Notícia: Projeto com aulas de dança para cadeirantes abre turma para adultos
Atividade, promovida pela Escola
Carioca de Dança, na Tijuca, é gratuita
Gabriel Menezes
24/05/2018 - 04:30
RIO — Desde 2012, a dança vem transformando a vida de crianças e jovens cadeirantes na Tijuca. Elas são participantes do projeto “Carioca sobre rodas”, da Escola Carioca de Dança, que promove aulas gratuitas de dança de salão nas quais eles interagem com alunos sem deficiência. A iniciativa deu tão certo que a escola abrirá, mês que vem, a sua primeira turma para adultos.
— Além de ser uma oportunidade muito
grande de inclusão e interação entre os alunos andantes e cadeirantes, a dança
proporciona enormes benefícios físicos e mentais. Muitos participantes, hoje,
conseguem manusear a sua cadeira com muito mais facilidade e ganharam confiança
para sair sozinhos às ruas — explica Marcelo Martins, diretor da escola.
Ele assumiu a coordenação do projeto no
ano passado, desde que a sua idealizadora, Viviane Macedo, pentacampeã
brasileira de dança esportiva em cadeira de rodas, precisou se afastar por
motivos de saúde.
Com 21 anos, Mariana Chaves é aluna do
projeto há seis.
— A dança teve um impacto muito grande
na minha vida. Hoje eu sou outra. Fiquei muito menos tímida e ganhei confiança
— conta.
O mesmo ocorreu com Vinícius Rangel
Valentim, de 18 anos, também cadeirante, que frequenta o projeto praticamente
desde o início. Morador de Maricá, ele vai de ônibus com a mãe todos os sábados
até a Tijuca para as aulas.
— A dança é tudo para mim. Ela melhorou
o meu jeito de tocar a cadeira e o meu condicionamento físico — destaca.
Já o químico aposentado Everaldo
Ferreira, que frequenta as aulas regulares da escola, entrou para o projeto há
cerca de um ano. Ele conta que o contato com os alunos cadeirantes tem sido um
experiência muito gratificante.
— As pessoas podem achar que nós (os
alunos andantes) é que estamos ajudando a integrar esses jovens, mas, a
realidade é que eles nos mostram um universo totalmente novo. É uma troca muito
grande, em que ambas as partes ganham — frisa.
Os interessados em se inscrever podem
ir na escola ou ainda fazer a inscrição via telefone, pelo número 2288-1173. As
aulas para crianças e adolescentes são aos sábados, das 9h às 11h. Já as aulas
para adultos, que ainda não têm data para começar, serão realizadas aos
sábados, das 11h às 13h. As aulas são ministradas por duas professoras formadas
na própria escola e contam com a participação de uma assistente social.
Disponível em: www.oglobo.globo.com/rio/bairros/projeto-com-aulas-de-dança-para-cadeirantes-abre-turma-para-adultos-22706776.
Acesso em: 5 jun. 2018.
Fonte: Língua
Portuguesa – Português – Apoema – Editora do Brasil – São Paulo, 2018. 1ª
edição – 6° ano. p. 45-6.
Entendendo a notícia:
01 – De que assunto trata a
notícia? Qual é a principal característica do projeto?
De aulas de dança
para cadeirantes. Alunos cadeirantes interagem com aqueles que não têm problema
de locomoção.
02 – Quais pessoas falam em
discurso direto na notícia? Aponte seus nomes, profissões e a relação que
mantêm com o projeto.
Marcelo Martins,
diretor da escola; Mariana Chaves, aluna cadeirante de 21 anos que, até a data
da publicação da notícia, participava do projeto havia seis anos; Everaldo
Ferreira, químico aposentado, não cadeirante, que entrou para o projeto um ano
antes de publicada a notícia.
03 – Como se sabe que tais
falas estão em discurso direto?
Porque vêm após
um travessão e estão em 1ª pessoa.
04 – O repórter foi
cuidadoso ao escolher quem falaria na notícia? Por quê?
Sim, ele foi
cuidadoso, porque ouviu pessoas diferentes, que mostram os vários lados da
questão: o diretor da escola, responsável pela condução do projeto, uma aluna
cadeirante e um aluno “andante”.
05 – Releia o trecho a
seguir.
“Já o químico aposentado Everaldo
Ferreira, que frequenta as aulas regulares da escola, entrou para o projeto há
cerca de um ano. Ele conta que o contato
com os alunos cadeirantes tem sido (uma) experiência muito gratificante.”
a) Quem fala nesse trecho? Justifique sua resposta.
O repórter. Sabe-se disso porque o trecho está em 3ª pessoa e relata
o que aconteceu em relação a um dos envolvidos.
b) No trecho destacado, como foi citada a fala do aluno? Que expressão introduz a fala dele?
Foi citada em discurso indireto, dentro da fala do repórter. “Ele
conta que...”.
c) Escreva de outra forma a citação da fala do aluno.
Ele conta: “O contato com alunos cadeirantes tem sido (uma)
experiência muito gratificante”. Poderia ser usado o travessão no lugar das
aspas.
Muitíssimo obrigada,me ajudou bastante em minha lição!!
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