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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

CONTO: A VIAGEM - O SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO VI - FRAGMENTO - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

 Conto: A viagemO Sítio do Pica-pau Amarelo VI – Fragmento

            Monteiro Lobato

        [...]

        Narizinho respondeu ao convite por meio dum borboletograma.

        Não sabem o que é? Invenção da Emília. Como não houvesse telégrafo para lá, a boneca teve a ideia de mandar a resposta escrita em asas de borboleta. Agarrou uma borboleta azul que ia passando e rabiscou-lhe na asa, com um espinho, o seguinte:

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjaSBdMOtG-c0lTAsyp41tkEJb76YpM-SMyzYqyj33KTtciZ35FWvrk4eRAJW9sgOB3norqHIbtk2s-0aCxzKj_E0HT0JIipsydXVdgkvg_yXoe3GLY7wLtfDVb9w5VyUqME2nSBcDhz265ogSdamxd0_N07K_ERSWRhWODXWRVkSq5CU7bGfb8Ll9XaM/s320/ilustracao-representativa-dos-personagens-do-sitio-do-picapau-amarelo.jpg


        “Narizinho, a Condessa e o Marquês agradecem a honra do convite e prometem não faltar.”

        — Por que não incluiu o nome de Pedrinho, Emília? — perguntou a menina.

        — Porque ele não é nobre — nem barão ainda é!…

        Pronto que foi o borboletograma, surgiu uma dificuldade. A quem endereçá-lo? À rainha das Vespas ou à das Abelhas?

        — Já resolvo o caso — disse Emília, e soltou a borboleta com estas palavras: “Vá direitinha, hein? Nada de distrair-se com flores pelo caminho.”

        — Ir para onde? — perguntou a borboleta.

        — Para a casa de seu sogro, ouviu? Malcriada! Atrever-se a fazer perguntas a uma condessa!

        — Mas… — ia dizendo humildemente a borboleta. Emília, porém, interrompeu-a com um berro.

        — Ponha-se daqui para fora! Não admito observações. Conheça o seu lugar, ouviu?

        A borboleta lá se foi, amedrontada e desapontadíssima.

        — Você parece louca, Emília! — observou Narizinho. – Como há de ela saber o endereço se você não deu endereço algum?

        — Sabe, sim! — retorquiu a boneca. — São umas sabidíssimas as senhoras borboletas. Se sabem fabricar pó azul para as asas, que é coisa dificílima, como não hão de saber o endereço dum borboletograma?

        [...]

Monteiro Lobato. Reinações de Narizinho. São Paulo, Brasiliense, 1984.

Entendendo o conto:

01 – Qual foi o meio de comunicação inventado por Emília para Narizinho responder ao convite e o que é esse meio?

      O meio de comunicação foi o borboletograma, que é a resposta escrita nas asas de uma borboleta, usada por falta de telégrafo no local.

02 – Quem escreveu a resposta no borboletograma e com o quê?

      A resposta foi escrita por Emília (a boneca) em uma borboleta azul, usando um espinho para rabiscar na asa.

03 – Qual era o conteúdo da mensagem escrita no borboletograma?

      A mensagem era: "Narizinho, a Condessa e o Marquês agradecem a honra do convite e prometem não faltar."

04 – Por que Emília não incluiu o nome de Pedrinho no borboletograma, segundo a própria boneca?

      Emília explicou que não incluiu o nome de Pedrinho porque "ele não é nobre — nem barão ainda é!…".

05 – Qual foi a dificuldade que surgiu após o borboletograma ficar pronto?

      A dificuldade era a quem endereçar a mensagem: "À rainha das Vespas ou à das Abelhas?".

06 – Como Emília resolveu o problema do endereço ao soltar a borboleta?

      Emília disse à borboleta: “Vá direitinha, hein? Nada de distrair-se com flores pelo caminho.” e, quando questionada, respondeu: “Para a casa de seu sogro, ouviu? Malcriada! Atrever-se a fazer perguntas a uma condessa!”. Ela não deu um endereço específico.

07 – Qual foi o argumento de Emília para justificar que a borboleta saberia o endereço, mesmo sem ter sido dado um?

      Emília argumentou que as borboletas "são umas sabidíssimas" e que, se "sabem fabricar pó azul para as asas, que é coisa dificílima, como não hão de saber o endereço dum borboletograma?".

 

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