segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

FILME(ATIVIDADES): CLICK - SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

 Filme(ATIVIDADES): CLICK

 Data de lançamento 11 de agosto de 2006 (1h 47min)

Direção: Frank Coraci

Elenco: Adam SandlerKate BeckinsaleDavid Hasselhoff mais

Gêneros Comédia DramaFantasia

Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES

        Michael Newman (Adam Sandler) é casado com Donna (Kate Beckinsale) e tem dois filhos. Com dificuldades em ver as crianças, já que tem feito serão no escritório de arquitetura em que trabalha, no intuito de chamar a atenção de seu chefe (David Hasselhoff), ele sente que nunca terá tempo de conciliar as duas coisas. Mas, após entrar em uma loja misteriosa com intuito de comprar um novo controle remoto para sua casa, ele parece ter encontrado uma solução. Isso porque, ao chegar no local, conhece o excêntrico funcionário Morty (Christopher Walken), e acaba comprando um controle remoto experimental, com a promessa de resolver vários problemas. Porém, Michael logo descobre que o controle outras funções, como abafar o som dos latidos de seu cachorro e também adiantar os fatos de sua própria vida, o que mudará as coisas para sempre, não necessariamente para melhor.

Entendendo o filme:

01 – Como você observa o controle remoto da história? Na sua vida também existe um controle remoto?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – O que o filme retrata?

      Ele retrata a importância de valorizar o tempo, ter prioridades e como certas decisões influenciam a nossa vida toda.

03 – Michael entra numa loja misteriosa para comprar um controle remoto, mas o que ele encontra?

      Ele encontra um Controle Remoto “Mágico”, instrumento, no qual ele consegue avançar o tempo da sua vida, automatizar certas decisões.

04 – Que “situações” Michael procura avançar (pular) da sua vida?

      Ele pula o período que fica doente, avança um encontro de família, perde o crescimento dos seus filhos, negligência o seu casamento.

05 – O que aconteceu ao controle remoto?

      O controle remoto consegue ter vida própria, pois se adaptou as decisões de Michael.

06 – Michael consegue um crescimento profissional, mas perde o quê?

      Perde a sua família, perde o seu casamento e também sua saúde.

07 – Como acontece o final do filme?

      No final, tudo não passa de um “sonho”, e ele tem a oportunidade de recomeçar a sua vida, priorizando aquilo que é mais importante.

08 – Que reflexão o filme nos leva a fazer?

      Nos ensina a valorizarmos nossa família e quem está sempre ao nosso lado, por que não sabemos o dia de amanhã, então aproveite, viva o hoje, viva sua família, pessoas que realmente lhe amam de verdade.

       

     

 

 

 

HINO DA GLOBALIZAÇÃO - COM GABARITO

 Hino da Globalização


Entendendo a imagem:

01 – De acordo com a leitura do texto, pode-se perceber que o uso dos vocábulos, representando marcas famosas, permite inferir a dimensão da importância exercida pelo sistema capitalista nos dias atuais – economicamente falando.

a)   Socialista.

b)   Capitalista.

c)   De influência linguística.

d)   De influência neologista.

02 – Como o consumismo está atrelado ao processo de globalização?

      Certamente podemos compreender que a globalização está extremamente evidenciada no mundo, sendo este um processo que gera e promove intensa relações comerciais diariamente ao redor do mundo.

03 – Por que hoje em dia é mais importante ser consumidor do que cidadão? Até que ponto o consumismo pode resultar na perda de uma identidade cultural e na afirmação de uma identidade global?

      Porque o importante é o ter e o consumir e não o ser e existir.

      O direito do cidadão virou direito do consumidor. Tudo agora está girando pela questão do patrocinador, valorizando marcas estrangeiras.

POEMA: INFÂNCIA - OLAVO BILAC - COM GABARITO

 Poema: Infância

            Olavo Bilac

O berço em que, adormecido,
Repousa um recém-nascido,
Sob o cortinado e o véu,
Parece que representa,
Para a mamãe que o acalenta,
Um pedacinho do céu.

Que júbilo, quando, um dia,
A criança principia,
Aos tombos, a engatinhar…

Quando, agarrada às cadeiras,
Agita-se horas inteiras
Não sabendo caminhar!

Depois, a andar já começa,
E pelos móveis tropeça,
Quer correr, vacila, cai…

Depois, a boca entreabrindo,
Vai pouco a pouco sorrindo,
Dizendo: mamãe… papai…

Vai crescendo. Forte e bela,
Corre a casa, tagarela,
Tudo escuta, tudo vê…

Fica esperta e inteligente…
E dão-lhe, então, de presente
Uma carta de A.B.C…

Fonte da imagem acima: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbr.freepik.com%2Fvetores-gratis%2Fas-criancas-que-desenham-retratos-com-lapis-do-giz-dos-desenhos-animados-cacoam-o-jardim-de-infancia_2238501.htm&psig=AOvVaw0S_E12GpPHKt9zIDAc1tua&ust=1611098226267000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOCBweTOpu4CFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo o poema:

01 – Como é a infância nesse poema?

      A criança era “um ser carente de aprendizados e lições de moral”; é a infância como “possibilidade de construção do futuro”.

02 – Que imagens você conseguiu visualizar durante a leitura?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Como a mamãe descreve o recém-nascido?

      Como um pedacinho do céu.

04 – O poema retrata várias fases da vida de uma criança. Cite-as:

      1° - Recém-nascido;

      2° - Engatinhando;

      3° - Andando, correndo; e

      4° - Falando, tagarela.

05 – Quando a criança fica esperta e inteligente ganha um presente. Qual?

      Uma carta de A. B. C. ... (Cartilha).

 

 

CAUSO: AS SETE VELHAS DA ESTRADA - MAURÍCIO PEREIRA - COM GABARITO

 Causo: As sete velhas da estrada

                                                             Maurício Pereira

        Faz uns quarente anos que isto aconteceu, numa tarde quente do mês de janeiro.

        O Tavinho e o seu cunhado Zezinho Pereira voltavam de jipe da vila, que era como eles chamavam a cidade de Redenção da Serra. Já estavam quase chegando ao Sítio do Fundão quando, ao contornar um morro, encontraram o Berto, irmão de Tavinho, vindo de charrete. Ele ia para a vila buscar o filho Paulo, que estudava medicina no Rio de Janeiro e agora vinha passar as férias no sítio do pai.

        O Tavinho então pediu ao irmão que voltasse para casa com o Zezinho, para ele ir na charrete apanhar o sobrinho. O Berto concordou.

        Perto da encruzilhada, onde sai a estrada para a cidade velha, o Tavinho avistou sete velhas à beira do caminho. Estavam três de um lado e quatro do outro. Vestidas de branco, pareciam rezar, dispostas na forma de um triangulo. Aquilo assustou o cavalo, que refugou, mas o cavaleiro insistiu. Passaram pelas estranhas figuras e foram embora.

        Era uma visão esquisita, sinistra para aquele horário. Já estava começando a escurecer e não moravam tantas velhas na região. Ao encontrar com o sobrinho na vila, o Tavinho chegou a comentar o fato ocorrido na ida. Colocaram as malas na traseira da charrete e tomaram o caminho de volta.

        Mas o estranho foi que, ao passar novamente no local, não encontraram mais ninguém. As velhas sumiram com o cair da noite.

        Depois disso, outras pessoas contaram ter visto mulheres de branco na beira daquela estrada, ao pôr do sol.

Maurício Pereira.

Entendendo o causo:

01 – Quem são as personagens que aparecem no trecho?

      As personagens principais da história são Tavinho, seu cunhado Zezinho Pereira e o Berto (irmão do Tavinho).

02 – Qual o espaço em que a história acontece? É possível descrevê-lo?

      A história acontece na estrada no caminho da vila para o Sítio do Fundão.

03 – Quem é o narrador da história?

      O narrador é alguém que está contando a história – um narrador-observador que, provavelmente, ouviu ou lembra dos acontecimentos.

04 – É possível saber quando ocorreu a história?

      Sim, ocorreu em uma tarde quente do mês de janeiro, quarenta anos atrás.

05 – O que você imagina que pode acontecer depois que Tavinho pediu ao irmão que voltasse para casa?

      Resposta pessoal do aluno.

  

sábado, 16 de janeiro de 2021

BIOGRAFIA/RELATO: A CASA - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 RELATO/BIOGRAFIA: A CASA                      

  José Paulo Paes

       Não acredito que o futuro de quem quer que seja possa estar escrito com antecedência na configuração das linhas da mão ou dos astros do céu. Mas não posso deixar inteiramente de lado a ideia de o local de meu nascimento ter influído nos rumos de minha vida. Pois nasci numa livraria. Melhor dizendo, num quarto bem ao lado da Livraria, Papelaria e Tipografia J.V. Guimarães. É o que diz a placa da loja do meu avô materno, em cuja casa de Taquaritinga vim ao mundo no dia 22 de julho de 1926.

      Não me lembro evidentemente desse dia. Mas não deve ter sido diferente dos dias em que nasceram, anos depois, minhas duas irmãs, Ernestina e Fernanda. Em dias assim, a rotina da casa patriarcal de J. V. Guimarães mudava muito. As mulheres corriam apressadas de um lado para o outro, cochichando misteriosamente entre si. As crianças eram mandadas cedo para o quintal, advertidas de não fazer barulho para não incomodar minha mãe, cujos gemidos de parturiente eu e meu primo Quinzinho ouvíamos de longe, meio assustados.

        Nesses dias remotos os bebês não nasciam em hospitais. Nasciam em casa mesmo, pelas mãos de uma parteira ou de um clínico geral amigo da família. Para cada um dos seus dois filhos e de suas três filhas, meu avô mandava fazer um quarto. O de meus pais era o primeiro da casa, ao lado da sala de visitas e logo atrás da livraria, cujas largas portas de madeira, pintadas de azul, davam para a rua do Comércio. Mais tarde, mudaram-lhe o nome para rua Prudente de Morais, receio que para desgosto do meu avô. Ele não simpatizava muito com o regime republicano, porque exilara o velho Imperador, a quem ele admirava. Tanto assim que havia um retrato da família imperial pendurado em nossa sala de visitas, logo acima do piano alemão.

        Meu avô era português, mas viera ainda rapazola para o Brasil. Tivera uma vida meio aventurosa de bombeiro e soldado nos tempos de Floriano Peixoto. Já era tipógrafo e dono de jornal em Ribeirão Bonito, São Paulo, quando se casou com minha avó, Cândida Marçal, ou Dona Zizinha, emérita contadora de histórias de sacis, bruxas e assombrações. Os filhos do casal nasceram todos em Ribeirão Bonito. A família veio completa para Taquaritinga quando meu avô resolveu para lá transferir seus negócios, menos o jornal. [...]

        [...] De meu pai, Paulo Artur Paes da Silva, herdei o Paulo do meu nome; o José veio-me do avô paterno, conforme era praxe nas famílias portuguesas. Meu pai era português de nascença e nunca chegou a perder de todo o sotaque. Conheceu minha mãe em uma de suas passagens de caixeiro-viajante por Taquaritinga e com ela se casou em 1925.

        Embora tivesse apenas o curso primário, era um homem inteligente, ativo, habilidoso. Foi dono de um semanário, A Notícia, e de um escritório de contabilidade e corretagem de seguros. Mas terminou seus dias como caixeiro-viajante. Gostava de ler: tinha no quarto uma pequena biblioteca, na qual predominavam os romances policiais, por que era fanático, e livros sobre maçonaria, de que era membro. Além de marceneiro amador, era um excelente cozinheiro de fim de semana. Nos sábados e domingos, apossava-se da cozinha para fazer um arroz de frango e umas iscas de bacalhau simplesmente divinos. Uma festa culinária para a família toda, que nos outros dias tinha de suportar a comida insossa de vovó Zizinha.

        Minha mãe, que se chamava Diva Guimarães Paes, completara apenas o primário, mas redigia com correção e certo apuro literário, numa letra bonita, as cartas que me escrevia toda semana quando fui estudar fora. Era uma mulher baixinha e vivaz, sempre risonha (raríssimas vezes a vi triste), de uma bondade e de uma solicitude a toda prova. Com meu avô aprendera rudimentos de arte tipográfica e chegara a imprimir um jornalzinho seu. Era uma leitora voraz dos romances água-com-açúcar da coleção das Moças e dos folhetins de capa e espada assinados pela minha avó, que os recebia semanalmente pelo correio e os encadernava em grossos volumes. Para a criançada ainda analfabeta da casa, os folhetins de Dona Zizinha não interessavam. Interessavam, sim, as histórias de assombração por ela contadas numa voz de arrepiar, cheia de efeitos sonoros.

        Nos dias da minha infância interioriana, havia uma separação nítida entre o mundo dos adultos e o mundo das crianças. Ficávamos o menos possível dentro de casa, pois ali estávamos sob o olhar vigilante e autoritário dos mais velhos. Em especial da tia Aglai, que supervisionava a arrumação da casa. Ela nos dava bons pitos quando, vindos do quintal, sujávamos o seu chão de tábuas lavadas, que mais tarde passaram a ser enceradas a capricho. Durante as refeições na grande mesa de abrir – meu avô ocupava a cabeceira e eu tinha o privilégio de sentar-me à sua direita –, tia Aglai me chamava a atenção toda vez que eu apoiava o cotovelo para segurar a cabeça numa das mãos, enquanto comia enfastiadamente com a outra: “Tem medo que a sua cabeça caia dentro do prato, é?”

        Longe dos pitos dos adultos, o quintal era a pátria da liberdade que nos pertencia quase por inteiro. Quase, porque, se bem pudéssemos trepar pelas árvores de fruta e nos empanturrar de mangas, laranjas, tangerinas, jabuticabas e uvaias, os canteiros de verduras plantadas pelo meu avô e os canteiros de flores ciumentamente cuidados pela minha avó eram-nos zona proibida. Quem se atrevesse a passar-lhes a fronteira estava sujeito a um puxão de orelhas. O meu companheiro de brinquedos era o primo Quinzinho, seis meses mais novo que eu e hoje um veterano endodontista e, São José do Rio Preto.

        Para a nossa imaginação inflamada pelas aventuras dos seriados das matinês de sábado e domingo, o quintal se transformava, com a maior facilidade do mundo, em deserto árabe, selva africana ou faroeste bravio. Tínhamos um gosto especial por inventar esconderijos e passagens secretas. Quando meu tio Arnóbio, pai de Quinzinho, construiu casa própria e para ela se mudou, eu ia às vezes brincar no seu pomar. Ali ajudei meu primo a escavar uma passagem secreta sob o muro da frente, por onde nos esgueirávamos para a rua quando nos dava na telha. O diabo foi que, com a primeira chuva, um pedaço do muro desabou sobre o buraco sorrateiramente escavado, para surpresa do tio Arnóbio, que nunca conseguiu descobrir a verdadeira causa do desastre.

             Quem, eu? – Um poeta como outro qualquer. São Paulo, Atual, 1996.

Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Língua Portuguesa, 6ª série- Editora Ática – São Paulo, 2003 – p.108-112.

Fonte da imagem acima:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmyloview.com.br%2Ffotomural-desenho-de-esboco-da-antiga-casa-entre-o-pomar-no-11C239&psig=AOvVaw0xijOgcVlXiQVQEQxMsiCk&ust=1610929117935000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOitiunYoe4CFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo o relato:

01 – Nesse texto o autor nos conta um pouco de sua infância. Converse com seus colegas: que pessoas e fatos marcaram sua infância? Você se lembra de suas brincadeiras, de seus companheiros?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Mesmo que você não conheça algumas palavras empregadas no texto, provavelmente conseguiu entender o significado pelo contexto. Se ainda for necessário, consulte o dicionário.

·        Avultar: aumentar, acentuar.

·        Emérita: sábia, conhecedora.

·        Endodontista: profissional que pratica endodontia.

·        Esgueirar-se: escapulir, safar-se.

·        Parturiente: mulher que está prestes a parir.

·        Patriarcal: que se refere ao pai.

03 – Logo no início do texto o autor afirma não acreditar que o futuro de alguém possa estar escrito nas linhas da mão ou na configuração dos astros.

a)   Você concorda com a opinião dele?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Releia o boxe “Conheça o autor”. Qual a profissão de José Paulo Paes?

Escritor.

c)   Que fato passado ele acredita que o influenciou na escolha de sua profissão?

O fato de ter nascido em uma casa vizinha a uma livraria.

04 – Quando e onde o autor do texto nasceu?

      Em 22 de julho de 1926, em Taquaritinga.

05 – Releia:

        “... As mulheres corriam apressadas de um lado para o outro, cochichando misteriosamente entre si. As crianças eram mandadas cedo para o quintal, advertidas de não fazer barulho para não incomodar minha mãe, cujos gemidos de parturiente eu e meu primo Quinzinho ouvíamos de longe, meio assustados.” Essa cena é descrita do ponto de vista de uma criança ou de um adulto? Justifique sua resposta.

      Do ponto de vista de uma criança. Os meninos viam as mulheres correrem e não eram informados sobre o que estava acontecendo; mandados para o quintal, ouviam gemidos cuja natureza não identificavam e que, por isso, assustavam.

06 – José Paulo Paes conta como foi escolhido seu nome: a partir dos nomes do avô paterno, José, e do pai, Paulo, como era costume nas famílias portuguesas. E o seu nome, como foi escolhido? Se não souber, converse com seus pais e familiares sobre isso e anote suas observações. Traga-as para a classe e comente-as com seus colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Forma dupla com um colega para responder às questões:

a)   Na sua opinião, o leitor desse texto fica conhecendo alguns aspectos da época em que o autor viveu? Por quê?

Sim, em geral, ao ler o relato da vida de uma pessoa, o leitor entra também em contato com a cultura da época em que essa pessoa viveu.

b)   Que semelhanças e diferenças há entre os costumes descritos no texto e os que existem em sua região hoje em dia, no que se refere a relações familiares, atividades ou profissões dos adultos e atividades e brincadeiras das crianças?

Resposta pessoal do aluno.

08 – Ao longo do texto, o autor vai caracterizando os familiares com os quais conviveu na infância: o pai, a mãe, o avô, a avó, a tia Aglai, o primo Quinzinho. Descreva oralmente cada um deles. Na sua opinião, qual o mais interessante? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

09 – Releia um trecho em que o autor fala sobre sua mãe: “Era uma leitora voraz dos romances água-com-açúcar da coleção das Moças e dos folhetins de capa e espada assinados pela minha avó [...]”.

a)   Qual o significado das expressões destacadas no trecho acima?

A expressão água-com-açúcar significa “romântico, piegas, ingênuo”; “romances água-com-açúcar” são histórias de amor ingênuas e adocicadas. Folhetins de capa e espada eram os fragmentos de romances de aventuras cavalheirescas publicadas nos jornais, dia a dia ou semanalmente.

b)   Perguntes a algumas pessoas idosas de sua família ou conhecidas que livros elas costumavam ler no passado. Elas conhecem as leituras mencionadas no texto? Anote no caderno as informações recolhidas e comente-as com os colegas.

Resposta pessoal do aluno.

10 – A avó do autor gostava muito de ler e era grande contadora de histórias. Converse com seus colegas: alguém contava ou ainda conta histórias para você? Você gosta dessa atividade? Que lembranças você tem de sua infância em relação a ouvir histórias?

      Resposta pessoal do aluno.

      

ORTOGRAFIA - MAL E MAU - ATIVIDADES COM GABARITO

 ORTOGRAFIA - MAL E MAU


Você sabe quando devemos escrever mal ou mau?

Existe uma forma simples de sabermos: mal é o contrário de bem, enquanto mau é o contrário de bom.

As palavras mau e bom estão ligadas a substantivos, caracterizando-os. São adjetivos.

Já as palavras mal e bem estão ligadas a verbos, acrescentando-lhes circunstâncias de modo. São advérbios.

As palavras mal e bem também podem funcionar como substantivos.

Exemplo: O bem vence o mal.

VAMOS PRATICAR

1.   Aproveitando o que você aprendeu, empregue mal ou mau nas frases que seguem. Indique se você usou substantivo, adjetivo ou advérbio.

a)   Ele estava passando muito  _____ quando o encontrei.

Mal – advérbio

b)   Eles ____haviam chegado, e já apareceram muitos problemas. Mal – advérbio

c)   Não sei se hoje o diretor está de ______ humor.

Mau – adjetivo.

d)   Aquela senhora, coitada, sofre de um _____ incurável.

Mal – substantivo.

e)   Não acho que ele seja um _______sujeito. Mau – adjetivo.

f)    Estava muito _____acomodada naquela poltrona.

Mal – advérbio.

g)   Ler um bom livro não é nada______. Mau-adjetivo.

h)   Você agiu muito _______ ontem! Mal – advérbio.

i)     No conto de fadas, a bruxa representa o ______.

Mal – substantivo.

j)     Não vejo nenhum ____ em sair mais cedo hoje.

Mal – substantivo.

 

Fonte: Livro: Português – Palavra Aberta – Isabel Cabral - 5ª série –São Paulo: Atual Editora.1995, p.161.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

CRÔNICA: QUEM MATOU ABEL? ALEXANDRE AZEVEDO - COM GABARITO

 CRÔNICA: QUEM MATOU ABEL?   

                        Alexandre Azevedo

         O inspetor escolar, para verificar o conhecimento geral dos alunos, entra na sala de aula. Interrompe a professora de Ensino Religioso e pergunta:

          -- Alguém sabe me dizer quem matou Abel?

          A sala permanece em silêncio. Ninguém se atreve a responder. O inspetor insiste na pergunta, agora dirigindo-se a um aluno:

          -- Pedrinho, quem matou Abel?

          O Pedrinho, suando frio, responde:

          -- Juro pro senhor que eu não fui. Ando com esse canivete no bolso, mas é só pra apontar o lápis!

          O inspetor, surpreso com a resposta do aluno, dirige-se à professora:

          -- Dona Marlene, a senhora ouviu o que ele disse?

          -- Ouvi sim senhor, seu Percival, mas eu conheço o Pedrinho desde que nasceu. Se ele disse que não matou, é porque não matou! Esse guri aí não mente, pode ter certeza.

          Indignado, o inspetor sai da classe e se encaminha à diretoria:

          -- Dona Gertrudes, eu exijo uma explicação!

          A diretora, estranhando o procedimento do inspetor, pergunta:

          -- O que aconteceu, seu Percival?

          -- Eu fui à sala da professora Marlene e perguntei a um aluno quem é que tinha matado Abel. E sabe o que ele respondeu? Que não tinha sido ele. E o pior de tudo é que a professora concordou!

          A diretora coloca a mão no ombro do inspetor, tentando acalmá-lo:

          -- Olha, inspetor, eu não conheço muito bem o menino, mas, se a professora disse que não foi ele, o senhor pode ficar tranquilo. E, no mais, aquele menino é uma criança, ele não faria uma coisa dessas.

          Enfurecido, o inspetor vai à Secretaria de Educação. No gabinete do secretário, relata, tintim por tintim, toda a história:

          -- E foi isso que aconteceu. Dá pra acreditar?

          O secretário, abismado com o acontecido, não quis acreditar:

          -- O senhor tem certeza? É muito difícil acreditar que uma criança tenha cometido tal crime! Talvez fosse melhor entregar o caso à polícia. Tenho certeza de que o delegado tomará as providências necessárias.

           Desesperado, o inspetor invade a sala do governador. Ele, por sua vez, ouve toda a história. No final, tenta tranquilizá-lo:

           -- Pode ficar tranquilo, senhor Percival. Nós acharemos o verdadeiro culpado. A justiça falha, mas não tarda! Quero dizer, tarda, mas não falha! Pode ter certeza de que quem matou Abel será punido, eu prometo!

            O inspetor está agora totalmente transtornado:

            -- Pelo amor de Deus! Eu não posso acreditar no que estou ouvindo!

            Sem se preocupar com o local, ele grita:

            -- Caim e Abel eram filhos de Eva! O senhor nunca leu a Bíblia?!

            O governador, aliviado, dá uma bronca no inspetor:

             -- Ah! Está na Bíblia, é? Ora, então já devem ter arquivado o processo! Eu tenho mais o que fazer, passar bem!

                                        Alexandre Azevedo. O vendedor de queijos e outras crônicas. São Paulo: Atual, 1991.

                               Fonte: Livro – Português – 5ª série- Palavra Aberta- Isabel Cabral – São Paulo: Atual, 1995, p. 89, 90 e 91.


Entendendo o texto

1.   Vamos observar as personagens do texto.

a)   Quais são as personagens que participam da história?

O inspetor escolar, a professora, os alunos, a diretora, o secretário de Educação e o governador.

b)   Quem é a personagem mais importante? Por quê?

O inspetor de alunos. A história gira em torno dele.

c)   O narrador também é personagem?

Não.

2.   O inspetor escolar queria verificar o conhecimento geral dos alunos e ficou surpreso ao perceber que eles não conheciam a história de Caim e Abel.

a)   De acordo com o texto, o que significa não conhecer essa história bíblica?

Significa que o conhecimento geral dos alunos era péssimo.

b)   Apenas os alunos não tinham bom conhecimento geral? Quem mais confundiu a morte de Abel com um crime comum?

Não. A professora, a diretora, o secretário de Educação e o governador.

c)   Podemos afirmar que, utilizando o humor, o autor critica todos os que participam do funcionamento das escolas? Retire dois trechos do texto que comprovem a sua resposta.

Sim, pois ocorre o contrário do esperado: que as pessoas que se relacionam às escolas tenham um bom conhecimento geral. “[...] se a professora disse que não foi ele, o senhor pode ficar tranquilo” / “É muito difícil acreditar que uma criança tenha cometido tal crime!”.

3.   Todos os conhecimentos que temos são aprendidos na escola? Por quê?

              Resposta pessoal do aluno.