sábado, 12 de fevereiro de 2022

CONTO: MARIA VAI COM AS OUTRAS - SLVIA ORTHOF - COM GABARITO

 Conto: Maria vai com as outras

              Sylvia Orthof


Era uma vez uma ovelha chamada Maria.

Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também.

As ovelhas iam pra baixo. Maria ia pra baixo.

As ovelhas iam pra cima. Maria ia pra cima.

Maria ia sempre com as outras.

 

Um dia, todas as ovelhas foram para o polo sul. Maria foi também.

Ai, que lugar frio!

As ovelhas pegaram uma gripe!!!

Maria pegou gripe também. Atchim!

Maria ia sempre com as outras

 

Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.

Ai, que lugar quente!

As ovelhas tiveram insolação.

Maria teve insolação também. uf! puf!

Maria ia sempre com as outras.

 

Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.

Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!

Foi quando, de repente, Maria pensou:

“Se eu não gosto de jiló, por que é que tenho que comer salada de jiló?”

Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.

 

Até que as ovelhas resolveram pular do alto do corcovado pra dentro da lagoa.

Todas as ovelhas pularam.

Pulava uma ovelha, não caia na lagoa, caia na pedra, quebrava o pé e chorava: Mé!

Pulava outra ovelha, não caia na lagoa, caia na pedra, quebrava o pé e gritava: Mé!

E assim quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando:  mé! mé! mé!

 

Chegou a vez de Maria pular.

Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante e comeu uma feijoada.

Agora, mé, Maria vai para onde caminha o seu pé!

                              ORTHOF, Sylvia. Maria-vai-com-as-outras. 20. Ed. São Paulo: Ática, 1999. C by herdeiros de Sylvia Orthof.

                 Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 119-123.

Entendendo o conto:

01 – Quais são os lugares por onde Maria passou?

      Polo Sul, deserto, Alto do Corcovado, restaurante.

02 – O que aconteceu com as ovelhas quando foram para o Polo Sul e para o deserto? Por quê?

·        Polo Sul: Ficaram todas gripadas, porque era muito frio.

·        Deserto: Elas tiveram insolação, porque era muito quente.

03 – Registre o pensamento de Maria quando comeu salada de jiló. Que sinal foi utilizado no texto para expressar o pensamento de Maria?

      Que horror!

04 – Todas as ovelhas pularam do Corcovado para dentro da lagoa, menos a Maria. Por quê?

      Porque ela preferiu entrar num restaurante e comer uma feijoada.

05 – De acordo com o texto, o que a ovelha que ia sempre com as outras aprendeu?

      Que ela vai para onde caminha seus pés.

06 – Se você conhecesse uma pessoa como Maria, o que poderia dizer a ela?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Seja você mesma.

TIRINHA: MALUQUINHO NATAL - ZIRALDO - COLEÇÃO MAIS CORES - COM GABARITO

 Tirinha: Maluquinho Natal


Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizuX9bZcLLCh5fXI6uUl7qHzv9jylw_E805BDVcuSaUu424_n40ZeCsdEkYLqKO3vQKNP9RD5UYJmzk-pdJJ5VVamFVxMIPMuGKDd3DFbftrSBjpBxuHPRp1QF3Eh-goSh2VimQUdoPhOIu3RoQ3WRY85vCpF6j5H0dV06Np73kCY9VL1OR6jC1P5V=s377

Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 51-2.

Entendendo a tirinha:

01 – Em que época do ano se passa a história da tirinha? Como você sabe?

      Na época do Natal, em dezembro. Por causa da árvore de Natal.

02 – O que você acha que o vovô quis dizer quando falou ao Maluquinho que o Natal, antigamente, era mais bonito?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Era uma festa de alegria e união familiar, melhor do que hoje.

03 – O Maluquinho entendeu a resposta de seu avô? Por quê?

      Não, porque ele achou que a diferença era a idade do Papai-Noel.

PARÓDIA: SENHORITA VERMELHO - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

 Paródia: SENHORITA VERMELHO

               Pedro Bandeira

        Chapeuzinho Vermelho era a mais solteira das amigas de Dona Branca (de Neve) e uma das poucas que não era princesa. A história dela tinha terminado dizendo que ela ia viver feliz para sempre ao lado da Vovozinha, mas não falava em nenhum príncipe encantado. Por isso, Chapeuzinho ficou solteirona e encalhada ao lado de uma velha cada vez mais caduca.

        Com a cestinha pendurada no braço e com o capuz vermelho na cabeça, Dona Chapeuzinho entrou com o lacaio atrás. Dona Branca correu para abraçar a amiga.

        -- Querida! Há quanto tempo! Como vai a Vovozinha?

        -- Branca!

        As duas deram-se três beijinhos, um numa face a dois na outra, porque o terceiro era para ver se a Chapeuzinho desencalhava.

        -- Minha amiga Branca! Por que você tem esses olhos tão grandes?

        -- Ora, deixa de besteira, Chapéu!

        -- Ahn... quer dizer.... desculpe, Branca. É que eu sempre me distraio.... - atrapalhou-se toda Chapeuzinho. - Sabe? É que eu estou sempre pensando na minha história. Ela é tão linda, com o Lobo Mau, tão terrível, e o Caçador, tão valente...

        -- Até que a sua história é passável, Chapéu – Comentou Dona Branca, meio despeitada. – Mas linda mesmo é a minha, que tem espelho mágico, maçã envenenada, bruxa malvada, anõezinhos e até caçador generoso.

        -- Questões de gosto, querida....

        Dona Chapeuzinho sentou-se confortavelmente, colocou a cestinha ao lado (ela não largava aquela bendita cestinha!), tirou um sanduíche de mortadela e pôs-se a comer (aliás, Dona Chapeuzinho tinha engordado muito desde aquela aventura com o Lobo Mau).

        -- Aceita um brioche? – ofereceu-lhe a comilona, de boca cheia.

        -- Não, obrigada.

        -- Quer uma maçã?

        -- Não! Eu detesto maçã. [...]

        Dona Branca jogou para trás os cabelos cor de ébano e tomou uma decisão:

        -- Vou convocar uma reunião de todas nós!

        -- Boa ideia! Chame os príncipes também!

        -- Os príncipes não adianta chamar. Estão todos gordos e passam a vida caçando. Além disso, príncipe de história de fada não serve para nada. A gente tem de se virar sozinha a história inteira, passar por mil perigos, enquanto eles só aparecem no final para o casamento.

        Chapeuzinho concordou:

        -- É... Os únicos decididos são os caçadores. Eu devia ter casado com o caçador que matou o Lobo...

        Dona Branca tocou a campainha de ouro. Imediatamente, Caio, o lacaio, estava à sua frente.

        -- Às ordens, princesa!

        -- Caio, monte o nosso melhor cavalo. Corra, voe e chame todas as minhas cunhadas de todos os reinos encantados para uma reunião aqui no castelo. Depressa!

Pedro Bandeira. O fantástico mundo de Feiurinha. São Paulo: FTD, 1987.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 154-156.

Entendendo a Paródia:

01 – Que personagem de histórias conhecidas estão presentes no texto?

      Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve.

02 – Transcreva do texto as características dadas a Chapeuzinho e responda: qual é a visão do narrador sobre a personagem?

      Solteirona, comilona, distraída, enfim, o narrador tem uma visão pejorativa, que ridiculariza e deforma a personagem.

03 – Que fala da personagem Chapeuzinho revela um apego ao passado?

      A fala: “É que estou sempre pensando na minha história. Ela é tão linda, com o Lobo Mau, tão terrível, e o Caçador, tão valente...”

04 – O diálogo entre Branca e Chapeuzinho revela um jeito de se expressar mais moderno ou mais antigo? Transcreva do texto uma frase que confirme sua resposta.

      Mais moderna. Alguns exemplos possíveis são: “—Ora, deixa de besteira, Chapéu!”; “—Até que a sua história é passável, Chapéu [...]”.

05 – Além de depreciar a personagem do conto antigo, “Chapeuzinho Vermelho”, o narrador, pelas falas da personagem Branca, ridiculariza outras personagens comuns aos contos de fadas. Identifique essas personagens e enumere suas características negativas, de acordo com Branca.

      As personagens ridicularizadas são os príncipes das histórias. Segundo Branca, eles só aparecem no final dos contos, deixam as princesas desamparadas diante dos obstáculos, passam a vida caçando e, após o casamento, ficam todos gordos.

06 – Como você ilustraria as personagens dessa história? Faça a apresentação delas e compare com as ilustrações de seus colegas. Depois, exponha o material num painel da sala.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Em seu caderno, reproduza o quadro a seguir e complete-o com as informações que estão faltando.

·        Frase marcante da personagem Chapeuzinho:

História original: Por que esses olhos tão grandes? Pergunta de Chapeuzinho para a “avó”.

Nova história: Pergunta de Chapeuzinho para Branca de Neve: Branca! Por que você tem esses olhos tão grandes?”  

·        Humor no texto:

História original: Não apresenta humor.

Nova história: É uma paródia, efeitos de humor possíveis por meio personagens e o conteúdo do diálogo entre elas.

·        Característica de Chapeuzinho:

História original: Uma menina comum que leva lanche para a avó doente.

Nova história: Uma solteirona encalhada, gorda, comilona, que faz comentários impropriados e vive se apegando às lembranças do passado.

·        Desfecho da história:

História original: E viveram felizes para sempre.

Nova história: Chapeuzinho está frustrada com seu destino e se lamenta por não ter se casado com o caçador que matou o lobo.

a)   Seria possível reconhecer os efeitos de humor do texto de Pedro Bandeira sem conhecer a história original? Por quê?

Não, pois é o confronto entre o texto original e o novo que garante o humor, já que na nova história as personagens são retratadas de uma maneira grotesca, caricata, que provoca o riso.

b)   Copie a afirmação que melhor descreve a relação entre “Senhorita Vermelho” e “Chapeuzinho Vermelho”.

I – O texto é bastante semelhante ao conto “Chapeuzinho Vermelho” e mantém seus elementos principais, inclusive as características das personagens.

II – O texto nega completamente o conteúdo do texto original. É um protesto a Chapeuzinho, mas sem provocar humor.

III – O texto se parece com o original, mantém as mesmas personagens, mas altera parte de seu conteúdo e, ao fazer isso, constrói o humor.

08 – Paródia é a imitação cômica de uma composição literária ou musical. Com base nessa explicação, responda: o texto “Senhorita Vermelho” é uma paródia? Explique.

      Sim, pois usa personagens de histórias para criar uma nova história com humor.

RESENHA: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES - JÚLIA DIAS CARNEIRO - CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS - COM GABARITO

 Resenha: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES

       Veja como surgiram e o que contam as mais deslumbrantes histórias do mundo árabe!

        Prepare o coração: a viagem que começa agora vai te levar às alturas num meio de transporte nada comum — o tapete mágico! E olha que isso é só o começo. Durante as mil e uma noites que temos pela frente, veremos rainhas e sultões, gênios e monstros, lutas e intrigas, tudo em clima de muita magia, beleza e mistério! Ainda vamos encontrar velhos amigos, como Aladim, Ali-babá e até os quarenta ladrões! Ficou curioso? Então é hora de conhecer As mil e uma noites, livro que reúne as histórias mais deslumbrantes do mundo árabe.

        Tudo começa com a história do rei Shariar. Ele descobre que está sendo traído pela esposa, que tem um servo como amante, e, enfurecido, mata os dois. Depois, toma uma decisão terrível: a cada noite, vai se casar com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenar sua execução, para nunca mais ser traído. Assim procede por três anos, causando medo e lamentações em todo o reino. Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro do rei, a bela e sábia Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com a barbaridade do rei. Para aplicá-lo, porém, ela precisa casar-se com ele. Horrorizado, o pai tenta convencer a filha a desistir da idéia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterrorizava a cidade.

        Quando chega a noite de núpcias, sua irmã mais nova, Duniazade, faz o que sua Sherazade havia pedido. Vai de madrugada até o quarto dos recém-casados e, chorando, pede para ouvir uma das fabulosas histórias que a irmã conhece. Sherazade começa então a narrar uma intrigante história que cativa a atenção do rei, mas não tem tempo de acabar antes do amanhecer. Curioso para saber o fim do conto, Shariar concede-lhe mais um dia de vida. Mal sabe ele que essa seria a primeira de mil e uma noites! As histórias de Sherazade, uma mais envolvente que a outra, são sempre interrompidas na parte mais interessante.

        Assim, dia após dia, sua morte vai sendo adiada.

        Você deve estar pensando que Sherazade tinha um baita repertório de histórias para contar, né? Bem, por mais fértil que fosse sua imaginação, seria impossível inventar tanta coisa ou ler tantos livros! Na verdade, a forma como Sherazade aprendeu todos esses contos explica também outro mistério da obra: ela não tem autor! Parece estranho, mas a explicação é simples: as histórias de as mil e uma noites eram contadas de uma pessoa para outra, estavam na boca do povo! Ninguém sabe quem as inventou; fazem parte da tradição oral do povo árabe, com seus contadores de histórias que reuniam multidões na ruas e mercados.

        Não se sabe ao certo quando os contos foram passados para o papel. A primeira versão do livro, Mil contos, surgiu na Pérsia (atual Irã, onde se passa a história de Sherazade) por volta do século 10. O nome que conhecemos só veio depois, com os árabes. Muito supersticiosos, eles acreditavam que números redondos atraíam coisas ruins. Passaram o nome então para As mil e uma noites. Porém, como o original do livro nunca foi encontrado, há versões diferentes para a história de Sherazade. O final, no entanto, é sempre o mesmo...

        [...]

Júlia Dias Carneiro. Ciência hoje das crianças on-line, 12 dez. 2001. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/recursometod/3665_sherazade.PDF. Acesso em: 15 fev. 2012.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 149-151.

Entendendo a resenha:

 01 – O texto reproduzido é uma resenha. Nesse tipo de gênero textual é comum encontrarmos, além de uma análise crítica, um resumo da obra.

a)   Essa resenha é a crítica literária de que obra?

Do livro As mil e uma noites.

b)   Que trecho do livro está resumido na resenha?

A história de Sherazade.

c)   Onde esse texto foi publicado?

Na revista Ciência hoje das crianças on-line.

d)   Qual é a intenção do texto?

A intenção é a de divulgar o livro e, para isso, chama atenção do leitor para a personagem protagonista, resumindo sua história.

02 – Compare o tempo verbal empregado na resenha com o empregado no conto “Os dois pequenos e a bruxa”: são os meninos? Por que?

      No conto “Os dois pequenos e a bruxa”, que é uma narrativa integral, o verbo usado é o pretérito. Na resenha, emprega-se o tempo presente quando o autor faz críticas sobre a obra, As mil e uma noites, e emprega-se o pretérito na narrativa da história de Sherazade, por exemplo.

03 – Quem escreveu a resenha sobre a história de Sherazade é a autora da história? Explique.

      Não, quem escreveu a resenha foi Júlia Dias Carneiro, uma crítica literária, que escreve para a revista na qual o texto foi publicado.

04 – Como a jornalista inicia a resenha?

      A jornalista inicia a resenha chamando a atenção do leitor para o que vai contar e, em seguida, menciona outros contos que fazem parte de uma obra como aquela, e destaca a personagem protagonista da trama.

·        Qual é a finalidade dessa introdução?

É chamar a atenção do leitor e atraí-lo para a leitura do restante da resenha.

05 – Faça um quadro a seguir em seu caderno e complete-o com os dados da história.

·        Razão que leva Sherazade a se casar.

Ela tem um plano para acabar coma maldade do rei, que mata todas as mulheres com as quais casa.

·        Conflito principal vivido pela personagem.

Ter de escapar da morte que a aguardava.

·        Estratégia de defesa usada pela personagem.

Contar histórias para o rei e interrompê-las na parte mais interessante da narrativa.

·        Solução do conflito e desfecho.

O rei se encanta com as histórias que se prolongam por muito tempo.

06 – Suponha que, em vez de contar histórias, Sherazade defendesse suas ideias a respeito das atitudes do rei e pedisse a ele para não morrer. Você acha que essa estratégia teria sido eficaz? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Só pelo fato de ser mulher já não tinha a confiança do rei, que também já devia ter ouvido esses argumentos de muitas pessoas.

07 – Existem outras situações em que argumentar oralmente sobre um ponto de vista pode não ser a melhor escolha? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

08 – Que meios podem ser empregados para quem quer expor suas ideias e defende-las?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Expressar-se oralmente, expondo seu ponto de vista e as razões que o levam a defende-lo, ou manifestar-se por escrito.

 

PROPAGANDA: CRIANÇAS NO BANCO DA FRENTE? SÓ DEPOIS DOS 10 ANOS E COM CINTO - MINISTÉRIO DO TURISMO - COM GABARITO

 Propaganda: Crianças no banco da frente? Só depois dos 10 anos e com cinto.

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi09Bjbs42PXQCwaESsOsgFGg73E-VGOtgUdcdakuZlLyvEGND9D_707b59IFnzIKBysbgQTm2uBl0BfaTHsswGCSJL5JeCvy-fr8QIpkV3wGJt3GD9DDy4lul92u-UITTAgF4fA_3bDm7DaycSbtK0arjHKHWUGge-4uTUdZiCKXh5HNw3BI1-9rLj=s269

AJUDE A SALVAR NOSSAS CRIANÇAS. CUIDE DELAS NO TRÂNSITO.

        Todos os anos, mas de mil crianças morrem em acidentes no trânsito. Precisamos fazer alguma coisa. No carro, crianças até sete anos têm que estar em uma cadeirinha especial e as de sete a dez anos, no banco de trás e com cinto. Ao atravessar a rua, olha para os dois lados, respeite a sinalização e segure a criança pelo pulso. Além disso, não deixe as crianças brincarem perto de ruas. Os lugares seguros são parques, praças e quadras fechadas, sempre com a presença de um adulto. Com a ajuda de todos, um grande problema pode ter uma simples solução.

Brasil. Ministério do Turismo, 2012.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 111.

Entendendo a propaganda:

01 – Como podemos interpretar a imagem do anúncio?

      O anúncio mostra uma moça, caracterizada como Branca de Neve, personagem do universo infantil, apresentando uma mensagem para a segurança no transporte de crianças no trânsito.

02 – Qual é a finalidade do anúncio?

      Conscientizar os adultos sobre a necessidade de não transportar crianças com menos de dez anos no banco da frente dos automóveis, e também não transportar crianças com mais de dez anos no banco da frente sem cinto de segurança.

03 – Releia este trecho do anúncio: “Todos os anos, mais de mil crianças morrem em acidentes [...]”. Que preposições aparecem nessa frase?

      “De”; “em”.

04 – Chamamos de contração a junção da preposição com palavras de outras classes gramaticais. Retire da chamada, ou seja, do título do anúncio três contrações e explique como foram formadas.

      No: em (preposição) + o (artigo); da: de (preposição) + a (artigo); dos: de (preposição) + os.



NOTÍCIA: MAURÍCIO DE SOUSA PROMETE LANÇAR PERSONAGEM NEYMAR EM BREVE - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

 Notícia: Maurício de Sousa promete lançar personagem Neymar em breve

Mauricio de Sousa/Divulgação

Pelezinho, Ronaldinho e Ronaldo, personagens de Maurício de Sousa, que agora lançará Neymar.

        Maurício de Sousa prometeu lançar o personagem Neymar “nos próximos dias”.

        O criador da Turma da Mônica fez a revelação durante um jantar em sua homenagem ontem, na casa do presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synesio Batista da Costa.

        Inspirado no craque do Santos, o personagem está sendo negociado com países como China, Japão e Indonésia, segundo a assessoria de Sousa.

        O cartunista, que já criou mais de 200 personagens, também faz campanha para que Pelezinho seja o mascote extra-oficial da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Folha de S.Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1061701-mauricio-de-sousa-promete-lancar-personagem-neymar-em-breve.shtml. Acesso em: 14 mar. 2012.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 79-80.

Entendendo a notícia:

01 – Releia o olho da notícia:

                Maurício de Sousa prometeu lançar o personagem Neymar “nos próximos dias”.

a)   Que fato é anunciado?

Neymar será lançado como personagem de Maurício de Sousa.

b)   Por que provavelmente o jornalista usou aspas na expressão “nos próximos dias”?

O jornalista provavelmente reproduziu a fala de Maurício de Sousa.

02 – Releia e compare o olho ao título da notícia.

        Maurício de Sousa prometeu lançar o personagem Neymar “nos próximos dias”.

        Maurício de Sousa promete lançar personagem Neymar em breve.

a)   Que diferença é possível perceber em relação ao uso do tempo verbal?

Na manchete foi usado o presente do indicativo, enquanto no olho foi usado o pretérito perfeito.

b)   Qual dos dois termos, “em breve” ou “nos próximos dias”, transmite a ideia de que a promessa de Maurício está mais próxima de acontecer?

“Nos próximos dias”.

03 – Para retomar o termo Maurício de Sousa, o jornalista fez uso de algumas palavras substitutas evitando repetições. Que termos foram usados?

      O criador da Turma da Mônica, O cartunista.

04 – Releia o último parágrafo:

        “O cartunista, que já criou mais de 200 personagens, também faz campanha para que Pelezinho seja o mascote extra-oficial da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.”

a)   Essa informação está relacionada ao assunto principal do texto? Explique.

A informação desse parágrafo é um novo fato, relaciona-se a outro personagem de Maurício de Sousa, Pelezinho.

b)   Qual é a ideia principal desse parágrafo?

A campanha para que Pelezinho seja o mascote extra-oficial da Copa de 2014.

05 – Em sua opinião, por que Maurício de Sousa escolheu Neymar para ser nova personagem?

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

ROMANCE: RUMO AO SOL - TICH NHÂT HANH - COM GABARITO

 Romance: Rumo ao sol

                  Tich Nhât Hanh

        T’ô para de tocar flauta. Ela sabe que começou a chorar. Uma lágrima corre ao longo da face, contorna os lábios e penetra na boca: ela sente o gosto salgado desta lágrima. A menina coloca a flauta no colo, levanta o canto de sua camisa bába e enxuga as lágrimas. Ela sorri para ela mesma.

        Os bosques são tão frescos de manhã. T’ô escuta o murmúrio das folhas que tremulam e que acenam para ela. Sabe que, se não fosse cega, teria apenas de erguer os olhos a fim de ver as folhas que tremulam e que acenam para ela. É primavera: as folhas estão verdes e amarelas e o sol de abril, passando através delas, passando através delas, chega aos olhos de T’ô. Sabe também que, embora cega, o raio de sol suave e benfazejo de certo modo consegue atingir seus olhos. Entretanto, parece que ela realmente esqueceu como as folhas podem ser verdes desde que ficou cega, há seis anos. Ela pode também ter esquecido os traços e expressões exatas do rosto do pai, pois fazem agora dois anos que ele morreu.

        T’ô só se lembra claramente dos traços da mãe, porque cada noite, antes de dormir, levanta a mão e toca seu rosto. Ela passa a mão neste rosto como se quisesse descobrir e redescobrir seus traços, como se quisesse aprender ainda e sempre a mesma lição para nunca esquecer uma só linha do rosto daquela que lhe é a pessoa mais querida do mundo. Ela descobriu também que os traços do rosto da mãe se enrugavam à medida que passavam os dias.

        T’ô mal tem nove anos, mas toca flauta muito bem. Foi o pai que lhe ensinou como tocar. Ele era lenhador e viviam na orla da floresta. T’ô era uma menininha feliz. La à escola na Aldeia de Cima. Cada manhã, saía com o pai e se despediam no ponto onde a estrada da montanha se bifurcava no pé da colina. O pai de T’ô, com a machadinha no ombro, continuava a subir rumo à floresta mais densa, enquanto T’ô seguia uma senda familiar e atravessava duas outras colinas, antes de chegar finalmente à escola da Aldeia. Debaixo do braço, carregava uma pasta de madeira que continha seu caderno, sua caneta, lápis e borracha e uma flauta de bambu que ela mesma tinha feito, ajudada pelo pai. [...]

        T’ô voltava da escola lá pelas duas horas. A mãe lhe servia o almoço. Às quatro, o pai aparecia com um carregamento de lenha nas costa. [...].

        A casa deles, pequena e de madeira, era construída no flanco da colina, abaixo da floresta. A cerca de trezentos metros corria um riacho que saía da parte de baixo da colina. T’ô gostava muito de brincar à beira deste riacho. Algumas vezes colhia estranhas e belas flores do campo das quais ignorava os nomes.

        Foi então que o pai de T’ô morreu. Ele tinha sido obrigado a partir para a guerra. Esteve soldado durante menos de um ano antes de ser morto. Quando chegou a notícia, a mãe de T’ô se desesperou e chorou como nunca havia feito antes. T’ô só tinha sete anos e não sabia todo o significado da morte. Mas quando viu a sua mãe rolar na cama soltando gritos desesperados, ela também sentiu a mesma dor, ajoelhou-se e abraçou. Mãe e filha amparavam-se mutuamente. Foi então, só então, que T’ô se deu conta de que o pai nunca mais voltaria. Ele estava morto. Tinha morrido como aquele passarinho que um dia ela tinha visto na margem do riacho. Ele não mexia mais: jazia inerte, não ouvindo e nem vendo mais nada. O passarinho tinha voltado a ser terra. Lembrando-se do passarinho, T’ô pensou que agora sabia o que tinha acontecido ao pai e ficou muito triste. E esta tristeza espalhou-se no seu coração e no seu espírito. Seu pai tinha morrido: tinha se decomposto para virar solo, terra. Nunca mais voltaria de tarde com a carga de lenha. Não iria mais brincar com ela na orla da floresta ou na margem do riacho. Nunca mais falaria com ela, não a levantaria mais nos braços, não a olharia mais nos olhos. T’ô estava muito triste. E quanto mais passavam os dias, mais profunda ficava sua tristeza.

        [...]

        E era enquanto tocava flauta que T’ô sentia uma profunda tristeza. Essa tristeza era como um caranguejo, com fortes pinças que se agarravam nela e a feriam. Após um momento, parava de tocar as músicas que o pai lhe tinha ensinado e inventava outras. Com o correr do tempo, inventava cada vez mis músicas. Era reconfortante tocar novas melodias. Seu coração se libertava das garras do caranguejo. De fato, às vezes ela chorava quando estava só, mas as lágrimas a tornavam mais leve e a aliviavam. Ela imaginava que suas lágrimas descarregavam seu coração, pois quanto mais chorava, mais leve ele se tornava e menos dor ela sentia.

Tich Nhât Hanh. Flamboyant em chama. Petrópolis: Vozes, 1989.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 46-9.

Entendendo o romance:

01 – Que sentimentos esse texto despertou em você?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Como você imagina T’ô? O que o texto diz dobre ela?

      T’ô era uma menina com aproximadamente 9 anos, cega, que tocava flauta muito bem, gostava de brincar à beira de um riacho e colher flores. Sofreu muito com a morte do pai. Reconfortava-se tocando flauta, e inventar músicas fazia com que se sentisse livre da tristeza.

03 – Como é o lugar onde se passa a história? Descreva-o.

      A história se passa no bosque de uma colina, um local próximo a uma floresta.

04 – Qual foi a causa da morte do pai de T’ô?

      Ele morreu na guerra.

05 – Transcreva do texto um trecho descritivo.

      Sugestão: “Debaixo do braço, carregava uma pasta de madeira que continha seu caderno, sua caneta, lápis e borracha e uma flauta de bambu [...]”; “A casa deles, pequena e de madeira, era construída no flanco da colina, abaixo da floresta. A cerca de trezentos metros corria um riacho que saía da parte de baixo da colina.”

06 – Explique o sentido das frases a seguir.

a)   “Essa tristeza era como um caranguejo, com fortes pinças que se agarravam nela e a feriam.”

O autor usa uma imagem para descrever a tristeza que agredia a menina, provocando dor, assim como ocorre com as pinças do caranguejo agarrando e ferindo. O fato de a tristeza estar agarrada a T’ô significa que a tristeza permanecia sempre com ela, era constante.

b)   “Seu coração se libertava das garras do caranguejo.”

A menina se desvencilhava da tristeza.

07 – Releia o trecho a seguir.

        “[...]T’ô se deu conta de que o pai nunca mais voltaria. Ele estava morto. Tinha morrido como aquele passarinho que um dia ela tinha visto na margem do riacho. Ele não mexia mais: jazia inerte, não ouvindo e nem vendo mais nada. O passarinho tinha voltado a ser terra.”

a)   A que T’ô compara a morte de seu pai?

À morte de um passarinho que um dia tinha visto na margem de um riacho.

b)   O que T’ô quis dizer ao fazer essa comparação?

T’ô quis dizer que o pai, assim como o passarinho, tinha deixado de existir; agora “fazia parte da terra”, “não mexi mais; jazia inerte, não ouvindo e nem vendo mais nada”.

08 – Que títulos você daria para cada parágrafo do texto, considerando as ideias predominantes em cada um deles?

a)   Parágrafo 1 – As lágrimas de T’ô.

b)   Parágrafo 2 – Contato com a natureza.

c)   Parágrafo 3 – Lembranças da mãe.

d)   Parágrafo 4 – Dois caminhos: para a escola, para o trabalho.

e)   Parágrafo 5 – Rotina da tarde.

f)    Parágrafo 6 – O lugar da casa.

g)   Parágrafo 7 – A morte do pai.

h)   Parágrafo 8 – Tristeza e conforto.

09 – Releia estes trechos do texto.

        Trecho 1

        “A casa deles, pequena e de madeira, era construída no flanco da colina, abaixo da floresta.”

        Trecho 2

        “Foi então, só então, que T’ô se deu conta de que o pai nunca mais voltaria. Ele estava morto. Tinha morrido como aquele passarinho que um dia ela tinha visto na margem do riacho. Ele não mexia mais: jazia inerte, não ouvindo e nem vendo mais nada. O passarinho tinha voltado a ser terra. Lembrando-se do passarinho, T’ô pensou que agora sabia o que tinha acontecido ao pai e ficou muito triste.”

a)   Sobre que assuntos o narrador fala nos trechos 1 e 2?

No trecho 1, sobre a casa de T’ô; no trecho 2, sobre a morte do pai da menina.

b)   Leia estas afirmações e identifique a que trechos elas correspondem.

I – Em um dos trechos há uma comparação.

A afirmação corresponde ao trecho 2.

II – Um dos trechos não apresenta nenhuma comparação.

A afirmação corresponde ao trecho 1.

c)   Identifique a frase em que se estabelece a comparação e transcreva-a em seu caderno.

Tinha morrido como aquele passarinho que um dia ela tinha visto na margens do riacho.

d)   Que palavra é responsável pela comparação entre dois elementos diferentes?

A palavra como.

10 – Leia novamente um dos exemplos citados, observando a palavra que estabelece a comparação.

        A morte é como um filme que parou de repente.

·        Agora, observe a construção de outra frase sem o uso do elemento comparativo.

A morte é um filme que parou de repente.

a)   É possível afirmar que nas duas frases a morte é comparada a um filme?

         Sim.

b)   Qual é a diferença entre as maneiras de fazer essa comparação?

Na primeira foi usado o elemento comparativo (como); na segunda não.

c)   Por quais palavras do quadro a seguir é possível substituir a palavra como para realizar a comparação?

Semelhante a – tanto – que nem igual atal qual – muito mais.