REPORTAGEM: Terra em transe
Cristina Zahar e Cláudia Gonçalves
Tempestades no Sudeste do Brasil e na
Califórnia. Secas atípicas na Austrália e América Central. Surpresos com as
mudanças, cientistas investigam o comportamento caótico da natureza sobre o
equilíbrio do planeta e delineiam um futuro em que o descontrole climático pode
ser rotina.
Um homem está parado à janela do
apartamento. Observa o movimento. Ele transpira muito, o termômetro aponta 50
graus. Seus olhos ardem com a fumaça dos carros. Dentro ou fora do apartamento,
o ar quente é o mesmo: insuportável. Na TV, o noticiário das 20h alerta para o
calor excessivo e o aquecimento do mar. “Milhares de espécies marinhas estão
ameaçadas e o derretimento das geleiras pode inundar cidades costeiras em todo
o mundo”, diz o locutor.
A cena dá um roteiro de ficção. Mas
também pode ser premonitória, caso um coquetel perverso de alterações no clima
e na temperatura esteja mesmo – conforme alguns cientistas – conduzindo a Terra
para uma era de catástrofes cotidianas.
Entenda
El Niño
É o aquecimento anormal da superfície
das águas do oceano Pacífico, que se manifesta a cada três ou cinco anos. No
Pacífico, a massa de água quente migra para o leste rumo à América do Sul. A
movimentação acarreta uma série de tempestades tropicais desde a Indonésia até
o leste do Pacífico, altera o fluxo das correntes no oceano e modifica, em
consequência, os padrões meteorológicos do Hemisfério Norte. É responsável por
seca e aumento de chuvas em diversos pontos do mundo, nas quais mais de 1.100
pessoas morreram em 1982 e 1983, quando o fenômeno foi mais devastador. Os
danos superaram os US$ 8,5 bilhões. O nome El Niño foi usado pela primeira vez
por pescadores sul-americanos, que notaram a chegada de uma corrente oceânica
quente na época do Natal.
Entenda
efeito estufa
O efeito estufa é o aquecimento gradual
da atmosfera terrestre provocado pela queima de combustíveis fósseis (como a
gasolina e o óleo diesel, por exemplo) e a consequente liberação de gases, como
CO2, o gás carbônico, resultante da combustão. Uma vez na atmosfera, o CO2 atua
como a cobertura de uma estufa de plantas: permite a entrada do calor do sol,
mas impede que a Terra devolva este calor para o espaço. O tempo de permanência
desses gases na atmosfera é da ordem de centenas de anos. Além das indústrias e
dos carros, queimadas nas florestas também contribuem para o efeito. Se não
forem adotadas medidas de controle, haverá aumento da temperatura da Terra,
elevação do nível do mar e alteração na quantidade de chuvas.
Folha de S. Paulo. Revista da Folha, ano III,
n. 156, 16 abr. 1995.
Fonte: Livro –
Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 8ª Série – Marilda Prates – Ed. Moderna,
2005 – p. 156/7.
Entendendo o texto:
01 – “Reciclar,
racionalizar, reutilizar. Precisamos incorporar isso ao nosso cotidiano”. O que
esses verbos trazem em seu contexto?
Por quê?
Resposta pessoal
do aluno.
02 – por que dizemos que
“Deu a louca no clima”?
Porque há um
clima incerto e diferente no normal. Temos chuvas fortes, ventos, calor
intenso, frio, seca, tudo em excesso.
03 – Você conhece o
significado da palavra “transe”? Pesquise e responda, tendo em vista a manchete
Terra em transe.
Transe: momento
aflitivo. Combate, luta. Resposta pessoal do aluno.
04 – Diariamente acontecem
catástrofes climáticas. Quais seriam as razões principais?
Fenômeno El Niño; efeito estufa e outros
fenômenos.
05 – O que é El Niño? O que
ele provoca?
É o aquecimento
anormal da superfície das águas do oceano Pacífico. A movimentação acarreta uma
série de tempestades tropicais desde a Indonésia até o leste do Pacífico.
06 – Descubra a origem do
nome El Niño.
Do Menino Jesus,
porque “nasceu”, como ele, no Natal.
07 – O que significa o
efeito estufa? O que ele provoca?
É o aquecimento
gradual da atmosfera terrestre provocado pela queima de combustíveis fósseis. Provoca
a liberação de gases como CO2, o gás carbônico.
08 – O que acontecerá se
este efeito estufa não for controlado? Argumente.
Resposta pessoal do aluno.
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