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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

SONETO: ACROBATA DA DOR - CRUZ E SOUSA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Soneto: Acrobata da Dor


Gargalha, ri, num riso de tormenta,
Como um palhaço, que desengonçado,
Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
De uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
Agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche, salta clown, varado
Pelo estertor dessa agonia lenta ...

Pedem-se bis e um bis não se despreza!

Vamos! retesa os músculos, retesa
Nessas macabras piruetas d’aço...

E embora caias sobre o chão, fremente,
Afogado em teu sangue estuoso e quente,
Ri! Coração, tristíssimo palhaço.
                                                            Cruz e Sousa

Gavroche: garotos de Paris, figuradamente artista.
Estertor: respiração anormal própria de moribundos.
Fremente: vibrante, agitado, violento.
Estuoso: que ferve, ardente, febril.

Entendendo o soneto:

01 – Fazendo uma análise mais detalhada do soneto, assinale a afirmação incorreta:
a) ao longo do texto, constata-se que o acrobata da dor, desempenhando o papel de um triste e sofrido palhaço, é metáfora do próprio coração.
b) o acrobata precisa acolher a manifestação da audiência e seguir desempenhando seu papel, mesmo que o leve à morte.
c) essa espécie de clown, que vive de agradar às multidões, paga um preço alto: a ocultação de sua dor interior.
d) cena grotesca, o bis é a sedução da plateia que acaba conduzindo o acrobata para a tragédia.
e) a plateia pedindo bis corresponde à elite política que exige do cidadão, em sua luta diária, as maiores acrobacias.

02 – Ainda sobre o soneto, assinale a afirmação errônea:
a) há uma alusão ao fato de o palhaço, interiormente dilacerado, mascarar seus sentimentos para transmitir alegria.
b) a fachada de alegria e o sofrimento interior compõem a natureza conflitante do coração do poeta, sensibilizando o público.
c) há um vocabulário sugestivo, remetendo ao coração: “gargalhada sanguinolenta”, “convulsionado”, “retesa os músculos”.
d) o poema pode ser visto também como uma metáfora da condição do artista, em que se revelam as relações entre arte e poeta.
e) a condição do artista se espelha na do palhaço, sendo este forçado a rir, numa espécie de tortura interna e eterna.

03 – Assinale o item em que a expressão utilizada possui uma carga semântica que destoa das demais:
a) “riso de tormenta”
b) “gargalhada atroz, sanguinolenta”
c) “agonia lenta”
d) “Pedem-se bis”
e) “macabras piruetas”

04 – Assinale a alternativa em que a indicação entre parênteses não está de acordo com o verso:
a) “Gargalha, ri, num riso de tormenta,” (pleonasmo vicioso)
b) “salta, gavroche, salta clown, varado” (assonância)
c) “Da gargalhada atroz, sanguinolenta,” (sinestesia)
d) “nessas macabras piruetas d’aço...” (metáfora)
e) “afogado em teu sangue estuoso e quente,” (aliteração).



sexta-feira, 18 de maio de 2018

POESIA: O GRANDE SONHO - CRUZ E SOUSA - COM GABARITO

Poesia: O GRANDE SONHO
             Cruz e Sousa

Sonho profundo, ó sonho doloroso,
Doloroso e profundo sentimento!
Vai, vai nas harpas trêmulas do vento
Chorar o teu mistério tenebroso.
Sobe dos astros ao clarão radioso,


Aos leves fluidos do luar nevoento
Às urnas de cristal do firmamento,
Ó velho sonho amargo e majestoso!
Sobe às estrelas rútilas e finas,
Brancas e virginais eucarísticas,
De onde uma luz de eterna paz escorre.
Nessa amplidão das amplidões austeras
Chora o sonho profundo das esferas,
Que nas azuis melancólicas morre...
                                                                                                                

Entendendo a poesia:
01 – Quantas sílabas poéticas possuem os versos do poema lido?
       Possui dez.

02 – Como classificar a métrica do poema?
       Regular – Rígida – Simétrica.

03 – Qual o tipo de rima da primeira estrofe?
       Interpolada.

04 – Que recurso sonoro encontramos no verso 1?
       Assonância.

05 – Numere, sendo:
I – Aliteração
II – Assonância
III – Onomatopeia
I ) “A brisa do Brasil beija e balança.”
II ) “A lua banha a solitária estrada.”
III ) “Cloc cloc cloc...
         Saparia no brejo?
         Não, são os quatro cãezinhos policiais bebendo água.”





segunda-feira, 26 de março de 2018

POESIA: VIOLÕES QUE CHORAM... - CRUZ E SOUSA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

 Poesia: VIOLÕES QUE CHORAM...
            Cruz e Sousa

Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites de solidão, noites remotas
Que nos azuis da Fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.


Sutis palpitações à luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

(...)

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.

Que esses violões nevoentos e tristonhos
São ilhas de degredo atroz, funéreo,
Para onde vão, fatigadas do sonho,
Almas que se abismaram no mistério.

Sons perdidos, nostálgicos, secretos,
Finas, diluídas, vaporosas brumas,
Longo desolamento dos inquietos
Navios a vagar à flor de espumas.
                                                                     CRUZ E SOUSA

Entendendo a poesia:

01 – Descreva o trabalho lexical (de vocabulário) desenvolvido em Violões que choram...
      O trabalho lexical em Violões que choram... se irmana perfeitamente ao trabalho fonológico (de sons). Ambos vão provocando novas relações no campo dos significados (semântico).

02 – De que forma acontece o envolvimento poético no texto?
      O envolvimento poético neste poema acontece graças a uma bem-estruturada repetição de consoantes (aliteração), principalmente na estrofe antológica: “Vozes veladas, veludosas vozes”.

03 – Comente o trabalho sonoro no poema, isto é, as aliterações ocorridas.
      O trabalho sonoro, realizado com as consoantes VZ e I, transmite musicalidade por meio das palavras. É importante observar que o recurso das aliterações foi empregado em todo o poema, e a quantidade de substantivos usados no plural é bastante significativa, sugerindo os sons do violão na sibilante S.

04 – Os elementos sensoriais – sons, cores e odores – constituem estímulos para a imaginação do poeta simbolista, que, a partir deles, desenvolve associações de ideias bem particulares. Nesse texto, que elemento sensorial serve de partida para o poema?
      Os sons dos violões que o poeta escuta ao longe, durante a noite.

05 – Com que são comparados ou associados os sons dos violões?
      A “soluços ao luar”, “choros ao vento”, “gemidos, prantos”. Destacar o tom triste e melancólico dessa associações, que revelam o estado de espírito do poeta.

06 – Os sons dos violões despertam que recordações no eu lírico?
      Recordações de outras noites, “noites de além, remotas”. Destacar que os sons dos violões trazem à tona, para o poeta, todo um mundo de sensações indefiníveis, mas tristes, fazendo vibrar em sua alma dolências adormecidas, saudades esquecidas.

07 – Considere agora o aspecto sonoro dos versos. Que trabalho de linguagem se destaca no texto? Por quê?
      A aliteração, que percorre praticamente todas as estrofes. Chamamos a atenção, em particular, para as estrofes 1, 4, 6 e 7.

08 – Em resumo: que características tipicamente simbolistas estão presentes nesse texto?
      Forte musicalidade, intensão de sugerir e não de descrever, acentuado subjetivismo.


09 – A linguagem simbolista caracteriza-se por ser vaga, fluida, imprecisa. Por isso, emprega abundantemente substantivos abstratos e adjetivos. Destaque das duas primeiras estrofes do poema:
a)   Alguns substantivos e adjetivos responsáveis por essa fluidez;
“... violões dormentes, mornos”; “... vagos contornos”; “... noites remotas”; “... visões ignotas”.

b)   Alguns versos que conotem algo indefinido, vago.
“... soluços ao luar”; “nos azuis da Fantasia bordo”.

10 – Na linguagem realista, a adjetivação é empregada com a finalidade de compor um painel objetivo do objeto. Observe os adjetivos empregados no poema. Eles contribuem para formar um painel subjetivo ou objetivo da realidade.
      Subjetivo, pois como característica do Simbolismo as poesias tem sentido vago.

11 – Em vez de nomear ou explicar objetivamente, a linguagem simbolista procura sugerir.
a)   O que sugere a aliteração do fonema /v/ da 7ª estrofe?
Musicalidade.

b)   Com base na 1ª e na 5ª estrofes e no título do poema, indique que sentimentos ou estados d’alma sugerem, na visão do eu lírico, os sons do violão.
Tristeza, melancolia e nostalgia.

c)   Ao se atribuírem aos violões características como “dormentes”, “chorosos” e “tristonhos”, que figura de linguagem se verifica?
Personificação.

12 – Para os simbolistas, uma das formas de expressar as sensações interiores por meio da linguagem verbal é a aproximação ou o cruzamento de campos sensoriais diferentes, procedimento denominado sinestesia.
a)   Que campos sensoriais o poeta aproxima nas três estrofes iniciais?
“Doce como o oboé, verdes como a campina”.

b)   Destaque da 7ª estrofe um exemplo de sinestesia.
“Veludosas vozes”.




sábado, 24 de março de 2018

POEMA: TRISTEZA DO INFINITO - CRUZ E SOUSA - COM GABARITO


Poema: TRISTEZA DO INFINITO


Anda em mim, soturnamente,
Uma tristeza ociosa,
Sem objetivo, latente,
Vaga, indecisa, medrosa.

Como ave torva e sem rumo,
Ondula, vagueia, oscila
E sobe em nuvens de fumo
E na minh`alma se asila.
Uma tristeza que eu, mudo,
Fico nela meditando
E meditando, por tudo
E em toda a parte sonhando.



Tristeza de não sei onde,
De não sei quando nem como...
Flor mortal, que dentro esconde
Sementes de um mago pomo.

Certa tristeza indizível,
Abstrata, como se fosse
A grande alma do Sensível
Magoada, mística, doce.

Ah! Tristeza imponderável,
Abismo, mistério aflito,
Torturante, formidável...
Ah! Tristeza do infinito?

                                                                                CRUZ E SOUSA

Entendendo o poema:
01 – Um dos temas mais constantes da poética simbolista é a dor existencial. O texto realiza essa temática. Explique por quê.
       O texto aborda a temática da existencial, desde o momento em que o eu lírico expressa o seu pessimismo, a sua profunda tristeza de viver, e que não sabe explica-los.

02 – Há nos estilos de época de tendência subjetiva o interesse pelas abstrações, no qual se insere a busca do infinito. Transcreva do poema vocábulos que, semanticamente, projetam essa manifestação poética.
       Vagueia / Sobe / Sonhando / Mística.

03 – Na terceira estrofe ocorre a expressão de momento continuado da postura do eu lírico. De que recurso se utilizou o poema para projetar essa situação?
       Repetição de palavra.





domingo, 25 de fevereiro de 2018

POEMA: CÁRCERE DAS ALMAS - CRUZ E SOUSA - COM GABARITO

Poema: CÁRCERE DAS ALMAS
              Cruz e Sousa


Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do céu possui as chaves
Para abrir-vos as portas do Mistério?!

                                       Cruz e Sousa. In: Cruz e Sousa. Obras completas.
                                                            Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961 p. 185.

Entendendo o poema:
01 – Assinale a característica que o trecho NÃO contém:
     a)     Transcendência simbolista.
     b)    Atmosfera poética simbolista: abstrações.
     c)     Emprego de maiúsculas alegorizantes.
     d)    Visão pragmática do mundo.
     e)     Questionamento como índice de busca aflitiva.

02 – Percebe-se que, ao fugir da realidade, o poeta utiliza-se do (a):
     a)     Sonho.
     b)    Alma.
     c)     Calabouço.
     d)    Mistério.
     e)     Céu.

03 – Os poetas simbolistas ficaram conhecidos como “decadentistas”. Que estrofe melhor representaria o campo semântico do pessimismo, por reunir o maior número de vocábulos com esse valor?
       3ª estrofe.

04 – Esclareça: qual é o “Mistério”? Quem é o “Chaveiro”?
       O “Mistério” é ter o conhecimento da própria existência, e “chaveiro” é a morte.



segunda-feira, 8 de maio de 2017

POEMA: CAVADOR DO INFINITO - CRUZ E SOUSA - COM GABARITO

POEMA:  CAVADOR DO INFINITO
               Cruz e Sousa

Com a lâmpada do Sonho desce aflito
E sobe aos mundos mais imponderáveis,
Vai abafando as queixas implacáveis,
Da alma o profundo e soluçado grito.


Ânsias, desejos, tudo a fogo escrito
Sente, em redor, nos astros inefáveis
Cava nas fundas eras insondáveis
O cavador do trágico infinito.

E quanto mais belo infinito cava
Mais o infinito se transforma em lava
E o cavador se perde nas distâncias.

Alto levanta a lâmpada do Sonho
E com seu vulto pálido e tristonho
Cava os abismos das eternas ânsias!
                                                         Cruz e Sousa. Poesias. Nossos Clássicos.
                                                                   RJ. Livraria Agir Editora. 1967, p. 85.

1 – Assinale os itens que expressam característica da linguagem do texto, tendo em vista a forma:
a)     (X) O texto é um soneto que representa uma forma fixa de expressão (dois quartetos e dois tercetos).
b)    (  ) No texto, a métrica é irregular, embora haja o cuidado com as rimas bem configuradas.
c)     (X) O ritmo convencional realiza-se pelo estabelecimento da sonoridade de vocábulos, do uso da rima, da pontuação bem efetivada e da reincidência de alguns fonemas.
d)    (X) Emprego de linguagem figurada e apelo às impressões sensoriais.
e)     (X) Há a predominância do gênero lírico; portanto, além da função poética da linguagem, a função emotiva está presente.
f)      (X) O discurso do texto é vago e abstrato, observando a linguagem que prefere sugerir a nomear.

2 – Ainda estudando a forma.
a)     Retire do primeiro verso do texto I uma metáfora, explicando-a.
“Lâmpada do Sonho”; o poeta associa as significações de lâmpadas e sonho, em que este servirá de luz para iluminar o caminho durante a busca a que se refere o texto.

b)    Na primeira estrofe, o apelo às impressões sensoriais está evidente. Que sentidos foram destacados pelo poeta?
“Visão e Audição”.

c)     Transcreva do texto, da sua primeira estrofe, uma passagem que exemplifique a ocorrência da assonância.
“Vai abafando as queixas implacáveis.”

d)    Quando da seleção vocabular, o poeta, por motivos pessoais, psicológicos, optou por palavras de significação pessimista, negativista, o que não é de estranhar na poética do Simbolismo. Transcreva do texto palavras e ou expressões que comprovem este fato.
“Queixas”; “Aflito”; “Trágico” e “Tristonho”.

3 – Assinale os itens que expressam característica da linguagem do texto, tendo em vista o conteúdo:
(X) A oposição do poeta diante da vida é subjetiva e íntima.
(X) A poesia assume valor filosófico por questionar o estado de aflição da existência humana.
(  ) Não há no Simbolismo, de que o texto é representante, a prática da poética da busca do infinito, tal qual ocorre em alguns poemas do Barroco e do Romantismo.
(X) A mensagem do texto encerra a ideia de que mais importante que “buscar” é “encontrar”, e fica-nos, sugestivamente, que o “encontro” poderia ser o desvendar de um mistério.

4 – Ainda estudando o conteúdo:
a)     De que modo o eu lírico se projeta no poema?
Em busca para encontrar fundamentos para a existência humana.

b)    De acordo com a mensagem do texto, o que provavelmente pode ser o infinito que o poeta cava, procura?
O próprio eu.

c)     O termo “infinito”, constante do título, sugere imensidão, algo incalculável. No texto, há palavras e expressões que mantêm uma relação significativa direta e imediata com o termo. Transcreva uma de cada estrofe.

“Mundos mais imponderáveis”; “Eras insondáveis”; “Distâncias” e “Abismo”.

05 – O eu lírico do texto vive um drama existencial, representado pela ação de cavar o infinito. A propósito da 1ª estrofe da poesia, responda:
a)   Que verbos sugerem a ação de cavar?
Os verbos “descer” e “sobe”.

b)   Que instrumento o eu lírico utiliza para cavar o infinito?
Usa uma lâmpada do sonho.

06 – De acordo com o texto, o eu lírico, enquanto cava, abafa queixas e gritos da alma. Observe que, na escavação do infinito, o eu refere-se a “Sonho”, “Ânsias”, “Desejos” e, na última estrofe, diz cavar “os abismos das eternas ânsias”.

a)   O que se supõe ser o “infinito” cavado?
Supõe a difícil tarefa de manter suas esperanças mesmo que imprecisa, que não tem fim, eterna busca.

b)   O que provavelmente o eu lírico busca encontrar?
Ele procura de sua própria essência, por algo não encontrado que lhe causava aflição, buscando chegar a lugares “imponderáveis”, que são imprevisíveis, para abafar aquilo que sente.

c)   De acordo com a 3ª estrofe, pode-se dizer que o eu lírico encontrou o que procura?
Não. Ele intensifica sua busca, mais distante vai ficando de seus objetivos.

07 – Releia a última estrofe e, com base nela, responda:
a)   É possível afirmar que o processo de escavação terminou ou continua? Por quê?
Continua. Porque o eu lírico busca incessante chegar ao seu eu mais profundo e se libertar das agonias, embora nada mude.

b)   Que sentimento acompanha o eu lírico nesse processo?

Melancolia.