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quarta-feira, 12 de junho de 2019

POEMA: PRONOMINAIS - OSWALD DE ANDRADE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: Pronominais
    
          Oswald de Andrade

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

Pau-Brasil. 2. ed. São Paulo: Globo, 2003. p. 167.

Entendendo o poema:

01 – Em se tratando da gramática normativa em relação à colocação pronominal, qual foi a intenção do autor diante de sua criação?
      A intenção do autor foi de criticar as padronizações da chamada linguagem culta. Desta maneira ele utiliza-se da ironia para repudiar as ideologias concernentes à era parnasiana.  
  
02 – Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:
a)   Condenam essa regra gramatical.
b)   Acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.
c)   Criticam a presença de regras na gramática.
d)   Afirmam que não há regras para uso de pronomes.
e)   Relativizam essa regra gramatical.

03 – Identifique no poema de Oswald de Andrade um exemplo de colocação pronominal de acordo com a norma culta e outro de acordo com a língua informal. Em seguida, explique o uso desses pronomes encontrados, informando se há próclise, mesóclise ou ênclise.
      Informal: "Me dá um cigarro" utilização de próclise e que não é permitido de acordo com a gramatica brasileira por iniciar a frase com um pronome.     Formal: "Dê-me um cigarro" utilização de ênclise que está de acordo com a norma culta da gramática brasileira.

04 – Como podemos justificar o erro de colocação pronominal na poesia de Oswald de Andrade?
      O "erro" pode ser justificado de acordo com a norma gramatical de que não se pode iniciar uma frase com pronominal.

05 – Quanto à linguagem e à rima, qual é a diferença entre esse poema e os poemas “tradicionais”?
      A principal característica da poesia modernista da primeira fase foi a transgressão aos modelos de poesia da época. OSWALD DE ANDRADE propunha novos temas revolucionário a forma (rima – versos livres) – ausência de ritmo. E conteúdo para criar uma poesia genuinamente brasileira.

06 – Qual é a principal crítica do autor?
      Critica a gramática normativa (norma culta) valoriza em seus versos a fala popular, a do “bom falante”.

07 – A partir de poemas como esse, o que a primeira geração modernista propunha como mudança para a literatura em nosso país?
      Sim, a mudança era reduzir a distância entre a linguagem falada e escrita, uma as principais característica do Primeiro Tempo Modernista.

08 – Marque a alternativa incorreta em relação ao poema modernista:
a)   Exaltação do falar coloquial brasileiro.
b)   A presença do humor/ironia.
c)   A liberdade da métrica.
d)   Discriminação racial.
e)   Nacionalização da Língua Portuguesa.

09 – De acordo com o poema, o que é ser um “bom brasileiro”?
      O bom brasileiro é aquele que fala o português do Brasil, não aquele que fica “macaqueando a sintaxe lusíada”, ou seja, seguindo os padrões da gramática normativa, que não respeita a prosódia nacional.

10 – O poeta faz uma oposição entre o que “Diz a gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido” e o que “o bom negro e o bom branco / Da Nação Brasileira / Dizem todos os dias”. Linguisticamente, o que ele quer mostrar?
      O distanciamento entre a variedade padrão e a variedade popular da língua.

11 – Associe o título ao conteúdo do poema e responda: 
a)   Que regra da variedade padrão d língua o poeta põe em discussão?
A regra que proíbe o emprego do pronome oblíquo em início de frase.

b)   Oswald de Andrade fez parte do modernismo, movimento literário que, entre outras propostas, valorizava nossas tradições e costumes. Considerando-se que a construção “Dê-me um cigarro” é própria da prosódia lusitana, para o autor, o que é ser brasileiro do ponto de vista linguístico?
É seguir a prosódia brasileira, em lugar da prosódia lusitana.

12 – Que função a palavra mas tem no poema?
      A de ligar a 1ª estrofe à 2ª, estabelecendo uma ideia de oposição, de contraste.

13 – A ausência de pontuação no poema é uma das “irreverências” dos escritores modernistas. Como seria a pontuação do poema, de acordo com a variedade padrão escrita?
      Resposta pessoal do aluno.


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