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domingo, 9 de março de 2025

CONTO: ENCONTRO À MEIA-NOITE - (FRAGMENTO) - LILIANA LACOCCA - COM GABARITO

 Conto: Encontro à meia-noite – Fragmento

           Liliana Lacocca

Uma hora da manhã

        [...]

        Parecia que alguma coisa estava se mexendo, entre as folhagens, atrás do muro em que eu estava parado.

        Imaginei que não devia ser nada.

        Com certeza era só impressão minha ou algum sopro de vento mais forte.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8xkUCzWalfxzmIk6o0ZjU8HwWU9wJ6kAV79Wqr1Mocsw7PIpd94Y8hyphenhyphen81RB31HFDqe3XBgSewWO789C5CQUfhiwOnBiGr9DNncjgLeeeBqlLYyAn9DP4WgnBbopFEGrvncyjkqnrnzMU8Rfo4pDBKiEk3OQvwpXM5rqpf1pDrwIZzYF4lv38WQ6Rw8ck/s320/FOLHAGEM.jpg


Uma hora e dez minutos

        Não era impressão minha.

        Continuei ouvindo os mesmos barulhos.

        Aquilo não era normal. Eu sabia que não era normal ouvir aqueles barulhos naquela hora da noite. E me descontrolei todo.

        Meus dentes começaram a bater uns nos outros e eu não conseguia falar, nem gritar, nem nada.

        Pelo barulho que estava ouvindo, devia ser uma pessoa tentando atingir o alto do muro. Sem dúvida que era uma pessoa tentando atingir o alto do muro.

        Não precisei pensar muito para adivinhar quem era.

        Quem é que naquela hora da noite fica fazendo barulhos atrás de um muro?

        Só podia ser um ladrão que tinha acabado de assaltar uma casa da esquina e estava querendo pular o muro para escapar.

        Imaginando isso me descontrolei muito mais, e fiquei pensando o que é que eu devia fazer diante de tão aterrorizante situação.

        Pensei em sair correndo, mas não consegui tirar as pernas do lugar de tanto que elas tremiam.

        Logo cheguei à conclusão de que sair correndo seria pior. Seria muito pior.

        [...]

Uma hora e treze minutos

        De repente, de uma só vez, o barulho foi tanto que parecia que o mundo ia acabar.

        Foi quando ele atingiu o alto do muro.

        Levei um violento golpe na cabeça, me desequilibrei todo e caí esparramado no chão...

        ... e, quase desfalecido, vi quando um enorme gato cinzento passou sobre meu corpo, correu pela calçada e desapareceu.

Uma hora e vinte minutos

        Levei um bom tempo para me recuperar, e ainda aflito apoiei as mãos no chão e levantei.

        Sem dúvida aquilo não tinha sido estardalhaço meu.

        Quem é que iria imaginar que um barulho daqueles fosse simplesmente um gato?

        Eu tinha certeza de que aquele gato não era um gato qualquer. Devia ser pelo menos quatro ou cinco vezes maior do que um gato comum, desses que a gente sempre encontra por aí.

        Eu tinha certeza de que era.

        [...]

LACOCCA, Liliana. Encontro à meia-noite. São Paulo: FTD, 1996. p. 33; 35-38; 40.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 118-119.

Entendendo o conto:

01 – Qual é o horário inicial do conto e o que o narrador ouve?

      O conto começa a uma hora da manhã, e o narrador ouve barulhos nas folhagens atrás do muro onde está parado.

02 – Qual é a primeira explicação que o narrador dá para os barulhos?

      Inicialmente, o narrador imagina que os barulhos são apenas impressão sua ou um sopro de vento mais forte.

03 – O que acontece com o narrador quando ele percebe que os barulhos não são normais?

      O narrador se descontrola, seus dentes começam a bater e ele não consegue falar ou gritar.

04 – Qual é a conclusão do narrador sobre a origem dos barulhos?

      O narrador conclui que é uma pessoa tentando pular o muro, possivelmente um ladrão fugindo de um assalto.

05 – Como o narrador reage à sua conclusão sobre a origem dos barulhos?

      O narrador fica ainda mais descontrolado e aterrorizado, pensando em como reagir à situação.

06 – Por que o narrador decide não sair correndo?

      O narrador percebe que suas pernas estão tremendo demais para correr e conclui que fugir seria pior.

07 – O que acontece quando o barulho atinge o ápice?

      O narrador leva um golpe na cabeça, cai no chão e vê um enorme gato cinzento passar por cima dele.

08 – Qual é a reação do narrador ao descobrir que o barulho era apenas um gato?

      O narrador fica surpreso e incrédulo, questionando como um barulho tão grande poderia ser feito por um simples gato.

09 – O que o narrador percebe sobre o gato?

      O narrador percebe que o gato é muito maior do que os gatos comuns, descrevendo-o como quatro ou cinco vezes maior.

10 – Qual é o sentimento predominante no narrador ao longo do conto?

      O sentimento predominante no narrador é o medo, que o leva a imaginar situações aterrorizantes e a se descontrolar com os barulhos.

 

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