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quarta-feira, 27 de junho de 2018

POESIA: BELO BELO - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

Poesia: Belo Belo
          Manuel Bandeira

Belo belo minha bela
Tenho tudo que não quero
Não tenho nada que quero
Não quero óculos nem tosse
Nem obrigação de voto 

Quero quero 

Quero a solidão dos píncaros
A água da fonte escondida
A rosa que floresceu
Sobre a escarpa inacessível
A luz da primeira estrela
Piscando no lusco-fusco 

Quero quero 

Quero dar a volta ao mundo
Só num navio de vela
Quero rever Pernambuco
Quero ver Bagdá e Cusco

Quero quero 

Quero o moreno de Estela
Quero a brancura de Elisa
Quero a saliva de Bela
Quero as sardas de Adalgisa
Quero quero tanta coisa 

Belo belo 

Mas basta de lero-lero
Vida noves fora zero.
                                           Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira.
                                   Poesias reunidas. Rio de Janeiro: J. Olympio.

Entendendo a poesia:
01 – Que verbo o poeta repete de propósito no texto?
      É o verbo quero.

02 – Interprete o sentido dos últimos quatro versos.
      O poeta se mostra desiludido, pessimista, entre o sonho (quero) e a realidade.

03 – Manuel Bandeira, usa elementos da natureza em sua poesia. Quais são esses elementos?
      Píncaros, água, fonte, rosa, escarpa, estrela.

04 – Consulte um dicionário se preciso for, e de o significado das palavras abaixo:
·        Lusco-fusco: crepúsculo, meia-luz, alvorecer.
·        Bagdad: capital do Iraque.
·        Cusco: capital do Império Inca no Peru.

05 – Em: “Tenho tudo que não quero / Não tenho nada que quero”. O que o autor quer dizer?
      Que embora ele tenha muita coisa, mas, o que é mais importante ele ainda não tem.

06 – Qual é o título da poesia?
      Belo Belo.

07 – Quem é o autor? E de onde foi retirado esta poesia?
      Manuel Bandeira. Foi extraído de Estrela da vida inteira.
 



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