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sexta-feira, 18 de março de 2022

TEXTO: O PRECONCEITO RACIAL III - ZEZÉ MOTA - COM GABARITO

 Texto: O preconceito racial III

               Zezé Mota

        Em 1968, [a atriz Zezé Mota], aos 25 anos, com o Teatro de Arena, estreou uma temporada no Harlem, reduto dos negros pobres de Nova York. O movimento black power ainda não havia eclodido com toda a sua força, mas os negros americanos já procuravam substituir o sentimento de humilhação por um tipo de orgulho barulhento da raça. Zezé apareceu usando uma peruca no estilo Chanel – cabelos lisos, escorridos. “Os americanos perguntaram a Boal (Augusto Boal, diretor do grupo) por que eu usava um cabelo que não era de negro se eu era negra”, lembra a atriz. Zezé arrancou a peruca. Mas seus cabelos de verdade continuavam a não ser os de uma negra. Estavam alisados. “Voltei para o hotel, lavei o cabelo e assumi meu lado negro”, conta. “Foi um batismo.”

Zezé Mota. Cantora e atriz.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 115-117.

Entendendo o texto:

01 – A atriz Zezé Mota conta que contato com os negros americanos, em 1968, foi para ela uma espécie de batismo. Que sentimento tem essa palavra nesse contexto?

        A atriz dá a entender que, a partir dessa experiência, ela se assumiu como negra, iniciou uma fase nova em sua vida, agora com uma identidade negra.

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