Anúncio: O
que faz você feliz?
A lua, a praia, o mar
A rua, a saia, amar...
Um doce, uma dança, um beijo,
Ou é a goiabada com queijo?
Afinal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde,
Arroz com feijão, matar a saudade...
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?
Um filme, um dia, uma semana
Um bem, um biquíni, a grama...
Dormir na rede, matar a sede, ler...
Ou viver um romance? O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir à toa,
Um pássaro, ser dono do seu nariz...
Ou será um choro que te faz feliz?
A causa, a pausa, o sorvete,
Sentir o vento, esquecer o tempo,
O sal, o sol, um som
O ar, a pessoa ou o lugar?
Agora me diz,
O que faz você feliz?
(Anúncio publicitário do
Grupo Pão de Açúcar – veiculado na Revista VEJA, edição de 21 de março de
2007).
Entendendo o anúncio:
01 – Nesse texto
publicitário predomina um padrão de linguagem coloquial, no qual podem ocorrer
desvios do padrão culto da língua. Assinale a alternativa contendo desvio(s).
a)
“Ou é a goiabada com queijo”.
b)
“O aumento, a casa, o carro que você sempre
quis”.
c)
“O que faz você feliz”.
d)
“Um cafuné, café com leite, rir à toa”.
e)
“Agora me diz, o que faz você
feliz”.
02 – Podemos destacar alguns
elementos que caracterizam o texto como propaganda de uma rede de
supermercados. Assinale a alternativa que cumpre melhor esse intento.
a)
Referência explícita a produtos
industrializados, tais como “saia”, “doce”, “goiabada”, “queijo”, todos
potencialmente à venda em supermercados.
b)
Apelo à ideia de que a felicidade depende de
elementos naturais, tais como “lua”, “praia” e “mar”, aonde só se chega por
meio das relações de compra e venda da sociedade de consumo.
c)
Menção aos atos de “dormir cedo e acordar
tarde”, que evocam, por oposição e contraste, o ciclo do trabalho, base da vida
voltada para as necessidades do consumo.
d)
Citação dos sonhos, em “ou são os sonhos que
te fazem feliz?”, para simbolizar tudo aquilo que a noção do consumo leva as
pessoas a almejar.
e)
Evocação da liberdade, na figura do pássaro,
em “um pássaro, ser dono do seu nariz”, a qual sugere abandonar as limitações
das pessoas compelidas a consumir mais.
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