domingo, 11 de dezembro de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO - NOVAS TECNOLOGIAS: CUIDADO PARA NÃO VIRAR VÍCIO! DENISE ARAGÃO - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO- NOVAS TECNOLOGIAS: CUIDADO PARA NÃO VIRAR VÍCIO!

          Denise Aragão

          A internet e as tecnologias associadas a ela fazem parte do cotidiano atual de crianças e jovens, pois são instrumentos de pesquisa, conhecimento e lazer. No entanto, como o controle em relação ao tempo de uso é praticamente impossível, estão causando inúmeros problemas.

       Esse é um tema muito relevante, pois já é possível perceber sintomas de vício em eletrônicos nos jovens e até nas crianças, como, por exemplo: o isolamento, o afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre, a queda do rendimento escolar, a irritabilidade, a agressividade, a necessidade de passar um tempo cada vez maior conectado e a angústia quando são impedidos.

        Além disso, o costume de jogarem ou conversarem nas redes sociais antes de irem para a cama está adiando o horário dessa turma ir dormir. Eles deveriam dormir por volta das 21h30, três horas depois que escurece. Quem adia esse momento está mais exposto ao vício e à insônia.

      Outro ponto importante é o de que, como deixam de fazer exercícios físicos, é comum o ganho de peso, a obesidade e até a hipertensão precoce. Também já é possível observar problemas psicológicos. Durante a infância e a juventude, atividades variadas são indispensáveis para a formação psíquica do indivíduo. Por ser um ambiente muito atrativo, a internet pode gerar o desinteresse pela vida real e, muitas vezes, sua substituição pela vida virtual. Os efeitos dessa dependência vão da irritabilidade à alienação social, uma vez que a vida familiar, escolar e pessoal é prejudicada.

      Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com seus familiares.

 Denise Aragão. A Era Digital e os impactos na educação infantojuvenil. Coluna Bernadete Alves. Disponível em: http://www.bernadetealves.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3049%3Acoluna-bernadete-alves-dia-31072017&catid=4%3Abernadetealves&Itemid=1. Acesso em: 30 ago.2017.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.276-9.

 

GLOSSÁRIO

Hipertensão: pressão alta demais dentro do corpo.

Relevante: de muita importância, importante.

 Entendendo o texto

 01.Qual o ponto de vista defendido nesse artigo de opinião?

      Esse artigo defende que o uso excessivo das tecnologias tem causado inúmeros problemas em crianças e jovens.

02. Para defender seu ponto de vista, a autora listou alguns problemas causados pelo uso excessivo das novas tecnologias. Escreva três deles.

- Isolamento;

- Afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre;

- Baixa no rendimento escolar;

- Agressividade;

- Angústia quando não se está conectado;

- Perda do sono;

- Hipertensão;

- Desinteresse pela vida real.

03. Releia o início do quarto parágrafo do artigo de opinião.

   a) Qual foi a intenção da autora ao começar o quarto parágrafo com a expressão outro ponto importante? Marque.

  ( x ) Reafirmar as ideais dos parágrafos anteriores e acrescentar novas justificativas para defender seu ponto de vista.

   (    ) Iniciar uma ideia contrária ao parágrafo anterior.

   b) Encontre outro modo de começar o quarto parágrafo, substituindo as palavras outro ponto importante por outros termos que tenham o mesmo sentido.

Sugestões de resposta: e não é só isso/ e não para por aí/além disso/ e tem mais.

04. Releia um trecho do último parágrafo do artigo

      Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com seus familiares.

a)   Que palavra pode substituir a que está em destaque sem mudar o sentido da frase?

Sugestões de resposta: desligados, afastados, desvinculados.

b)   Na sua opinião, qual a intenção da autora em usar a palavra desconectados?

É provável que a autora tenha escolhido a palavra “desconectados” para fazer referência ao tema do artigo.

05. Leia.

            Conectado  - desconectado

a)   Essas palavras têm sentido semelhante ou sentido contrário?

    Sentido contrário.

b)   Faça o mesmo com as seguintes palavras, escrevendo o sentido contrário delas.

Cuidar      - descuidar

Fazer       - desfazer

Abrigar     - desabrigar

Congelar  - descongelar

Conhecer – desconhecer

Costurar  descosturar

Crença    descrença

Embarcar – desembarcar

06. A autora desse artigo ressaltou que um dos problemas causados pelo uso excessivo de tecnologias é a insônia.

       Em sua opinião, por que o sono é importante?

       Resposta pessoal.

 

 

 

ARTIGO DE OPINIÃO: NOVAS TECNOLOGIAS: FACILIDADE DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO - GETÚLIO BERNARDO MORATO FILHO - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: NOVAS TECNOLOGIAS: FACILIDADE DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

                       Getúlio Bernardo Morato Filho

    (AZ)      As novas tecnologias certamente revolucionaram o mundo com sua agilidade, grande quantidade de informação e poder de comunicação. Nesse sentido, o uso do computador, de tablets, de celulares e, consequentemente, da internet tem se tornado cada vez mais comum entre crianças e jovens, mas não há mal nisso.

    (AM)      Dos 6 aos 12 anos, jogos e brincadeiras interativas são os chamarizes. Além disso, há bastante interesse dessa faixa etária em vídeos e desenhos animados. Crianças e jovens também usam a internet para conversar com amigos e familiares, podendo estreitar laços com tios ou primos que não veem sempre, por exemplo.

    (AM)       Outra facilidade que os avanços tecnológicos permitem está relacionada a pesquisas de imagens e conteúdo em geral para trabalhos escolares. Atualmente, não é mais imprescindível comprar enciclopédias ou correr para a biblioteca cada vez que realizam pesquisas. Entretanto, a internet não substitui os livros, mas facilita a busca de informações.

     (AM)      A internet também é um excelente meio de divertimento para todas as idades, pois possibilita que pessoas se reúnam em torno de um mesmo jogo. Com ela, é possível aprender a dançar, jogar tênis e outros esportes. Assim, crianças e jovens tímidos acabam interagindo mais com os colegas.

      (AM)     No entanto, o controle sobre o uso da internet é importante. Proibir o uso jamais. A tecnologia não é um problema, e sim como a pessoa a utiliza. É necessário estabelecer um momento em que a garotada deixe de lado celulares, tablets e computador para brincar ao ar livre, fazer as refeições, ler e conversar face a face.

      (VE)    Em suma, a família deve ser a principal construtora de um comportamento saudável no uso da tecnologia, mantendo em casa regras e conversas a respeito do uso correto da rede, seguida pela escola, que também tem a função de educar nesse sentido, já que é grande incentivadora de seu uso.

 Getúlio Bernardo Morato Filho. A Era Digital e os impactos na educação infantojuvenil? Coluna Bernadete Alves. Disponível em http://www.bernadetealves.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3049%3Acoluna-bernadete-alves-dia-31072017&catid=4%3Abernadete-alves&Itemid=1 Acesso em: 30 ago. 2017.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.270-3.

GLOSSÁRIO

Chamarizes: coisas que atraem pessoa ou animal; iscas.

Estreitar laços: fazer algum sentimento ficar mais forte.

Imprescindível: que não se pode deixar de ter; indispensável.

Revolucionar: mudar completamente a situação de alguma coisa.

 Entendendo o texto

01. Nesse artigo de opinião, que ponto de vista o autor defende?

Defende que as tecnologias são benéficas se as pessoas souberem usá-las de maneira adequada.

02. Geralmente, os artigos de opinião são organizados assim:

·        Ponto de vista: o autor introduz o assunto e apresenta seu ponto de vista.

·        Justificativa: o autor apresenta argumentos que justificam seu ponto de vista.

·        Conclusão: o autor conclui suas ideias e reafirma seu ponto de vista.

      Releia o artigo e classifique-o com as seguintes siglas abaixo:

      Ponto de vista: AZ

      Justificativa: AM

      Conclusão: VE

03. Esse artigo ressalta que o uso da internet deve ser:

a)   proibido pelos pais e educadores.

b)   controlado pelos pais e pela escola.

c)   de responsabilidade exclusiva da família.

 

04. Nesse artigo de opinião, há palavras e expressões que servem para ligar as ideias nos parágrafos e entre os parágrafos.

Releia o segundo parágrafo.

Dos 6 aos 12 anos, jogos e brincadeiras interativas são os chamarizes. Além disso, há bastante interesse dessa faixa etária em vídeos e desenhos animados. Crianças e jovens também usam a internet para conversar com amigos e familiares, podendo estreitar laços com tios ou primos que não veem sempre, por exemplo.

       - E expressão além disso foi usada para ligar as ideias apresentadas no parágrafo, acrescentando-lhe informações. Qual dos elementos a seguir poderia substituir essa expressão, mantendo o mesmo sentido?

a) além do mais.

b) mas.

c) dessa forma.

 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

CONTO: OS TRÊS PORQUINHOS, NA REAL! LUÍS CAMARGO - COM GABARITO

 Conto: Os três porquinhos, na real!

            Luís Camargo

         Mermão, eu vou te dizer que vida de lobo não é moleza! Eu sei que sou mal falado, que nem aquele bode, sabe qual? O bode expiatório, que leva culpa de tudo. Esse, pelo menos, tem vida mansa, dono e tal, refeição garantida e cama quentinha. Pra ele tanto faz se é benquisto, xingado, odiado!

         Já eu tenho que malhar o dia inteiro pra ter o que comer, e ainda querem ditar meu cardápio. Querem que eu coma capim, cogumelo ou ervas daninhas, aquelas que não servem pra nada, muitas vezes até intoxicam.

          Tô te contando isso pra ver se você entende meu lado, o lado do sofredor, passando fome, frio e humilhação!

           Pois veja se minha história real, essa que vou te contar, bate com aquilo que já ouviu por aí.

            Então, um dia frio em que não encontrei nem uma lagartixa pro café, fui andando à beira de um rio pra ver se algum peixe pulava da água na minha boca... Daí avistei uma moita de flores brancas, cheguei perto e elas pareciam bem carnudas. A fome apertou e nhoct! Abocanhei uma. Hum, meio amarga!

            Imediatamente comecei a babar, minha garganta foi se fechando, as pernas cambaleando. Eu precisava de socorro! Mas  quem ia me ajudar, no meio da floresta? Minha visão ficou embaçada e comecei a andar em zigue-zague.

             Finalmente, avistei uma casinha que – juro! – eu nem tinha  ideia de quem morava lá. Comecei a gritar:

             - Socorro, alguém me ajude!

             Lá de dentro veio uma voz:

             - Quem é? O que foi?

             - Acho que engoli uma flor envenenada...

             - Era uma flor branca?

             - Isso mesmo!

             - Ah!, é a que se chama copo-de-leite, todo mundo acha uma gracinha, mas ninguém sabe que é tóxica. Chega mais perto que eu tenho aqui o antídoto.

              - O quê?...

              - O antídoto, o remédio contra o veneno dessa flor. Fui cambaleando em direção à casa, sem enxergar nada! De repente, tudo desmoronou na minha frente e eu caí espatifado sobre uma espécie de colchão. Colchão que nada! Não é que a casa era de palha? E não tinha ninguém lá dentro!

          Pois é, naquela história mentirosa que contam, quem morava nessa casa era  um porquinho, e as más-línguas dizem que eu o comi! Que tinha alguém lá dentro, tinha, pois me respondeu, mas deve ter se apavorado e fugiu. Também, faz uma casa de palha e quer o quê?

           Voltou tudo à estaca zero! Eu, com uma tremenda dor de barriga e sem enxergar nada, continuei andando em zigue-zague, até que avistei outra casa, então pedi novamente socorro.

           Uma voz respondeu:

           - Quem é?

           - Acho que engoli uma flor envenenada!

           - Já caí uma vez nessa conversa, conta outra!

           - Não é conversa, não, preciso do antídoto!

           - O quê?

           - O antídoto, o remédio contra o veneno daquela flor!

           - Aqui não é o Instituto Butantan!

           - Então me arruma um pouco de água pra beber, quem sabe alivia!

           Você acredita que a criatura que morava naquela casa mandou um baita esguicho de água pra cima de mim? Tive que sair correndo pra não pegar uma pneumonia!

            A boa notícia é que aquela água realmente me deu alívio e assim consegui, pelo menos, voltar para a minha toca, bem longe daquele lugar horroroso.

             Se você prestou atenção, percebeu que nessa história toda a vítima fui eu! Pois é, dizem que a casa do esguicho era do irmão do primeiro porquinho, que a construiu com madeira. Que eu teria derrubado também essa casa e comido o segundo porquinho! Eu estava fraco e quase cego...Estou indignado!

              Mas a calúnia não termina aí! Ainda dizem que eu fui até à casa  de um terceiro porquinho, irmão dos primeiros, que tentei entrar lá e comer mais esse. Que só não consegui porque ele era mais esperto e construiu a casa com tijolos!

               É por mentiras desse tipo que o mundo vai cada vez pior. Tem mais: bichos como esses porquinhos não tem moral pra criticar ninguém... Na minha humilde toca sempre cabe mais um! E esses porquinhos, não podiam morar juntos? Onde já se viu deixar irmão morar em casa de palha, heim?...

            Bicho que não sabe o que é família!... Bicho que não sabe o que é fraternidade!... Bicho que não sabe o que é solidariedade!... Na real, até parece gente!

Luís Camargo. Os três porquinhos, na real!

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano: componente curricular língua portuguesa: ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.114-9.

Entendendo o texto

            01. Responda.

     a)   O conto Os três porquinhos, na real! é uma paródia? Por quê?

Sim, é uma paródia porque reconta uma história já conhecida, mas de uma forma diferente, divertida e bem-humorada.

b)   Na sua opinião, o conto tem a mesma graça se o leitor não conhecer o conto tradicional Os três porquinhos?

Resposta pessoal. A compreensão desse conto depende de conhecimentos do conto original dos porquinhos.

c)   Que sentido a expressão na real dá ao título do conto? Por quê?

É importante que os alunos percebam que a expressão na real sugere que a versão original está incorreta ou à falsa.

 d)   Depois de conhecer a versão do lobo, você acha que ele é culpado ou inocente? Por quê?

Resposta pessoal.

02. Você já estudou que o narrador é quem conta a história. É ele quem apresenta os elementos da narrativa: personagens, ambiente, tempo e tudo o mais.

·        Nesse conto, o narrador é:

(    ) observador, ou seja, narra os fatos sem fazer parte da história.

( X ) personagem, ou seja, narra os fatos sob o seu ponto de vista.

03. Na sua opinião, qual a intenção do autor em escolher esse tipo de narrador para contar os fatos da história?

   A escolha de um narrador-personagem dá oportunidade ao narrador de não só narrar os fatos, mas de mostrar suas emoções diante dos fatos, na tentativa de convencer o leitor de que seu ponto de vista é o correto. Além disso, o fato de a história ser narrada pelo “vilão” do conto clássico contribui para dar humor à versão.

04. Responda.

a)                       Na história original, o lobo vai até a casa dos porquinhos com o intuito de comê-los. De acordo com essa versão, foi isso que aconteceu? Justifique.

        Espera-se que os alunos respondam que não. Nessa versão o lobo diz que foi à casa dos porquinhos para buscar socorro, pois havia comido em planta (copo-de-leite) que o intoxicou.

 b)   Que justificativa o lobo deu para o fato de as casas dos dois primeiros porquinhos terem caído?

Ele justificou dizendo que, como estava sem enxergar direito e cambaleando, caiu e tudo desmoronou.

 c)   O que você acha que aconteceu com o lobo no final da história? Justifique sua resposta.

       Resposta pessoal.

       05. A linguagem utilizada no conto Os três porquinhos, na real! é informal, por esse motivo apresenta expressões comuns do dia a dia, na comunicação com pessoas com quem temos intimidade.

Escreva o significado das expressões sublinhadas a seguir.

a)   “[...] as más-línguas dizem que eu o comi!”

As pessoas que costumam falar mal dos outros.

b)   “Voltou tudo à estaca zero!”

Começou tudo de novo.

c)   “- Já cai uma vez nessa conversa, conta outra!”

Já acreditei nessa história uma vez.

06. O lobo faz uma crítica no último parágrafo do conto. A quem?

Espera-se que os alunos concluam que o lobo faz uma crítica aos seres humanos que não são solidários e não têm sentimentos de amor ao próximo.

 

 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

GRAMÁTICA: DERIVAÇÃO- PREFIXAL, SUFIXAL, PARASSINTÉTICA E REGRESSIVA - ATIVIDADES COM GABARITO

 DERIVAÇÃO: PREFIXAL, SUFIXAL, PARASSINTÉTICA E REGRESSIVA

 Atividades

 01. Identifique o processo de formação das palavras destacadas nas passagens que seguem.

a)   “[...] quando se molhavam, desfaziam-se como lama” (Grifo nosso).

Derivação prefixal.

b)   “O pior de tudo é que eram incapazes de agradecer a seus criadores pelo milagre de sua existência” (Grifo nosso).

Derivação prefixal.

c)   “E assim envaidecido não enxergou o sol, a lua e as estrelas que já existiam” (Grifo nosso).

Derivação parassintética (en+vaid (e) + cer).

d)   “Os verdadeiros deuses reassumiram o controle e passaram a criar o Quarto Mundo (Grifo nosso).

Derivação prefixal.

e)   “Hurakán, o deus maior, assumiu a responsabilidade pela criação” (Grifo nosso).

Derivação sufixal.

f)     “[...] um semideus vaidoso e arrogante falou que também queira criar um mundo” (Grifo nosso).

Semideus: derivação prefixal. Vaidoso: derivação sufixal.

g)   “Um velho cacique, fumando seu cachimbo, contava às crianças as histórias maravilhosas de sua tribo” (Grifo nosso).

Derivação sufixal.

h)   “Naiá por ele se apaixonou [...]” (Grifo nosso).

Derivação parassintética (a + paix + o + nar).

02. Agora, destaque os prefixos e os sufixos das palavras analisadas no exercício anterior, atribuindo-lhes o significado.

a)   Desfaziam: Prefixo des-: negação.

b)   Incapazes: Prefixo in-: negação.

c)   Envaidecido: Prefixo en-: posição interior; sufixo -ar: ação.

d)   Reassumiram: Prefixo re-:repetição.

e)   Criação: Sufixo -ção: ação.

f)     Semideus: Prefixo semi-:metade.

g)   Vaidoso: Sufixo -oso: abundância.

h)   Maravilhosas: Sufixo -osas: abundância.

i)     Apaixonou: Sufixo a-: aproximação, sufixo -ar: ação.

03.  A derivação regressiva dá origem a substantivos abstratos que indicam ação e que se formam a partir de verbos. Nos trechos a seguir, observe o verbo destacado e encontre o derivado regressivo correspondente.

a)   “Os maias têm uma maneira marcante de relatar a criação do mundo” (Grifo nosso).

Relato.

b)   “Sabiam falar, mas não demonstravam alegria ou tristeza [...]” (Grifo nosso).

Fala.

c)   “Não sabiam amar nem cantar, tampouco tinham memória” (Grifo nosso).

Canto.

04. Observe os substantivos destacados no período a seguir.

O sustento dos maias vinha principalmente das plantações de milho, alimento sagrado para aquele povo.

a)   É possível afirmar que esses substantivos são palavras primitivas, dando origem, respectivamente, aos verbos sustentar e alimentar? Explique sua resposta.

Em relação a sustento não, pois é um substantivo abstrato que indica ação, ou seja, é um derivado regressivo, indicando que o verbo é a palavra primitiva. Já em alimento, temos o processo contrário. Como se trata de um substantivo concreto que indica “substância”, é a palavra primitiva dando origem ao verbo alimentar.

b)   Considerando sua resposta à questão anterior, indique, em cada par de palavras, qual das duas é a primitiva, ou seja, a mais antiga na língua.

·        Sustento/sustentar  - O verbo é a palavra mais antiga.

·        Alimento/alimentar – O substantivo é a palavra mais antiga.

sábado, 3 de dezembro de 2022

ENTREVISTA - MARTIN SELIGMAN - REVISTA ÉPOCA - LETÍCIA SORG - COM GABARITO

 ENTREVISTA – MARTIN SELIGMAN

 Martin Seligman: “Todo mundo pode florescer”

O psicólogo americano, criador da psicologia positiva, diz que uma vida boa é mais do que manter um sorriso no rosto e está ao alcance de qualquer um.

Letícia Sorg

Entrevista publicada na Revista Época, disponível em: https://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI235122-15228,00.html

Um dos principais defensores da importância da felicidade, o psicólogo americano Martin Seligman está revendo seus conceitos. Em seu novo livro, Flourish (Florescer) , que será lançado no Brasil em outubro pela editora Objetiva, ele afirma que as emoções positivas estão supervalorizadas e que há pelo menos cinco caminhos para viver bem – ou florescer. Seligman explica sua nova teoria.

QUEM É
Nascido em 1942 em Albany, Nova York, Martin Seligman tem sete filhos e quatro netos

O QUE FEZ
Ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, é criador da psicologia positiva

O QUE PUBLICOU
Mais de 20 livros, entre eles Felicidade autêntica (2002) e Florescer (2011)

ÉPOCA – Flourish questiona o papel da felicidade que o senhor antes defendia. O senhor está renegando sua própria teoria?

Martin Seligman – Minha ciência sempre foi um trabalho em construção. Não estou renegando, apenas corrigindo e ampliando o que fiz antes. Renegar é uma palavra forte demais, já que fazer ciência é mudar de ideia.

 ÉPOCA – Qual é a principal mudança?

Seligman – Deixar de entender a felicidade, as emoções positivas, como o objetivo final comum, como o único fator no qual as pessoas baseiam suas escolhas. Em vez disso, há cinco objetivos: felicidade, relacionamentos, propósito, engajamento e realizações. Se você pensar num avião, não há um único número que diga como ele está. É preciso checar altitude, velocidade, nível de combustível, temperatura. De maneira semelhante, os humanos são muito complicados e não dependem de um único fator.

ÉPOCA – Não é o caso, então, de ampliar o que entendemos por felicidade?
Seligman – É preciso restringir o conceito de felicidade. Perseguir só a felicidade é enganoso. Não que eu seja contra a carinha sorridente perpetuada por Hollywood, mas as emoções positivas são só parte do que motiva as pessoas.

ÉPOCA – A personalidade é o fator mais importante para a felicidade. Como ela influencia nossa capacidade de florescer?
Seligman – Um de meus principais interesses é a resiliência, a capacidade de recuperação quando algo de ruim acontece. Descobrimos que a personalidade ajuda a prever quem, diante de um desafio, vai ficar deprimido ou crescer. Em geral, os otimistas são aqueles que superam as dificuldades. Não importam os fatores externos, mas quanto você considera que a dificuldade é temporária, e a realidade mutável.

ÉPOCA – Quem é pessimista também pode florescer?
Seligman – Você pode ser deprimido e florescer; ter câncer, ser esquizofrênico e florescer. Essas condições atrapalham, mas não anulam a possibilidade. Essa é a principal vantagem de olhar para os cinco fatores, em vez de só ver as emoções positivas. Há muitas maneiras de aumentar seu engajamento, de melhorar suas relações pessoais, de ter mais propósito e de se sentir realizado. É possível aumentar a duração e a intensidade da felicidade, mas apenas dentro dos limites biológicos de quem você é. Se só as emoções positivas importassem, o máximo que poderíamos melhorar é de 5% a 15%.

ÉPOCA – Se a felicidade não é assim tão importante, por que governos como o do Reino Unido estão começando a medi-la?
Seligman – Há quem diga que governos devem pensar em aumentar a felicidade das pessoas. Eu digo que é preciso aumentar os cinco elementos. Pense em Madre Teresa. Era solitária, mas teve uma vida cheia de sentido e floresceu ajudando os outros. Fazemos trocas, e é isso que os governos têm de fazer.

SORG,Letícia. ELIAS,Juliana. O mito da felicidade.Época.

Disponível em: http://revistaepocaglobo.com/Revista/Epoca/O.EM1235122-15228html Acesso em: 22 fev 2018.

 Leia mais: https://psicoterapiaepsicologia.webnode.com.br/products/entrevista-martin-seligman/

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 3 p.78 e 79.

Entendendo o texto

01. De que modo Martín Seligman justifica não estar “renegando” sua própria teoria?

O psicólogo alega tratar-se de uma correção e de uma ampliação de seu trabalho, já que sua ciência sempre foi um trabalho em construção o que, segundo ele, fazer ciência é mudar de ideia.

02. Explique a principal mudança apresentada no livro Flourish, segundo a entrevista.

A felicidade e as emoções deixam de ser consideradas o único fator no qual as pessoas baseiam suas escolhas, em vez disso, há cinco objetivos: felicidade, relacionamentos, propósito, engajamento e realizações.

03. Por que Martin Seligman afirma que essas mudanças não correspondem a uma ampliação do que entendemos por felicidade?

Segundo o psicólogo, o conceito de felicidade deve ser restrito, pois perseguir apenas a felicidade é enganoso.

04. Considerando as regras de concordância nominal, leia as orações inspiradas na reportagem e responda às perguntas que seguem.

I.             Buscamos sentimentos e emoções positivas.

a)A concordância do adjetivo “positivas” está adequada às regras da norma-padrão da língua portuguesa? Por quê?

Sim, o adjetivo na função de adjunto adnominal, localizado depois dos substantivos, pode concordar com o substantivo mas próximo.

b)Existe outra possibilidade de concordância para esse adjetivo? Explique.

Sim, nesse caso, o adjetivo também poderia concordar com todos os substantivos.

c)Como seria feita a concordância desse adjetivo se ele estivesse antes dos substantivos?

Antes dos substantivos, na função de adjunto adnominal, o adjetivo só pode concordar com o substantivo mais próximo.

II.           Os efeitos e as causas das dificuldades são temporários.

a)Por que a concordância do adjetivo “temporários” está no masculino plural?

Porque, nesse enunciado, desempenha papel de predicativo do sujeito e está depois dos substantivos assim, deve, obrigatoriamente, concordar com todos eles.

b)Haveria a possibilidade de o adjetivo concordar no singular?

No caso desse enunciado não.