domingo, 4 de agosto de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): VACA ESTRELA E BOI FUBÁ - PATATIVA DO ASSARÉ - FAGNER - COM GABARITO

Música(Atividades): Vaca Estrela E Boi Fubá

Patativa do Assaré                              

Seu doutó me dê licença pra minha história contar.
Hoje eu tô na terra estranha e é bem triste o meu penar
Mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar.
Eu tinha cavalo bão, gostava de campear.
E todo dia aboiava na porteira do currá.

Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
Ô ô ô ô Boi Fubá.

Eu sou fio do Nordeste , não nego meu naturá
Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar,

Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá
Quando era de tardezinha eu começava a aboiar

Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
Ô ô ô ô Boi Fubá.
Aquela seca medonha fez tudo se trapaiar,
Não nasceu capim no campo para o gado sustentar
O sertão esturricou, fez os açude secar
Morreu minha Vaca Estrela, se acabou meu Boi Fubá
Perdi tudo quanto tinha, nunca mais pude aboiar

Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
Ô ô ô ô Boi Fubá.

Hoje nas terra do sul, longe do torrão natá
Quando eu vejo em minha frente uma boiada passar,
As água corre dos óio, começo logo a chorá
Lembro a minha Vaca Estrela e o meu lindo Boi Fubá
Com saudade do Nordeste, dá vontade de aboiar

Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
Ô ô ô ô Boi Fubá.

 Patativa do Assaré. Vaca Estrela e Boi Fubá. Em: A Terra é naturá. Epic/CBS,1980.

Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 9º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.61.
Entendendo a canção

1)   Na primeira estrofe da canção, é revelada uma transformação na vida do boiadeiro.
Que transformação é essa? Quais versos comprovam sua resposta?
O boiadeiro teve de sair do local em que morava e perdeu seu gado. Os versos que comprovam essa resposta são o segundo e o terceiro.

2)   Qual o termo dessa estrofe está em desacordo com a norma-padrão? Como essa palavra é registrada na norma-padrão?
O termo é “naturá”. Natural.

3)   Qual é o efeito de sentido produzido ao usar esse termo dessa maneira?
O efeito é o de reproduzir o modo de falar do boiadeiro.

4)   Procure no dicionário significado das palavras: medonha, tangeu e aboiar que estão no texto.
Medonha = que produz muito medo.
Tangeu = tocar os animais, fazendo-os caminhar.
Aboiar = trabalhar cuidando de bois.

5)   Na letra, o eu lírico retrata um espaço. Que espaço é esse?
O sertão do Nordeste brasileiro.

6)   É possível estabelecer relação entre o uso das palavras (questão 4) e o espaço retratado na canção? Justifique.
Sim, pois é provável que as palavras sejam comuns na fala da população, ou ao menos de parte da população, dessa região do Brasil.


POEMA: CANÇÃO DA GAROA - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

POEMA: CANÇÃO DA GAROA
              
    Mário Quintana

Em cima do telhado
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.

O relógio vai bater:
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
Fica olhando para mim.

E chove sem saber porquê
E tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...
Mário Quintana. Nariz de vidro. São Paulo: Moderna.1984.
Fonte: Livro: JORNADAS.port – Língua Portuguesa - Dileta Delmanto/Laiz B. de Carvalho – 6º ano – Editora Saraiva. p.245.
ENTENDENDO O POEMA
1)   Há um som que se repete no poema todo. Qual é?
O som representado pelas letras im/in.

2)   Que efeito causa a repetição desse som?
Uma cadência que tenta reproduzir o som do barulhinho da chuva no telhado.

3)   De que trata o poema?
Trata das situações em que nos encontramos num dia de chuva.

4)   No verso:
“Pirulin lulin lulin.....”
Que figura de linguagem encontramos?
Onomatopeia.



CONTO: OS DOIS PAPUDOS - RUTH GUIMARÃES - COM GABARITO

CONTO: OS DOIS PAPUDOS

           
                    Ruth Guimarães

        Vivia numa povoação um alegre papudo, estimado de todos, muito folgazão e boêmio. Não o impedia o papo de soltar grandes risadas. Pouco se lhe dava que o achassem feio, ou o chamassem de papudo. A verdade é que o tal papo o incomodava, mas o que não tem remédio remediado está, filosofava ele. E vamos tocar viola, e vamos amanhecer nos fandangos, viva a alegria, minha gente, que se vive uma vez só.
        Certo dia, foi ao povoado vizinho, a uma festa de casamento, levando embaixo do braço a inseparável viola. Demorou mais que de costume, bebeu uns tragos a mais, porém não deixou de voltar para casa, pois era tão trabalhador quanto festeiro, e tinha que pegar no serviço no outro dia bem cedo.
       Havia luar. Num grande estirão avistava a estrada larga, as touceiras de mato. Passava o gambá por perto dele, e o tatu, roncando, e voava baixo, silenciosamente, a corujinha campeira. O papudo não sentia medo. Andava em paz com Deus e com os Homens. Os animais, que adivinham nele um homem de coração compassivo, também não tinham medo dele.
       De repente, ao virar numa curva, viu embaixo da figueira brava, ramalhuda, uma roda de anões cantando. Todos com capuzes vermelhos, cachimbo com a brasa luzindo, a barba branca comprida, descendo até a altura do peito.
        -- O que será aquilo?
       Por um instante teve algum temor. Mas era tarde para fugir. Os foliões já o tinham visto. E, se se tratava de festa, isto era com ele. Saltou decidido para o meio da roda, empunhando a viola.
       -- Eu também sei cantar.
       Enquanto pinicava as cordas, prestava atenção às palavras dos dançarinos. Eles entoavam:
      Segunda, terça
      Quarta, quinta...
      E tornavam ao começo:
      Segunda, terça
      Quarta, quinta...
      E assim sempre, numa musiquinha muito cacete. Acostumado aos desafios, a improvisar, o papudo esperou a sua deixa. Assim que os anões começaram:
      Segunda, terça
      Quarta, quinta...
      Ele emendou:
      Sexta, sábado
      Domundo também.
      A roda pegou fogo. Os pequenos duendes barbudos gostaram da novidade. Rodopiavam cantando numa animação delirante, e foi assim a noite toda. E o papudo tocando e dançando.
      De madrugada, ao primeiro cantar do galo, a roda se desfez. O mais velho deles, e que parecia o chefe, perguntou-lhe:
       -- Que é que você quer, em paga de ter tocado para nós?
       -- Eu até que me diverti com esta festa - replicou o papudo.
       -- Mas peça qualquer coisa.
       -- Posso pedir seja o que for?
       -- Pode.
       -- Eu queria - disse ele, meio hesitante - queria me ver livre deste papo, que me incomoda muito.
      Um anãozinho agarrou o papo com as duas mãos, subiu pelo peito do papudo, firmou bem os pés, deu um arrancão.
      O papudo fechou os olhos.
      -- Agora eles me matam.
      De repente sentiu o pescoço leve. Abriu os olhos. Os anõezinhos tinham sumido. Não ouviu mais nada. Meio cinzento, despontava o dia.
       "Sonhei", pensou ele. "Bebi demais naquele casamento."
       Passou a mão pelo pescoço, estava liso, sem excrescência nenhuma.
       "Agora fiquei mais bonito", pensou também, muito satisfeito.
       E aí deu com o papo jogado em cima do cupim.
       Agarrou a viola e foi para casa.
       Imagine-se a sensação que não foi, o papudo amanhecer, sem mais nem menos, sem o papo.
      -- Que milagre foi esse? - perguntavam.
      Papudo ria, papudo cantava, continuava folgazão como sempre, mas não contava a aventura, de medo que o chamassem de louco, e não acreditassem.
      Esse moço tinha um compadre, que também era papudo.
      E tanto apertou o amigo, e tanto falou:
      -- Eu também quero me ver livre desse aleijão. Quero ficar bonito, e arranjar uma namorada. Você não é amigo.
      Foi assim, até que o moço lhe contou tudo.
      O outro encarou, incrédulo.
      -- Verdade?
      -- Verdade.
      -- O anão falou que você podia pedir o que quisesse?
      -- Falou.
      -- E você em vez de pedir riquezas, pediu para ficar sem o papo?
      -- Ora, pobreza não me incomoda, mas o papo incomodava.
      -- Mas você é louco. Você é um burro. Pedisse riqueza. Quem é rico, que é que tem o papo? Quem se incomoda com papo? Eu, se fosse rico, me casaria com uma mulher bonita, do mesmo jeito.     Você é bobo. Onde é esse lugar, onde você encontrou os fantasmas?
      O outro preveniu:
      -- Compadre, você vai lá com esganação, vai ofender os anõezinhos, e ainda se arrepende.
      -- Nada disso. Você o que é, é um egoísta. Está formoso, que se danem os outros.
      Aí o moço encolheu os ombros e falou:
      -- Sua alma, sua palma. Vá lá, depois não se queixe.
      Ensinou onde era, o compadre invejoso agarrou a viola e foi, noite alta, direitinho como o outro tinha feito. Também era noite de luar. Também dançou a noite inteira, cantando. Ao primeiro cantar do galo a roda se desfez.
      -- Que é que você quer, em paga de ter tocado para nós?
      O papudo deu uma piscadela maliciosa para o anão e falou, esfregando o indicador e o polegar, no gesto clássico, que significa dinheiro:
      -- Eu quero aquilo que o meu compadre não quis.
      Um anãozinho foi ao cupim, tirou o papo do outro que estava lá, e grudou em cima do papo do invejoso.
      E assim, por sua louca ambição, ele ficou com dois papos.

                                                 GUIMARÃES, Ruth (org.). Lendas e fábulas do Brasil, 4. ed. São Paulo: Cultrix, 1972.

Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.50 a 53..
Entendendo o conto:



01 – Em que lugar ocorre a história que você leu? Copie trechos do texto que justifiquem sua resposta.
      Em um povoado rural. “Num grande estirão avistava a estrada larga, as touceiras do mato”.

02 – O conto trata de dois homens que tinham uma característica que os diferenciava das outras pessoas.
a)   Que característica era essa?
Os dois homens eram papudos.

b)   A característica dessas personagens tem muita importância para o desenvolvimento do enredo. Que conflito ela desencadeia?
Os dois homens querem se livrar do papo que possuem, pois o papo é considerado um defeito físico.

c)   Havia alguma reação dos amigos e conhecidos em relação à característica das personagens? Que reação era essa?
Pode-se perceber no primeiro parágrafo que todos chamavam uma das personagens de papudo e o achavam feio, mas ele não dava atenção a isso.

d)   Ao longo do conto, pode-se perceber uma oposição entre as duas personagens principais. Qual é a diferença entre elas?
Um era alegre, de bem com a vida; o outro, ganancioso.

e)   O conto fala da transformação das personagens. Quem favorece a transformação delas?
Os duendes da floresta, seres mágicos que cumprem desejos.

03 – No final do conto, as características das duas personagens principais se modificam.
a)   Que mudanças o texto aponta em cada uma?
O primeiro homem fica livre do papo. O segundo tem seu papo duplicado.

b)   Por que essas mudanças ocorreram?
Porque os duendes atenderam aos pedidos conforme o entendimento deles.

04 – De que maneira a festança com os duendes colaborou para a transformação dos papudos?
      Durante a festa, os duendes divertiam-se muito e quiseram retribuir a alegria recebida. Por isso satisfizeram o desejo dos homens.

a)   Como eram as festas descritas na história? O que acontecia nelas?
Tinha muita bebida, canto, dança e se estendiam até a madrugada.

05 – Releia o seguinte trecho:
        “Por um instante teve algum temor. Mas era tarde para fugir. Os foliões já o tinham visto. E, se se tratava de festa, isto era com ele. Saltou decidido para o meio da roda, empunhando a viola.”

a)   Quem eram os foliões aos quais o trecho se refere?
Os duendes.

b)   Que estratégia a personagem usou para se defender dos foliões?
Usou sua viola, tocando e alegrando o ambiente.

c)   Como se caracteriza, no texto, o ambiente onde se passa a ação?
Repleto de alegria e de elementos mágicos.

06 – O que a expressão “Vivia numa povoação um alegre papudo” indica sobre a narrativa?
      O início do texto, com o tempo verbal de “vivia”, indica que a história ocorreu em uma época passada, não determinada.

07 – Quanto tempo duraram os fatos narrados na história?
      Não é possível determinar o tempo exato de duração dos acontecimentos, mas é possível supor que foram duas noites. No conto popular, não há marcas exatas de duração temporal do acontecimento.

08 – Quais outras expressões de tempo aparecem no texto?
      “Certo dia”; “por um instante”; “e assim sempre”; “de madrugada”; “ao primeiro cantar do galo”.

09 – Que efeito a ausência dessas expressões pode causar na narrativa?
      Se as expressões forem omitidas na narrativa, o leitor terá dificuldade em compreender a sequência dos acontecimentos.

10 – Leia o trecho a seguir, retirado do conto Os dois papudos.  
         "Enquanto pinicava as cordas, prestava atenção às palavras dos dançarinos. Eles entoavam: Segunda, terça Quarta, quinta".

a)    Identifique uma expressão utilizada nesse trecho que faça referência a uma das ações realizadas pelo papudo.
Enquanto pinicava as cordas.

b)    Considerando a situação apresentada no conto, o que essa expressão significa?
Tocando um instrumento de cordas.

c)    Reescreva a frase em qual a expressão é utilizada, substituindo-a pelo significado indicado na resposta anterior.
Enquanto tocava instrumentos de cordas...

d)    Após a reescrita, qual mudança é possível observar na frase?
Mais clareza de sentido.

e)    Por que será que, ao recontar a história, essa expressão foi usada?
Apenas para melhor identificar o tipo de texto.

f)      Qual é a relação entre o uso dessa expressão e o fato de o texto ser um conto popular?
Porque melhor identifica a linguagem não padrão.


FÁBULA: O LOBO E O CORDEIRO - LA FONTAINE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O Lobo e o Cordeiro

       La Fontaine

Na água limpa de um regato,
matava a sede um Cordeiro,
quando, saindo do mato,
veio um Lobo carniceiro.

Tinha a barriga vazia,
não comera o dia inteiro.
-- Como tu ousas sujar
a água que estou bebendo?
-- rosnou o Lobo, a antegozar
o almoço. – Fica sabendo
que caro vais me pagar!

-- Senhor – falou o Cordeiro –
encareço à Vossa Alteza
que me desculpeis, mas acho
que vos enganais: bebendo,
quase dez braças abaixo
de vós, nesta correnteza,
não posso sujar-vos a água.

-- Não importa. Guardo mágoa
de ti, que ano passado,
me destrataste, fingindo!
-- Mas eu nem tinha nascido.
-- Pois então foi teu irmão.
-- Não tenho irmão, Excelência.
-- Chega de argumentação.
Estou perdendo a paciência!
-- Não vos zangueis, desculpai!
-- Não foi teu irmão? Foi teu pai
ou senão foi teu avô –
disse o Lobo carniceiro.
E ao Cordeiro devorou.

        Moral da história: Onde a lei não existe, ao que parece, a razão do mais forte prevalece.
                    La Fontaine. Fábulas. Trad. por Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Revan, 1997.

Entendendo a fábula:
01 – Os as personagens estavam antes de se encontrarem?
      O cordeiro, na beira do riacho; o lobo, na mata.

02 – Na fábula, o lobo apresenta alguns argumentos para justificar sua ação. Quais são?
      Primeiro diz que o cordeiro está sujando sua água; depois que o cordeiro andara falando mal dele, e, finalmente, que, se não fora o cordeiro quem o ofendera, havia sido alguém de sua família.

03 – O cordeiro, ao responder ao lobo, procura provar que este estava enganado quanto à acusações que fazia. Procure no texto trechos que comprovem essa afirmação.
      O cordeiro diz que não estava sujando a água, pois o lobo estava num local bem acima de onde ele, o cordeiro, se encontrava. Depois, diz que não poderia ter falado mal do lobo no ano anterior, pois nem havia nascido. Finalmente, quando o lobo lhe diz que deveria pagar pelo que o irmão fizera, diz que não tem nenhum irmão.

04 – Nas fábulas, os animais falam, pensam e agem como seres humanos. Fale um pouco sobre as personagens da fábula lida, dando pelo menos três características de cada uma.
      Cordeiro: frágil, respeitoso, quer convencer seu opositor de que não é culpado das acusações e que, portanto, não merece punição.
      Lobo: o mais forte, o animal faminto, “o carniceiro” que quer abocanhar sua presa.

05 – Em sua opinião, a leitura do texto permite ao leitor deduzir que, desde o início, o lobo ia devorar o cordeiro de qualquer jeito? Justifique.
      Sim. Sabia que era o mais forte e que venceria o cordeiro com facilidade. Por isso, o texto diz que ele antegozava o almoço.

06 – Com base no que você respondeu na atividade anterior, conclua: por que, então, o lobo não devorou logo o cordeiro e ficou justificando o que ia fazer?
      Porque queria que o cordeiro, antes de ser devorado, ficasse convencido de que ele, o lobo, tinha razão.

07 – Pelo diálogo entre as personagens, podemos dizer que o lobo e o cordeiro eram velhos amigos conhecidos? Justifique.
      Não. O lobo diz que sim, ao afirmar que sabia que o cordeiro o insultara no ano anterior. Porém, quando o cordeiro diz que nem havia nascido ou quando rebate a afirmação a respeito de seu irmão, ficamos sabendo que se trata apenas de acusações falsas do lobo.

08 – Você acha que o cordeiro respondeu bem a todas as acusações que lhe foram feitas pelo lobo? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Mesmo tendo demonstrado que o lobo estava enganado, o cordeiro foi devorado. Por que ocorreu isso?
      Porque o lobo não estava preocupado com a veracidade das acusações; ele ia devorar o cordeiro porque estava faminto, e o animalzinho era bem mais fraco que ele.


CARTA A UMA SENHORA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Texto: “Carta a uma senhora”
Carlos Drummond de Andrade
A garotinha fez esta redação no ginásio
“Mammy hoje é dia das Mães e eu desejo-lhe milhões de felicidades e tudo mais que a Sra. sabe. Sendo hoje o dia das Mães, data sublime conforme a professora explicou o sacrifício de ser Mãe que a gente não está na idade de entender mas um dia estaremos, resolvi lhe oferecer um presente bem bacaninha e fui ver as vitrinas e li as revistas pensei em dar à Sra. o radiofono Hi-Fi de som estereofônico e caixa acústica de 2 alto-falantes amplificador e transformador mas fiquei na dúvida se não era preferível uma TV legal de cinescópio multirreacionário som frontal antena telescópica embutida, mas o nosso apartamento é um ovo de tico - tico talvez a Sra. adorasse o transistor de 3 faixas de ondas e 4 pilhas de lanterna bem simplesinho, levava para a cozinha e se divertia enquanto faz comida. Mas a Sra. se queixa tanto de barulho e dor de cabeça, desisti desse projeto musical, é uma pena, enfim trata-se de um modesto sacrifício de sua filhinha em intenção da melhor Mãe do Brasil. [...] ."
Carlos Drummond de Andrade. Crônicas 5. 14. ed. São Paulo: Ática, 2002. p.14.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 9º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.77.
Entendendo o texto
1-       De acordo com as informações presentes no texto, em que contexto o texto foi escrito pela menina?
A garotinha fez uma texto para a sua mãe no seu ambiente escola! 

2-       Apesar de o texto ser uma carta para a mãe, provavelmente ela não será a primeira a lê - lo. Quem você supõe que lerá o texto antes dela? Explique.
Já na primeira linha do texto somos informados de que  se trata de uma redação escolar, o que faz supor que o professor lerá a carta antes da mãe.

3- Qual relação é possível estabelecer entre as duas formas que a menina usa para se referir a mãe e o contexto em que o texto foi escrito?
 Como o texto foi escrito na escola, a menina utiliza ora uma linguagem mais formal, o que normalmente é esperado nesse ambiente, ora usa termos comuns em uma linguagem mais afetiva e pessoal, portanto informal.

4- Cite dois trechos ou termos presentes no texto que indiquem níveis de formalidade diferentes. 
Informal = “milhões de felicidade”, “bacaninha”, “simplesinho”, “ovo de tico-tico”, “filhinha”.
Formal = “sendo hoje o dia das mães”, “data sublime”, “modesto sacrifício”, entre outros.

5- A linguagem utilizada no texto está de acordo com a situação de comunicação? Por quê?
A personagem mistura registros das linguagens formal e informal. Mesmo estando em uma situação de sala de aula, como o texto é relativo a uma data comemorativa familiar e tem como interlocutora principal a mãe, essa mistura de registros é adequada ao texto e à situação de comunicação.

6- No começo da carta, a menina usou a palavra Mammy para se referir à sua interlocutora. Que tipo de relação entre a menina e sua mãe o uso dessa palavra indica?
Indica uma relação de proximidade e carinho.

7- Ao longo do texto, a abreviação “Sra.” (senhora) é utilizada quatro vezes pela menina para se dirigir à mãe. O que esse uso sugere?
Apesar de a relação entre mãe e filha parecer próxima, quando a menina escreve a carta estabelece uma nova situação de comunicação, em que o registro escrito parece exigir mais formalidade. Por isso, o uso do tratamento senhora.





MENSAGEM ESPÍRITA - ANDRÉ LUIZ - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - PARA REFLEXÃO

MENSAGEM ESPÍRITA: PERANTE A NATUREZA

         De alma agradecida e serena, abençoar a Natureza que o acalenta, protegendo, quanto possível, todos os seres e todas as coisas na região em que respire.
         A Natureza consubstancia o santuário em que a sabedoria de Deus se torna visível.
         Preservar a pureza das fontes e a fertilidade do solo.
         Campo ajudado, pão garantido.
         Cooperar espontaneamente na ampliação de pomares, tanto quanto auxiliar a arborização e o reflorestamento.
         A vida vegetal é moldura protetora da vida humana.
         Prevenir-se contra a destruição e o esbanjamento das riquezas da terra em explorações abusivas, quais sejam a queima dos campos, o abate desordenado das árvores generosas e o explosivo na pesca.
         O respeito à Criação constitui simples dever.
         Utilizar o tesouro das plantas e das flores na ornamentação de ordem geral, movimentando a irrigação e a adubagem na preservação que lhes é necessária.
          O auxílio ao vegetal exprime gratidão naquele que lhe recebe os serviços.
          Eximir-se de reter improdutivamente qualquer extensão de terra sem cultivo ou sem aplicação para fins elevados.
          O desprezo deliberado pelos recursos do solo significa malversação dos favores do Pai.
          Aplicar as forças naturais como auxiliares terapêuticos na cura das variadas doenças, principalmente o magnetismo puro do campo e das praias, o ar livre e as águas medicinais.
          Toda a farmacopeia vem dos reservatórios da Natureza.
          Furta-se de mercadejar criminosamente com os recursos da Natureza encontrados nas faixas de terra pelas quais se responsabilize.
          O mordomo será sempre chamado a contas.
          “Pois somos cooperadores de Deus” – Paulo (I Coríntios, 3:9.)
                                                                                           André Luiz
          Médium – Francisco Cândido Xavier
          Livro – Conduta Espírita – Edit FEB