Política de Privacidade

sábado, 29 de maio de 2021

TEXTO: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - COM GABARITO

 Texto: Declaração Universal dos Direitos Humanos

          Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.

Preâmbulo

        Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; [...] A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

        [...]

Artigo 26

1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. 

2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do ser humano e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 

3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação que será ministrada aos filhos.

  DECLARAÇÃO Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: https://bit.ly/2Tk1DJV. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 160-1.

Entendendo o texto:

01 – Releia o trecho do preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos e responda:

a)   Pesquise o significado da palavra preâmbulo e transcreva o significado relacionado ao contexto.

É a parte preliminar em que se anuncia a promulgação de uma lei ou decreto.

b)   O que significa a expressão direitos inalienáveis? Pesquise a palavra inalienável no dicionário, se necessário.

Os direitos inalienáveis são todos os direitos fundamentais que não podem ser vendidos ou cedidos.

c)   Com base no princípio de igualdade apresentado, uma pessoa pode ser considerada mais detentora de direitos que outra? Explique.

Não. Porque a igualdade é um direito universal que pressupõe todos os outros.

d)   Como a Declaração Universal dos Direitos Humanos é definida no preâmbulo?

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é definida como ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações.

e)   De quem é a responsabilidade em promover os direitos humanos?

De todas as pessoas e governos.

f)    Quais medidas progressivas de caráter nacional e internacional podem ser tomadas para a promoção desses direitos?

Para as pessoas, ações que reconheçam a dignidade inerente a todos os seres humanos e o respeito pelos seus direitos iguais e inalienáveis. Para os governos, a criação de políticas que garantam esses direitos a todas as pessoas, sem qualquer distinção.

02 – O artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos trata do direito à educação. Responda:

a)   Quais são os direitos relacionados à educação do parágrafo 1 que devem ser garantidos por todos os governos?

Toda a pessoa tem direito à educação gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental.

b)   Qual é o significado genérico dessa lei?

É o caráter de se destinar a qualquer pessoa nessas circunstâncias. As normas genéricas se diferem das normas particulares, que se vinculam a determinadas pessoas ou grupos sociais.

c)   Quais devem ser os objetivos da educação, de acordo com o parágrafo 2?

Expandir a personalidade humana, reforçar os direitos do ser humano e das liberdades fundamentais, favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, desenvolver as atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.

d)   Se os pais têm a prioridade em escolher o gênero de educação a ser ministrado aos filhos, eles podem deixar de matriculá-los na escola? Explique.

Não, porque todos devem fazer cumprir os direitos humanos. E a obrigatoriedade da educação vem antes da prioridade em escolher o gênero de educação. Os pais podem escolher a escolas em que seus filhos vão estudar, inclusive se são de caráter religioso ou não.

Constituição Federal Brasileira (1988): (Fragmento)

CAPÍTULO III

DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção I

DA EDUCAÇÃO

        Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

        Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

[...]

VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII – garantia de padrão de qualidade.

[...]

        Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

        I – ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;

        II – progressiva universalização do ensino médio gratuito;

       III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

       IV – atendimento em creche e pré-escola, às crianças de zero a seis anos de idade;

       [...]

       VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

         VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://bit.ly/1bIJ9XW. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p.161-2.

Entendendo o texto:

01 – Quais direitos garantidos na Constituição Federal relacionam-se com o previsto no artigo 26 da Declaração Universal de Direitos Humanos?

      A educação é um direito de todos. Também, a obrigatoriedade da gratuidade do ensino fundamental e, genericamente, de formação profissional.

02 – Quais direitos foram ampliados ou especificados pela Constituição Federal?

      Igualdade de condições e garantia de permanência; liberdade para aprender e ensinar; gestão democrática do ensino; garantia de qualidade; ampliação do atendimento no ensino médio; oferta da educação infantil (0 a 6 anos); ensino noturno; educação de jovens e adultos; programas suplementares de oferta de material escolar, transporte, alimentação e atendimento à saúde.

03 – Qual é a relação entre o objetivo da educação previsto na Declaração Universal de Direitos Humanos e a Constituição Federal?

      Tanto a Declaração quanto a Constituição têm o objetivo d desenvolvimento pleno do ser humano.

04 – De quem é o dever da educação na Constituição Federal? Qual é a relação com o previsto na Declaração Universal de Direitos Humanos?

      É um dever do Estado e da família. A Declaração Universal dos Direitos Humanos apresenta que a garantia de direitos é dever de todo cidadão. Nesse caso, a Constituição Federal específica.

 

 

 

ARTIGO DE OPINIÃO: PROCURAM-SE ESTUDANTES - THOMAZ WOOD JR - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Procuram-se estudantes

Por Thomaz Wood Jr. – Publicado em 10/04/2014 – 04h52         

        Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

        Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja.

        Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes.

        [...]

WOOD Jr., Thomaz. Procuram-se estudantes. Carta Capital, 10 abr. 2014. Disponível em: https://bit.ly/2Tiq6Pv. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 159-160.

Entendendo o artigo:

01 – Qual é a questão controversa e a tese apresentadas pelo autor no texto?

      A questão controversa é que a população de alunos aumenta, mas a de estudantes parece estar em risco de extinção, assim como estão ameaçadas desse processo as aves e os mamíferos. A tese do autor é que há distinção entre aluno e estudante. Dessa forma, o aluno pode ser estudante ou não.

02 – Que distinção ele faz entre aluno e estudante? Você concorda com essa distinção? Explique.

      Aluno é quem frequenta um curso apenas para receber conhecimentos ou ter direito a um título. O estudante é a pessoa que busca conhecimentos, desenvolve competências e as usa em seu benefício e em benefício da sociedade. A segunda é resposta pessoal do aluno.

03 – A quem ou a que ele atribui a responsabilidade de transformar alunos em estudantes?

      Aos sistemas de ensino.

04 – Releia o título. A oração que o constitui está na voz passiva ou ativa? Com base nas ideias expressas no texto, reescreva esse título nas diferentes vozes do verbo.

      A oração que compõe o título está na voz passiva sintética. Na voz passiva analítica poderia ser: “Estudantes são procurados pela sociedade”; Na voz ativa: “A sociedade procura estudantes”.

05 – Por que no título o verbo “procuram” está no plural? Explique.

      Na voz passiva sintética, o verbo concorda com o sujeito passivo. Nesse caso, o sujeito passivo é “estudantes” que se encontra no plural.

 

ARTIGO DE OPINIÃO: O FUTURO DA EDUCAÇÃO - EMERSON DOS SANTOS - COM GABARITO

 Artigo de opinião: O futuro da educação

Por Emerson dos Santos

Florianópolis – 03/07/2017 11:07

 Você, com certeza, já se pegou perguntando, em tom de curiosidade, para onde as mudanças desse mundo vão nos levar e qual será o destino das próximas gerações. Todos nós, ao lançar os olhos para o horizonte, questionamos qual o melhor caminho para o futuro. Uma coisa é certa: para chegar bem ao destino final é preciso enxergar a educação como uma das principais ferramentas de transformação do mundo. Aprender deve ser o ponto de partida de qualquer pessoa que busca realização e sucesso numa sociedade cada vez mais exigente e dinâmica. O desafio atual é garantir que o processo de aprendizagem seja mais efetivo, até porque educar não significa apenas transmitir conhecimento. Escola e professores devem servir como um guia norteador que levam o aluno ao aprimoramento de suas capacidades intelectuais, sociais e políticas, promovendo assim o desenvolvimento humano.

        E a evolução da educação deve seguir o princípio de que o aprendizado é construído a partir da realidade do aluno. O interacionismo valoriza a bagagem que cada indivíduo traz de seu cotidiano e, a partir da percepção da realidade que ele já possui, estimula a busca do conhecimento. O processo educativo torna-se mais dinâmico, mais amplo e mais adequado ao mundo atual. No conceito do interacionismo, não é possível oferecer ao aluno a aprendizagem de conteúdos conceituais sem considerar seus modos de agir e pensar, suas crenças e valores. O que nos leva a concluir que não há separação entre vida e educação. E, ainda, se enxergarmos para além da figura de cada aluno, a importância da formação do cidadão, vemos que é preciso prepará-lo para muito além do vestibular e ingresso em uma faculdade.

        Vencida a etapa do Ensino Superior, existe uma vida inteira a ser vivida, e, quanto mais preparados estiverem, mais condições esses futuros cidadãos terão de corresponder às necessidades e expectativas do mercado de trabalho e da sociedade, podendo contribuir significativamente no processo de transformação do mundo. Nossa sociedade exige mudanças que atendam às suas necessidades. O ser humano que se formava anos atrás certamente será muito diferente daquele que sairá da escola ou da universidade nas gerações futuras. Durante muito tempo, esperava-se do indivíduo que ele apenas reproduzisse aquilo que ouviu e aprendeu. Hoje, é necessário educar pessoas para que se transformem em cidadãos com senso crítico e capacidade de interagir com o cotidiano a sua volta. É por isso, e para isso, que especialistas na arte de ensinar avançam firmes e confiantes rumo ao futuro, formando profissionais para profissões que ainda não existem e cidadãos para um mundo melhor.

      Emerson dos Santos.

      Diretor geral de um grupo educacional.

SANTOS, Emerson dos. O futuro da educação. ND Online, Florianópolis, 3 jul. 2017. Disponível em: https://bit.ly/2B7kX5N. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 152-4.

Entendendo o artigo:

01 – Releia o primeiro parágrafo do artigo de opinião “O futuro da educação” e responda:

a)   Uma questão controversa é aquela que pode suscitar polêmica, opiniões diferentes ou reflexões acerca de um tema específico. Nesse sentido, qual é a questão controversa apresentada no artigo de opinião?

A incerteza diante do futuro das próximas gerações e o questionamento sobre o melhor caminho para chegar bem a esse futuro.

b)   Qual é a tese defendida pelo autor do artigo como uma resposta a essa questão controversa? Você concorda com ele? Por quê?

O autor aponta a educação como caminho. Segundo ele, a aprendizagem deve ser o ponto de partida rumo à realização e sucesso numa sociedade.

c)   Segundo o autor, qual é o principal desafio da escola?

O desafio atual é garantir que o processo de aprendizagem seja mais efetivo, que possa ter efeito real.

02 – Releia o trecho a seguir e responda:

        “[...] O desafio atual é garantir que o processo de aprendizagem seja mais efetivo, até porque educar não significa apenas transmitir conhecimento. Escola e professores devem servir como um guia norteador que levam o aluno ao aprimoramento de suas capacidades intelectuais, sociais e políticas, promovendo assim o desenvolvimento humano.”

a)   Pesquise no dicionário as palavras efetivo e transmitir. Transcreva os significados que mais se relacionam ao contexto.

Efetivo significa, no contexto, ser capaz de produzir um efeito real.

Transmitir significa, passar algo para alguém, transferir.

b)   Explique por que o autor coloca em confronto as ideias de processo de aprendizagem mais efetivo e transmitir conhecimento nesse argumento.

O processo de aprendizagem mais efetivo possibilita aos alunos adquirirem conhecimentos com efeito real para a sociedade. A transmissão de conhecimento é parte desse processo, mas não pode ser um fim em si mesmo, pois pode não ter um efeito real na sociedade.

c)   Em sua opinião, como seria possível garantir um processo de aprendizagem mais efetivo na prática? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

d)   Segundo o autor, quais seriam os papéis do professor e da escola para uma aprendizagem mais efetiva?

A escola deve servir como guia norteador da aprendizagem, para promover o desenvolvimento de capacidades intelectuais, sociais e políticas do aluno.

e)   O que seria, na prática, o aprimoramento das capacidades intelectuais, sociais e políticas dos alunos pela escola? Exemplifique.

Seria desenvolver no aluno a capacidade de interagir em todos os campos de atividade humana, aplicando os conhecimentos aprendidos na escola e construindo outros diante dos desafios que forem apresentados a ele.

03 – Leia as informações do quadro a seguir sobre o gênero textual artigo de opinião.

        O artigo de opinião é um gênero textual cujo objetivo é convencer o leitor sobre uma determinada ideia, influenciá-lo ou transformar seus valores a favor de uma posição assumida (tese). Para tanto, o autor se utiliza de argumentos e contra-argumentos para sustentar, refutar ou negociar diferentes sentidos sobre a questão controversa apresentada.

        Esse gênero é publicado em jornais e revistas impressos e digitais, além de blogs, sites e portais de notícias. No entanto, suas opiniões não refletem, geralmente, a linha editorial, mas são de responsabilidade de quem o assina.

Em relação ao artigo de opinião “O futuro da educação”, responda:

a)   Quais argumentos lhe convenceram ou podem influenciá-lo? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

b)   De quais argumentos você discorda? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

c)   Com quais argumentos você concorda parcialmente e poderia considerar em determinada situação? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

d)   Quem assina o texto? O que o legitima a escrever sobre “educação”? Explique.

Quem assina o texto é Emerson dos Santos. Ele tem legitimidade porque é um dos diretores de um grupo educacional.

04 – Releia o trecho a seguir e responda:

        “[...] O interacionismo valoriza a bagagem que cada indivíduo traz de seu cotidiano e, a partir da percepção da realidade que ele já possui, estimula a busca do conhecimento. O processo educativo torna-se mais dinâmico, mais amplo e mais adequado ao mundo atual.”

a)   O interacionismo é uma concepção de educação. Com a ajuda do professor, pesquise, selecione informações e produza uma definição sobre interacionismo.

Resposta pessoal do aluno.

b)   Compare as informações pesquisadas com as apresentadas pelo autor do texto sobre interacionismo na educação.

Resposta pessoal do aluno.

c)   O que você achou desse conceito aplicado à sala de aula? Em sua escola, as relações de aprendizagem são interacionistas? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

d)   O autor deveria ter citado a fonte das definições apresentadas sobre interacionismo? Por quê?

Todo conceito a ser apresentado, especialmente em artigos de opinião e em textos de divulgação científica, precisa ter a fonte citada. Primeiro, porque o conceito de interacionismo não foi criado pelo autor e, também, para que as pessoas possam saber qual é seu percurso teórico para a sustentação dos argumentos.

e)   Qual pode ser a consequência, na relação com o leitor, em ocultar a fonte em um artigo de opinião? Explique.

Ao não citar a fonte, o autor do artigo de opinião pode perder a credibilidade diante de seu leitor.

05 – Releia o último parágrafo. Qual a conclusão apresentada pelo autor para reforçar a sua tese?

      O autor conclui que, quanto mais preparadas as gerações futuras estiverem mais condições terão para atender às suas necessidades e à expectativa do mercado de trabalho e da sociedade. Desse modo, a educação se coloca como um processo essencial à formação de profissionais para profissões que ainda não existem e base necessária para que as pessoas desenvolvam o senso crítico e estejam inteiradas com o cotidiano à sua volta.

06 – Os argumentos e a conclusão colocados por ele podem ser considerados uma resposta à controversa questão sobre o futuro das próximas gerações e o melhor caminho para chegar a esse futuro? Dê sua opinião.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

TEXTO JORNALÍSTICO: COM MUITAS ÁREAS NAVEGÁVEIS, BRASIL É IDEAL PARA PASSEIOS DE BARCO - G1 - COM GABARITO

 Texto jornalístico: Com muitas áreas navegáveis, Brasil é ideal para passeios de barco

         País tem oito mil quilômetros de costa e possui o maior número de rios no mundo

16/01/2018 14h09

        Realizar um passeio de barco pode ser um jeito diferente de conhecer boa parte do nosso país. No Brasil são rios e mares a serem navegados. São oito mil quilômetros de costa. É também o país que mais tem rios no mundo.

        Um cenário perfeito para navegar: de barco, chalana, lancha, jangada, veleiro, canoa, caiaque…

        Nosso litoral têm praias paradisíacas, ilhas, e um clima especialmente favorável. Na costa litorânea do Brasil não faltam opções para navegar, boa parte deles estão localizados principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste.

        Separamos 10 passeios de barco pelo Brasil com roteiros onde se pode percorrer navegando ou simplesmente os tradicionais passeios rápidos:

        1 – Arraial do Cabo/RJ

        No estado do Rio de Janeiro, há muitas opções de trajetos. Pode-se subir até Arraial do Cabo, onde o mar calmo do local possibilita a prática de pesca e os famosos mergulhos da região.

        2 – Angra dos Reis/RJ

        Em Ilha Grande, arquipélago de Angra dos Reis, oferece paisagens lindas com opção de tour de um dia, com paradas para mergulho em meio aos peixes coloridos que tomam conta das águas verdes e cristalinas.

        3 – Rio de Janeiro/RJ

        Já no Rio de Janeiro, capital, há o passeio pela belíssima Baía de Guanabara. Nele irá contemplar a melhor vista da cidade maravilhosa.

        4 – Salvador/BA

        A costa baiana é uma das mais exuberantes da costa brasileira. Um dos passeios mais procurados pelos que vão a Salvador é o passeio de escuna que vai até Itaparica, um pequeno vilarejo, no qual moram pouco mais de 40 pessoas, com ruínas da igreja de N. Sra. de Guadalupe, construída no século 17, local de onde se têm uma linda vista da praia. As águas de Itaparica são calmas e cristalinas, além de serem ótimas para o mergulho.

        5 – Morro de São Paulo/BA

        Morro de São Paulo é um dos locais que não pode ficar de fora da rota. O um vilarejo fica em uma ilha paradisíaca onde é proibido a circulação de automóveis. Uma boa opção é a do Encantado, com 2 km de extensão e suas belas piscinas naturais.

        6 – Camamu/BA

        A Ilha da Pedra Furada, na cidade de Camamu também na Bahia, possui este nome devido a uma pedra furada por uma erosão. Para ter acesso a ela é necessário ir de barco ou lancha de Camamu ou de Barra Grande. Independente da escolha no trajeto passa-se por praia lindas.

        7 – Olinda/PE

        Em Olinda, Pernambuco, vai ter a oportunidade de conhecer suas construções históricas e a rica cultura pernambucana como o frevo e o tradicional carnaval de Olinda que tem início no mês de janeiro.

        8 – Maceió/AL

        Ao sul de Pernambuco está o estado de Alagoas. Sua capital, Maceió, é pode-se desfrutar das praias da cidade ou conhecer as praias do Gunga e do Francês, que ficam próximas dali.

        9 – João Pessoa/PA

        João Pessoa, na Paraíba, tem uma boa infraestrutura e praias urbanas. Não deixe de ver o pôr do sol na praia do Jacaré, é imperdível.

        10 – Natal/RN

        E a última dica é de Natal, capital do Rio Grande do Norte, não deixe de conhecer Genipabu, onde as atrações são os passeios de buggy nas dunas. Também não deixe de realizar o tradicional mergulho em Maracajaú, localizada no município de Maxaranguape, a 55 quilômetros de Natal.

Fonte: G1. Com muitas áreas navegáveis, Brasil é ideal para passeios de barco. 16 jan. 2018. Disponível em: https://glo.bo/2DMUmOG. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 142-3.

Entendendo o texto:

01 – De que maneira o texto jornalístico lido “conversa” com os textos da obra As aventuras de Robinson Crusoé vistos no início do capítulo?

      Ambos fazem referência a viagens marítimas.

02 – Observe a linha fina do texto:

        País tem oito mil quilômetros de costa e possui o maior número de rios no mundo”

a)   O período que constitui a linha fina acima é formado por quantas orações?

Por duas orações.

b)   Separe as orações desse período e classifique o sujeito de cada uma delas.

1ª oração: “País tem oito mil quilômetros de costa” – sujeito simples: País.

2ª oração: “e possui o maior número de rios no mundo” – sujeito desinencial: Ele (País).

c)   De que modo a concordância verbal se realiza nas orações dessa linha fina do texto jornalística?

Os verbos que compõem as orações concordam com os sujeitos em número e pessoa.

03 – Indique, entre os trechos reproduzidos a seguir, aqueles que trazem um aposto.

I – Já no Rio de Janeiro, capital, há o passeio pela belíssima Baía de Guanabara.

II – Um cenário perfeito para navegar: de barco, chalana, lancha, jangada, veleiro, canoa, caiaque...

III – Morro de São Paulo é um dos locais que não pode ficar de fora da rota.

IV – No Brasil são rios e mares a serem navegados. São oito mil quilômetros de costa. É também o país que mais tem rios no mundo.

V – Um dos passeios mais procurados pelos que vão a Salvador é o passeio de escuna que vai até Itaparica, um pequeno vilarejo, no qual moram pouco mais de 40 pessoas...

      São as alternativas I, II e V.

04 – Copie os apostos das orações indicadas na questão anterior.

      I – Capital; II – de barco, chalana, lancha, jangada, veleiro, canoa, caiaque...; V – um pequeno vilarejo.

CONTO: O PRÍNCIPE INFELIZ E AS ABÓBORAS DESPREZADAS - REGINALDO PRANDI - COM GABARITO

 CONTO: O príncipe infeliz e as abóboras desprezadas

             Reginaldo Prandi 

        Ifá morava no Orum, o Céu dos orixás, mas os odus viviam perto do Aiê, o mundo dos humanos.

        Depois da primeira reunião da casa de Ifá, que havia sido tão desastrosa, os príncipes do destino seguiram o caminho para o Aiê.

        Todos menos Obará, que não tinha ido porque seus quinze irmãos se esqueceram de leva-lo.

        Talvez o tivessem esquecido de propósito, uma vez que Obará só falava de coisas ruins, além de ser pobre e não alegrias na vida, o que lhe valera o epíteto de Príncipe Infeliz.

        Cada um levava nas costas a abóbora ganha de Ifá. E como nenhum deles gostava de abóbora, o peso do fruto só lhes dava cansaço e mau humor.  

        Estavam chegando ao seu país e a fome apertava, mas abóbora eles não iam comer, ah! Isso não. Alguém então se deu conta de que estava já bem perto da casa de Obará.

        “Vamos comer na casa de Obará?”, alguém propôs.

        “Alguma coisa melhor que abóbora nosso amado irmão há de ter em sua mesa, assim espero”, completou outro odu.

        Saíram todos correndo para a casa do Príncipe Infeliz, levando cada um sua abóbora nas costas, pois não iam largar na estrada um presente de Ifá, mesmo que não apreciassem nada seu sabor.

        Foram acolhidos com grande alegria por Obará. Obará nunca recebia ninguém, ninguém o visitava.

        Ao contrário, todos o evitavam.

        E de repente, sem nenhum aviso, os seus quinze irmãos entraram em sua casa. Que alegria. Que contentamento!

        “Vejo que vindes de longe, estais cansados”, disse Obará depois de abraçar cada um dos seus irmãos.

        “Imagino que estais famintos.” Ordenou às mulheres da casa que trouxessem água fresca e panos limpos em grande quantidade.

        “Lavai-vos dessa poeira da estrada e depois vamos comer, vamos festejar.”

        Obará era pobre e o que tinha de comida em casa nem daria para alimentar ratos que fuçavam a despensa. Mas a alegria de ter os irmãos em casa era incontida.

        Ordenou à esposa que fosse correndo ao mercado, que tomasse dinheiro emprestado, que pedisse fiado, e que comprasse tudo o que pudesse agradar ao paladar de um príncipe faminto porém exigente.

        Coitado de Obará, ia ficar ainda mais pobre, mais endividado, mais enrascado na vida. Era assim o destino de Obará, era essa sina dos afilhados desse príncipe do destino. Perdiam tudo, mas não aprendiam nunca, sempre se metendo em novos apuros e apertos.

        E então lá foi a mulher de Obará ao mercado, de onde voltou acompanhada de muitos ajudantes carregados de cabritos, leitões e frangos.

        Traziam também balaios de inhame, feijão e farinha, potes de azeite de dendê, porções de sal, vasilhas de pimenta, postas de peixe e peneiras de camarão, garrafas de vinho, litros de cerveja.

        E o banquete que foi preparado e comida nunca mais seria esquecido por ninguém do lugar. Os príncipes comeram até se fartar, comeram bem como nunca tinham comido antes.

        Terminada a comilança, os odus despediram-se do irmão e prometeram voltar outras vezes, pois comida deliciosa e farta como aquela não havia.

        De barriga cheia como estavam então, não deram conta de levar suas desprezíveis abóboras e as largaram todas abandonadas abarrotando o quintal de Obará.

        Os príncipes partiram e Obará ficou sozinho. Sua mulher limpando os restos da principesca comilança, as abóboras abandonadas abarrotando o quintal, os credores já ameaçando bater à sua porta.

        Quando no dia seguinte todos os mercadores do lugar se recusaram a vender fiado a Obará o que quer que fosse antes que ele pagasse o que devia, faltou de novo comida na mesa de Obará.

        Conformado, ele disse à mulher: “Vamos comer abóbora”.

        Foi até o quintal onde os príncipes abandonaram as abóboras e com a faca partiu uma que lhe parecia bem madura.

        A abóbora estava recheada de pepitas de ouro!

        Obará, boquiaberto, abriu a segunda abóbora: no lugar das sementes, diamantes, enormes. A outra trazia pérolas e a seguinte, esmeraldas. Obará estava enlouquecido.

        Ele gritava, dançava, gargalhava, abraçava a mulher e ia abrindo as abóboras.

        Foi assim que Obará se transformou no mais rico dos príncipes do destino, e ele gosta muito de contar essa sua história.

        Foi assim que Obará se transformou no mais respeitado, invejado e querido de todos os viventes de sua terra, o mais desejado de todos os padrinhos.

        Todos os pais e mães querem que seus filhos tenham Obará para seu odu. Nunca mais ele foi chamado de Príncipe Infeliz.

        Pois o odu Obará é o odu da riqueza inesperada.

        Suas histórias agora falam também de prosperidade, de muito dinheiro e bem-estar material, contam de ganhos, conquistas, vitórias e finais felizes.

        Mas para alcançar tamanho sucesso, além de proteção do padrinho Obará, é preciso ter o coração bom (ou, como dizem alguns, ter o juízo um pouco mole), como tem Obará.

        Foi o próprio Obará que, com muita alegria, contou essa história na segunda reunião com Ifá, tendo sido ajudado pelo príncipe Ejiocô, que enfatizava as passagens mais interessantes. Seus irmãos permaneciam quietos e cabisbaixos enquanto Obará se divertia com a narrativa.

        Mas ao final, quando o banquete foi servido, um grande contentamento voltou a tomar conta de todos na casa celeste de Ifá.

 PRANDI, Reginaldo. Os príncipes do destino: histórias da mitologia afro-brasileira. São Paulo: Cosac Naify, 2001.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 103-6.

Entendendo o texto:

01 – Quem são as personagens do texto?

      Obará, sua mulher, os quinze irmãos de Obará, Ifá e Ejiocô.

02 – Identifique a morada de Ifá e dos Odus.

      Ifá morava no Orum, o Céu dos orixás. Os Odus viviam perto de Aiê, o mundo dos humanos.

03 – Leia outros trechos do livro Os príncipes do destino: histórias da mitologia afro-brasileira e responda às questões.

        “Na língua iorubá de nossos dezesseis príncipes havia uma palavra para se referir a eles. Eles eram chamados de odus, que poderíamos traduzir como portadores do destino. Os príncipes odus colecionavam as histórias dos que viveram em tempos passados, sendo cada um deles responsável por um determinado assunto. Assim, o odu chamado Oxé sabia todas as histórias de amor. Odi sabia as histórias que falavam de viagens, negócios e guerras. Ossá sabia tudo a respeito da vida em família e da maternidade. E assim por diante. As histórias falavam de tudo o que acontece na vida das pessoas, de aspectos positivos e negativos, pois tudo tem o seu lado bom e o seu lado ruim.”

a)   As personagens da história “O príncipe infeliz e as abóboras desprezadas” têm alguma relação com o sagrado ou fazem parte do universo das pessoas comuns, mortais? Justifique sua reposta.

Elas têm relação com o sagrado. Os príncipes do destino pertencem ao universo divino; são portadores do destino das pessoas.

“Há muito tempo, num antigo país da África, dezesseis príncipes negros trabalhavam juntos numa missão da mais alta importância para seu povo, povo que chamamos de ioruba. Seu ofício era colecionar e contar histórias.”

b)   Nesse trecho, que palavras ou expressões localizam o leitor quanto ao tempo e ao espaço da narrativa?

Tempo: “Há muito tempo”. Espaço: “num antigo país da África”.

c)   Essas expressões delimitam um espaço e um tempo precisos, determinados?

Essas expressões apenas localizam a narrativa em um tempo muito antigos, sem determina-los ou especificá-los. Esse recurso dá um caráter de atemporalidade à narrativa.

04 – Qual conflito desencadeou todos os fatos ocorridos com Obará?

      Os irmãos de Obará viajaram carregando abóboras nas costas e, mesmo estando com fome, não queriam comê-las, por não apreciarem seu sabor. Então, resolveram parar na casa de Obará para comer. Esse fato desencadeia o restante da narrativa.

05 – Explique como você caracteriza a atitude dos irmãos de Obará nos parágrafos indicados a seguir.

a)   Parágrafos 3 e 4.

Como uma atitude egoísta, de excluir o irmão.

b)   Parágrafos 6 a 10.

Foram “interesseiros”, pois só resolveram visitar Obará por estarem com fome.

06 – É possível afirmar que a atitude de Obará se opõe à de seus irmãos? Por quê? Localize no texto um trecho que comprove sua resposta e transcreva-o.

      Sim, pois mesmo não tendo sido convidado pelos irmãos para a festa de Ifá, Obará se alegra com a presença deles e se endivida para recebe-los com um banquete. “Obará era pobre [...] príncipe faminto, porém exigente.”

07 – Transcreva, agora, um trecho do texto em que o narrador interrompe o discurso, expõe suas ideias sobre a desgraça de Obará e depois retoma a narrativa.

        O mito é uma narrativa popular da tradição oral que faz parte da história cultural dos povos. Existem mitos que tentam explicar de forma simples e para o povo a criação do mundo; outros, tem como temas as divindades religiosas, o aparecimento do homem etc. Diversos povos acolheram os mitos na tentativa de dar respostas às constantes perguntas que as pessoas levantavam sobre a vida e a existência.

      Coitado de Obará, ia ficar ainda mais pobre, mais endividado, mais enrascado na vida. Era assim o destino de Obará, era essa sina dos afilhados desse príncipe do destino. Perdiam tudo, mas não aprendiam nunca, sempre se metendo em novos apuros e apertos.

        E então lá foi a mulher de Obará ao mercado, [...].”