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quarta-feira, 25 de junho de 2025

CRÔNICA: EI! TEM ALGUÉM AÍ? - FRAGMENTO - JOSTEIN GAARDER - COM GABARITO

 Crônica: Ei! Tem alguém aí? – Fragmento

             Jostein Gaarder

        Ele se inclinou bem para frente, fazendo uma reverência. […] Perguntei:

        “Por que você está se inclinando?”

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhTmUVyKXzn1yT1V-N88BCQgfxICDUPw-vkdsSLm1PQeXFw40NCtxDsOJ5rfYrAhL0RIyKRJyNAwhvuayoDws7BrRlX3__Ig7czURnhMxJQ53h6M2zeQhJ_kFtFR52B9Oacq9arw7WdgDyn08LEwU0tYgRjmZJMupQu7AQPr-SFf6u9QSUWl6mINIf-iE/s1600/716DPF2mk+L._AC_UC200,200_CACC,200,200_QL85_.jpg


        “Lá de onde eu venho”, explicou ele, “nós sempre fazemos alguma reverência, quando alguém faz uma pergunta fascinante. E quanto mais profunda for a pergunta, mais profundamente a gente se inclina.”

        […] a resposta me impressionou tanto que fiz uma profunda reverência, me inclinando ao máximo.

        “Por que você me fez uma reverência?”, perguntou ele, num tom quase ofendido.

        “Porque você deu uma resposta superinteligente para minha pergunta”, respondi.

        Daí, numa voz bem alta e clara, ele disse algo que eu haveria de lembrar para o resto da vida:

        “Uma resposta nunca merece uma reverência. Mesmo que for inteligente e correta, nem assim você deve se curvar para ela. […] Quando você se inclina, dá passagem. […] E a gente nunca deve dar passagem para uma resposta. […] A resposta é sempre um trecho do caminho que está atrás de você. Só a pergunta pode apontar o caminho para frente”.

        Achei que havia tanta sabedoria nas suas palavras, que precisei segurar bem firme meu queixo para não fazer outra reverência.

Extraído de: Ei! Tem alguém aí? São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1997, p. 27-29.

Entendendo a crônica:

01 – Qual é a primeira ação que o personagem misterioso realiza ao se apresentar?

      A primeira ação que o personagem misterioso realiza é inclinar-se bem para frente, fazendo uma reverência.

02 – Por que o personagem misterioso se inclina quando alguém faz uma pergunta?

      Ele se inclina porque, de onde ele vem, é um costume fazer uma reverência quando alguém faz uma pergunta fascinante. Quanto mais profunda a pergunta, mais profunda a reverência.

03 – Como o narrador reage à explicação do personagem sobre as reverências?

      O narrador fica tão impressionado com a resposta que faz uma profunda reverência, inclinando-se ao máximo.

04 – Por que o personagem misterioso fica "quase ofendido" quando o narrador faz uma reverência?

      Ele fica "quase ofendido" porque, em sua perspectiva, uma resposta nunca merece uma reverência, mesmo que seja inteligente e correta.

05 – O que significa "dar passagem" no contexto da explicação do personagem misterioso?

      No contexto da explicação, "dar passagem" significa ceder ou curvar-se diante de algo. Ele argumenta que nunca se deve "dar passagem" para uma resposta.

06 – Qual é a principal diferença que o personagem misterioso estabelece entre uma pergunta e uma resposta?

      O personagem estabelece que a resposta é sempre um trecho do caminho que está atrás de você, ou seja, ela é algo já dado ou conhecido. Já a pergunta é o que pode apontar o caminho para frente, indicando a busca por algo novo e desconhecido.

07 – O que o narrador precisa fazer no final para não fazer outra reverência?

      No final, o narrador precisa segurar bem firme o queixo para não fazer outra reverência, pois achou que havia muita sabedoria nas palavras do personagem misterioso.

 

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