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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

NOTÍCIA: PARA IBGE, ENVELHECIMENTO TENDE A AUMENTAR - ROBERTA JANSEN - COM GABARITO

 Notícia: Para IBGE, envelhecimento tende a aumentar

        Pesquisa revelou que pessoas com 60 anos ou mais representam 8,7% da população

Roberta Jansen

        RIO – O número absoluto de idosos no Brasil já é um dos maiores do mundo: 13,5 milhões. De acordo com a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas com 60 anos ou mais representam 8,7% da população do País.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFFqetpk1-23whrAPALQcJ_wHqJA0j8oNHeLO9l6h272ZosSvcJCRIHVzCs_m2CyzqveFkGl0kmSHOK76pnEPbdllfhG3DCXjKF-nuzZP_rdPNATW8crfsHiE8stgxvFfkzbSnsvnbr4PYPOgoD6lbTzUQwRaCZfWTiiWMC95EJU0_DQI842HmaJ65KX8/s320/IDOSOS.jpg


        Em países desenvolvidos, esse porcentual é, em média, superior a 15%. O estudo mostra, no entanto, que a tendência de envelhecimento da população brasileira é irreversível e tende a aumentar cada vez mais.

        Projeção do IBGE aponta que, em 2020, o número de pessoas com 60 anos ou mais deve dobrar, chegando a 27 milhões. “Isso muda não só o perfil da previdência, mas também o da saúde”, afirmou o diretor do Departamento de Pesquisas do IBGE, Luiz Antônio Oliveira, um dos organizadores da pesquisa. A redução das taxas de mortalidade e fecundidade e o consequente aumento da expectativa de vida são os principais responsáveis pela alteração da estrutura etária da população, segundo análise dos técnicos do IBGE.

        Enquanto na década de 70 a média de filhos por mulher era de 5,76, em 1996 esse número caiu para 2,24. Quanto menos instruídas, maior o número de filhos que as mulheres têm.

        Queda – entre as de escolaridade mais baixa, a média é de 3,4 crianças, contra 1,7 para as mais instruídas. Há diferenças também por regiões. No Nordeste, a média chega a 3 filhos ao passo que, no Sudeste, não passa de 2. A disparidade, no entanto, diminuiu muito. Nos anos 70, a média no Nordeste era de 7,5, ante 4,5 no Sudeste.  

        “A queda é generaliza em todas as classes e regiões”, constatou Oliveira. “E a tendência é irreversível”. A taxa de mortalidade infantil, por sua vez, também caiu muito. Na década de 80, para cada mil crianças nascidas no País, cerca de 75 morriam antes de completar um ano de vida. Em 1996, o número de mortes era de 37 em mil. A diferença entre as regiões, no entanto, permanece muito alta. Em alguns Estados do Nordeste, como Alagoas e Paraíba, os indicadores revelam uma mortalidade próxima à da década de 80: 70 por mil.

        A disparidade pode ser explicada não só pela pobreza da região, mas também pela desigualdade no acesso aos serviços de saúde, a má qualidade do atendimento médico e carências de saneamento básico.

        Em média, a expectativa de vida do brasileiro é de 67 anos e oito meses. As mulheres, no entanto, vivem bem mais que os homens: elas atingem em média 71 anos e sete meses, ante 64 anos e um mês do contingente masculino. Na região Sudeste, essa diferença é ainda maior: 73 anos e sete meses para as mulheres e 64 anos e seis meses para os homens. A razão para isso, segundo os técnicos, é a violência urbana, que vitima mais pessoas do sexo masculino.

      A pesquisa mostra ainda que a grande maioria dos idosos (85%) vive com algum parente e apenas uma pequena parcela (11,6%) mora sozinha ou com pessoas com as quais não tem nenhum laço de parentesco.

JANSEN, Roberta. O Estado de S. Paulo, 11/3/99. p. A9.

Fonte: livro Português: Língua e Cultura – Carlos Alberto Faraco – vol. único – Ensino Médio – 1ª edição – Base Editora – Curitiba, 2003. p. 203-204.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é o número absoluto de idosos no Brasil e qual porcentual da população eles representam, de acordo com a pesquisa do IBGE?

      O Brasil possui 13,5 milhões de idosos, o que representa 8,7% da população do país.

02 – O que o estudo do IBGE revela sobre a tendência de envelhecimento da população brasileira?

      O estudo mostra que a tendência de envelhecimento da população brasileira é irreversível e tende a aumentar cada vez mais.

03 – Qual é a projeção do IBGE para o número de pessoas com 60 anos ou mais em 2020?

      A projeção do IBGE é que o número de pessoas com 60 anos ou mais dobre até 2020, chegando a 27 milhões.

04 – Quais são os principais fatores responsáveis pela alteração da estrutura etária da população brasileira, segundo o IBGE?

      Os principais fatores são a redução das taxas de mortalidade e fecundidade, e o consequente aumento da expectativa de vida.

05 – Como a taxa de fecundidade no Brasil se alterou ao longo do tempo e qual é a relação entre o nível de instrução e o número de filhos?

      A taxa de fecundidade no Brasil diminuiu de 5,76 filhos por mulher na década de 70 para 2,24 em 1996. Quanto menor o nível de instrução da mulher, maior o número de filhos, com uma média de 3,4 filhos para mulheres com baixa escolaridade e 1,7 para mulheres com alta escolaridade.

06 – Qual é a média de filhos por mulher nas diferentes regiões do Brasil e como essa disparidade evoluiu ao longo do tempo?

      A média de filhos por mulher é de 3 no Nordeste e 2 no Sudeste. Essa disparidade diminuiu ao longo do tempo, já que nos anos 70 a média era de 7,5 filhos no Nordeste e 4,5 no Sudeste.

07 – Qual é a expectativa de vida média do brasileiro e como ela se diferencia entre homens e mulheres e entre as regiões do país?

      A expectativa de vida média do brasileiro é de 67 anos e oito meses. As mulheres vivem mais do que os homens, com uma média de 71 anos e sete meses, enquanto os homens vivem em média 64 anos e um mês. No Sudeste, essa diferença é ainda maior, com as mulheres vivendo em média 73 anos e sete meses e os homens 64 anos e seis meses, devido à violência urbana que afeta mais o sexo masculino.

 

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