Poema: OS DEGRAUS
Mário
Quintana
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
Mário Quintana.
Antologia poética. Porto Alegre: L&PM, 2003. p. 94.
Fonte: Livro –
Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar
Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 130.
Entendendo o poema:
01 – Qual é o tema central do
poema?
O tema central do
poema é a exploração do mistério da vida e a importância de permanecer no
presente. Mário Quintana sugere que a busca por respostas em outros lugares
(sonhos ou planos superiores) pode ser perigosa e que o verdadeiro mistério
reside na experiência cotidiana.
02 – Qual o significado da
metáfora dos "degraus do sonho"?
A metáfora dos
"degraus do sonho" representa a busca por conhecimento ou
experiências que estão além da realidade imediata. O poeta adverte para não se
aventurar nesse território, pois pode despertar "monstros", ou seja,
enfrentar medos e angústias desconhecidas.
03 – Como a imagem dos
"sótãos" contribui para o significado do poema?
A imagem dos
"sótãos" simboliza os lugares onde os "deuses" ocultam seus
enigmas, representando os planos superiores da existência, onde se busca
respostas para os mistérios da vida. O poeta adverte que esses lugares podem
ser perigosos, pois os "deuses" usam máscaras, escondendo a verdade.
04 – Qual a mensagem principal
do verso "O mistério está é na tua vida"?
Esse verso é a
chave para a interpretação do poema. Mário Quintana sugere que a busca por
respostas para os mistérios da vida em outros lugares é inútil, pois o
verdadeiro mistério reside na própria experiência cotidiana. O poeta convida o
leitor a apreciar a vida em sua totalidade, com seus mistérios e incertezas.
05 – Qual o significado da
expressão "E é um sonho louco este nosso mundo"?
Essa expressão final do poema reforça a
ideia de que a vida é um mistério insondável. O poeta reconhece a natureza
caótica e imprevisível do mundo, mas convida o leitor a abraçar essa loucura e
a encontrar beleza e significado na experiência cotidiana.
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