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sábado, 30 de setembro de 2017

TEXTO: SE QUEIMAR, QUEIMOU... LÉO CUNHA - COM GABARITO


SE QUEIMAR, QUEIMOU...

"Não faço diário:
 Rabisco poemas,  
 Desenho janelas
 E vivo levado
 Em versos e vento.”

        Durante os lentos anos de minha infância, senti no garoto a frustração de habitar um mundo muito transparente. Os dias da minha casa não me encantavam com mistérios e segredos, as noites não me seduziam com absurdos e esquisitices.
        Não era por falta de “cadê?”. Eu bem que vasculhava por todos os cantos, mas não encontrava nunca uma passagem secreta, no quarto dos meus pais, em meus pais, em mim.
        Lembro que, de vez em quando, eu chegava a sonhar com portas falsas, um fundo falso de gaveta, uma história mal contada, qualquer coisa inexplicável pra me empolgar. Nada. A vida em minha casa deslizava cristalina, no jardim de rosas evidentes, na elegância fria do primeiro andar, nos corredores do segundo, tão eficazes e à-toa. Até mesmo o sótão, que eu tomava por companheiro de rebeldia e insatisfação, nada me revelou de extraordinário.
        Só quando fiz nove anos é que fui atinar: os mistérios e absurdos que eu tanto não encontrava no dia-a-dia da minha casa estavam me esperando, aquele tempo todo, nos livros da sala de estar.
        Naquelas páginas empoeiradas, eu passei no sítio do Pica-pau Amarelo, viajei nos istos ou aquilos, enfrentei o gênio do crime, faturei o caneco de prata, fiquei maravilhado de encantações e doideiras.
        Eu tinha descoberto: a verdadeira passagem secreta estava escondida ali. Uma passagem discreta, encaixada entre versos e letras. Logo, logo, virei uma traça, devorei toda a literatura da casa.
        Mas o melhor foi quando descobri que as páginas em branco dos cadernos não serviam só pra dever de casa. Elas me convidavam a enchê-las de histórias, segredos e imaginação. Eu aprendi a ser aprendiz de poeta.
        Hoje, eu, com dezesseis anos, perdi até a conta do tanto de poemas que escrevi. Uma porção ou mais, como diria meu avô. Alguns alegres, outros tristes, uns bem simplesinhos, outros metidos a complicados... Pra falar a verdade, a maioria nem do rascunho passou.
        Mas nunca joguei nenhum fora, nem o primeiríssimo, sobre a professora de Português que não parava de piscar pra mim. Acabou que era só um tique nervoso da coitada.
        É, esses poemas contam mais a minha infância e adolescência do que qualquer diário, que eu não fiz. Ninguém no mundo poderia imaginar que algum dia eu fosse botar fogo em todos eles.
        Mas aqui estou, sentado no chão do meu quarto, com esta caixa de fósforos na mão.
        São duas da manhã. Desde a tardinha eu estou crescendo em coragem, os poemas empilhados à minha frente. Já resolvi: Vou queimar um por um e depois nunca mais escrevo. Nem uma estrofe.
        Meu avô acha que é uma loucura sem volta. Se queimar, queimou, era uma vez. Eu sei que é muito radical, mas não tenho outro remédio. Só de olhar para os poemas eu penso em Helena e, juro por Deus, não quero nunca mais pensar em Helena, lembrar que era ela a musa de tantos sonhos e versos. Lembrar... eu esperando feito um bobo no meio da zoeira de um shopping center lotado.
                                             
                                               Leo Cunha. As pilhas fracas do tempo.
                                                            São Paulo: Atual, 1994. p. 1-3.

1 – Por que o sótão de uma casa seria companheiro de rebeldia?
      Talvez por guardar segredos ou objetos a que ninguém dava importância ou atenção. Provavelmente era o local onde a personagem se isolava nos momentos de conflito.

2 – A personagem detém-se em fatos de sua infância. Qual a importância de:
a)   Afirmar que nada havia de misterioso em sua casa?
A infância é mostrada como algo desinteressante para contrastar com a vida da personagem após a descoberta da literatura. A vida da personagem passa a ser povoada de aventuras.

b)   Contar sua trajetória como escritor?
A trajetória da personagem primeiro como leitor e depois como escritor nos permite avaliar a importância de sua decisão de queimar todos os seus poemas.

3 – Na sua opinião, para onde levaria uma passagem secreta dentro da personagem?
      Poderia levar a uma parte de seu ser que lhe era desconhecida, que guardava segredos não revelados a ninguém, nem a ele próprio. Esses segredos e mistérios que dormiam dentro dele foram despertados pela literatura.

4 – É possível dizer que a personagem é dada a atitudes radicais? Por quê?
      Ele afirma que vai queimar os poemas, mas, depois de pensar muito, ainda tem dúvidas. Na verdade, é a raiva que sente por Helena que move a isso.

5 – Qual o significado simbólico de queimar todos os seus versos?
      Queimar os versos pode significar romper com a infância, com a adolescência, com um mundo do qual a personagem está saindo ao entrar na vida adulta. Pode ter, também, um dos outros significados do fogo: o de renascer após uma purificação: a personagem quer destruir as provas de seu amor por Helena, que está retratado nos poemas, e partir para uma nova vida. Depois da desilusão amorosa, escrever versos perdeu o sentido. Ele “nunca mais” será romântico.

6 – Verifique o recurso utilizado neste trecho:
      “Elas [as páginas em branco] me convidavam a enchê-las de histórias [...]”.
      É o recurso da personificação.
Transcreva as frases seguintes e use o mesmo recurso para completa-las.
a)   A velha gaveta da cômoda. Resposta pessoal.
b)   Aquela máquina fotográfica. Resposta pessoal.
c)   Uma britadeira. Resposta pessoal.
d)   Seu retrato na parede. Resposta pessoal.

7 – Aponte outros recursos expressivos no texto.
      Resposta pessoal do aluno. Observar:
      --- As adjetivações inéditas: rosas evidentes, corredores eficazes e à-toa, vida cristalina;
      --- Neologismo e metáforas: encantações; “a vida deslizava cristalina”; “virei uma traça”;
      --- Construções sintáticas inusuais e frases nominais: “os mistérios e absurdos que eu tanto não encontrava...”; “nada”; “nem uma estrofe”;
      --- Efeitos sonoros: passagem secreta / passagem discreta;
      --- Relação da vida da personagem com a literatura: “... enfrentei o gênio do crime...”; “Se queimar, queimou, era uma vez.”

8 – Releia este parágrafo:
      “Naquelas páginas empoeiradas, eu passei no sítio do Pica-pau Amarelo, viajei nos istos ou aquilos, enfrentei o gênio do crime, faturei o caneco de prata, fiquei maravilhado de encantações e doideiras.”
a)   Qual o processo de construção usado no período: coordenação ou subordinação? Por que o autor optou por esse processo?
O processo utilizado é o da coordenação. O autor optou por coordenar ações para mostrar a sequência de leituras realizadas por ele, quando menino.

b)   Que títulos de obras são citados? Por que aparecem com letra minúscula?
Sítio do Pica-pau Amarelo, como referências às obras de Monteiro Lobato; ou isto ou aquilo, poema de Cecília Meireles; o gênio do crime e Caneco de prata, livros infanto-juvenis de João Carlos Marinho. Os títulos aparecem com letra minúscula porque a personagem se apropria deles e os cita não mais como títulos de obras, mas como parte de sua experiência.

c)   O que é possível concluir sobre a relação da personagem com a literatura?
A personagem de tal forma incorpora a literatura à sua vida que se identifica com as personagens da história que leu. Na verdade, é a turma do Gordo que enfrenta o gênio do crime e não ele. Essa simbiose fica patente quando ele usa a expressão “era uma vez” para falar de sua própria vida.

9 – Reescreva as passagens a seguir, com suas palavras. Em seguida, faça um comentário sobre a escolha do autor.
a)   “[...] os mistérios e absurdos que eu tanto não encontrava no dia-a-dia [...]”.
Resposta pessoal do aluno.

b)   “[...] fiquei maravilhado de encantações e doideiras”.
Resposta pessoal do aluno.

10 – Considerando as características do texto, que público-alvo o autor quer atingir?
      O autor quer atingir o público adolescente porque retrata as experiências de um rapaz de dezesseis anos que enfrenta uma desilusão amorosa.





LITERATURA - FIM DE CASO (SENHORA-JOSÉ DE ALENCAR) - COM GABARITO


LITERATURA : FIM DE CASO 
                              José de Alencar

        Aurélia passava agora as noites solitárias.
        Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que não pensava em interroga-lo, também não contestava esses fúteis eventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema desagradável.
        Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez do coração não lhe consentia queixar-se. Além de que, ela tinha sobre o amor ideias singulares, talvez inspiradas pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
        Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas e pois a afeição que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia.  
        Quando se lembrara que esse amor a poupara à degradação de um casamento de convivência, nome com que se decora o mercado matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.
        Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heroica dedicação, que entretanto assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se deixava abandonar, sem preferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge.
        [...]
        Em princípio a menina cuidou que Seixas lhe voltara, e encheu-se de júbilo; mas não durou a ilusão. Logo percebeu que não era o desejo de vê-la e estar com ela, o que levava o moço à sua casa; pois os poucos instantes de demora passava-os inteiramente distraído e como perplexo.
        --- O senhor quer dizer-me alguma coisa, mas receia afligir-me, observou a menina uma noite com angélica resignação.
        Fernando aproveitou a ocasião para resolver a crise.
        --- Meu voto mais ardente, Aurélia, sonho dourado de minha única mulher que amei neste mundo. Mas a fatalidade que pesa sobre mim, aniquilou todas as minhas esperanças; e eu seria um egoísta, se prevalecendo-me de sua afeição, a associasse a uma existência obscura e atribulada. A santidade de meu amor deu-me a força para resistir a seus próprios impulsos. Disse uma vez à sua mãe, pressentindo essa cruel situação: sou menos infeliz renunciando à sua mão, do que seria aceitando-a para fazê-la desgraçada, e condená-la às humilhações da pobreza.
        --- Essas já as conheço, respondeu Aurélia com tênue ironia, e não me aterram; nasci com elas, e têm sido as companheiras de minha vida.
        --- Não me compreendeu, Aurélia; referia-se a um partido vantajoso que decerto aparecerá, logo que esteja livre.
        --- Pensa então que basta uma palavra sua para restituir-me a liberdade? perguntou a moça com um sorriso.
        --- Sei que a fatalidade que nos separa não pode romper o elo que prende nossas almas, e que há de reuni-las em um mundo melhor. Mas Deus nos deu uma missão neste mundo, e temos de cumpri-la.
        --- A minha é amá-lo. A promessa que o aflige, o senhor pode retirá-la tão espontaneamente como a fez. Nunca lhe pedi, nem mesmo simples indulgência, para esta afeição; não lhe pedirei neste momento em que ela o importuna.
        --- Atenda, Aurélia! Lembre-se de sua reputação. Que não diriam se recebesse a corte de um homem, sem esperança de ligar-se a ele pelo casamento?
        --- Diriam talvez que eu sacrificava a uma amor desdenhado, um partido brilhante, o que é uma...
        A moça cortou a ironia, retraindo-se.
        --- Mas não; faltariam à verdade. Não sacrifiquei nenhum partido; o sacrifício é a renúncia de um bem; o que eu fiz foi defender a minha afeição. Sejamos francos: o senhor já não me ama; não o culpo, e nem me queixo.
        Seixas balbuciou umas desculpas e despediu-se.
        Aurélia demorou-se um instante na rótula, como costumava, para acompanhar ao amante com a vista até o fim da rua. Se Fernando não estivesse tão entregue à satisfação de haver readquirido sua liberdade, teria ouvido no dobrar da esquina o eco de um soluço.
        [...]
                                                José de Alencar. Senhora. São Paulo:
                                                                      Scipione, 1994. p.. 76-7.

1 – O autor afirma que Aurélia tinha ideias singulares sobre o amor. Que atitude da personagem vem confirmar essa afirmação? (Considere que Senhora, romance do qual foi retirado o texto, foi publicado em 1875.)
      Aurélia aceita o afastamento de Fernando com resignação, facilitando-lhe, inclusive, o rompimento do compromisso.

2 – Caracterize psicologicamente as duas personagens.
      Aurélia: jovem sensível, altiva. Tem por Fernando um amor que chega à veneração.
      Fernando Seixas: jovem egoísta e covarde que busca pretextos para justificar sua falta de caráter.

3 – Aurélia diz adorar Seixas como seu Deus e redentor. De que ele a estaria redimindo?
      De um casamento de conveniência, do qual ele a poupara.

4 – Analise o procedimento de Seixas: seria correto afirmar que Aurélia estava idealizando a figura do amado?
      Sim. Ela fazia dele um deus. Não queria admitir que era humano e cheio de defeitos.

5 – Releia o sexto parágrafo. Observe o emprego das palavras Heroica e impassível. Com que intenção o autor as usou?
      Com a intensão de mostrar uma heroína impassível, que não deixa transparecer seus verdadeiros sentimentos.

6 – Releia a argumentação usada por Seixas, para justificar o rompimento do compromisso. Por que ela não convence?
      Existe na fala de Seixas uma sinceridade exagerada, que nos faz desconfiar dele. Além disso, ele exagera também na descrição de sua situação econômica, sem explicar mais detalhadamente por que iria “condená-la às humilhações da pobreza”.

7 – Observe a frase:
      “--- Pensa então que basta uma palavra sua para restituir-me a liberdade?”
a)   A que liberdade se refere a moça?
À liberdade que seu coração conseguiria caso deixasse de amar Seixas.

b)   O que seria necessário para conseguir essa liberdade, além da palavra de Seixas?
A decisão dela de esquecê-lo para sempre.

8 – O que levou Aurélia a se resignar diante da decisão de Seixas?
      Aurélia sabia de sua posição social inferior, talvez se achasse indigna do rapaz; além disso, a grandeza de seu caráter a impediria de obrigar Seixas a ficar com ela sem que ele a amasse o suficiente. Seu amor não é egoísta. Considerar, também, a situação da mulher na sociedade da época, em geral.

9 – Localize os adjetivos usados pelo autor para caracterizar os seguintes substantivos: sonho, posição, existência, ironia, partido, voto. O que você nota? Releia o texto, observando o emprego dos adjetivos, de modo geral, e faça um comentário.
      Sonho dourado; posição brilhante; existência obscura; ironia tênue; partido brilhante; voto ardente. O aluno deverá notar que os adjetivos estão ligados a luz, cor ou luminosidade. No conjunto, conferem ao texto a impressão de um jogo de luzes: claro/escuro.

10 – “Conhecia a moça que Seixas retira-lhe seu amor”; “Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas”. O que você observa quanto à estruturação desses períodos? Qual seria a razão dessa construção?
      O aluno deverá observar que há inversão (hipérbole) dos termos: a oração começa pelo verbo, deslocando-se o sujeito para depois do verbo. Considerar que o texto é do Século XIX; pelo que podemos perceber em outros textos da mesma época, o hipérbato era um recurso usual.

11 – Há no texto o emprego frequente de orações subordinadas substantivas. Observe em que passagens isso ocorre e dê uma justificativa para essa opção do autor.
      O autor usa frequentemente o discurso indireto (“Conhecia a moça que...”; “Pensava ela que...”); consequentemente, recorre às orações subordinadas.

12 – Refletindo sobre as características do texto que você leu, procure traçar:
a)   O perfil do leitor a que ele se destina.
Centrando-se no ponto de vista da heroína, percebe-se que o texto está dirigido a um público feminino.

b)   A condição da mulher na sociedade da época.
A mulher, principalmente as pertencentes às classes menos ricas, tinha pouco poder de decisão sobre sua vida sentimental, ficando sujeita à decisão dos homens. No caso específico de Aurélia, essa situação irá mudar a partir do momento em que ela herdará uma fortuna.



SIMULADO - CLASSES GRAMATICAIS - COM GABARITO

CLASSES GRAMATICAIS


Questões:
1 – Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna em:
      “As escolas adotaram uniformes _________ para 2005.”
a)    Amarelo-canários.
b)    Amarelos-canário.
c)    Amarelo-canário.
d)    Amarelos-canários.
e)    N.D.A.

2 – Com relação ao emprego correto dos pronomes em destaque, marque C para certo, E para errado e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.
(E) Meu pai trouxe chocolates para mim comer.
(C)A professora ficou aborrecida com nós todos.
(C) É melhor que não pairem dúvidas entre ti e ele.
(C) Esse dinheiro é para ti pagares tua faculdade.

a)    C – E – E – C.
b)    E – C – C – E.
c)    C – E – C – E.
d)    E – E – C – C.
e)    E – C – C – C.

3 – Os verbos destacados nas orações, abaixo, classificam-se, respectivamente, em:
1 – “Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver (...)”
2 – “Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar.”
3 – “Naquela época, ela não tinha perdido a inocência.”
a)    Anômalo, regular, irregular, principal.
b)    Auxiliar, irregular, regular, anômalo.
c)    Irregular, anômalo, irregular, defectivo.
d)    Defectivo, irregular, regular, auxiliar.
e)    Anômalo, irregular regular, auxiliar.

4 – Leia o poema.
P
PL
PLU
PLUV
PLUVI
PLUVIA
FLUVIAL
FLUVIAL
FLUVIAL
FLUVIAL
FLUVIAL 

      Com relação à estrutura de palavras, tomando por base os termos “pluvial” e “fluvial” do poema acima, de Augusto de Campos, é correto afirmar que:
a)    São palavras cognatas, ou seja, de mesma raiz.
b)    Houve apenas variações de prefixo das palavras.
c)    Há nas palavras sufixo formador de adjetivo.
d)    Não há nos termos a presença de afixos.
e)    Pluvial é um adjetivo relacionado a “rio”, enquanto fluvial é adjetivo relacionado a “chuva”.

5 – Em qual alternativa não ocorre locução adverbial?
a)    Quero ficar bem à vontade.
b)    Na verdade, eu sou assim.
c)    Em frente, havia uma cama cuja cabeceira abriu-se.
d)    Descalços, os corpos arcados, os meninos arrastam os móveis.
e)    Valéria chegou à tarde, havia um ar de mistério em seu olhar.

6 – (CFC – 2006) Escreva A (voz ativa), P (voz passiva) e R (voz reflexiva). Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.
(R) Mariana se machucou durante o treino de basquete.
(A) O professor elogiou o trabalho dos alunos.
(P) Este quadro foi dependurado por quem?
(A) A comunidade organizou uma grande festa junina.
a)    P – A – P – R.
b)    R – A – P – A.
c)    A – P – A – R.
d)    R – A – A – P.
e)    P – P – R – A.

7 – (PM – 2010) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de parônimos.
a)    Para muitos, a nomeação de Anita Carpon infligiu a constituição do país.
b)    Como Benigno Aquino é o favorito às eleições presidenciais de 10 de maio, sua vitória é eminente.
c)    Para os opositores de Gloria Arroyo, é fragrante a nomeação de Carpon por lealdade e não por competência.
d)    O mandato da presidente Gloria Arroyo está chegando ao fim e pode ser que seu opositor vença a eleição.
e)    Gloria Arroyo ratificou sua decisão de manter Anita Carpon no cargo público: ela continua na agência governamental de Habitação.

8 – (PM – 2010) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego dos verbos.
a)    A presidente Gloria Arroyo intermedeia negociações para nomear sua manicure.
b)    A nomeação de Anita Carpon incendia discursos dos oposicionistas de Gloria Arroyo.
c)    A oposição de Gloria Arroyo ainda não interviu na nomeação de sua manicure.
d)    Todos acham que, se Gloria Arroyo pôr outro funcionário no governo, haverá reclamação geral.
e)    Benigno Aquino ânsia por ganhar as eleições e acabar com o clientelismo.

9 – (EAGS-2011) Considere o seguinte período:
        “O Ministério da Alegria adverte:
        Mau humor é prejudicial à saúde.”
É incorreto afirmar que:
a)    Ocorrem encontros vocálicos em mau e em saúde, porém o primeiro se trata de um ditongo e o segundo de um hiato.
b)    Ministério, Alegria e prejudicial classificam-se, quanto à tonicidade, como paroxítonas.
c)    Ministério e saúde obedecem a regras diferentes de acentuação gráfica.
d)    Há duas palavras oxítonas e quatro paroxítonas.
e)    A palavra humor possui 5 letras e 4 fonemas.

10 – (PM-2010) Assinale o período que não contenha um substantivo sobrecomum.
a)    Ele foi a testemunha ocular do crime ocorrido naquela polêmica reunião.
b)    Aquela jovem ainda conserva a ingenuidade meiga e dócil da criança.
c)    A intérprete morreu mantendo-se como um ídolo indestrutível na memória de seus admiradores.
d)    As famílias desestruturaram-se quando os cônjuges agem sem consciência.
e)    O pianista executou com melancolia e suavidade a sinfonia preferida pela plateia.

11 – (EAGS – 2010) Observe:
      José, ____ testemunha, chegou ao tribunal com ____ sósia como acompanhante e também com ____ champanha embaixo do braço. Resolveu dar ____ entorse no joelho.
Qual alternativa preenche correta e respectivamente as lacunas do texto acima?
a)    O, o, o, um, uma.
b)    O, a, a, uma, um.
c)    A, o, o, um, uma.
d)    A, a, a, uma, um.
e)    A, a, uma, uma, o.

12 – Estabeleça correspondência entre as duas colunas, relacionando o numeral cardinal ao ordinal correspondente e escolha a alternativa correta.
1 – 91                     (3) quinquagésimo quinto.
2 – 901                   (4) quingentésimo quinto.
3 – 55                     (1) nonagésimo primeiro.
4 – 505                   (2) noningentésimo primeiro.
5 – 704                   (5) septingentésimo.
6 – 74                     (6) septuagésimo quarto.
a)    3, 4, 1, 2, 5, 6.
b)    1, 2, 3, 4, 5, 6.
c)    3, 4, 5, 6, 2, 1.
d)    4, 5, 3, 2, 1, 6.
e)    3, 6, 5, 2, 1, 4.

13 – (BCT – 2011) Leia:
      O acesso de jovens à internet consagrou uma bem-humorada modalidade de escrita: o miguchês. Acompanhe o transcurso de criação dessa palavra: amigo – migo – miguchomiguchês.
Considerando-se apenas ao elementos em negrito, é correto afirmar-se que miguchês foi formada por:
a)    Aglutinação.
b)    Justaposição.
c)    Derivação sufixal.
d)    Derivação imprópria.
e)    Derivação parassintética.

14 – (CFC – 2010) Numa prova escolar, solicitou-se que os alunos identificassem e classificassem os encontros vocálicos presentes na palavra meteorologia. Assinale a alternativa com a resposta correta que deveria ser dada pelos estudantes.
a)    Dois hiatos: o primeiro e-o (me-te-o); o segundo i-a (me-te-o-ro-lo-gi-a).
b)    Um ditongo crescente eo (me-teo) e um hiato i-a (me-teoro- lo-gi-a).
c)    Um hiato e-o (me-te-o) e um ditongo crescente ia (me-te-oro-lo-gia).
d)    Dois ditongos: o primiro ditongo é decrescente eo (me-teo); o segundo, crescente ia (me-teo-ro-lo-gia).
e)    Um ditongo crescente eo (me-teo) e um ditongo decrescente ia (me-te-o-ro-lo-gia).

15 – A palavra “cauda” significa rabo, a palavra “calda” significa açúcar derretido para doce. São, portanto, palavras homônimas. Associe as duas colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.
1 – Conserto.                  (5) valor pago.
2 – Concerto.                  (4) juízo claro.
3 – Censo.                      (1) reparo.
4 – Senso.                      (3) estatística.
5 – Taxa.                        (6) pequeno prego.
6 – Tacha.                      (2) Apresentação musical.
a)    5, 4, 1, 3, 6, 2.
b)    4, 2, 6, 1, 3, 5.
c)    5, 3, 2, 1, 6, 4.
d)    1, 4, 6, 5, 2, 3.
e)    5, 3, 4, 1, 6, 2.

16 – Leia o período:
      “Nessa manhã, o coronel ia andando devagar entre os cacaueiros. Ali, antes havia uma grande mata.”
As palavras sublinhadas no período acima relacionam-se, respectivamente, às circunstâncias de:
a)    Lugar, tempo, lugar.
b)    Tempo, modo, lugar.
c)    Lugar, modo, causa.
d)    Tempo, lugar, tempo.
e)    Causa, tempo, lugar.

17 – “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”. Assinale a alternativa que contém o sujeito da oração acima.
a)    Sujeito indeterminado – eles.
b)    As margens plácidas.
c)    Um povo heroico.
d)    O brado retumbante.
e)    N.D.A.

18 – Em “A resposta foi-lhe útil”, o termo grifado exerce a função sintática de:
a)    Objeto indireto.
b)    Adjunto adnominal.
c)    Objeto direto.
d)    Complemento nominal.
e)    Predicativo do sujeito.

19 – Na oração “O juiz julgou o réu inocente” há:
a)    Predicado verbal.
b)    Predicado nominal.
c)    Predicado verbo-nominal.
d)    Não apresenta predicado.
e)    N.D.A.

20 – “Não fume, porque é perigoso.” Assinale a alternativa que contém a função sintática da oração em destaque.
a)    Oração subordinada adverbial causal.
b)    Oração subordinada adverbial comparativa.
c)    Oração coordenada sindética conclusiva.
d)    Oração coordenada sindética explicativa.
e)    Oração coordenada sindética temporal.

21 – (CFS – 2010) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está inadequada.
a)    Não foi alcançado rio nem mata.
b)    Somos nós que destrói a natureza.
c)    A maioria dos funcionários não aceitou a explicação.
d)    Não foram os cidadãos quem reclamou do problema do trânsito.
e)    Os estados Unidos são uma grande potência.

22 – (CFC – 2011) Qual conjunção preenche a lacuna da frase abaixo, estabelecendo relação de adversidade?
As mulheres de hoje são emancipadas, _________ vivem atrapalhadas.
a)    No entanto.
b)    Portanto.
c)    Porque.
d)    Pois.
e)    Por isso.

23 – (EAGS – 2010) Considere a regência verbal nas seguintes frases:
I – A peça a que assistimos foi dirigida por um dramaturgo de cujo nome não me lembro.
II – Estava rasgado o livro cujas páginas escrevi seu nome e último endereço.
III – Essas são as propostas das quais todos os funcionários discordam.
Estão corretas:
a)    I e II.
b)    I e III.
c)    I, II e III.
d)    II e III.
e)    Somente II.

24 – Observe o texto:
        “Além dos dizeres recomendou ao pintor que bolasse uma figura, qualquer alegoria referente ao ramo. E perguntou quanto era. O pintor disse que ficaria em 50.000 cruzeiros.”  (Millôr Fernandes).
Assinale a alternativa correta quanto ao(s) tipo(s) de discurso:
a)    Discurso direto.
b)    Discurso indireto.
c)    Discurso direto e discurso indireto.
d)    Discurso indireto livre.
e)    N.D.A.

25 – Assinale a alternativa em que três palavras foram empregadas no sentido conotativo.
a)    Na loja, Joãozinho ficou observando o pé da estátua, a asa da xícara...
b)    Os violões desciam a rua, e minha alma partia-se como um vaso vazio.
c)    Algumas estrelas de cinema, embora tenham coração frio, vivem o fogo da paixão.
d)    As nuvens teciam o céu, diminuindo-lhe o azul.
e)    A vida é um sol estático, não aquece nem ilumina.

26 – (CFS – 2010) Leia o texto:
        “Quatro luas tinham alumiado o céu depois que Iracema deixara os campos do Ipu [...] A alegria morava em sua alma[...] A filha dos sertões era feliz como a andorinha que abandona o ninho de seus pais e peregrina para formar o novo ninho. [...] Era hora do banho da manhã; a selvagem atirava-se às águas e nadava com as garças brancas [...] Iracema gostava do muritiapuá, onde o vento suspirava docemente.”
Assinale a alternativa com a afirmação correta em relação às figuras de linguagem que aparecem no texto.
a)    A construção “Quatro luas tinham alumiado o céu” é exemplo de antítese.
b)    Na oração “A alegria morava em sua alma”, ocorre eufemismo.
c)    Há pleonasmo em “a selvagem atirava-se à água e nadava com as garças brancas”.
d)    Em “Iracema gostava do muritiapuá, onde o vento suspirava docemente”, ocorre personificação ou prosopopeia.
e)    N.D.A.

27 – Assinale a alternativa em que não ocorre erro de concordância.
a)    Há menos decisões do que aprece.
b)    Foi proibido, no estádio, a entrada de repórter.
c)    Era duas horas da tarde, quando pude almoçar.
d)    Anexas ao pedido, seguem as necessárias informações.
e)    Saímos depressa porque já era meio-dia e meio.

28 – No período, “Penso, logo existo”, a oração em destaque é:
a)    Coordenada assintética conclusiva.
b)    Coordenada assindética aditiva.
c)    Coordenada sindética alternativa.
d)    Coordenada sindética adversativa.
e)    N.D.A.

29 – “Sois anjo, que me tenta, e não me guarda”. Temos aqui a seguinte figura de linguagem:
a)    Antítese.
b)    Pleonasmo.
c)    Elipse.
d)    Hipérbole.
e)    Anacoluto.

30 – Nas frases a seguir, apenas uma está correta em relação à crase. Assinale-a.
a)    Devemos aliar a teoria à prática.
b)    Daqui a duas semanas, ele estará de volta.
c)    Puseram-se a discutir em voz alta.
d)    Dia à dia, a empresa foi crescendo.
e)    Ele parecia entregue à tristes cogitações.

31 – Assinale a frase que contém um erro no que diz respeito ao emprego do verbo fazer.
a)    Faz três anos que regressaram.
b)    Fazem-se muitos trabalhos apressadamente.
c)    Já deve fazer dois anos que vieram para o Brasil.
d)    Vão fazer dois anos que lá estive pela primeira vez.
e)    Aqui faz verões terríveis.

32 – Assinale a alternativa em que há oração subordinada adjetiva explicativa:
a)    A revista que você me emprestou ontem, eu a perdi.
b)    O homem que fala, que persiste, que enfrenta, vence na vida.
c)    Todos sabem, meu amigo, que a verdade virá à tona quando menos esperamos.
d)    Todos comeram amendoim, menos eu.
e)    O Brasil, que contém riquezas naturais, atrai turistas.

33 – (EEAR) A concordância nominal está incorreta em:
a)    Era meio-dia no relógio da igreja.
b)    A aparência é necessário em muitos casos.
c)    É proibido entrada.
d)    Ela mesma fez o bolo.
e)    É meio-dia e meia.

34 – (PM) O progresso chegou inesperadamente _____ subúrbio. Daqui _____ poucos anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que, _____ tão pouco tempo, marcavam a vida familiar.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.
a)    Aquele, a, a.
b)    Àquele, a, há.
c)    Aquele, à, há.
d)    Àquele, à, há.
e)    Aquele, à, à.

35 – “Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo.” A palavra em destaque expressa uma ideia de:
a)    Explicação.
b)    Concessão.
c)    Comparação.
d)    Proporção.
e)    Tempo.

36 – Assinale a alternativa em que o período é composto por subordinação.
a)    A moça estremeceu, abaixou os olhos e não respondeu à pergunta.
b)    Tudo acabou bem; eram, pois, infundados os nossos receios.
c)    Disseram-me que você é a pessoa digna de confiança.
d)    Geralmente os ignorantes falam muito; os sábios, porém, preferem o silêncio.
e)    Cheguei, vi e venci.

37 – (CFC) Assinale a alternativa em que o uso da vírgula está correto.
a)    Cheguei, vi, observei, e não gostei.
b)    Minha casa tem quatro dormitórios, dois banheiros, três salas e bom quintal.
c)    Brasília capital, da Republica, foi fundada em 1960.
d)    O político, era muito respeitado, ou, antes, muito temido.
e)    Pelé, o rei do futebol estava internado.

Leia o texto abaixo e responda as questões 38 e 39.
        “O homem enreda-se em descobertas enriquecedoras e em aventuras intelectuais fascinantes, mas esquece que o peso desse saber nunca se equilibra com o peso da ignorância.”
38 – Após a leitura, conclui-se do texto que:
a)    A ignorância torna o homem desequilibrado diante da vida.
b)    A ignorância do homem supera o seu conhecimento.
c)    O intelectual é aquele que desconhece o que ignora.
d)    O conhecimento do homem compensa o que ele ignora.
e)    A ignorância explica por que o homem é um aventureiro pretensioso.

39 – Indique a alternativa que substitui, sem alteração de sentido, o verbo grifado na frase abaixo:
“O homem enreda-se em descobertas enriquecedoras.”
a)    Perde-se.
b)    Enguiça-se.
c)    Esconjura-se.
d)    Agrava-se.
e)    Envolve-se.

40 – No texto: “Um se encarrega de comprar camarões, a oração destacada é uma:
a)    Subordinada substantiva completiva nominal, reduzida de gerúndio.
b)    Subordinada substantiva objetiva direta, reduzida de infinitivo.
c)    Subordinada substantiva subjetiva, reduzida de gerúndio.
d)    Subordinada substantiva objetiva indireta, reduzida de infinitivo.

e)    Subordinada substantiva apositiva, reduzida de infinitivo.