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domingo, 19 de setembro de 2021

TEXTO: "TAMBÉM" EXIGE PRÓCLISE - EM PORTUGAL E NO BRASIL EM TEXTOS FORMAIS E INFORMAIS -DICIONARIOEGRAMATICA.COM - COM GABARITO

 Texto: Também” exige próclise – em Portugal e no Brasil, em textos formais e informais

        Todo brasileiro e todo português sabe que uma das principais diferenças entre as variantes atuais do português brasileiro e do português lusitano diz respeito à colocação pronominal: enquanto na Idade Média havia grande fluidez e portugueses ora usavam o pronome átono antes do verbo, ora depois, a situação acabou se definindo ao longo dos séculos, mas de modo diferente nos dois países: em Portugal usa-se aproximadamente em 50% dos casos o pronome depois do verbo, mas deve vir obrigatoriamente antes do verbo (“também se manteve”) quando há na frase advérbios, conjunções, etc. Já no Brasil, em situações naturais, o pronome vem sempre antes do verbo.

        Assim, todo brasileiro diz “Me dá”, “Nos vimos”, “Me queixei”, enquanto os portugueses dizem “Dá-me”, “Vimo-nos”, “Queixei-me”. Desde o século passado, nossos melhores cronistas, poetas, músicos, etc. usam próclises (pronomes antes do verbo), à brasileira (e que, na metade dos casos, coincidem com a forma “certa” em Portugal).

        [...]

        O mesmo ocorre com orações com a palavra “que”, ou “onde”, entre outras: a gramática portuguesa tradicional obriga, nesses casos, que se use o pronome antes do verbo (igual a como fazemos sempre no Brasil); todo português sempre falará e escreverá “que se deu”, “onde se viu”; mas alguns brasileiros, querendo escrever difícil, acabam inventando construções erradas como “que deu-se”, “onde viu-se” – erradas segundo toda e qualquer gramática portuguesa.

        Em outras palavras: se não quiser passar vergonha, na dúvida, não invente; escreva do modo que lhe soar mais natural, do jeito que falaria. Quase sempre, estará certo.

      DICIONÁRIOEGRAMÁTICA.COM. “Também” exige próclise – em Portugal e no Brasil, em textos formais e informais. Disponível em: https://bit.ly/2FOmnGY. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 228-9.

Entendendo o texto:

01 – Conforme o que se afirma no primeiro parágrafo, que diferenças são notadas nas variantes atuais do português brasileiro e do português lusitano em relação à colocação pronominal?

      No Brasil, em situações de comunicação, o pronome vem sempre antes do verbo (próclises); em Portugal, usa-se aproximadamente em 50% dos casos o pronome depois do verbo, mas deve vir obrigatoriamente antes do verbo (“também se manteve”) quando há na frase advérbios, conjunções, etc.

02 – O que podemos deduzir sobre a colocação dos pronomes na língua portuguesa com base nessa afirmação?

      É possível deduzir que, em relação à colocação pronominal, os portugueses se preocupam mais em seguir as regras propostas pela gramática da norma-padrão que os brasileiros, os quais optam pela liberdade de empregar com maior frequência o pronome antes do verbo (próclise) em situações cotidianas, ou seja, não formais de comunicação.

03 – Dê sua opinião sobre o que se coloca abaixo:

        Assim, todo brasileiro diz “Me dá”, “Nos vimos”, “Me queixei”, enquanto os portugueses dizem “Dá-me”, “Vimo-nos”, “Queixei-me”. Desde o século passado, nossos melhores cronistas, poetas, músicos, etc. usam próclises (pronomes antes do verbo), à brasileira (e que, na metade dos casos, coincidem com a forma “certa” em Portugal).”

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Qual crítica o autor do texto faz quanto ao emprego das palavras “que” e “onde” por alguns brasileiros?

      Ele critica alguns brasileiros que, ao querer mostrar que sabem “escrever difícil”, acabam por inventar construções erradas, infringindo as regras gramaticais que definem a norma-padrão.

05 – Leia esta conclusão do autor do texto:

        “Em outras palavras: se não quiser passar vergonha, na dúvida, não invente; escreva do modo que lhe soar mais natural, do jeito que falaria. Quase sempre, estará certo.”. Como você se posiciona diante dessa conclusão?

      Resposta pessoal do aluno.

 

       

 

 

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