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sexta-feira, 12 de abril de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: CONSTRUINDO O AUTO PERDÃO - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - SEGUNDA ORDEM - ESPÍRITOS BONS - PARA REFLEXÃO

Mensagem: Construindo o auto perdão
Redação do Momento Espírita 2.5/5 (2)


        Não há ninguém que viva as experiências terrenas sem falhas ou incorreções.
        Todos trazemos limitações pessoais, tormentos emocionais, que nos levam quase que, inevitavelmente, a cometer tropeços aqui e acolá.
        Não raro, imaginamos nossos erros como irreparáveis, de alta gravidade, clamorosos mesmo, chegando a imaginar que não merecem perdão.
        Essa é uma ideia falsa e perturbadora.
        Entender nossos equívocos dessa forma é trilhar caminho perigoso para posturas de desamor e descrença em nós mesmos, atalho fácil para novos e talvez maiores comprometimentos.
        Desde que percebemos o erro cometido, que nos damos conta da atitude indevida, permitindo-nos o arrependimento, revelamos indícios de maturidade.
        E, para que esse não permaneça vazio e sem sentido, é necessário o esforço pessoal para a reparação do mal feito.
        A partir do momento que nós resolvemos por mudar para melhor, nos reabilitarmos, damos passo importante para a construção de nosso futuro.
        Estarmos dispostos à reestruturação pessoal é fundamental.
        Somos todos filhos de Deus, que nos ama e nos espera. Assim, avancemos pelo roteiro traçado, sem culpas guardadas na alma, que para nada nos servirão.
        Se erramos, é hora de planejar novos passos para imediata reparação, sem nos alongarmos, demasiadamente, em arrependimentos que nada constroem.
        Percebamos que a treva mais densa é vencida pelo delicado raio de luz de um pirilampo.
        Assim também venceremos nossas dificuldades.
        É verdade que os desígnios de Deus são de justiça mas, também é certo que nos alcançam envoltos nas bênçãos da sua misericórdia e do seu amor.
        Ainda erraremos muito antes de acertarmos com segurança a melhor maneira de agir, nesse natural processo de auto burilamento.
        Portanto, não nos aprisionemos nos profundos poços de nossos tropeços.
        Levantemos mil vezes se assim for necessário, para mil recomeços de nossa trajetória.
        Por mais isolados que pareçamos estar, nenhum de nós caminha sozinho, abandonado pelo Pai.
        Exultemos ante os presentes divinos que nos são ofertados: o dom da vida, da saúde física, da beleza que a natureza imprime em tudo que nos cerca.
        Não há porquê invejar aqueles que já superaram as dificuldades que ainda temos a enfrentar em nosso íntimo. Eles também, tal qual agora nos ocorre, tiveram seus enfrentamentos com as próprias limitações e venceram a si mesmos.
        Ao triunfarmos das provas e expiações que nos aprimoram, seremos tal como o diamante que brilha, mas que não mais se recorda dos golpes que sofreu durante sua lapidação.
        Amemos a vida, recuperando a alegria real para que nosso sorriso seja de plenitude, superando as decepções que colecionamos de nós mesmos.
        Nem os estados d’alma em arrependimento depressivo, tampouco a leviandade da conivência com os erros cometidos.
        Que esses erros nos sirvam de lições capazes de insculpir, em nossa intimidade, as leis imortais, que nos foram reveladas pelo suave Cantor da Galileia.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 26, do
livro Seja feliz hoje, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 26.7.2017.

Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

                       Capítulo I
        SOBRE OS ESPÍRITOS
SEGUNDA ORDEM – ESPÍRITOS BONS

107 – Características gerais – Predominância do espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e sua capacidade de fazer o bem decorrem do grau que alcançaram: uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Por ainda não estarem completamente desmaterializados, conservam mais ou menos – conforme sua classe – os traços da existência corporal, seja na forma da linguagem, seja em seus costumes, nos quais se encontram inclusive algumas de suas manias; de outra forma, seriam Espíritos perfeitos.
        Compreendem Deus e o infinito, e já desfrutam da felicidade dos bons. Sentem-se felizes com o bem que fazem e com o mal que impedem. O amor que os une é, para eles, a fonte de uma felicidade inefável, que não é alterada nem pela inveja, nem pelos remorsos, tampouco por quaisquer das paixões que atormentam os Espíritos imperfeitos. Mas todos ainda têm de passar por provações, até que atinjam a perfeição absoluta.
        Enquanto Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem os que durante a vida tornam-se dignos disso, e neutralizam a infância dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles que não se comprazem nela.
        Quando encarnados, esses Espíritos são bons e benévolos aos seus semelhantes; não os movem o orgulho, nem o egoísmo, nem a ambição. Não sentem ódio, rancor, inveja ou ciúme, e fazem o bem pelo bem.
        A essa ordem pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, sob os nomes de gênios bons, gênios protetores, Espíritos do bem. Nos tempos de superstições e ignorância, foram considerados divindades benfeitoras.

        Podemos dividi-los em quatro grupos principais:

108 – Quinta classe. ESPÍRITOS BENFEITORES – Sua qualidade predominante é a bondade; têm prazer em prestar serviços aos homens e em protege-los, mas seu saber é limitado: seu progresso se realizou mais no sentido moral que no sentido intelectual.

109 – Quarta classe. ESPÍRITOS SÁBIOS – O que especialmente os distingue é a amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais que com as científicas, para as quais têm mais aptidão; no entanto, consideram a ciência apenas do ponto de vista de sua utilidade, sem nenhuma das paixões próprias dos Espíritos imperfeitos.

110 – Terceira classe. ESPÍRITOS PRUDENTES – As qualidades morais da ordem mais elevada constituem seu caráter distintivo. Sem ter conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes dá um lúcido julgamento sobre os homens e as coisas.

111 – Segunda classe. ESPÍRITO SUPERIORES – Reúnem em si a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem transpira benevolência; é sempre digna, elevada e frequentemente sublime. Sua superioridade os torna mais aptos que os outros a nos fornecer definições mais exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, nos limites do que é permitido ao homem conhecer. Comunicam-se voluntariamente com os que buscam a verdade com sinceridade, e cujas almas estão suficientemente desprendidas dos laços terrenos para compreendê-la; porém, afastam-se dos que agem por simples curiosidade ou que, por influência da matéria, se desviam da prática do bem.
        Quando, excepcionalmente, encarnam na Terra, é para cumprir uma missão de progresso, e então nos oferecem o exemplo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.

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