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sábado, 18 de novembro de 2017

QUESTÕES SOBRE LITERATURA NO PERÍODO COLONIAL - COM GABARITO

1 – (UEL-PR)


        A exuberância da natureza brasileira impressionou artistas e viajantes europeus nos séculos XVI e XVII. Leia o texto e observe a imagem a seguir:

Debret, J. Tribo Guaicuru em busca de novas pastagens. 1834-1839. Litogravura.

        [...] A América foi para os viajantes, evangelizadores e filósofos uma construção imaginária e simbólica. Diante da absoluta novidade, como explica-la? Como compreende-la? Como ter acesso ao seu sentido? Colombo, Vespúcio, Pero Vaz de Caminha, Las Casas, dispunham de um único instrumento para aproximar-se do Mundo Novo: os livros. [...] O Novo Mundo já existia, não como realidade geográfica e cultural, mas como texto, e os que para aqui vieram ou os que sobre aqui escreveram não cessam de conferir a exatidão dos antigos textos e o que aqui se encontra.

                Chauí, M. apud Franz, T. S. Educação para uma compreensão crítica da arte. Florianópolis: Letras Contemporâneas Oficina Editorial, 2003. p. 95.

Com base no texto e na imagem, é correto afirmar:
I – O olhar do viajante europeu é contaminado pelo imaginário construído a partir de textos da Antiguidade e por relatos produzidos no contexto cultural europeu.
II – Os artistas viajantes produziam imagens precisas e detalhadas que apresentam com exatidão a realidade geográfica do Brasil.
III – Nas representações feitas por artistas estrangeiros coexistem elementos simbólicos e mitológicos oriundos do imaginário europeu e elementos advindos da observação da natureza e das coisas que o artista tinha diante de seus olhos.
IV – A imagem de Debret registra uma cena cotidiana e revela a capacidade do artista em documentar os costumes e a realidade do indígena brasileiro.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a)    I e II.                       b) I e III                      c) II e IV
     d)  I, III e IV                  e) II, III e IV.

2 – (PROSEL/UEPA-PA – ADAPTADA)
     

   [...] Certa ocasião ouvimos, quase `meia-noite, gritos de mulher [...] acudimos imediatamente e verificamos que se tratava apenas de uma mulher em hora do parto. O pai recebeu a criança nos braços, depois de cortar com os dentes o cordão umbilical e amarrá-lo. Em seguida, continuando no seu ofício de parteiro, enxugou com o polegar o nariz do filho, como é de praxe entre os selvagens do país. Note-se que nossas parteiras, ao contrário, apertam o nariz aos recém-nascidos para dar maior beleza, afilando-o.

     Léry, Jean de. Viagem a terra do Brasil. In: Amado, Janaina; Garcias, Leônidas Franco. Navegar é preciso: descobrimentos marítimos europeus. São Paulo: Atual, 1989. p. 46-47.

        A descrição do viajante Francês nos finais do século XVI sobre os habitantes nativos das terras portuguesas na América nos possibilita identificar no texto:
a)    A absorção das práticas médicas das populações nativas pelos europeus.
b)    A violência do colonizador em relação às práticas higienizadoras dos nativos considerados bárbaros.
c)    O choque do europeus em relação às práticas indígenas, denotando o confronto entre as duas culturas.
d)    A aceitação do método adotado pelos indígenas, no parto, considerado superior à prática médica europeia.
e)    A surpresa das populações nativas diante do espanto dos europeus em relação às práticas de pajelança.

3 – (ENEM) Michel Eyquem de Montaigne (1533 – 1592) compara, no trecho, as guerras das sociedades Tupinambá com as chamadas “guerras de religião” dos franceses que, na segunda metade do século XVI, opunham católicos e protestantes.

        [...] não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. [...] Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade [o canibalismo], mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entrega-lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mais vimos ocorrer entre vizinhos nossos conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem previamente executado. [...] Podemos portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas ouvidos a inteligência, mas nunca se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda sorte de barbaridades.

                                                                 Montaigne, Michel Eyquem de. Ensaio.
                                                                            São Paulo: Nova Cultural, 1984.

De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne:
a)    A ideia de relativismo cultural baseia-se na hipótese da origem única do gênero humano e da sua religião.
b)    A diferença de costumes não constitui um critério válido para julgar as diferentes sociedades.
c)    Os indígenas são mais bárbaros do que os europeus, pois não conhecem a virtude cristã da piedade.
d)    A barbárie é um comportamento social que pressupõe a ausência de uma cultura civilizada e racional.
e)    A ingenuidade dos indígenas equivale à racionalidade dos europeus, o que explica que os seus costumes são similares.

4 – (UEL-PR).
     

   José de Anchieta, o “Apostolo do Brasil”, trouxe em sua bagagem, vindo das Canárias onde nasceu, mais do que seu pendor poético. Vinha ele com mais meia dúzia de bravos com a espantosa missão de converter e educar os índios, que a seus olhos e dos outros, a princípio, não reconheciam qualquer cultura.

                                    Delacy, M. Introdução ao teatro. Petrópolis: Vozes, 2003.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a prática de catequização de José de Anchieta, considere as afirmativas a seguir:
I – Para catequizar, Anchieta valeu-se de sua criatividade, usando cocares coloridos, pintura corporal e outros adereços que os indígenas lhe mostravam.
II – Com a missão de levar Jesus àqueles “bugres e incultos”, Anchieta se afastou de suas próprias crenças convertendo-se à religião daquele povo.
III – Com a finalidade de catequizar, Anchieta começou a escrever autos, baseados nos autos medievais, nas obras de Gil Vicente e em encenações Espanholas.
IV – Para implantar a fé como lhe foi ordenado, Anchieta representava os autos na língua pátria de Portugal.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a)    I e III.                    c) II e IV.                  e) II, III e IV.
b)    I e IV.                    d) I, II e III.

5 – (ENEM) A primeira imagem abaixo (publicada no século XVI) mostra um ritual antropofágico dos índios do Brasil. A segunda mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa portuguesa.

A comparação entre as reproduções possibilita as seguintes afirmações:
I – Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil.
II – A antropofagia era parte do universo cultural indígena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justiça entre luso-brasileiros.
III – A comparação das imagens faz ver como é relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”, indígenas e europeus.
Está correta o que se afirma em:
a)    I apenas.                 c) III apenas.                 e) I, II e III.
b)    II apenas.                d) I e II apenas.

6 – (UEG-GO) Aleijadinho. Cristo do carregamento da Cruz. Século XVIII.

  

    Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
      Da vossa alta clemencia me despido;
      Porque quanto mais tenho delinquido,
      Vos tenho a perdoar mais empenhado.

               Obra poética de Gregório de Matos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

Durante o período colonial brasileiro, as principais manifestações artísticas, populares ou eruditas formam, assim como nos demais aspectos da vida cotidiana, marcadas pela influência da religiosidade. Nesse sentido, com base na análise da presença da religiosidade na obra de Aleijadinho e Gregório de Matos, é correto afirmar:
a)    Ambas são modelos da arte barroca, uma vez que se inspiram mais na temática cristã do que em elementos oriundos da mitologia greco-romana.
b)    A presença da temática religiosa em ambos deve-se à influência protestante holandesa na região da Bahia e de Minas Gerais.
c)    No trecho do poema, tem-se a expressão de um pecador que, embora creia em Deus, não tem certeza de que obterá o perdão divino.
d)    A pobreza estética da obra de Aleijadinho e Matos deriva da censura promovida pela Santa Inquietação às obras artísticas no Brasil.

7 – (UFPA-PA). A alternativa correta a respeito de Gregório de Matos ou do Barroco é:
a)    Gregório de Matos é considerado o autor mais importante do Barroco brasileiro por ter introduzido a estética no país e ter escrito poemas épicos, de herança camoniana, em louvor à pátria, traço do nativismo literário da época.
b)    A crítica reconhece a obra lírica de Gregório de Matos como superior à satírica, porque, nela, o autor não trabalha com o jogo de palavras que instaura o erótico e às vezes até o licencioso.
c)    Tematicamente, a poesia de Gregório de Matos trabalha a religião, o amor, os costumes e a reflexão moral, às vezes por meio de um jogo entre erotismo idealizado X sensualismo desenfreado; temor divino X desrespeito pelos encarregados dos cultos.
d)    Conceptismo e cultismo são processos técnicos e expressivos do Barroco que dão simplicidade aos textos, principal objetivo da estética que repudiava os torneios na linguagem.
e)    O Barroco se destaca como movimento literário único, uma vez que somente em sua estética encontramos o uso de sugestões de luz, cor e som, bem como o uso de metáforas, hipérboles, perífrases, antíteses e paradoxos.

8 – (UFSCAR-SP).
      

  O pregar há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas. [...] Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte há de estar branco, da outra há de estar negro; se de uma parte está dias, da outra há de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão de dizer subiu. Basta que não havemos de ver sermão duas palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.

                                                                            Vieira, Sermão da Sexagésima.

No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra xadrez tem o objetivo de:
a)    Defender a ordenação das ideias em um sermão.
b)    Fazer alusão metafórica a um certo tipo de tecido.
c)    Comparar o sermão de certos pregadores a uma verdadeira prisão.
d)    Mostrar que o xadrez se assemelha ao semear.
e)    Criticar a preocupação com a simetria do sermão.


9 – (ENEM).
Ó meio-dia confuso, confuso,
Ó vinte-e-um de abril sinistro,
Que intrigas de ouro e de sonho
Houve em tua formação?
Quem ordena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
Cai o castigo e o perdão.
Morre a tinta das sentenças
E o sangue dos enforcados...
--- Liras, espadas e cruzes
Pura cinza agora são.
Na mesma cova, as palavras,
O secreto pensamento,
As coras e os machados,
Mentira e verdade estão.
[...]
                                                           Meireles, C. Romanceiro da Inconfidência.
                                                         Rio de Janeiro: Aguilar, 1972. (Fragmento).

        O poema de Cecília Meireles tem como ponto de partida um fato da história nacional, a Inconfidência Mineira. Nesse poema, a relação entre texto literário e contexto histórico indica que a produção literária é sempre uma recriação da realidade, mesmo quando faz referência a um fato histórico determinado. No poema de Cecília Meireles, a recriação se concretiza por meio:
a)    Do questionamento da ocorrência do próprio fato, que, recriado, passa a existir como forma poética desassociada da história nacional.
b)    Da descrição idealizada a fantasiosa do fato histórico, transformando em batalha épica que exalta a força dos ideais dos Inconfidentes.
c)    Da recusa da autora de inserir nos versos o desfecho histórico do movimento da Inconfidência: a derrota, a prisão e a morte dos Inconfidentes.
d)    Do distanciamento entre o tempo da escrita e da Inconfidência, que, questionada poeticamente, alcança sua dimensão histórica mais profunda.
e)    Do caráter trágico, que, mesmo sem corresponder à realidade, foi atribuído ao fato histórico pela autora, a fim de exaltar o heroísmo dos Inconfidentes.


10 – (PROSEL/UEPA-PA)

Texto 1:

Insuficiência dos Ditames da Razão contra o Poder de Amor
Sobre estas duras, cavernosas fragas,
Que o marinho furor vai carcomendo,
Me estão negras paixões n’alma fervendo
Como fervem no pego as crespas vagas:

Razão feroz, o coração me indagas,
E vás nele (ai de mim!) palpando, e vendo
De agudas ânsias venenosas chagas:

Cego a meus males, surdo a teu reclamo,
Mil objetos de horror co’a ideia eu corro,
Solto gemidos, lágrimas derramo:

Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro.

                                                                                  Bocage.
Texto 2:
        ... mais do que em qualquer outro dos escritores portugueses seus contemporâneos, teve repercussão em Bocage o agravamento profundo daquele momento histórico vivido em todas as nações da nossa cultura, do conflito permanente entre a civilização e a barbárie, entre a razão e a emoção, entre a ordem e a liberdade.
                                                                           Hernani Cidade, Bocage, 1969.

      Avalie as situações a seguir para considerar as que, baseadas no poema (texto 1), ilustram corretamente a repercussão, na obra do poeta, da dicotomia citada por Hernani Cidade (texto 2).
a)    O título do soneto contrasta com o tema abordado.
b)    Quem assume o papel de confidente no soneto é a própria razão personificada.
c)    O locus amoenus predomina em toda a caracterização do cenário.
d)    As ondas agitadas, ao deteriorarem as encostas, são metáforas das paixões que destroem o homem. Me estão negras paixões n’alma fervendo / Como fervem no pego as crespas vagas. Elas exemplificam a noção de equilíbrio, de contenção, presentes no estilo neoclássico.
e)    A análise formal do poema nos revela um Bocage romântico, pois organiza o caos que o sujeito poético vive numa estrutura totalmente racional e harmoniosa – o soneto.

(ENEM) Texto para as questões 11 e 12:


Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o Lisonjeiro encanto.

Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.

                                          Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho.
                                                          A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro.
                                                                             Nova Aguilar, 2002. p. 78 – 79.

11 – Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção é:
a)    Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
b)    A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
c)    O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.
d)    A relação de vantagem da “choupana” sobre a “cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.
e)    A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.

12 – A opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manoel da Costa em que o poeta se dirige ao seu interlocutor é:
a)    “Torno a ver-vos, ó montes; o destino”
b)    “Aqui estou entre Almendro, entre Corino”.
c)    “Os meus fiéis, meus doces companheiros”.
d)    “Vendo correr os míseros vaqueiros”.
e)    “Que, da cidade, o lisonjeiro encanto”.

(PSC/UFAM) Leia o texto abaixo, de autoria de Cláudio Manuel da Costa, para responder às questões 13 e 14:


Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São eles inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.

Oh quão lembrando estou de haver subido
Aquele monte, e as vezes que, baixando,
Deixei do pranto o vale umedecido!


Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando.

13 – A opção que se refere ao texto de modo correto é:
a)    Observa-se o elogio do pastoralismo, com a consequente crítica aos males que o meio urbano traz ao homem.
b)    A natureza é cenário tranquilo, retratada sem levar em conta o estado de espirito de quem a descreve.
c)    A antítese “Foi cena alegre, e urna é já funesta” resume o poema, indicando a passagem do tempo e a lembrança do amor perdido.
d)    Exemplo típico do Arcadismo, constata-se o predomínio da razão sobre a emoção, o que revela a influência da lógica iluminista.
e)    Recomenda que se aproveite o dia (carpe diem), embora fazendo referência à constância da vida e à previsibilidade do destino.

14 – Ainda a respeito do poema, a opção incorreta é:

a)    A métrica regular e a estrutura – um soneto – indicam a proximidade do Romantismo.
b)    Apresenta construções em ordem indireta, mas sem o radicalismo da escrita barroca.
c)    Percebe-se uma identificação entre o poeta e a natureza que o rodeia.
d)    A organização em dois quartetos e dois tercetos é de natureza greco-latina.
e)    Há uma contenção do poeta no uso de figuras de linguagem, como a metáfora “e urna é já funesta”.


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