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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

RECEITA: MOI DE REPÔI NU ÁI IÓI - COM GABARITO

    RECEITA: MOI DE REPÔI NU ÁI IÓI

   Ingridients

   5 den di ái

   3 cuié di ói

   1 cabêss di repôi

   1 cuié di mastumati

    Salagosto

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAVpbDKvVuNuggwqzmQzb81iCUdeQpfL3WlUPA7rEzs8nm_LDkNtagPEgYjS2yj_5qU0giN_D1C267Unia9M6HyQYukQG6XwBOvzxzAcyPVVkoaLIwRcEob5xD5znK6F_gWRng6FLWniWv6siIqDDASuC4KCh0ph9eAfgnEbsp0RSiaOyZDMlKHIrttes/w207-h153/COZINHA.jpeg

    Mé qui fais?!

    Casca u ái, pica u ái e

    soca o ái cum sali.

    Squentuói;

    Foga o ái no ói quentim.

    Pica o repôi bemm finim;

    Foga o repôi.

   Poim a mastumati e mesh

   cacuié pra fazer o mói.

   Prontim!

 Entendendo o texto

    01-LEIA: Pode-se definir estereótipo como sendo generalizações, ou pressupostos, que as pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais específicos ou tipos de indivíduos. O estereótipo é geralmente imposto, segundo as características externas, tais como a aparência (cabelos, olhos, pele), roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, sendo estas classificações (rotulagens) nem sempre positivas que podem muitas vezes causar certos impactos negativos nas pessoas.” In: http://www.infoescola.com/sociologia/estereotipo/ . 

Dito isso, marque (V) para as análises que interpretam corretamente os efeitos de sentidos provocados pelo texto-discurso “Moi de repôi...” e (F) para as análises que não os interpretam adequadamente:

a-(F ) o texto-discurso é um estereótipo que procura tratar negativamente a língua portuguesa coloquial;

b-( V ) no texto-discurso, ao se escolher essa imagem e não outra, faz-se um estereótipo da trabalhadora doméstica brasileira que historicamente tem sido representada através da figura da mulher negra, de saia, avental e lenço na cabeça;

c-( V ) no texto-discurso, ao se escolher essa imagem e não outra, faz-se um estereótipo da mulher negra, remetendo-a ao tempo do trabalho escravo;

d-( F ) no texto-discurso, ao se escolher essa imagem e não outra, qualifica-se positivamente a mulher negra, trabalhadora doméstica; e-( V ) o texto-discurso acima provoca humor preconceituoso em cima da desqualificação da linguagem das classes sociais que não tiveram acesso à língua portuguesa padrão;

f-( F ) o texto-discurso não carrega nenhum preconceito social;

g-( V) no texto-discurso acima, ao se escolher a imagem de uma mulher, e não de um homem, para representar a cozinheira ou o cozinheiro, percebem-se traços de machismo.

02- Por que, em sua opinião, à mulher negra é reservado o papel de doméstica ou realizadora do trabalho manual em detrimento do intelectual?

A mulher negra é historicamente relegada ao papel de doméstica e trabalhadora manual devido à escravidão e à discriminação racial. A sociedade construiu a ideia de que o trabalho braçal é "natural" para mulheres negras, perpetuando desigualdades e estereótipos.

03-A escolha dessa ilustração e não de outra reforça uma dada visão da mulher negra que foi repassada de geração a geração até aos dias atuais. Proponha pequenas ações que poderiam ser feitas, no dia a dia, que auxiliariam na desconstrução dessa maneira de ver a mulher negra.

 Valorizar a diversidade: Mostrar a diversidade de profissões e papéis que mulheres negras ocupam na sociedade, combatendo a ideia de que o trabalho doméstico é o único espaço possível para elas.

 Combater o racismo: Denunciar e combater o racismo em todas as suas formas, incluindo o racismo velado e os estereótipos.

 Empoderar mulheres negras: Fortalecer a autoestima e o protagonismo de mulheres negras, incentivando-as a ocupar espaços de poder e decisão.

 Educar para a igualdade: Promover a educação para a igualdade racial e de gênero, desconstruindo estereótipos e preconceitos desde a infância.

04- O texto-discurso acima busca criar humor desvalorizando a língua coloquial brasileira. Você ri ou zomba do falar coloquial das pessoas ou respeita o falar coloquial existente em nosso país? Justifique sua resposta.

A questão sobre rir ou zombar do falar coloquial é subjetiva. No entanto, é importante refletir sobre o impacto do humor que desvaloriza a linguagem de grupos sociais marginalizados. A língua coloquial é uma expressão cultural rica e legítima, que não deve ser motivo de ridicularização.

05-O texto-discurso acima remete ao gênero:

a- piada;

b- receita culinária;

c- conversa informal;

d- bula

06-Reescreva o texto-discurso “Moi de repôi...”, passando-o para a Língua Portuguesa Padrão.

Ingredientes

  • 5 dentes de alho
  • 3 colheres de óleo
  • 1 cabeça de repolho
  • 1 colher de massa de tomate
  • Sal a gosto

Modo de  preparo

1.   Descasque os dentes de alho, pique-os e soque-os com sal.

2.   Aqueça o óleo em uma panela.

3.   Frite o alho no óleo quente.

4.   Pique o repolho bem fino.

5.   Refogue o repolho na panela.

6.   Adicione a massa de tomate e misture bem para fazer o molho.

7.   Sirva o "Moi de Repolho" quente.

07-A escolha dessa imagem e não outra para ilustração do texto-discurso “Moi de repôi...”  reforça o preconceito machista e racista de que “lugar de mulher negra é na cozinha”. Produza um artigo de opinião, discutindo criticamente sobre esse papel social atribuído à mulher negra.

Artigo de opinião sobre o papel da mulher negra na cozinha

"Lugar de mulher negra é na cozinha": um estereótipo que precisa ser superado

A imagem da mulher negra na cozinha é um estereótipo que se perpetua há gerações, reforçando a ideia de que o trabalho doméstico é um papel "natural" para elas. Essa visão, além de ser machista e racista, desconsidera a diversidade de talentos e capacidades das mulheres negras.

É inegável que a cozinha é um espaço de afeto e de transmissão de conhecimentos ancestrais, onde muitas mulheres negras se destacam como verdadeiras mestras da culinária. No entanto, reduzir a mulher negra a esse único papel é limitar suas possibilidades e negar sua individualidade.

As mulheres negras são muito mais do que cozinheiras. São intelectuais, artistas, cientistas, empresárias, líderes e muito mais. Elas têm o direito de ocupar qualquer espaço que desejarem, sem serem estereotipadas ou discriminadas.

Para desconstruir esse estereótipo, é preciso um esforço conjunto da sociedade. É necessário valorizar a diversidade de papéis que as mulheres negras ocupam, combater o racismo e o machismo, e investir em educação e oportunidades para que elas possam desenvolver todo o seu potencial.

A luta contra o estereótipo da mulher negra na cozinha é uma luta por justiça e igualdade. É uma luta para que todas as mulheres, independentemente da sua cor da pele, possam ter as mesmas oportunidades de realizar seus sonhos e projetos de vida.

 

 

 

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