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domingo, 24 de janeiro de 2021

POEMA: SOB O CÉU TODO ESTRELADO - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

 Poema: Sob o Céu Todo Estrelado

                 Manuel Bandeira

As estrelas, no céu muito límpido, brilhavam,
divinamente distantes.
Vinha de caniçada o aroma amolecente dos jasmins.
E havia também, num canteiro perto, rosas que
cheiravam a jambo.


Um vaga-lume abateu sobre as hortênsias e ali ficou
luzindo misteriosamente.
A parte as águas de um córrego contavam a eterna história
sem começo nem fim.
Havia uma paz em tudo isso…
(Era de resto o que dizia lá dentro o meio adágio de HaydnTudo era tudo isso era tão tranquilo… tão simples…
E deverias dizer que foi o teu momento mais feliz.

    Antologia poética. Rio de Janeiro, José Olympio, 1978.

Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Português – 6ª Série – Ed. Ática, 2007 – p. 13-4.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Amolecente: que faz amolecer, que enternece.

·        Caniçada: armação feita com bambu para sustentar uma trepadeira.

·        Córrego: riacho, pequeno rio.

·        Luzir: brilhar.

02 – Em “Sob o céu todo estrelado”, o poeta descreve um lugar. Vamos examinar como ele faz isso:

a)   Que elementos o poeta percebe pela visão?

Estrelas que brilham, um vaga-lume sobre hortênsias.

b)   O que é percebido pelo sentido do olfato?

O aroma dos jasmins e das rosas.

c)   O que ele ouve?

O som das águas de um córrego e o de uma música.

03 – A que o poeta compara o som das águas do córrego?

      Ao som da voz de uma pessoa contando uma história.

04 – Releia:

        “A parte as águas de um córrego contavam a eterna história
sem começo nem fim.”

a)   Na sua opinião, a que história o poema se refere?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: provavelmente, o poema alude ao incessante correr das águas, que entretanto não são sempre as mesmas. O fluxo pode simbolizar o próprio ciclo da vida.

b)   Um rio pode contar uma história?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Contar uma história é um ato próprio do ser humano.

05 – Leia:

        “E deverias dizer que foi o teu momento mais feliz”.

        Considerando que o poeta descreve uma paisagem vista por ele mesmo, converse com seus colegas: a quem o poeta se dirige no último verso?

      A ele próprio, que foi quem percebeu a paz, a tranquilidade e a simplicidade do lugar.

06 – No caderno, faça uma comparação entre a paisagem descrita no poema e a mostrada na foto que abre esta unidade, considerando:

a)   O período do dia.

Foto: dia; poema: noite.

b)   O rio.

Foto: um grande rio poluído que atravessa uma cidade; poema: um córrego.

c)   As sensações que um lugar e outro transmitem.

Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

POEMA: RONDÓ DE EFEITO - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

                 POEMA: RONDÓ DE EFEITO

                                   Manuel Bandeira

Olhei para ela com toda a força.
Disse que ela era boa.
Que ela era glamorosa,
Que ela era bonita pra burro:
Não fez efeito.

Virei pirata:
Dei em cima dela de todas as maneiras,
Utilizei o bonde, o automóvel, o passeio a pé,
Falei de macumba, ofereci pó…
À toa: não fez efeito.

Então banquei o sentimental:
Fiquei com olheiras,
Ajoelhei,
Chorei,
Me rasguei todo,
Fiz versinhos,
Cantei as modinhas mais tristes do repertório do Nôzinho.

Escrevi cartinhas e pra acertar a mão, li Elvira a Morta Virgem,
romance primoroso e por tal forma comovente que ninguém pode lê-lo
sem derramar copiosas lágrimas…

Perdi meu tempo: não fez efeito.
Meu Deus que mulher durinha!
Foi um buraco na minha vida.
Mas eu mato ela na cabeça:
Vou lhe mandar uma caixinha de Minorativas,
Pastilhas purgativas:
É impossível que não faça efeito!

Por Manuel Bandeira

Entendendo o poema

1)   Com base no texto acima, julgue com (V) verdadeiro e (F) falso para os itens que se seguem.

(  V  ) Para conquistar sua amada, o narrador faz três investidas sucessivas que podem ser assim resumidas: elogio da beleza física da mulher; oferecimento de vantagens materiais e chantagem emocional.

(  F ) Fica claro que o narrador oferece à jovem uma caixa de pó-de-arroz, produto de maquilagem muito usado pelas moças de pele alva.

( V  ) Apesar de se tratar de construções sintáticas diferentes, em “À toa” e “Perdi meu tempo” há a mesma informação semântica.

( F) Entre os versos 11 e 15, o autor emprega, simultaneamente, duas figuras de linguagem da retórica tradicional: um hipérbato e um clímax.

2)   O eu lírico é feminino ou masculino? Explique extraindo um verso ou uma palavra do poema que comprove sua resposta.

É masculino.

“Então banquei o sentimental...”

3)   De que trata o poema?

O narrador se diz apaixonado e faz muitas tentativas para conquistar à mulher amada.

4)   No verso: “Me rasguei todo”, que figura de linguagem encontramos nesse verso?

Uma metáfora.

5)   O eu lírico conta algo que:

a)   Está acontecendo no presente.

b)   Aconteceu em um passado bem próximo.

c)   Aconteceu num passado distante.

d)   Acontecerá num futuro bem próximo.

6)   Que versos do poema expressa mais claramente o entusiasmo e paixão do eu lírico pela sua amada?

“Então banquei o sentimental:

  Fiquei com olheiras,

  Ajoelhei,

  Chorei,

  Me rasguei todo, ...”

7)   Qual fato desencadeou todas as ações do eu lírico contadas no poema?

A recusa de uma mulher em aceitar os galanteios de um homem que tenta conquistá-la insistentemente.

 

 

 

 

sábado, 22 de agosto de 2020

POEMA: A ONDA - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

 Poema: A onda

             Manuel Bandeira

A onda
a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda.

Manuel Bandeira. Estrela da tarde.

Entendendo o poema:

01 – A leitura do poema, permite ao leitor a percepção de que:

a)   O poema é um texto crítico sobre a violência.

b)   O poema é somente um texto crítico sobre a poluição.

c)   O poema faz referência à poluição tão visível em praias brasileiras.

d)   O poema não tem ritmo e nem mesmo palavras que constroem uma imagem.

02 – No poema observamos a evidência de uma figura de linguagem; qual?

      Trata-se de paronomásia, um recurso estilístico sonoro que toma por base a palavra “onda” e pode ser notado em: onda, anda, aonde, ainda.

03 – A repetição de um mesmo fonema vocálico no poema é um recurso sonoro conhecido como?

      Assonância.

04 – A combinação de um pequeno repertório vocabular e a disposição das palavras no papel, nos sugere o quê?

      Sugere o movimento da onda.

05 – Do ponto de vista gramatical está faltando preposição, se as colocasse no poema, o que aconteceria?

      A presença da preposição quebraria a fluidez sonora e a semelhança entre as palavras que compõem o poema.

 

 

terça-feira, 21 de julho de 2020

POEMA: NAMORADOS - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: Namorados

                Manuel Bandeira

O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
-Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
-Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?
A moça se lembrava:
-A gente fica olhando...

A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prosseguiu com muita doçura:
-Antônia, você parece uma lagarta listrada.
A moça arregalou os olhos, fez exclamações.
O rapaz concluiu:
-Antônia, você é engraçada! Você parece louca.

Manuel Bandeira

Entendendo o poema:

01 – Analise as afirmativas a seguir e depois assinale a opção correta.

I – Lançando mão de um procedimento moderno, o poeta torna tênue o limite entre prosa e poesia.

II – A métrica rígida do poema é um procedimento comum do estilo de época ao qual se filia o texto.

III – O título do poema encerra uma ironia, pois não há no texto o lirismo que caracteriza as composições poéticas românticas.

a)   I e III são corretas.

b)   Somente III é correta.

c)   II e III são corretas.

d)   Somente I é correta.

e)   I e II são corretas.

02 – A pergunta feita pelo rapaz provocou na moça:

a)   A constatação da fugacidade do tempo.

b)   A lembrança de um certo namorado de infância.

c)   Um brilho amargo e saudoso no olhar de menina.

d)   Um retorno ao comportamento infantil diante do inusitado.

e)   A descoberta da efemeridade dos namoros da sua infância.

03 – Em relação ao poema de Manuel Bandeira, analise as afirmativas sobre o ato comunicativo.

I – Percebe-se no poema, a presença da comunicação unilateral, porque em nenhum momento emissor e receptor trocam de papel.

II – O texto não apresenta sentido algum, apenas traz passagens da infância de personagens.

III – Predominância da utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano.

É correto o que se afirma apenas em:

a)   I.

b)   II.

c)   III.

d)   I e II.

e)   I e III.

04 – Verifica-se a ocorrência de personificação no seguinte verso:

a)   “A moça olhou de lado e esperou”.

b)   A menina brincou de novo nos olhos dela”.

c)   “—Antônia, você é engraçada! Você parece louca”.

d)   “A moça arregalou os olhos, fez exclamações”.

e)   “—Antônia, você parece uma lagarta listrada”.

05 – No poema, destaca-se como característica da poesia modernista.

a)   A reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas.

b)   A utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano.

c)   A criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado.

d)   A escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época.

e)   O recurso ao diálogo, gênero discursivo típico do Realismo.

06 – O poema não apresenta rimas nem estrofes, sendo considerado também como conto poético. Podemos classificá-lo, então, como:

a)   Poema narrativo.

b)   Poema descritivo.

c)   Poema dissertativo.

07 – O texto não diz a idade das personagens, por isso podemos levantar hipóteses. Que palavras nos permite imaginar a idade do casal?

      Rapaz, moça. Ele dezessete anos e ela quinze anos.

08 – O que o rapaz quis dizer com “ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara”?

      Porque ela era uma adolescente, fase de muitas mudanças no corpo, e provavelmente eles se conheciam desde criança.

09 – Ao comparar Antônia a uma lagarta listrada, a moça arregalou os olhos, fez exclamações. Por quê?

      Porque é uma lagarta rara, muito bela, e aparece durante o verão e a primavera.

10 – Quais teriam sido as exclamações feitas por Antônia?

      Quando ele disse que não se acostumava com seu corpo, com sua cara e depois quando disse que ela parecia uma lagarta listrada.

11 – Sobre o poema, considere as seguintes afirmativas:

I – No poema “Namorados”, a poesia de Manuel Bandeira flerta com o prosa. Percebe-se um caráter narrativo, que permite a presença de mais de uma vez.

II – Embora o poema “Namorados” apresenta um assunto comum à tradição da poesia – a relação e a declaração amorosas –, o tratamento dado a ele pelo poeta é surpreendentemente simples, até cômico, em registro oralizante, um exemplo do que fez a crítica chama-lo de “poeta do cotidiano”.

III – A estranheza gerada pela comparação da moça a lagarta listrada é a chave da declaração do namorado, que pode ser lida ambiguamente: como uma mera estranheza e, portanto, uma imperfeição que combina com o verso que a descreve como louca; ou como uma estranheza atraente, sendo a loucura meramente uma forma moderna de expressar o “diferente”.

IV – Um dos aspectos interessantes da obra de Manuel Bandeira é a nítida passagem que se faz do simbolismo ao modernismo nos seus primeiros livros. Além de refletir a nossa própria história literária, esse processo de mudança também revela como a obra do autor se modificou sem perder muitas de suas características iniciais, mantendo-se sempre ligada a algumas formas da tradição, misturando, por exemplo, o verso livre de alguns poemas às formas fixas de outros.

Assinale a alternativa correta:

a)   São verdadeiras apenas as afirmativas I, II e IV.

b)   São verdadeiras apenas as afirmativas III e IV.

c)   São verdadeiras apenas as afirmativas I, III e IV.

d)   São verdadeiras apenas as afirmativas I, II e III.

e)   São verdadeiras as afirmativas I, II, III e IV.

 

 


quarta-feira, 1 de julho de 2020

POEMA: MAÇÃ - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: Maçã        

Manuel Bandeira

Por um lado te vejo como um seio murcho
Pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende o cordão placentário

És vermelha como o amor divino

Dentro de ti em pequenas pevides
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente

E quedas tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel.

Manuel Bandeira, in 'Poesia Completa e Prosa, Rio de Janeiro, 1986'.

Entendendo o poema:

01 – Indique com V as características modernistas presentes no texto e com F, as demais:

(F) Lirismo introspectivo.

(V) Valorização poética do cotidiano.

(F) Prosaísmo.

(V) Tom crítico-irônico.

(V) Liberdade formal.

02 – Com que(m) o eu lírico compara a maçã?

      Ela é comparada a pares do corpo humano: seio, ventre, por sua forma arredondada.

03 – Em que versos ela é aproximada a divindade?

      “És vermelha como o amor divino.

       Dentro de ti em pequenas pevides
       Palpita a vida prodigiosa
       Infinitamente.”

04 – A que o caule foi comparado?

      Ao cordão placentário.

05 – Nos versos: “E quedas tão simples / Ao lado de um talher / Num quarto pobre de hotel.”. Percebe-se o que na fala do eu lírico?

      Que ela sofre uma redução: ela é aproximada à condição de objeto pictórico, de natureza morta, ela é aproximada aos objetos, ao mundo inanimado, colocada ao lado do talher, no quarto de um hotel.

06 – Leia as afirmativas abaixo sobre o poema:

I – As expressões “por um lado” (linha 1) e “pelo outro” (linha 2) funcionam como elementos coesivos que conectam os dois primeiros versos da primeira estrofe.

II – Na segunda estrofe, a maçã é descrita a partir de uma perspectiva externa.

III – O título “Maçã” serve como elemento coesivo que conecta as três estrofes do poema.

Assinale a alternativa que corresponde às afirmativas verdadeiras:

a)   Apenas I.

b)   II e III.

c)   I e II.

d)   I e III.

e)   I, II e III.

07 – No texto é possível identificar características e recursos expressivos recorrentes do gênero poema, como o(a):

a)   Uso de frases longas em prosa.

b)   Uso de verbos no imperativo.

c)   Presença de rimas.

d)   Descrição objetiva.

e)   Divisão em versos.

08 – Releia os seguintes versos: “Por um lado te vejo como um seio murcho / Pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende o cordão placentário.”. Sobre o pronome relativo, cujo, em destaque acima, é correto afirmar que:

a)   Concorda com o termo que o sucede, “umbigo”, e indica lugar.

b)   Concorda com o termo que o antecede, “ventre”, e indica lugar.

c)   Concorda com o termo que o sucede, “cordão”, e indica relação de posse.

d)   Concorda com o termo que o sucede “umbigo”, e indica relação de posse.

e)   Concorda com o termo que o antecede, “ventre”, e indica relação de posse.

09 – No verso: “Num quarto pobre de hotel”, a expressão “de hotel” pode ser substituída, sem perda de sentido por:

a)   Uma oração subordinada adjetiva explicativa, como a destacada em “Num quarto pobre cujo hotel pertence”.

b)   Uma oração subordinada adjetiva restritiva, como a destacada em “Num quarto pobre que pertence a um hotel”.

c)   Uma oração subordinada adjetiva restritiva, como a destacada em “Num quarto pobre, que pertence a um hotel”.

d)   Uma oração subordinada adjetiva explicativa, como a destacada em “Num quarto pobre, que pertence a um hotel”.

e)   Uma oração subordinada adjetiva explicativa, como a destacada em “Num quarto pobre, que pertence a um hotel”.



 



     


domingo, 21 de junho de 2020

POEMA: GESSO - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: GESSO

              Manuel Bandeira

Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
— O gesso muito branco, as linhas muito puras —
Mal sugeria imagem de vida
(embora a figura chorasse).
Há muitos anos tenho-a comigo.
O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de pátina
[ amarelo-suja.
Os meus olhos de tanto a olharem,
Impregnaram-na da minha humanidade irônica de tísico.
Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
[ recompus a figurinha que chorava.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo
[ mordente de pátina…

Hoje esse gessozinho comercial
É tocante e vive, e me fez agora refletir
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.

Manuel Bandeira.

Entendendo o poema:

01 – A ação do tempo sobre a estátua de gesso é vista pelo poeta como:

a)   O que acabou por torna-la mais vivaz e expressiva, pelo menos até que um acidente a fizesse perder essa vivacidade.

b)   Responsável por danos que levaram uma obra de arte a perder sua pureza e vivacidade originais.

c)   Um elemento que, juntamente com os danos causados por um acidente, dá vida e singularidade ao que era inexpressivo e vulgar.

d)   O causador irremediável do envelhecimento das coisas e da consequente desvalorização dos objetos pessoais mais valiosos.

e)   Capaz de transformar um simples objeto comercial em uma obra de arte que parece ter sido criada por um escultor genial.

02 – “Mal sugeria imagem de vida

        (Embora a figura chorasse)”

        É CORRETO afirmar que a frase entre parênteses tem sentido:

a)   Adversativo.

b)   Concessivo.

c)   Conclusivo.

d)   Condicional.

e)   Temporal.

03 – “Um dia mão estúpida
         Inadvertidamente a derrubou e partiu.
         Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
         [ recompus a figurinha que chorava.
         E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo
         [ mordente de pátina…”

         Sobre os versos acima transcritos é INCORRETO afirmar:

a)   Mão estúpida pode ser alusão do poeta a si próprio e carregaria assim algum matiz da raiva que o teria acometido quando derrubou a estátua.

b)   Inadvertidamente tem o sentido de “De modo descuidado”, indicado o caráter acidental do episódio.

c)   Em recompus a figurinha que chorava, o poeta se vale de uma ambiguidade para sugerir o sofrimento da estátua com a queda.

d)   Com a alusão às feridas causadas à estátua, o poeta se refere aos sinais visíveis da junção dos pedaços dela depois de reconstituída.

e)   Com a expressão o sujo mordente da pátina, o poeta alude a transformação da estátua de sofredora em causadora de sofrimento.