POEMA: O ANEL DE VIDRO
Manuel Bandeira
Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…
Assim também o eterno amor que prometeste,
- Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.
Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou, –
Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…
Não me turbou, porém, o despeito que investe
Gritando maldições contra aquilo que amou.
De ti conservo no peito a saudade celeste…
Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste…
Entendendo o texto
01.De
acordo com o texto, o anel se quebrou porque
a. a
saudade foi conservada.
b. era de
frágil penhor.
c. era pequeno.
d. foi feito de vidro.
e. o
amor foi prometido.
02.Nesse
texto, há um traço de ironia no verso:
a. “Aquele
pequenino anel que tu me deste.” (v.1)
b. “- Eterno era bem pouco e cedo se acabou”.(v.4)
c. “Símbolo
da afeição que o tempo aniquilou,-“ (v.6)
d. “Não
me turbou, porém, o despeito que investe.” (v.9)
e. “De
ti conservo no peito a saudade celeste.”(v.11)
03.Sobre
o relacionamento amoroso, o eu lírico
a. ficou
descontente com o anel.
b. guarda
mágoas da pessoa amada.
c. mostra-se
preso aos bens materiais.
d. Sente-se
superior à pessoa amada.
e. Sofreu uma desilusão amorosa.
04.No
verso: “De ti conservo no peito a saudade CELESTE”,
a palavra em destaque sugere que o eu lírico
a. guarda
o anel muito frágil.
b. sente
dor por sentir saudade.
c. guarda
mágoas da pessoa amada.
d. fica
descontente por sentir saudade.
e. preserva a saudade em um plano eterno.
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