Poema: Coisas
da Terra
Ferreira Gullar
Todas as coisas de que falo estão na cidade
entre o céu e a terra.
São todas elas coisas perecíveis
e eternas como o teu riso
a palavra solidária
minha mão aberta
ou este esquecido cheiro de cabelo
que volta
e acende sua flama inesperada
no coração de maio.
Todas as coisas de que falo são de carne
como o verão e o salário.
Mortalmente inseridas no tempo,
estão dispersas como o ar
no mercado, nas oficinas,
nas ruas, nos hotéis de viagem.
São coisas, todas elas,
cotidianas, como bocas
e mãos, sonhos, greves,
denúncias,
acidentes de trabalho e do amor. Coisas,
de que falam os jornais,
às vezes tão rudes
às vezes tão escuras
que mesmo a poesia as ilumina com dificuldade.
Mas é nelas que te vejo pulsando,
mundo novo,
ainda em estado de soluços e esperança.
entre o céu e a terra.
São todas elas coisas perecíveis
e eternas como o teu riso
a palavra solidária
minha mão aberta
ou este esquecido cheiro de cabelo
que volta
e acende sua flama inesperada
no coração de maio.
Todas as coisas de que falo são de carne
como o verão e o salário.
Mortalmente inseridas no tempo,
estão dispersas como o ar
no mercado, nas oficinas,
nas ruas, nos hotéis de viagem.
São coisas, todas elas,
cotidianas, como bocas
e mãos, sonhos, greves,
denúncias,
acidentes de trabalho e do amor. Coisas,
de que falam os jornais,
às vezes tão rudes
às vezes tão escuras
que mesmo a poesia as ilumina com dificuldade.
Mas é nelas que te vejo pulsando,
mundo novo,
ainda em estado de soluços e esperança.
Ferreira Gullar
Entendendo o poema:
01 – Reescreva a frase
abaixo, substituindo a palavra grifada por um sinônimo (se for preciso,
consulte o dicionário).
“São todas elas coisas perecíveis...”
“São todas elas
coisas transitórias...”.
02 – Onde se encontram todas as coisas de que fala o
poeta?
Encontram-se na
cidade.
03 – Qual a relação de
significado entre as palavras perecíveis
e eternas?
Perecíveis são
transitórias e eternas são os sentimentos e emoções.
04 – Quais as coisas que
conseguem ser perecíveis e eternas de que nos fala o poema?
São: O teu riso,
a palavra solidária, minha mão aberta.
05 – O que você acha que o
poeta quer dizer quando chama essas coisas de perecíveis e eternas?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: É que elas são passageiras e permanecem eterna no
pensamento.
06 – O poeta afirma que o
verão e o salário “são de carne”. Como você interpreta essa imagem?
Resposta pessoal
do aluno.
07 – Qual a comparação
criada pelo poeta a fim de mostrar que as coisas de que fala estão em toda
parte?
Ele usa a
conjunção “como” no seguinte verso: “São todas elas coisas perecíveis e eternas
como o teu riso...”
08 – Quais as coisas
cotidianas de que nos fala o poeta?
As coisas
cotidianas: bocas e mãos, sonhos, greves, denúncias, acidentes do trabalho e do
amor.
09 – Por que às vezes a
poesia tem dificuldade em iluminar as coisas de que fala o poeta?
A poesia tem
dificuldade porque as coisas de que falam os jornais as vezes tão rudes, as
vezes tão escuras.
10 – O que você entende por
essa ideia de “iluminar” as
coisas?
Iluminar tem sentido de
clarear, esclarecer.
11 – Em que estado se
encontra o mundo novo? O que nos sugere esse estado?
Encontra-se ainda
em estado de soluços e esperança. Sugere que ele está pulsando.
12 – É nas coisas da terra
que se encontra o novo mundo que podemos construir? Qual a sua opinião a
respeito disso?
Resposta pessoal
do aluno.
Muito bom
ResponderExcluirCARA TE TUDO ISSO E UMA MINA DE OURO NA LINGUA PORTUGUESA SAKSKSKSKSK obg
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