho,
Nem lugio e nem istima,
Mas garanto sê fié
E não istruí papé
Com poesia sem rima.

                       Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva,
                                                                     Talvez este meu livrinho 1909 – 2002).                                             
Entendendo o poema:
01 – O eu lírico imagina que a linguagem empregada em seus poemas não corresponde exatamente às expectativas de leitores cultos, que por isso não apreciariam seu livro. Por que ele acha que seus versos não agradariam a esses leitores?
     O eu lírico acredita que os leitores cultos desprezarão seus versos porque neles não se encontram referências à mitologia nem mesmo um rico vocabulário.

02 – Nos versos da canção, o eu lírico declara desejar escrever um livro que seja agradável à leitura. Por que se pode afirmar que no poema essa leitura prazerosa está associada a uma linguagem não utilitária?
     Uma vez que julga recursos como a rima essenciais para elaborar versos cuja leitura seja agradável, o eu lírico sugere que somente uma linguagem especial pode ser atraente.

03 – A linguagem sem recursos especiais é desprezada pelo eu lírico. A que o eu lírico compara essa linguagem que “não tem sabô”?
     O eu lírico compara a linguagem sem atrativos a uma flor (mulher) sem perfume e a uma noite escura, sem estrela nem luar.