Notícia: Jamelão pede passagem – Fragmento
Andréia
Zillo
Moradores da Rua das
Mangueiras exigiram que árvore não fosse derrubada com a chegada do asfalto. O
desejo foi atendido.
A frase de que “todo homem durante a
vida deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro” ficou
mundialmente conhecida e há quem garanta que foi escrita pelo apóstolo cubano
José Martí. Mesmo não sendo esse o assunto em questão, a associação se dá
devido à atitude dos moradores da rua das Mangueiras, na Vila da Amizade, que
segue o primeiro dever.

Como qualquer outra regra, existem as
exceções, e há aqueles que não mantêm uma sombra no quintal de casa. Mas a rua
das Mangueiras, em especial, tem seu charme por manter na maioria o verde das
árvores e o colorido das flores. E é exatamente na esquina que está o imponente
cartão de apresentação.
Mesmo quem não é voltado para o tema
natureza percebe a magnitude da majestosa árvore Jamelão, da família das
mirtáceas – conhecida no Acre como azeitona –, onde até o asfalto se faz súdito
e faz curva em torno dela.
Há mais de um ano, quando a rua foi
pavimentada, a prefeitura de Rio Branco informou aos moradores que a árvore seria
tirada dali. A resposta foi de indignidade e grande parte dos residentes
impediu que isso acontecesse. E a decisão foi acatada pelos gestores, que
optaram por mantê-la.
A solução foi passar o asfalto apenas
ao lado da árvore Jamelão. Sem precisar derrubá-la, é como se a rua estivesse
pedindo licença para existir, fazendo uma curva maior. E, dessa maneira, com a
aprovação da população.
Atitudes como essa se tornam um grande
paradoxo diante da perda da segunda árvore no Calçadão da Gameleira, que morreu
por envenenamento. Enquanto alguns querem retirar a presença da natureza de um
lugar, apenas por capricho – como foi mostrado na reportagem do jornalista
Altino Machado, publicada no último sábado; 26/02/2005 –, outros brigam para
que ela seja manifestada, quando não prejudica em algo realmente relevante.
Jucineia Vitoriano, 34, mora na vila há
20, assim como Antônio de Oliveira, 52, que passa pela árvore diariamente há 15
anos. Ambos dizem que ela foi transformada em patrimônio da vila. “Quando
estavam asfaltando a rua, os moradores intervieram para que ela não fosse
derrubada”, diz a mulher. Antônio conta que ela deve ter mais de 50 anos.
Quanto à altura, ele supõe que ela tenha uns dez metros. [...].
Andréia Zillo. Jamelão
pede passagem. Página 20 on-line, Rio Branco, 1 mar. 2005. Extraído do site: http://pagina20.uol.com.br/01032005/variedades.htm.
Acesso em: 1 abr. 2011.
Fonte: Português.
Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição –
São Paulo – 2012. FTD. p. 149.
Entendendo a notícia:
01 – Qual era a proposta
inicial da prefeitura de Rio Branco em relação à árvore Jamelão na Rua das
Mangueiras?
A prefeitura inicialmente planejava
derrubar a árvore Jamelão para realizar a pavimentação da rua.
02 – Qual foi a reação dos
moradores da Rua das Mangueiras à proposta da prefeitura?
Os moradores se
mostraram indignados e se uniram para impedir a derrubada da árvore.
03 – Qual foi a solução
encontrada para preservar a árvore Jamelão durante a pavimentação da rua?
A prefeitura
decidiu modificar o trajeto do asfalto, fazendo uma curva ao redor da árvore,
preservando-a.
04 – Qual a idade estimada da
árvore Jamelão pelos moradores da vila?
Os moradores estimam que a árvore tenha
mais de 50 anos.
05 – Qual o nome científico da
árvore Jamelão e como ela é conhecida no Acre?
A árvore Jamelão
pertence à família das mirtáceas e é conhecida no Acre como azeitona.
06 – Qual a altura aproximada
da árvore Jamelão, segundo os moradores?
Os moradores
estimam que a árvore tenha cerca de dez metros de altura.
07 – O que os moradores da
vila consideram que a árvore Jamelão se tornou?
Os moradores
consideram que a árvore Jamelão se tornou um patrimônio da vila.
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