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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

NOTÍCIA: O FUTEBOL É MUITO MAIOR QUE A CRIAÇÃO ARTÍSTICA - FOLHA DE SÃO PAULO - COM GABARITO

 Notícia: O futebol é muito maior que a criação artística


        Por que cargas d’água o futebol não tem na literatura brasileira a correspondência de sua verdadeira dimensão na nossa sociedade?
Na verdade, pode-se expandir essa questão para todas as demais manifestações artísticas – música, cinema, teatro e artes plásticas. De há muito, o futebol se infiltrou de tal forma no tecido social brasileiro que está presente no nosso dia de maneira sufocante.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJioLt4OyI2sHms8kppWk-eGBzCgBl8MASGaSiqgPUCTKES71kMIfkn30sz8yvbl0DFGk55DHFIrmJlwrmjax3C-Ki5hnlzmWVh1QEDWMeh7E0DxKHR0A70QpxnNYrs4TGvh__4FYAlmgu7JYrIAJSW1BVfeImTUJ7KOFgISMHMFrmaFEf_Pqy7Wdwl5U/s320/FUTEBOL.jpg


Respiramos futebol e falamos de futebol, quer gostemos ou não de futebol. Ele já faz parte da própria natureza do brasileiro. Mas isso não está devidamente expresso na poesia ou na prosa, nem impresso nas obras espalhadas pelas galerias de arte, tampouco
projetado nas telas de cinema, representado devidamente nos palcos ou capturado em seu rico gestual pelas coreografias de balé.

        Talvez a resposta esteja com o professor, ensaísta, poeta, escritor e gênio em geral, Décio Pignatari, que, a propósito, me disse
certa vez: “É que o futebol é muito maior do que a criação artística”.

        O que o mestre queria dizer, se entendi, é que o futebol incorpora a graça do balé, a dinâmica do cinema, a expressão do ser e dos movimentos das artes plásticas; ele cria os mais inverossímeis personagens, tece as tramas mais insólitas que a ficção possa conceber e nos derrama um belo verso, ao menos, a cada partida. Assim, criou sua própria semântica, uma linguagem que dispensa as
demais.

Adaptado de HELENA JR., Alberto. O futebol é muito maior que a criação artística. Folha de São Paulo, 3/9/1997, p. 12.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 334.

Entendendo a notícia:

01 – Qual a principal tese defendida pelo autor do texto?

      A principal tese é que o futebol, como fenômeno social e cultural, transcende as demais formas de expressão artística. Ele incorpora elementos de diversas artes (balé, cinema, artes plásticas, etc.) e possui uma linguagem própria, tão rica e complexa que dispensa as demais.

02 – Por que o futebol não é devidamente representado nas diversas manifestações artísticas brasileiras, segundo o autor?

      O autor argumenta que o futebol já está tão intrínseco à cultura brasileira que se tornou uma linguagem universalmente compreendida. Dessa forma, ele não necessita ser representado pelas outras artes, pois já está presente na vida cotidiana de maneira tão intensa que se torna autoexplicativo.

03 – Qual a relação entre o futebol e a linguagem, de acordo com o texto?

      O texto sugere que o futebol desenvolveu uma linguagem própria, com códigos e significados únicos. Essa linguagem é tão rica e complexa que dispensa as linguagens tradicionais das outras artes.

04 – Qual a importância da citação de Décio Pignatari para o texto?

      A citação de Pignatari serve como um endosso à tese do autor. A afirmação de que "o futebol é muito maior do que a criação artística" reforça a ideia de que o futebol é um fenômeno tão abrangente e complexo que ultrapassa os limites das outras artes.

05 – Qual a principal crítica implícita no texto?

      Uma crítica implícita no texto é a falta de atenção das demais artes para o futebol como fonte de inspiração e expressão. O autor sugere que as outras artes poderiam se beneficiar de uma maior interação com o futebol, explorando sua riqueza e complexidade.

 



 

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