quinta-feira, 24 de maio de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): GOSTAVA TANTO DE VOCÊ - TIM MAIA - COM GABARITO

Música(Atividades): Gostava Tanto de Você

                                          Tim Maia
Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar

Você marcou na minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate

E eu
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho, vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato

Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você

E eu
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você

Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar

Você marcou em minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate

E eu
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho, vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato

Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você

E eu
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você

Eu gostava tanto de você
Eu gostava tanto de você
Eu gostava tanto de você.

                                                     Compositor: Édson Trindade.
Entendendo a canção:

01 – Nesta canção o eu lírico nos conta que história?
      Uma história de um homem abandonado pela mulher que amava.

02 -  No verso: “E da solidão que em minha porta bate”. Que figura de linguagem encontra-se neste verso?
      Metáfora.

03 – O poeta diz que gostaria de mudar para um lugar que não exista o pensamento em sua amada. É possível?
      Não. Pois mudar de lugar não resolve porque o sentimento está no coração.

04 – Cite o verso em que encontramos antítese na letra da canção.
      “Viveu, morreu na minha história.”

05 – O eu lírico diz que em sonho, vê o passado. Você acha que é possível?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – O que o eu lírico quer dizer no verso: “Não quero ver pra não lembrar”?
      Ver o retrato da amada que está na parede do quarto.

07 – Por que o eu lírico, repete tanto a frase: “Gostava tanto de você”?
      Porque ele quer demonstrar como era tão grande o amor pela amada.

LENDA: O SOL E A LUA - DANIELE KUSS - COM GABARITO

Lenda: O SOL E A LUA

   O Sol tinha acabado de passar um pouco de curare em suas flechas e guardava e zarabatana bem à mão, pronto para atirar das árvores, prestando atenção ao menor movimento das folhas. De repente, ouviu uma gargalhada que o fez voltar-se. Sem perceber, acabara de passar por um garoto que estava sentado ao pé de uma árvore com dois magníficos papagaios.
       O Sol se deteve e resolveu descansar um pouco junto deles. Nem viu o tempo passar, e, quando se deu conta, o dia já estava acabando. Não conseguia sair de perto dos dois papagaios que tanto o divertiam.
         Assim, propôs ao menino levar os dois papagaios em troca de seu calar de plumas. O garoto estava muito preocupado com sua aparência, pois acabara de completar dez anos. Agora já poderia pintar o corpo com urucum e jenipapo. Seus cabelos acabavam de ser cortados, e, quando crescessem de novo ele teria direito de prendê-los ou fazer tranças. Seria um rapazinho...
         Já tinha as maçãs do rosto pintadas.  Imaginava-se entrando na aldeia com aquele cocar de plumas. Aceitou com alegria o oferecimento do Sol e lá se foi, dançando, em direção à aldeia.
         O Sol também estava com pressa, louco para mostrar a seu amigo Lua os dois papagaios.  O amigo ficou maravilhado com a beleza e plumagem dos pássaros e se divertiu muito com as palavras engraçadas que eles diziam. Assim, resolveu adotar um deles.
         Escolheu o verde de cabeça amarela e o deixou colocar em sua oca, empoleirado num pedaço de pau que enfiou no chão.
         O Sol também fez um poleiro para seu papagaio e o alimentou com grãos e sementes de todo tipo.
         Na manhã seguinte, os amigos Lua e Sol foram pescar levaram o arco e a flecha, e também arpões, para o caso de encontrarem pirarucu, que era o seu peixe favorito, mas dificílimo de pegar. Ao anoitecer, voltando para casa, estavam muitos cansados e não tiveram forças para preparar os peixes que haviam pescado. Deitaram-se nas esteiras e logo dormiram.
         Os papagaios pareciam triste por vê-los assim, e naquela noite ficaram em silêncio. Nos dias que se seguiram, o Sol e seu companheiro Lua não conseguiam entender por que os papagaios estavam tão tristes. Quando os pegavam nas mãos para que se empoleirassem nos dedos, tentando ensiná-los a falar, os pássaros pareciam não mais se divertir.
         Mas um dia, ao voltarem da caça, tiveram uma dupla surpresa. Primeiro, os papagaios foram ao encontro deles, falando como nunca. Saltitavam de um ombro para outro, como se quisessem cantar e dançar. Dentro da oca, uma surpresa ainda maior os aguardavam: junto ao fogo havia duas grandes vasilhas com cassaripe fumegante! Quem teria preparado a comida? Eles se sentaram, comeram todo o delicioso pirão e se deitaram. Mas não conseguiam dormir. Que mistério! Os papagaios os olhavam com um ar divertido. Se pudessem falar, será que podiam contar o que havia acontecido?
         No dia seguinte, quando foram caçar, os dois tinham a cabeça cheia de perguntas sem respostas. Enquanto isso, na oca, acontecia uma cena estranha.
         Os dois papagaios se transformaram pouco a pouco em duas moças encantadoras, de cabelos longos, pretos e brilhantes como a noite sob a chuva. Quando a metamorfose se completou, uma delas se escondeu perto da porta para ver quando os dois amigos voltavam, enquanto a outra preparava a refeição.
         -- Depressa, não temos muito tempo! Hoje eles disseram que chegariam mais cedo. Temos que acabar antes que voltem. Quando chegam da caça, eles vêm tão cansados!
         E que surpresa tiveram os dois mais uma vez! Resolveram que, no dia seguinte, voltariam mais cedo e entrariam escondidos pelos fundos. Dito e feito: deslumbrados com a beleza das duas moças, apaixonaram-se por elas e suplicaram que nunca mais se transformassem em papagaios de novo. Fizeram uma grande festa para celebrar os casamentos. Mas a casa havia ficado pequena demais para quatro pessoas, e por isso decidiram se revezar para ocupá-la. O Sol e a mulher escolheram o dia. Lua aceitou a noite. É por isso que nunca vemos o Sol e a Lua ao mesmo tempo no céu.    

KUSS, Daniele. A Amazônia, mitos e lendas.
  Tradução Ana Maria Machado. São Paulo: Ática, 1995. p.12.    

Entendendo a lenda:

01 – Qual o significado do título?
      Era o nome de dois amigos índios.

02 – O Sol estava caçando, e o que ele ouviu dentro da mata?
      Uma gargalhada que fez ele voltar.

03 – O que ele encontrou?
      Encontrou um garoto e dois papagaios.

04 – O Sol ofereceu um colar de plumas em troca dos papagaios, o garoto aceitou, por quê?
      Porque ele já tinha 12 anos, já podia pintar o corpo, e com o colar ficaria bem melhor.

05 – Qual era alimentação oferecida aos papagaios?
      Era alimentados com grãos e sementes de todo tipo.

06 – O Sol e a Lua, saíram pra caçar, e quando chegaram tiveram duas surpresas, quais são?
·        Primeiro, os papagaios foram ao encontro deles, falando como nunca. Saltitavam de um ombro para outro, como se quisessem cantar e dançar.
·        Segundo, dentro da oca encontraram junto ao fogo duas grandes vasilhas com cassaripe fumegante.

07 – Qual é a cena estranha que aconteceu dentro da oca?
      Os dois papagaios se transformaram pouco a pouco em duas moças encantadoras, de cabelos longos, pretos e brilhantes como a noite sob a chuva.

08 – Quando o Sol e a Lua chegaram na oca, encontraram uma nova surpresa, o que era?
      Eles ficaram deslumbrados com a beleza das duas moças, apaixonaram-se por elas e suplicaram que nunca mais se transformassem em papagaios de novo.

09 – Como a casa tinha ficado pequena para quatro pessoas, qual foi o acordo feito entre eles?
      Que o Sol e a mulher escolheram o dia. E a Lua com a mulher ficariam com a noite.

10 – Por causa do acordo feito entre eles, o que aconteceu?
      Por isso que nunca vemos o Sol e a Lua ao mesmo tempo no céu.
      

FÁBULA: O BEIJA-FLOR E O ELEFANTE- COM GABARITO

Fábula: O BEIJA-FLOR E O ELEFANTE.


       Relata a fábula que havia uma imensa floresta onde viviam milhares de animais, vivendo todos em paz e desfrutando daquele lugar maravilhoso.
      Num certo dia uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis por uma das copas das árvores.
           Os animais para salvar-se do incêndio começaram a correr, fugindo...
       Eis que, naquele momento, uma cena muito estranha acontecia. Um beija-flor voava da cachoeira ao fogo, levando gotas d'água em seu pequeno bico, tentando amenizar o grande incêndio.
       O elefante, admirado com tamanha coragem, aproximou-se e perguntou ao beija-flor:
        -- Seu beija-flor, o senhor está ficando louco? Não está vendo que não vai conseguir apagar esse incêndio com gotinhas d'água? Fuja enquanto é tempo! Não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante?      
         E o beija-flor respondeu:
         -- Sei que apagar este incêndio não é apenas problema só meu Sr. elefante. Eu apenas estou fazendo a minha parte! Preciso deste lugar para viver e estou dando a minha contribuição para salvá-lo!  O Senhor elefante tem razão quando diz: “há mesmo um grande perigo em meio aquelas chamas”, mas acredito que se eu conseguir levar um pouco de água em cada voo que fizer da cachoeira até lá, estarei fazendo o melhor que posso para evitar que nossa floresta seja destruída.
         Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas.
         Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se para a cachoeira formando um imenso exército de combate ao fogo. E venceram o incêndio...
         Ao cair da noite, os animais da floresta estavam exaustos pela dura batalha vivida, mas vitoriosos porque permaneceram sobre a relva que duramente haviam protegido.
         Já pensou como a natureza com seus animais está repleta de lições para vida. Existem muitos seres irracionais que nos transmitem excelentes lições. Considere a abelha com a sua disciplina e modelo de vida em sociedade, a aranha com a sua perseverança, a formiga com a sua força de trabalho, a pomba com a sua mensagem de paz, o cachorro com a sua lealdade e tantos outros... 

Essa fábula “O BEIJA-FLOR   E   O ELEFANTE” nos ensina que sempre podemos fazer a diferença! O seu modelo de atitude; arrastando outros com o seu exemplo, fazendo o melhor possível com perseverança, persistência e fé.  Serve como parada para uma boa reflexão na floresta onde vivemos!   Em que os valores éticos estão se perdendo na sociedade como um todo, estamos incertos onde vai parar tanta violência e tanto outros descalabros! Precisamos de muitos beija-flores! Beija-flores que não desistam na primeira dificuldade, mesmo diante de inúmeros maus exemplos e que reforcem com grandes atitudes suas qualidades, resistindo bravamente, sendo exemplos a serem seguidos, podendo através do seu agir atrair tantos outros, formando um verdadeiro exército na transformação de um mundo melhor, mais justo e repleto de oportunidades. Façamos assim a nossa parte!

        Moral: Com pequenos gestos, podemos fazer a diferença.

                                                                Postado por Valdemir Reis
Entendendo a fábula:

01 – Qual a intenção do autor ao criar essa lenda?
      Mostrar as lições de vida que os seres irracionais nos transmite.

02 – Como era a região que os animais vivam?
      Era uma imensa floresta, um lugar maravilhoso.

03 – Com o incêndio em grande proporção, qual era a atitude dos animais?
      Eles corriam, fugindo do fogo para se salvar.

04 – De acordo com o texto, qual foi o único animal que ficou tentando apagar o fogo?
      Foi o beija-flor.

05 – O elefante vendo aquela cena estranha, perguntou ao beija-flor, o que está fazendo de tão importante?
      Tentando apagar o fogo, estou fazendo a minha parte.

06 – Por que o beija-flor estava fazendo isso?
      Porque ele precisa daquele local para viver.

07 – Quem disse a frase “Há mesmo um grande perigo em meio aquelas chamas”?
      O beija-flor.

08 – Qual foi a decisão tomada pelo elefante?
      Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas.

09 – Os outros animais vendo aquele esforço todo, foram ajudar formando um grande exército contra o fogo. Qual foi o resultado dessa luta?
      Ao cair da noite, os animais da floresta estavam exaustos pela dura batalha vivida, mas vitoriosos porque permaneceram sobre a relva que duramente haviam protegido.

10 – Escreva qual o exemplo de lições de vida que os irracionais nos transmite, abaixo:
·        A Abelha = Sua disciplina e modelo de vida em sociedade.
·        A Formiga = Sua força de trabalho.
·        A Pomba = Sua mensagem de paz.
·        O Cachorro = Sua lealdade.

11 – O que nós, seres humanos, temos que ter para dar exemplo de lições de vida?
      Fazer o melhor possível com perseverança, persistência e fé.

12 – Para você, qual seria a melhor lição de vida?
      Resposta pessoal do aluno.

13 – Você concorda com a Moral da História, qual seria a sua moral?
      Resposta pessoal do aluno.

14 – Qual o título do texto? E quem publicou?
      O Beija-flor e o Elefante. Postado por Valdemir Reis.
     
     


CONTO: ZINHO DO DETETIVE - EMÍLIO CARLOS - COM GABARITO

Conto: ZINHO O DETETIVE

     O detetive Zinho estava em seu quarto arrumando suas coisas de detetive, quando ouviu um grito pavoroso:
      – Aaiiiiii!
      Zinho saltou da cama, pegou sua lupa e chapéu, abriu aporta do quarto, daí ouviu o grito de novo.
      – Aaaiiiii!
      Zinho quase se assustou, mas ai lembrou-se que um verdadeiro detetive não se assusta. Engoliu o susto em seco e pegou um desentupidor de pia que estava no corredor, com o desentupidor debaixo do braço ele se sentiu mais confiante para enfrentar aquela ameaça terrível, e pôs-se a investigar de onde viriam os gritos.
       – Aaaiii!
     Quanto mais descia a escada mais pavoroso o grito ficava, o detetive Zinho resolveu se armar de um tênis largado pelo irmão mais velho bem no pé da escada, o tênis estava muito sujo e Zinho fez a besteira de cheirar o tênis do irmão.
       – Arrgghh! Que chulé! – disse o Zinho tapando o nariz, era uma arma perfeita contra o que quer que fosse que estava causando aqueles gritos de medo e por falar em grito.
       – Aaaiiii!
     Passando pelo banheiro no corredor o detetive Zinho entrou, pelo barulho que fez deve ter derrubado um monte de coisas lá dentro, e saiu armado de papel higiênico (para a marrar o inimigo) uma escova de dentes (caso ele esteja com mal- hálito) e um rodo (que podia ser usado como espada ou coisa assim).
     Carregado com todos esses apetrechos o detetive Zinho ouviu novamente.
    – Aaaaahhhhhh! – o grito tinha ficado mais pavoroso, e finalmente Zinho pode identificar de onde vinha o grito, da cozinha.
     Aproximou-se com cuidado da porta da cozinha, que estava fechada, o detetive Zinho ainda se lembrou de pegar um espanador que estava perto da porta, por um segundo ou dois hesitou, devia mesmo entrar? Que terríveis perigos o aguardavam atrás daquela porta.
      Quando ouviu o ultimo não teve dúvidas, ele ia fazer o que tinha vindo fazer e chutou a porta da cozinha com tanta força que ela se abriu estrondosamente, pode ver então sua Irmã mais velha em cima de uma cadeira. A irmã olhava para o lado e deu mais um grito horripilante:
       – Socoorroooo!
      Que terríveis monstros marcianos atacavam a cozinha querendo raptar sua irmã? Que perversos bandidos assaltavam a casa em busca dos doces que sua mãe tinha feito para o jantar? Que cruéis monstros sanguinários invadiam a casa para sugar todo o leite da geladeira até a morte?
      O detetive Zinho tentou manter a calma, e reparou que sua irmã olhava para baixo, estalou os dedos e concluiu brilhantemente, aha! O que está assustando a minha irmã está no chão!
    Então o detetive aproximou–se do ser maligno que estava causando todo esse terror em sua parente tão próxima, armado com todos os objetos que pegou pela casa ele não tinha medo, não podia falhar.
      E foi então que ele chegou bem perto e pode ver, ali no chão limpo da cozinha… uma barata.
                                                                                     Emílio Carlos

Entendendo o conto:

01 – Qual e o título do texto?
      O título do texto é “Zinho o detetive”.

02 – O que o Zinho estava fazendo em seu quarto?
      Zinho estava guardando suas coisas de detetive.

03 – Por que o Zinho deu um pulo da cama?
      Zinho pulou da cama porque ouviu um grito pavoroso.

04 – Quando o detetive Zinho saiu do quarto o que levava com ele?
      O detetive Zinho levava com ele, sua lupa e seu chapéu.

05 – O que o detetive Zinho lembrou quando quase se assustou?
      Ele se lembrou que um verdadeiro detetive não se assusta.

06 – O que o detetive Zinho fez no caminho do grito?
      O detetive Zinho pegou o desentupidor de pia, o tênis com chulé do seu irmão, papel higiênico e um rodo.

07 – De onde vinha o grito?
      O detetive Zinho identificou que o grito vinha da cozinha.

08 – Quando chegou ao local do grito o que o detetive Zinho descobriu?
      O detetive Zinho descobriu que a causa daqueles gritos era a sua irmã mais velha, com medo de uma barata.




RELATO: SUA PRESENÇA EM MINHA VIDA FOI FUNDAMENTAL - ZIRALDO - COM GABARITO


RELATO: Sua presença em minha vida foi fundamental
      Ziraldo     
                       
    Engraçado, eu não tenho um professor inesquecível. Tenho muitos professores inesquecíveis. A primeira professora que minha memória grava não tinha carinho comigo. Botava todos os meninos branquinhos no colo, mas a mim não. Um dia, sentei no colo dela por minha conta e ela me botou no chão. Era uma escola particular, papai não tinha como pagar as mensalidades, era o patrão dele quem pagava. Vai ver, daí vinha minha falta de prestígio com a professora. Devia ter esquecido o nome dela, mas não esqueci. Ela se chamava Dulce, mas não era nada doce.
    Felizmente, não fiquei muito tempo nessa escola, mas por cauda dela, vim vindo pela vida curtindo uma enorme carência afetiva. Que consegui transformar em desenhos, livros, peça de teatro, logotipos, cartazes, ilustrações – tudo a preços baixos. (Pelo menos no início. Agora, depois da fama, a preços mais condizentes com a fama…)
    Minha segunda professora marcante foi dona Glorinha d’Ávila, mãe do poeta e escritor mineiro João Ettiene Filho. Ela era discípula de Helena Antipoff, que revolucionou o ensino básico de Minas na década de 40. Dona Helena percebeu logo que não dava pra mudar a cabeça das professoras mineiras, que tinham ainda penduradas na parede da sala de aula as assustadoras palmatórias. Então, formou 150 jovens idealistas e as espalhou por Minas Gerais, com a missão de mudar a escola por dentro. Uma dessas jovens era a dona Glorinha, que, entre outras coisas e contra a vontade das velhas professoras do Grupo Escolar e de sua rabugenta diretora, retirou a palmatória furadinha da parede de minha classe. Só mais tarde foi que percebi a luta de dona Glorinha. Que ela venceu. Descobrindo – bem mais tarde – que sua presença em minha vida tinha sido fundamental para que não a perdesse por aí. A vida, digo. Um domingo fiz a primeira comunhão e não ganhei santinho. Na segunda-feira, ela mandou me chamar na secretaria. “Você fez a primeira comunhão ontem, não fez?” Como é, meu Deus, que uma pessoa adulta, tão importante, pôde prestar atenção num menininho pardo fazendo primeira comunhão naquela catedral tão grande? (Pois minha cidadezinha tinha catedral…) Ela aí perguntou: “Você ganhou um santinho de recordação?” Não havia ganho, não. Aí ela abriu a gaveta, tirou um santinho lindo e escreveu uma dedicatória onde li as palavras “brilhante” e “futuro” que, na hora, não fizeram o menor sentido para mim. Somente um pouco mais tarde descobri que ela sabia tudo da minha vida, vinha me observando no meio de centenas de alunos do velho Grupo e até já havia mandado chamar meu pai para conversar…
    Engraçado, agora, remoendo essas lembranças, descubro que tive uma professora maluquinha, sim. Foi dona Glorinha d’Ávila, tão pequenininha, tão frágil, tão bonitinha…
                                        Fonte: “Revista Nova Escola”, set/98, p.58.

Entendendo o texto:
01 – A quem o escritor Ziraldo se refere quando afirma “Sua presença em minha vida foi fundamental”? Por que ele faz a referida afirmação?
      Ziraldo se refere à professora Glorinha. Ela exerceu fundamental importância na vida do escritor, pois o tratava com carinho e acreditava em seu potencial, vindo a escrever “futuro” e “brilhante” em um santinho de primeira comunhão com o qual o presenteou.

02 – Coloque V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas:
(V) Helena Antipoff revolucionou o ensino básico de Minas na década de 40.
(F) A professora Dulce era carinhosa com Ziraldo.
(V) A professora Glorinha é mãe do poeta e escritor mineiro João Ettiene Filho.
(F) Ziraldo não teve nenhum professor inesquecível em sua vida.
A sequência CORRETA é:
a) V, V, F, F.      
b) F, F, V, V.     
c) V, F, V, F.     
d) F, V, F, V.

03 – Dulce e Dona Glorinha tinham em comum o fato de serem professoras. Mas, ao compará-las, percebemos que elas eram bastante diferentes. Por quê?
      A professora Dulce era preconceituosa, no que tange à cor da pele e à condição financeira do Ziraldo, então seu aluno. Já a professora Glorinha era carinhosa, tratando os alunos sem qualquer distinção.

04 – Na frase “Somente um pouco mais tarde descobri que ela sabia tudo da minha vida...”, a palavra destacada refere-se à:
a) Glorinha                     
b) Dulce                     
c) Helena Antipof       
d) diretora do Grupo Escolar.

05 - Como você deve ter percebido, o relato foi organizado em ordem linear, ou seja, Ziraldo relatou os fatos na mesma ordem em que eles aconteceram. Reescreva os itens a seguir, que resumem o relato do escritor, ordenando-os de acordo com a sequência em que são mencionados no texto.
a) O desenhista informa que ficou pouco tempo na escola em que trabalhava a professora Dulce, porém deve ao lugar uma enorme carência afetiva, que foi positivamente transformada em obras.
b) Dona Glória foi responsável por tirar a palmatória furadinha da sala de aula do escritor.
c) Ziraldo relata que a primeira professora de quem se lembra foi negativamente marcante. Ele achava não ter muito prestígio com ela, provavelmente porque era o patrão de seu pai quem pagava a mensalidade da escola.
d) Ao remoer as lembranças, o desenhista afirma ter descoberto que dona Glorinha foi sua professora maluquinha.
e) Ziraldo conta que, na igreja, após sua primeira comunhão, ao contrário dos outros meninos, ele não recebeu um santinho de recordação.
f) A segunda professora marcante na vida do escritor foi discípula de Helena Antipoff, que revolucionou o ensino básico mineiro por se opor às palmatórias.
g) Em seu relato, Ziraldo diz ter descoberto que a presença de dona Glorinha em sua vida foi fundamental.
h) Dona Glorinha viu o descaso com Ziraldo na igreja e, no outro dia, deu-lhe um lindo santinho com uma dedicatória.
Resposta: c,a,f,b,g,e,h,d
06- Por que a primeira professora do narrador é inesquecível para ele?
      Porque ela deixou marcas negativas(impressões negativas) na vida dele.
07 - A professora Helena Antipoff revolucionou o ensino básico de Minas Gerais na década de 1940.
    a) Com que objetivo ela provocou essa revolução?
         Com o objetivo  de mudar a forma de ensinar em Minas, que ainda estava no tempo da palmatória.
     b) Como ela conseguiu atingir seu objetivo?
          Ela percebeu que não podia mudar nem a mentalidade nem o modo de ação dos educadores com experiência, então formou 150 jovens idealistas, que ficaram encarregadas de promover essas transformações nas escolas mineiras por dentro.
   08 - Compare: em que aspectos as professoras Dulce e Glorinha se diferenciam?
          Dulce, como o próprio narrador diz, não era nada doce. O texto relata fatos que permitem percebê-la como uma pessoa preconceituosa e pouca atenciosa com ele. Já Glorinha é descrita como uma pessoa inovadora, atenciosa, sensível e afetiva.
09 - O narrador, ao contar com detalhes os fatos relacionados às professoras Dulce e Glorinha, também as descreve? Justifique sua resposta.
Sim, por meio da narração dos fatos, Ziraldo também caracteriza as professoras.
10 - Qual é a contribuição dos trechos descritivos ao relato das experiências escolares do narrador?
Os trechos descritivos contribuem para que o leitor visualize mentalmente as professoras consideradas inesquecíveis para o narrador, tanto pelo lado negativo como pelo positivo.
11 - O texto lido é um relato de memória. Responda:
      a) Em que foco narrativo ele foi escrito?
          Foco narrativo em primeira pessoa.
      b) Qual é a importância de o narrador adotar esse foco no relato de memórias?
          Ao adotar a perspectiva de primeira pessoa, o narrador reforça sua participação nos acontecimentos, ou seja, passa a ideia de que, de fato, é um personagem do relato.







TEXTO: CONHEÇA UMA ESPÉCIE DE LIBÉLULA AMEAÇADA - COM GABARITO


Texto: Conheça uma espécie de libélula ameaçada

      Elas voam depressa e de um jeito que sempre chama atenção. Para quem gosta de observá-las, sentar à beira de um laguinho ou de um riacho e fixar os olhos no espelho d’água é uma dica e tanto: pode apostar que as libélulas virão!
        As libélulas apresentam cores e tamanhos variados, têm o hábito de fazer voos rasantes sobre a água. Será que fazem isso para se refrescar? Que nada! Esse é um costume das fêmeas, que batem com o final do corpo – o abdome – na água.
       Pois bem, as larvas das libélulas são exclusivamente aquáticas, então, quando a fêmea encosta o abdome na água, ela está liberando seus ovos, que depois de algum tempo vão eclodir, liberando as larvas.
    Alguns grupos de libélulas colocam os ovos em locais diferenciados, como a Leptagrion acutum, cujas larvas se desenvolvem na água acumulada em bromélias da Mata Atlântica. Essa espécie tem um abdome considerado longo, de aproximadamente 4,5 centímetros.
    Há muito tempo a Leptagrion acutum não era encontrada. Imagine você que, por 40 anos, não houve registro de sua observação por um pesquisador.
    Mas, em 2005, ela foi reencontrada na Reserva Biológica de Córrego Grande, no Norte do Espírito Santo, onde os pesquisadores observaram apenas dois machos e 16 fêmeas. Essa reserva fica em Conceição da Barra, mesma cidade da primeira observação.
                                    Disponível em: <http://www.otempo.com.br>

01 - Releia:
        Conheça uma espécie de libélula ameaçada”
Agora, identifique a ideia expressa pela palavra destacada, bem como o objetivo da notícia:
      A palavra “Conheça” expressa a ideia de pedido, mais precisamente, funciona como um convite para que o (a) leitor (a) conheça as características e os hábitos da espécie de libélula ameaçada de extinção.

02 – Leia o que se afirma sobre a libélula:
I. As larvas, oriundas dos ovos das libélulas, são predominantemente aquáticas.
II. Leptagrion acutum é o nome científico para alguns grupos específicos de libélulas.
III. A presença da Leptagrion acutum, no Norte do Espírito Santo, é um sinal de que a espécie não se encontra mais tão ameaçada de extinção.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I
b) II
c) I e II
d) II e III.

03 – Identifique o trecho que evidencia a fala direta do autor com o (a) leitor (a):
a) “Elas voam depressa e de um jeito que sempre chama atenção.”.
b) “As libélulas apresentam cores e tamanhos variados [...]”.
c) “Imagine você que, por 40 anos, não houve registro de sua observação por um pesquisador.”.
d) “Essa espécie tem um abdome considerado longo, de aproximadamente 4,5 centímetros.”.

04 – Observe esta passagem do texto:

“As libélulas apresentam cores e tamanhos variados, têm o hábito de fazer voos rasantes sobre a água.”
a) Identifique a que se refere o verbo destacado.

      O verbo destacado refere-se às libélulas.
b) Explique o porquê do acento circunflexo no verbo destacado.

      O verbo “tem” deve ser acentuado quando se referir a um sujeito no plural.

05 – Analise a palavra-chave do texto, isto é, a palavra principal, “libélula”. Em seguida, assinale a alternativa que contém palavras que são acentuadas pela mesma razão que ela:
a) água e hábito.
b) Atlântica e fêmea.
c) bromélias e Espírito.
d) aquáticas e Córrego. (Todas as proparoxítonas são acentuadas).