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sexta-feira, 1 de maio de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): CANTO DE OSSANHA - VINÍCIUS DE MORAES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Canto de Ossanha

                         Vinicius de Moraes

O homem que diz: Dou
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz: Vou
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz sou
Não é!
Porque quem é mesmo é
Não sou!
O homem que diz: Tô
Não tá!
Porque ninguém tá
Quando quer

Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha, traidor!
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor

Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou

Não!
Eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo sinhô, Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha
Não vá!
Que muito vai se arrepender
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!

Eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou

Não!
Eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!

Eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou

Não!
Eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!
                            Composição: Baden Powell / Vinícius de Moraes

Entendendo a canção:

01 – A letra da canção traz que elementos de que cultura?
      Traz elementos da cultura afro-brasileira, fazendo referência a deuses e orixás.

02 – Na primeira estrofe toda afirmação é negada, trazendo a melodia um tom de mistério. Copie alguns versos.
      “O homem que diz: Dou. / Não dá! / Porque quem dá mesmo / Não diz!”.

03 – Além da controvérsia do dizer e fazer desta canção há também a ideia de superioridade ilusória do conhecimento do homem, ressaltando a importância da humildade intelectual. Em que versos?
      “Coitado do homem que cai / No conto de Ossanha, traidor!”

04 – Pesquise e responda: Quem é a deusa Ossanha?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ossanha é uma das mais difíceis e misteriosa deusa do candomblé, que sabe tudo sobre ervas e sobre o amor (é o orixá das folhas sagradas).

05 – Ossanha é a senhora do axé. Não há “trabalho” que possa ser realizado sem a sua evocação, sendo ele conhecedor de todas as ervas. Por que aqui na canção ele aparece como traidor?
      Sendo ela mediadora das mandingas, aquela de quem Xangô desconfia, mas sendo ela possuidora do axé, ela é também aquela que incita ao movimento, que a provoca.

06 – Que momento da canção percebe a provocação do orixá?
      A provocação surge no refrão da canção.

07 – No verso: “O homem que cai na mandiga de amor”, cai no canto de Ossanha. Por quê?
      Porque não é possível fazer qualquer encantamento, receita de cura, trabalho de toda espécie sem a mediação do conhecimento do orixá. E não basta apenas conhecer as ervas, mas saber como en-cantá-las.

domingo, 26 de abril de 2020

POEMA: O POETA E A ROSA - VINÍCIUS DE MORAES - COM QUESTÕES GABARITADAS

POEMA: O Poeta E A Rosa
               Vinicius de Moraes
                                  
Ao ver uma rosa branca
O poeta disse: Que linda!
Cantarei sua beleza
Como ninguém nunca ainda!

Qual não é sua surpresa
Ao ver, à sua oração
A rosa branca ir ficando
Rubra de indignação.

É que a rosa, além de branca
(Diga-se isso a bem da rosa...)
Era da espécie mais franca
E da seiva mais raivosa.

– Que foi? – balbucia o poeta
E a rosa; – Calhorda que és!
Para de olhar para cima!
Mira o que tens a teus pés!

E o poeta vê uma criança
Suja, esquálida, andrajosa
Comendo um torrão da terra
Que dera existência à rosa.

– São milhões! – a rosa berra
Milhões a morrer de fome
E tu, na tua vaidade
Querendo usar do meu nome!...

E num acesso de ira
Arranca as pétalas, lança-as
Fora, como a dar comida
A todas essas crianças.

O poeta baixa a cabeça.
– É aqui que a rosa respira...
Geme o vento. Morre a rosa.
E um passarinho que ouvira

Quietinho toda a disputa
Tira do galho uma reta
E ainda faz um cocozinho
Na cabeça do poeta.
                                         Compositor: Vinicius De Moraes
Entendendo a canção:

01 – Que tema é abordado no poema?
      Fala da vaidade do ser humano.

02 – Que estrofe do poema expressa mais claramente o entusiasmo do eu lírico pela rosa branca?
      Na primeira estrofe.

03 – Por que a rosa branca ficou indignada?
      Porque o poeta não tinha visto uma criança comendo um torrão da terra.

04 – De que espécie era a rosa branca?
      Era da espécie mais franca / E de seiva mais raivosa.

05 – A rosa branca berra – São milhões – milhões de quem?
      Milhões de crianças a morrer de fome.

06 – Que faz a rosa branca num acesso de raiva?
      Arranca as pétalas, lança-as / Fora, como a dar comida / A todas essas crianças.

07 – Que faz o passarinho que ouvirá toda a disputa quietinho?
      Faz um cocozinho na cabeça do poeta.



POEMA: A VOLTA DA MULHER MORENA - VINÍCIUS DE MORAES - COM GABARITO

Poema: A VOLTA DA MULHER MORENA
          
    Vinícius de Moraes

Meus amigos, meus irmãos, cegai os olhos da mulher morena
Que os olhos da mulher morena estão me envolvendo
E estão me despertando de noite.
Meus amigos, meus irmãos, cortai os lábios da mulher morena
Eles são maduros e úmidos e inquietos
E sabem tirar a volúpia de todos os frios.


Meus amigos, meus irmãos, e vós que amais a poesia da minha alma
Cortai os peitos da mulher morena
Que os peitos da mulher morena sufocam o meu sono
E trazem cores tristes para os meus olhos.
Jovem camponesa que me namoras quando eu passo nas tardes
Traze-me para o contato casto de tuas vestes
Salva-me dos braços da mulher morena
Eles são lassos, ficam estendidos imóveis ao longo de mim
São como raízes recendendo resina fresca
São como dois silêncios que me paralisam.
Aventureira do Rio da Vida, compra o meu corpo da mulher morena
Livra-me do seu ventre como a campina matinal
Livra-me do seu dorso como a água escorrendo fria.
Branca avozinha dos caminhos, reza para ir embora a mulher morena
Reza para murcharem as pernas da mulher morena
Reza para a velhice roer dentro da mulher morena
Que a mulher morena está encurvando os meus ombros
E está trazendo tosse má para o meu peito.
Meus amigos, meus irmãos, e vós todos que guardais ainda meus últimos cantos
Dai morte cruel à mulher morena!

                                                            Vinícius de Moraes
Entendendo o poema:

01 – Em relação à mulher, nesse poema, pode-se afirmar que:
a)   Ela representa o pecado e precisa ser eliminada para que o eu lírico encontre a paz.
b)   Ela é vista de maneira espiritualizada e idealizada.
c)   Ela é descrita como motivação do pecado, mas, apesar disso, o eu lírico mantém-se alheio a seus encantos.
d)   Ela é vista com naturalidade, e o desejo sexual não apresenta problema para o eu lírico.

02 – O título do poema é composto pelo substantivo “volta” que tem o sentido de regresso, por quê?
      Significa uma perturbação constante e fonte de perdição.

03 – O poeta usa um vocativo nos primeiros versos. Cite-o.
      “Meus amigos, meus irmãos...”.

04 – Por que o eu lírico pede aos seus amigos e irmãos que ceguem os olhos da mulher morena?
      Porque os olhos da mulher morena estão envolvendo-o e tirando-lhe o sono.

05 – Em relação à mulher, nesse poema, pode-se afirmar que:
a)   Ela representa o pecado e precisa ser eliminada para que o eu lírico encontre a paz.
b)   Ela é vista de maneira espiritualizada e idealizada.
c)   Ela é descrita como motivação do pecado, mas, apesar disso, o eu lírico mantém-se alheio a seus encantos.
d)   Ela é vista com maturidade, e o desejo sexual não apresenta problema para o eu lírico.

06 – Por que o eu lírico nomeia-a como “mulher morena”?
     Desta forma ela perde sua individualidade e constitui uma alegoria demoníaca levando o homem ao pecado.

07 – As imagens do corpo feminino são carregadas de fortes impressões sensoriais e sensuais. Cite algumas.
      Lábios maduros, úmidos e inquietos; olhos envolventes; peitos que sufocam à noite; braços lassos que são como raízes.

08 – Como a mulher morena hipnotiza o eu lírico?
      De forma que todas as partes abominadas do corpo tornam-se centro de atração, isto é, a personificação do pecado.






quarta-feira, 17 de julho de 2019

POEMA: O ANJO DAS PERNAS TORTAS - VINICIUS DE MORAES - COM GABARITO

poema: O ANJO DAS PERNAS TORTAS
Rio de Janeiro , 1962


A Flávio Porto

A um passe de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento. 


Vem-lhe o pressentimento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés - um pé-de-vento!

Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.

Garrincha, o anjo, escuta e atende: - Goooool!
É pura imagem: um G que chuta um o
Dentro da meta, um 1. É pura dança!

MORAES, Vinicius de. O anjo das pernas tortas. In: FERRAZ, Eucanaã; CÍCERO, Antonio. Nova antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.217.

Compreendendo o poema:

O poema apresenta várias palavras com o som “sê”.
1)   Copie do poema as palavras que possuem duas letras representando o som de “sê”.
Passe, pressentimento, uníssono.

2)   Copie as palavras escritas com ç.
Avança, lança, trança, esperança, dança.

3)   Observe que ce e ci não tem cedilha. Copie uma palavra do texto escrita com ce ou ci.
Lance.

4)   Leia o poema em voz alta. Que sentido adquire a escolha de palavras nos finais de alguns versos com o som “sê”?
Resposta pessoal.
Sugestão: Que o som “sê” nas palavras finais de alguns versos serve para rimar e causar ênfase aos lances no jogo de futebol. Primeiro o jogador avança, depois descansa, lança novamente, trança durante o jogo, como era próprio de Garrincha, esperança de que aconteça o gol e, finalmente, dança de alegria.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): MARCHA DE QUARTA-FEIRA DE CINZAS - VINÍCIUS DE MORAES - COM GABARITO

Música(Atividades): Marcha de Quarta-Feira de Cinzas

                Vinicius de Moraes

Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais
Brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas
Foi o que restou

Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando
Cantigas de amor

E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade

A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida
Feliz a cantar

Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe

Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza
Dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando
Seu canto de paz
Seu canto de paz.
                      Composição: Carlos Lyra / Vinícius de Moraes

Entendendo a canção:

01 – De que se trata a canção?
      Da conjuntura política que o país se inserira com o Golpe Militar e entrevia os desdobramento funestos deste golpe.

02 – Segundo o eu lírico, qual o significado de cinzas e de pessoas?
      CINZAS é o povo em qualquer regime totalitário e PESSOAS se tornam “gente que nem se vê”.

03 – Poderíamos afirmar que a letra da canção traz uma mensagem otimista ou pessimista? Justifique.
      Pessimista, pois é uma espécie de protesto premonitório contra a realidade imposta pela ditadura militar.

04 – Pesquise e responda.
        A canção foi feita na antevéspera de os militares chegarem ao poder. Meses antes do golpe, em meados de 1963.
        Ela foi considerada música de fundo da deposição de quem? E da ascensão de quem?
      Deposição do presidente João Goulart e da ascensão do marechal Castelo Branco.

domingo, 9 de junho de 2019

POEMA: SONETO DE CONTRIÇÃO - VINÍCIUS DE MORAIS - COM GABARITO

Poema: SONETO DE CONTRIÇÃO

        Vinícius de Morais

Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.

Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.

Não é maior o coração que a alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma...

E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida.

                Vinícius de Morais. Obra poética. Rio de Janeiro: J. Aguilar, 1968. p. 203.

Entendendo o soneto:

01 – A linguagem empregada no texto é figurada afetiva construída a partir de imagens:
a)   Na 1ª estrofe do poema coloca-se em evidência o amor e a dor. Qual é a consequência de amar tanto Maria?
A consequência de amar tanto Maria é uma dor que parece uma doença, e que só faz com que ele fique mais encantado, mais apaixonado por ela.

b)   Que circunstancia esse fato exprime em relação a alma do eu lírico?
A circunstância que esse fato exprime em relação à alma do eu lírico é a de que ele é escravo do amor de Maria. A pesar da dor ele continua amando cada vez mais. A dor só torna o amor maior ainda. Ele vive numa situação de dependência afetiva e se submete ao sofrimento para poder continuar admirando aquela mulher.

02 – Nas demais estrofes, são empregadas algumas comparações. A que é comparado o coração do eu lírico?
É comparado com a alma.

03 – O que é melhor: a ausência ou a presença da mulher amada? justifique sua resposta.
      Segundo o poema, a saudade, ou seja, a ausência da mulher amada é melhor, porque se ela estivesse perto, o amor não seria tão divino. Amar aquela mulher é uma coisa divina, intocável, uma coisa santa, pura, que deve ficar numa espécie de altar. Estar longe desse amor sublime é algo que traz calma ao coração do eu-lírico, mas esse amor é tão humilde que só quer dar, não precisa receber, na verdade nem quer receber amor de volta para não tirar a divindade do ser amado.

04 – Há nesse poema, quatro estrofes, isto é, quatro grupo de versos separados por um espaço em branco. Cada uma das estrofes apresenta um grupo de versos, ou seja, de linhas poéticas. Quantos versos há na primeira estrofe? E na quarta estrofe?
      1ª estrofe possui 04 versos.
      4ª estrofe possui 03 versos.

05 – Ao ler o poema, provavelmente você fez uma pausa no final de cada linha ou verso. Essa pausa se acentua pela semelhança sonora que há no final dos versos, como ocorre em tanto e encanto. Que outros pares de palavras apresentam o mesmo tipo de sonoridade?
      Canto / acalanto; Suspensa / imensa; Alma / calma.

06 – Não se emprega, nesse poema, uma linguagem comum, que tenha apenas a finalidade de declarar publicamente o amor do eu lírico por Maria ou dar a ela essa informação.

a)   Na 1ª estrofe, o eu lírico afirma “O meu peito me dói como em doença”. Que sentido conotativo tem a palavra peito?
O sentido conotativo é o coração.

b)   Na 2ª estrofe, o eu lírico emprega um neologismo, isto é, uma palavra nova – berçando. De acordo com o contexto, qual é o significado dessa palavra?
Significa embalando, mimando, acarinhando. Tem característica de lugar seguro, aconchegante.

07 – Nas duas últimas estrofes, o eu lírico diz que sente, em amar, uma calma feita de humildade.
a)   Que tipo de relação há entre o eu lírico e a mulher amada?
·        Distanciamento.
·        Encantamento.
·        Submissão.
·        Medo.

b)   Nos dois últimos versos, o eu lírico confessa que, se Maria lhe pertencesse, “Menos seria eterno em tua vida”. Que tipo de sentimento em relação ao amor o eu lírico expressa?
·        Dor.
·        Desânimo.
·        Medo.
·        Paciência. 


quarta-feira, 29 de maio de 2019

POESIA: O PERU - VINÍCIUS DE MORAES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poesia: O PERU
         
         Vinícius de Moraes

Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro peru!

O peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão.

O peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão.


O peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando foi dizendo
Que beleza de pavão!

Foi dormir e teve um sonho
Logo que o sol se escondeu
Que sua cauda tinha cores
Como a desse amigo seu

Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro peru!
                                  Vinícius de Moraes.

Entendendo a poesia:
01 – Nos versos: “Glu! Glu! Glu!
                             Abram alas pro peru!”

Que figura de linguagem imita reprodução de sons ou ruídos naturais?
      Onomatopeia.

02 – Quantas aves são citadas na poesia? Quais são?
      São três. O peru, o pavão e o tico-tico.

03 – Quem morreu de congestão? Por quê?
      Foi o tico-tico de tanto rir.

04 – Como ficou o peru de tanto dançar?
      Ficou tonto de quase cair no chão.

05 – O peru foi dormir e teve um sonho. Sonhou o quê?
      Sonhou que sua cauda tinha cores como a desse amigo seu.

06 – Quem o peru pensava ser quando saiu para passear?
      Pensou que era pavão.


segunda-feira, 22 de abril de 2019

POESIA: A FOCA - VINÍCIUS DE MORAES - COM GABARITO

Poesia: A Foca
          Vinícius de Moraes

Quer ver a foca
Ficar feliz?
É por uma bola
No seu nariz.

Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.

Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga.
                           

Entendendo a poesia:

01 – Qual o título da poesia?
      O título é “A Foca.”
02 – Quem é o autor?
      Vinícius de Moraes.

03 – Cite algum trecho que repete na poesia.
      “Quer ver a foca”.

04 – Quantas estrofes tem e quantos versos?
      Possui 03 estrofes e 12 versos.

05 – Por qual motivo a foca briga?
      Quando espeta a barriga dela.

06 – Qual é a comida da foca, de acordo com a poesia?
      Ela alimenta-se de sardinha.

07 - Num dos versos do poema, um pronome foi empregado de uma maneira que foge ao que recomenda a variedade padrão da língua.
     a) Copie o verso em que isso ocorre.
          É espetar ela.

     b) Modifique o verso, adaptando-o à variedade padrão.
         É espetá-la.

08 - Como ficariam os versos seguintes, caso substituíssemos por pronomes oblíquos átonos os termos destacados?
    a) "Quer ver a foca"  - Quer vê-la.
    b) "É pôr uma bola/ no seu nariz." É pô-la no seu nariz.
    c) "É dar a ela/ uma sardinha". É dar-lhe uma sardinha.