sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): NÃO SONHO MAIS - CHICO BUARQUE - COM GABARITO

Música(Atividades): Não Sonho Mais

              Chico Buarque

Hoje eu sonhei contigo,
Tanta desdita!
Amor, nem te digo

Tanto castigo
que eu tava aflita de te contar.

Foi um sonho medonho
Desses que, às vezes, a gente sonha

E baba na fronha
e se urina toda
e quer sufocar.

Meu amor,
vi chegando um trem de candango
Formando um bando,
mas que era um bando de orangotango
pra te pegar.

Vinha nego humilhado,
Vinha morto-vivo,
vinha flagelado.

De tudo que é lado
vinha um bom motivo
pra te esfolar.

Quanto mais tu corria
mais tu ficava,
mais atolava.

Mais te sujava
 amor, tu fedia,
empesteava o ar.

Tu, que foi tão valente
Chorou pra gente  pediu piedade.

E, olha que maldade,
me deu vontade
de gargalhar.[...]

Foi um sonho medonho,
Desses que, às vezes, a gente sonha

E baba na fronha
E se urina toda
e já não tem paz.

Pois eu sonhei contigo
e caí da cama.

Ai, amor, não briga!
Ai, não me castiga!

Ai, diz que me ama
e eu não sonho mais!
                                  (Chico Buarque. In: Chico Buarque Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989)
                              Fonte:  Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa – 5ª Série – Editora Positivo,2007 – p.34/35/36.
Entendendo a canção:
01 – Que narra a canção?
      Narra um sonho.

02 – Dê exemplos de linguagem informal presentes na letra da música. Reescreva estes exemplos em linguagem formal.
      Os exemplos são: “Eu tava”, “a gente”, “pra” e verbos na terceira pessoa e pronomes na segunda pessoa.
      Reescrevendo: Eu estava, nós, para, tu corrias, tu ficavas, atolavas, sujavas, tu fedias, empestavas, tu foste, choraste, pediste.

03 – Qual o tratamento usado pela personagem que está contando o fato em relação ao seu interlocutor (com quem está falando)?
      Usa o tratamento TU.

04 – Na sua opinião, por que o autor utilizou a linguagem informal na letra da canção?
      Resposta pessoal. Sugestão: A linguagem informal é adequada ao assunto e à situação: conversa entre duas pessoas.

05 – Você já teve algum sonho confuso, considerado surreal? Escreva-o e depois, se quiser, conte para seus amigos.
      Resposta pessoal.



PROSA: QUER NAMORAR? QUERO... DRUMMOND AMORIM - COM QUESTÕES GABARITADAS

Prosa: Quer namorar? Quero...    

Drummond Amorim

        Minha namorada sempre foi a Bete, sempre. Nós nos amamos há muito tempo. Nós vamos nos amar para sempre, e quando a gente crescer vai se casar.
        Ela, primeira e única, já muito tempo me aguenta, quem sabe se arrependeu.
        Convidei para uma serenata em casa, veio. No meio do peixe vivo, o assalto: “Quer namorar”?
        “Quero”. Na bucha.
        O primeiro beijo, estava chovendo, foi debaixo da sombrinha. Pedi no rosto, virei a cara na hora, foi estrela pra tudo quanto era lado. Choveu colorido neste dia. Eu flutuei, pisei em ovos, sentimental e apaixonado. Para sempre.
        Uma das últimas da Bete. Veio falar em casamento. Só para fazer charme, encolhi os ombros. “Tanto faz.” Fechou a cara, fez beicinho: “Então, você não me ama”. O jeito foi concordar: “Tá legal, será um casório fora-de-série”.
        Mas, se tem briga, eu vou dizendo: “Não caso mais”. Em tempo de paz, depois da tempestade: “Nosso amor vai ficar na história”; “Tomara que dê certo”, eu torço. “Vai dar”, diz ela.
        Até falei para Seu Miguel, o sogro: “Pode ir arrumando o enxoval”. Dona Matilde: “Uai, já?”. Respondo: “Falta ficar noivo e arrumar um emprego”. “Não Senhor, primeiro arrumar o emprego. Essas crianças...”, diz Dona Matilde, rindo. “Criança o quê, Dona Matilde, tá com medo de ser avó”. “Miguel, esse menino tá perdendo o respeito”.
                       Xixi na cama. Drummond Amorim.
                        Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série - Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p.191-2.
Entendendo a prosa:

01 – Quais são as quatro ideias contidas no primeiro parágrafo?
      A namorada única: Bete / O amor de muito tempo / O amor eterno / O casamento.

02 – A partir da expressão: “...já muito tempo me aguenta...”, o que é possível concluir?
      Que a personagem talvez dê trabalho a Bete, irrite-a, deixe-a triste.

03 – A personagem diz ainda: “... quem sabe se arrependeu...”. Essa ideia é confirmada pelo texto? Justifique sua resposta.
      Não. Porque Bete aceitou o namoro e ambos falam em casamento.

04 – Descreva as cenas do pedido de namoro e do primeiro beijo. Observe antes a linguagem usada e descubra o significado das expressões.
a)   “Na bucha”.
No mesmo momento, na mesma hora, em cima.

b)   “... foi estrela pra tudo quanto era lado. Choveu colorido... Eu flutuei, pisei em ovos...”.
A emoção foi tanta que chegou a ver estrelas. Parecia algo irreal, mágico. Sentiu-se leve como se não tocasse os pés no chão.

05 – “No meio do peixe vivo, o assalto...”. Explique o significado da expressão em negrito.
      A personagem refere-se à música Peixe vivo, canção folclórica mineira.

06 – Compare as frases a e b e conclua sobre a linguagem utilizada em cada uma delas.
a)   “No meio do peixe vivo, o assalto: “Quer namorar”? “Quero”. Na bucha.”
b)   Enquanto cantávamos, em uma serenata, a música “peixe vivo”, perguntei para Bete: “Quer namorar comigo?” E ela respondeu sem pensar: “Quero”.
As duas frases têm o mesmo significado apresentado de formas diferentes.

07 – “Uma das últimas da Bete”. Últimas o quê?
      Últimas atitudes, últimas invenções.

08 – Volte ao 6° parágrafo. Que assunto é abordado? Descreva as atitudes e reações de cada personagem.
      O casamento é o assunto abordado. Bete fala em casamento. O garoto faz charme, a menina fica aborrecida e faz beicinho. O garoto concorda.

09 – “Nós nos amamos há muito tempo.”
a)   O verbo haver está no passado, presente ou futuro?
Está no presente.

b)   O que o verbo haver indica?
Uma ação que começou no passado e continua no presente.

10 – Qual a função das aspas no texto?
      Destacar as falas das personagens.

11 – “Criança o quê, Dona Matilde, tá com medo de ser avó”. “Miguel, esse menino tá perdendo o respeito”.
a)   O que expressa a fala de Dona Matilde?
Ela acha que o garoto está tomando liberdade demais para com os mais velhos.

b)   E o que expressa a fala do garoto?
Expressa que ele não se considera criança. Ele brinca com Dona Matilde.

12 – Agora, conclua: Por que o autor conseguiu colocar poesia no texto escrito em prosa?
      Porque foi usada a linguagem comparativa, as figuras de linguagem.


TEXTO: MARCO E OS ÍNDIOS DO ARAGUAIA - ODETTE DE BARROS MOTT - COM GABARITO

Texto: Marco e os índios do Araguaia
       
    Odette de Barros Mott

   Estávamos pousando no campo da aldeia dos Garotires.
    O campo era péssimo, até mamãe se assustou com os solavancos do avião.
    -- Por que você não põe os índios para aplainar o campo? – perguntou mamãe ao titio.
 -- Porque não são meus contratados, respondeu-lhe titio. Estamos aqui como “uma presença de civilização” de cultura branca e não para transformá-los no que desejamos, e julgamos ser melhor. O que é bom para nós, às vezes, é péssimo para eles. Esse foi o grande erro do passado, desculpável dentro da época, mas, atualmente, sem razão de ser. Devemos respeitá-los como portadores de sua própria cultura, não inferior à nossa, mas, simplesmente, diferente. Toda cultura é perfeita, preste atenção, Marco, na medida em que ela satisfaz as necessidades de um povo.
        Tudo isso me parece estanho, preciso dormir no assunto. Pensava de um modo diferente e até mesmo achava “ser bacana” o branco chegar, ensinar o que sabia e conhecia, levando presentes úteis; pratos, talheres, roupas... enfim que os brancos fossem os adultos e os índios, as crianças.
        -- Li há dias a respeito do relacionamento do índio com os brancos; até há pouco não foi feito numa base certa e positiva. Daí as lutas, vinganças e muito sangue, quando há uma aproximação nossa com tribos afastadas.
        No dia seguinte, a conversa foi somente sobre os índios...
        Mamãe perguntou ao titio:
        -- Ney, fiquei pensando por que vocês, vendo os índios lutarem com tantas dificuldades, não querem levar todos os confortos de nossa civilização para coloca-los ao alcance deles: panelas, pratos...
        -- E assim acabar com a vida própria deles? Você não ouviu ontem no avião nossa conversa a respeito? Por que deixariam os Tapirapés, habitantes da Ilha do Bananal, de fabricar cerâmica, belo trabalho de artesanato?
        -- Mas atrasados, disse mamãe; você não pode negar que os nossos pratos são mais bonitos que os deles.
        -- No seu ponto de vista de pintora de porcelana e de cerâmica nas horas vagas. Para um antropólogo, disse titio brincando, até que trabalham bem. Um antropólogo, mana, não trocaria uma tigela desbeiçada dos tapirapés por uma rica peça de Limoges.
        -- Não falo só do ponto de vista estético, mas penso se não seria bom, melhor para eles tão atrasados, a nossa civilização!
        -- Minha cara, o que você entende por civilização? Temos nossa cultura e a cultura é tudo aquilo que recebemos do passado e devemos legar ao futuro. Ora, nossa cultura é nossa cultura, a dos índios é a deles mesmos.
        -- Mas, argumentava mamãe, o processo, ou seja, a marcha da civilização não é irreversível? A civilização caminha para a frente abrindo estradas, aumentando seus meios de comunicações.
        -- Sim, está certo, é mesmo incontrolável, mas quero que você saiba distinguir entre civilização e cultura. Preste atenção, Marco, isso é importante! Temos a comunidade e a cidade. Não são estágios inferiores, são diferentes: a primeira é sempre simples, a segunda complexa. Nunca a cultura de uma comunidade pode ser chamada de atrasada, na medida em que satisfaça todas as necessidades do grupo. Ora, como você mesmo disse, a civilização caminha através de espaços até a lua... e nada mais a detém, gás poderoso que é em sua expansão. Então, como fazer, como proceder, uma vez que a sociedade primitiva também tem seu equilíbrio dinâmico, isso é, seu equilíbrio sempre para a frente?
        Eu não perdia um “til”, nem respirava, prestando atenção, com medo de não entender bem o que falavam.
        -- Vou dar-lhe um exemplo fácil de se entender. O contato entre índios e brancos, aqui no Brasil, tem sido feito na base de interesse econômico. As frentes pioneiras até agora não passaram de grupos de sertanejos, de estrangeiros, de classes dominadoras, que vieram com o fito de escravizar os índios nos seringais, no plantio de cacau.
        -- E, intrometeu-se papai, que voltava das consultas e lavava as mãos para o almoço... os efeitos surgidos pela relação entre os índios e brancos não são bons, para eles, têm consequências muito acentuadas. Os índios veem nos brancos seres privilegiados, que possuem mais conforto e bem-estar. Há uma grande competição e eles sentem-se vencidos. Sabem o que primeiro eles adotam? O fósforo, para não mais produzirem fogo com os métodos da raça. E, depois, quando falta fósforo?
        -- Não sabem e nem podem fabricá-lo e não querem mais o atrito dos paus, uns contra os outros...
        -- Difícil, não?! O índio tem desenvolvido em si grande sensibilidade para com a natureza. São gêmeos dela, amam a liberdade, gostam de ir e vir sem relógios para marcar ponto e nós somos escravos da hora. Naturalmente que na nossa civilização o relógio é necessário, mas lá na tribo, não é...
       Marco e os índios do Araguaia. Odette de Barros Mott.
                                   Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série – Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p.170-3.
Entendendo o texto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Antropófago: Que come carne humana.
· Antropólogo: Aquele que estuda as características biológicas e culturais do homem.
·        Aplainar: Alisar com plaina.
·        Artesanato: Confecção de objetos artísticos.
·        Civilização: Estado de progresso e cultura social.
·        Cultura: Saber, costumes e tradições.
·        Fito: Objetivo.
·        Irreversível: Que não pode voltar ao estado anterior.
·        Legar: Transmitir.
·        Pioneiro: O primeiro.
·        Portador: Que conduz.
· Limoges: Cidade francesa onde se produz uma das principais porcelanas do mundo.

02 – O que você entende por dormir no assunto? Forme uma frase com a expressão.
      Significa refletir sobre algo.

03 – Explique, com suas palavras, o que entendeu ao ler as frases:
a)   Estamos aqui como uma presença de civilização.
Estamos aqui presentes, trazendo nossa cultura.

b)   A marcha da civilização é irreversível.
O desenvolvimento não pode voltar ao seu estado primitivo.

c)   Eu não perdia um til.
Eu estava muito atento para não perder nada.

04 – Reescreva as frases, no seu caderno, substituindo as expressões destacadas por sinônimos correspondentes ao texto.
a)   Não falo só do ponto de vista estético.
Artístico ou da harmonia das formas.

b)   Quero que você saiba distinguir entre civilização e cultura.
Diferençar.

c)   Temos a comunidade e a cidade.
Sociedade (grupo social).

d)   Vieram com o fito de escravizar os índios nos seringais.
Oprimir.

05 – O texto apresenta duas culturas diferentes. Qual das duas alternativas a seguir define melhor o tema? Justifique sua escolha.
a)   As comunidades indígenas com suas estradas de chão batido e o desenvolvimento dos grandes centros.
b)   A cultura indígena e a cultura dos brancos.

06 – O texto faz alusão a duas tribos indígenas diferentes. Quais são elas?
      A aldeia dos Gorotires e os Tapirapés da Ilha do Bananal.

07 – O fato ocorre num dia apenas ou se estende a mais dias? Comprove com palavras do texto.
      A conversa se estende a mais dias. “No dia seguinte, a conversa foi somente sobre os índios...”; “Você não ouviu ontem no avião nossa conversa a respeito?”.

08 – Cite alguns personagens do texto.
      Marco, Ney (o tio), a mãe de Marco e o pai de Marco (médico).

09 – A personagem que narra a história participa da viagem? Quem é ela?
      Sim. É Marco.

10 – Com o que a personagem narradora estava preocupada?
      Em não perder um “til” de toda a conversa sobre os índios.

11 – Copie, em seu caderno, apenas os pensamentos corretos. A personagem narradora ficou preocupa:
a)   Porque nunca tinha visto índios.
b)   Porque tinha ideias diferentes sobre os índios e seu tio estava revelando coisas extraordinárias.
c)   Porque queria ajudar os índios.

12 – “Pensava de um modo diferente e até mesmo achava “ser bacana” o branco chegar, ensinar o que sabia e conhecia, levando presentes úteis...”
a)   Marco achava que os índios deviam ser vistos como crianças. Seria mais difícil vê-los como adultos? Por quê?
Porque a relação entre eles se tornaria de igual para igual. Teria que aprender a respeitar outra cultura e até a questionar a sua maneira de viver.

b)   A explicação que Ney deu à mãe de Marco fez com que o menino refletisse sobre sua maneira de pensar. Por quê?
Porque percebeu que os índios não eram um povo a ser melhorado, mas a ser respeitado.

13 – As classes dominadoras, ou seja, os grupos que detêm o poder econômico, escravizaram os índios. Escravizar pessoas de determinado grupo indica que esse grupo é considerado inferior, menos do que humano. Que ideia presente no texto poderia ter levado alguém a acreditar que índios podiam ser escravizados?
      A ideia de que a cultura do “homem branco” é mais adiantada, a certa, a correta.

14 – Que outro fator apresentado pelo texto, além do indicado acima, levou à escravização dos índios?
      O interesse econômico.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): INCLASSIFICÁVEIS - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

Música(Atividades): Inclassificáveis  

                                          Arnaldo Antunes

que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?

que preto branco índio o quê?
branco índio preto o quê?
índio preto branco o quê?

aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos mamelucos sararás
crilouros guaranisseis e judárabes

orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs

somos o que somos
inclassificáveis

não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,

não há sol a sós

aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.

somos o que somos
inclassificáveis

que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?

não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não tem cor, tem cores,

não há sol a sós

egipciganos tupinamboclos
yorubárbaros carataís
caribocarijós orientapuias
mamemulatos tropicaburés
chibarrosados mesticigenados
oxigenados debaixo do sol.
              Composição: Arnaldo Antunes. O silêncio. BMG, 1996.
Fonte: Projeto Teláris – Português – 6° ano – Editora Ática – p. 12-3.
Entendendo a canção:

01 – Veja os sentidos que pode ter a palavra empregada como título: Inclassificável.
1 – Que não pode ser classificado.
2 – Que está em confusão, confuso, desordenado [...].
3 – Digno de censura ou reprovação, inqualificável.

Em seu caderno, responda: Qual das definições dessa palavra faz mais sentido com a letra de música de Arnaldo Antunes?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: item 1 e 2, pois a letra procura mostrar que há inúmeras misturas, meio confusas, e que isso acaba se tornando difícil de classificar.

02 – Alguns termos usados na canção para indicar as misturas étnicas podem ser encontrados no dicionários, pois fazem parte da língua portuguesa. Pesquisem em conjunto o significado de:
·        Mulato: mestiço de branco e negro.

·        Cafuzo: mestiço de negro e índio.

·        Pardo: mestiço de branco e negro, mulato.

·        Mameluco: mestiço de índio com branco.

·        Sarará: mulato de cabelo alourado.

03 – Algumas palavras usadas na letra da canção para falar da mestiçagem brasileira não são encontradas nos dicionários. São formadas pela junção de palavras conhecidas. Agora, junte-se a um colega e conversem para descobrir quais são essas misturas.

a)   Crilouro: criolo + louro.

b)   Guaranisseis: guarani + nissei.

c)   Judárabes: judeus + árabes.

d)   Orientupis: oriental + tupi.

e)   Ameriquítalos: americano + ítalo (italiano).

Pela leitura da letra da canção podemos concluir que é a cor que importa?
Não, nem há necessidade de sermos classificáveis.

04 – Releiam o título da canção e uma palavra empregada no penúltimo verso.
Inclassificáveis: que não se pode classificar.
Mesticigenados: mestiços+miscigenados = cruzamentos entre etnias.
 O que podemos concluir ao comparar inclassificáveis com mesticigenados?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Qual é a história de sua família? De onde vem seus pais e avós? Qual é a sua mistura?
      Resposta pessoal do aluno.