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quarta-feira, 5 de março de 2025

ARTIGO DE OPINIÃO: FESTA DE IEMANJÁ - MARCELO XAVIER - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Festa de Iemanjá

           Marcelo Xavier

        Cinco horas da manhã do dia 2 de fevereiro. O bairro do Rio Vermelho, em Salvador, acorda com um foguetório daqueles. Está começando mais uma festa de Iemanjá, e vai durar o dia todo. As primeiras pessoas chegam, com seus presentes para a Rainha do Mar. São perfumes, espelhos, flores, brinquedos, colares, pulseiras. No barracão dos pescadores, os organizadores recebem as oferendas, que vão colocando em grandes balaios redondos. Algumas baianas jogam água-de-cheiro na cabeça do povo. Outras dançam, girando e cantando pontos de candomblé, ao som de atabaques, agogôs, tambores e pandeiros. O sol brilha sobre tudo, como o mais ilustre dos convidados. O mar espera, paciente. Ele sabe que, ao final da tarde, como sempre, todos aqueles presentes vão acabar em suas águas. O mar é a casa de Iemanjá – portanto, festa é dele, também.

FONTE: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglKTwWnMXcdaf2M70sjIuhJJa_UnJzMLT4FXEzLDdY00tJfHM6Q0dUsqHQz_f-8poyMb6G7JDU3SE9s8kqTLL9rzBlgZJJsu5ZcZAMHC7Xje1zpGPgws9Tt56ByvUHNjrCGXDKQlruRvwcmXnIRYuPrZSpFtsOoCRYGkCiIh6DdTFmxxUr6-m9-7e9_1s/s320/festa-imenaja-1-1-848x477.jpeg


        O presente principal é arrumado com todo o carinho, por um grupo de pessoas. Trata-se da escultura de um enorme golfinho, cercado de bonecos, espelhos e outros presentes menores.

        A certa altura do dia, a fila de oferendas parece uma enorme serpente, enfeitada de flores, arrastando-se lentamente na direção do barracão. No corpo dessa fila-serpente tem gente de todo tipo. A maioria se veste de branco. Na cabeça, lenços e chapéus. Nas mãos, os presentes para Iemanjá.

        Todo a região é tomada pelos cheiros, gostos e sons da festa: são vendedores de fitinhas coloridas, colares, comida, bebida, flores; baianas, com seus tabuleiros, e bandos de devotos.

        Às quatro horas da tarde, como bem sabia o mar, os balaios, carregados de presentes e de flores, são levados para os barcos, junto com o presente principal. Ao som de palmas, vivas, batuques e cantos, o cortejo parte para o alto-mar, onde vão ser deixados os presentes.

        No bairro do Rio Vermelho, a festa continua até o amanhecer.

XAVIER, Marcelo. Festas – O folclore do Mestre André. Belo Horizonte, Formato, 2000. p. 14.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 158-159.

Entendendo o artigo:

01 – Quando e onde ocorre a festa de Iemanjá descrita no artigo?

      A festa de Iemanjá ocorre no dia 2 de fevereiro, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

02 – Quais tipos de presentes são oferecidos a Iemanjá durante a festa?

      Os presentes incluem perfumes, espelhos, flores, brinquedos, colares e pulseiras.

03 – Quem organiza e recebe as oferendas durante a festa?

      Os pescadores organizam e recebem as oferendas no barracão.

04 – Que atividades ocorrem durante a festa além da entrega de presentes?

      As atividades incluem baianas jogando água-de-cheiro na cabeça do povo, danças, cantos de candomblé, e a venda de fitinhas coloridas, colares, comida e bebida.

05 – Como é a fila de oferendas descrita no artigo?

      A fila de oferendas parece uma enorme serpente enfeitada de flores, composta por pessoas de todo tipo, a maioria vestida de branco e carregando presentes para Iemanjá.

06 – O que é feito com os balaios de presentes ao final da tarde?

      Os balaios de presentes são levados para os barcos, junto com o presente principal, e depois são deixados no alto-mar.

07 – Até que hora a festa continua no bairro do Rio Vermelho?

      A festa continua até o amanhecer do dia seguinte.

 

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