CONTO: BEZERRO SEM MÃE
Rachel de Queiroz
Foi
numa fazenda de gado, no tempo do ano em que as vacas dão cria. Cada vaca toda
satisfeita com o seu bezerro. Mas dois deles andavam tristes de dar pena: uma
vaca que tinha perdido o seu bezerro e um bezerro que ficou sem mãe.
A vaquinha até parecia estar chorando,
com os peitos cheios de leite, sem filho para mamar. E o bezerro sem mãe gemia,
morrendo de fome e abandonado.
Não adiantava juntar os dois, porque a
vaca não aceitava. Ela sentia pelo cheiro que o bezerrinho órfão não era filho
dela, e o empurrava para longe.
Aí o vaqueiro se lembrou do couro do
bezerro morto, que estava secando ao sol. Enrolou naquele couro o bezerrinho
sem mãe e levou o bichinho disfarçado para junto da vaca sem filho. Ora, foi
uma beleza!
A vaca deu uma lambida no couro, sentiu
o cheiro do filho e deixou que o outro mamasse à vontade.
E ficaram os dois no maior amor, como
filho e mãe de verdade.
(Rachel de Queiroz [et al.]. Meninos, eu conto. Rio de
Janeiro: Record, 2002.
Entendendo o texto
01. Qual o
cenário em que se desenrola a história?
Numa fazenda de gado.
02. Qual a
situação inicial da história?
“Foi numa fazenda de gado, no tempo
do ano em que as vacas dão cria. Cada vaca toda satisfeita com o seu bezerro.”
03. Que
fato provocou o desenrolar dos acontecimentos descritos no texto?
Duas cabeças de gado andavam tristes
de dar pena: uma vaca que tinha perdido o seu bezerro e um bezerro que ficou
sem mãe.
04. Qual o
desenvolvimento da história?
A vaquinha até parecia estar
chorando, com os peitos cheios de leite, sem filho para mamar. E o bezerro sem
mãe gemia, morrendo de fome e abandonado.
Não adiantava juntar os dois, porque
a vaca não aceitava. Ela sentia pelo cheiro que o bezerrinho órfão não era
filho dela, e o empurrava para longe.
05. Que
fez o vaqueiro para ajudá-los?
Aí o vaqueiro se lembrou do couro do
bezerro morto, que estava secando ao sol. Enrolou naquele couro o bezerrinho
sem mãe e levou o bichinho disfarçado para junto da vaca sem filho. Ora, foi
uma beleza!
A vaca deu uma lambida no couro,
sentiu o cheiro do filho e deixou que o outro mamasse à vontade.
06. Em que
passagem do texto ocorre o clímax, ou seja, o momento de maior tensão da
história? Explique.
E por três dias foi aquela mascarada.
Mas no quarto dia, a vaca, de repente, meteu o focinho no couro e puxou fora o
disfarce. Lambeu o bezerrinho direto, como se dissesse: "Agora você já
está adotado”.
07. Qual o
desfecho (epílogo ou conclusão) da história?
E ficaram os dois no maior amor, como filho e mãe de verdade.
08. Assinale o propósito do texto acima:
a) debater um tema.
b) dar uma informação.
c) defender uma opinião.
d) contar uma história.
09. O narrador expõe uma
opinião sobre um fato em:
a) “Mas dois deles andavam tristes de dar
pena […]”
b) “A vaquinha
até parecia estar chorando, com os peitos cheios de leite […]”
c) “Não adiantava juntar os dois, porque
a vaca não aceitava.”
d) “Mas no quarto dia, a vaca, de
repente, meteu o focinho no couro e puxou fora o disfarce.”
10. No trecho “E o bezerro sem mãe gemia,
morrendo de fome e abandonado.”, preposição “de” exprime a relação de:
a) posse
b) causa
c) origem
d) modo
11. “Foi numa fazenda de gado […]”. A palavra “numa”
é resultado da contração:
a) da preposição “de” com o
artigo “uma”.
b) da preposição “para” com o
artigo “uma”.
c) da preposição
“em” com o artigo “uma”.
d) da preposição “por” com o
artigo “uma”.
12. No segmento “Ela sentia pelo cheiro que o bezerrinho órfão não era filho dela, e o empurrava para longe.”, os termos sublinhados se referem:
a) À vaca
b) Ao bezerro
c) Ao vaqueiro
d) À mãe e o filhote.
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