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terça-feira, 1 de março de 2022

CARTUM: POLÍCIA HUMORÍSTICA - QUINO - COM GABARITO

 Cartum: Polícia humorística

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Quino. Qué mala es la gente! Barcelona: Lumen, 1996. p. 125.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 74-5.

Entendendo o cartum:

01 – O cartum retrata um diálogo entre um desenhista e um policial. Das instituições sociais (Igreja, Estado ou governo, família, etc.), qual delas o policial representa?

      O Estado.

02 – Nos países democráticos, as pessoas têm o direito de expressar livremente suas ideias, seja por meio da fala ou da escrita, seja por meio da arte. Nas ditaduras, entretanto, o Estado proíbe a liberdade de expressão e instaura a censura.

a)   Conclua: O desenhista e o policial vivem num país democrático ou numa ditadura?

Numa ditadura.

b)   O departamento de polícia a que pertence o policial comprova ou nega sua resposta anterior?

Comprova, pois “Polícia humorística” supõe que seja um departamento especializado em reprimir o humor político.

03 – O policial não vê graça nos trabalhos do humorista.

a)   Que temas o humorista explora?

A morte, a velhice, a injustiça social, o autoritarismo.

b)   Pelos comentários do policial, como provavelmente ele acha que deve ser o trabalho humorístico?

Provavelmente acha que o humor deve trabalhar com temas leves, como confusões, mal-entendidos, etc.

04 – Nos quadrinhos que o desenhista mostra, vemos Mafalda, personagem de quino. Isso nos faz quer que a personagem desenhista do cartum seja o próprio Quino. Nas tiras mostradas pelo desenhista ao policial, as personagens são crianças, o que cria a expectativa de que os temas abordados serão leves, e não sociais. Essa expectativa se confirma? Justifique sua resposta.

      Não; os temas são sociais, pois ao falar da situação de suas casas, as crianças falam da situação do país.

05 – O humorista brasileiro Ziraldo afirma:

        “O humor, numa concepção mais exigente, não é apenas a arte de fazer rir. Isso é comicidade, ou qualquer outro nome que se escolha. Na verdade, humor é uma análise crítica do homem e da vida”. Relacione as duas visões de humor expressas no cartum (a do policial e a do desenhista) à afirmação de Ziraldo.

a)   Qual delas se identifica com comicidade?

A visão do policial.

b)   E qual se identifica com humor?

A visão do desenhista (Quino).

06 – Veja o que afirma o humorista Zélio a respeito do cartum:

        “Um cartunista jamais poderá ser a favor do governo. Não pode haver cartum a favor. É uma condição, porque a razão pela qual existe o cartum é a força da sátira, e o poder nunca, jamais ou quase nunca, que eu me lembro, esteve a favor do povo.” Observe as cenas finais do cartum. Que semelhança você vê entre elas e o comentário de Zélio?

      A prisão do cartunista é a prova de que o trabalho do humorista denuncia os problemas políticos e sociais do país, contrariando o interesse dos governantes.

07 – Milton Nascimento, em uma de suas canções, proclama: “Todo artista tem de ir aonde o povo está”. E o humorista Zélio afirma: “O humorista, o artista, o grafista é um homem como outro qualquer, que sofre as consequências da sociedade e que analisa o que observa”. Levando em conta esses comentários, explique a relação existente entre os artistas do humor e o povo.

       Se o artista é um homem do povo, é natural que fique a favor do povo nos momentos de crise política, e não a favor dos governantes.

 

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