Poema: A busca do saber
Mara
Sílvia Negrão Póvoa
Parafraseando para Sara,
Raquel, Lia e todas as crianças de Carlos Drummond de Andrade, e para todos os
professores alfabetizadores.
Eu queria uma escola que cultivasse a
busca do saber e alegria de ensinar em seus professores.
Eu queria uma escola que educasse não
somente a mente, mas também a alma, e possibilitasse um crescimento pessoal.

Eu queria uma escola que discutisse
todos os assuntos, conteúdos e objetivos de maneira clara e honesta com seus
alunos.
Que ensinasse não apenas com o discurso
e o quadro-negro, mas com a dialética, sabendo ouvir, possibilitando o pensar,
o experimentar, a descoberta.
E que com estas coisas pudesse não
apenas ensinar, como também aprender.
Eu queria uma escola onde os educadores
fossem convidados a todo momento a pensar, a refletir, a procurar soluções.
Eu queria uma escola onde todos os
professores fossem amantes da nossa língua, da nossa poesia, da nossa
literatura.
E que transmitissem aos alunos este
amor.
Deus livre vocês de uma escola
mesquinha.
Deus livre vocês de uma escola sem
companheiros para trocar e discutir variados assuntos.
Deus livre vocês de “colegas” que só
queiram criticar.
Deus livre vocês de escola que só se
interesse por quantidade.
Eu também queria uma escola onde vocês
pudessem, sem medo, colocar suas dúvidas.
Eu queria uma escola onde o aprender
fosse sinônimo de construção e parceria.
Ah! E antes que eu me esqueça: Deus
livre vocês de parceiros desinteressados e incompetentes.
Mara Sílvia Negrão
Póvoa.
Fonte: Letra e Vida.
Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – Coletânea de textos –
Módulo 3 – CENP – São Paulo – 2005. p. 58.
Entendendo o poema:
01 – A quem o poema é
dedicado, e qual a importância dessas dedicatórias?
O poema é
dedicado a "Sara, Raquel, Lia e todas as crianças de Carlos Drummond de
Andrade" e a "todos os professores alfabetizadores". Essas
dedicatórias são importantes porque estabelecem o público-alvo e a temática
central: a visão de uma educação ideal, tanto para os alunos quanto para os
educadores.
02 – Qual a característica
principal que a autora deseja que uma escola ideal cultive em seus professores?
A autora deseja uma escola que cultive a
busca do saber e a alegria de ensinar em seus professores. Isso indica a
valorização de educadores que são apaixonados pelo aprendizado e por sua
profissão.
03 – Além da mente, que outra
dimensão a autora deseja que a escola ideal eduque?
A autora quer uma
escola que eduque não somente a mente, mas também a alma, possibilitando um
crescimento pessoal. Isso sugere uma abordagem holística da educação, que vai
além do conteúdo cognitivo.
04 – De que forma a autora
idealiza que o ensino deva acontecer, para além do discurso e do quadro-negro?
Ela deseja que o ensino aconteça com a
dialética, onde a escola saiba ouvir, possibilitando o pensar, o experimentar e
a descoberta. Isso enfatiza a importância de um aprendizado interativo e ativo,
e não apenas passivo.
05 – Quais são os tipos de
"escolas" ou "colegas" que a autora deseja que Deus livre
os leitores?
A autora pede que
Deus livre de escolas mesquinhas, de escolas sem companheiros para trocar e
discutir assuntos, de "colegas" que só queiram criticar e de escolas
que só se interessem por quantidade (e não por qualidade).
06 – Qual o principal objetivo
da escola em relação às dúvidas dos alunos, segundo a autora?
A autora queria
uma escola onde os alunos pudessem, sem medo, colocar suas dúvidas. Isso
ressalta a importância de um ambiente seguro e acolhedor para o aprendizado e a
construção do conhecimento.
07 – Qual a relação que a
autora estabelece entre aprender e a "construção"?
Para a autora,
aprender deveria ser sinônimo de construção e parceria. Isso sugere que o
conhecimento não é algo pronto a ser transmitido, mas sim um processo
colaborativo e ativo, onde alunos e professores constroem juntos o saber.
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