Política de Privacidade

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

MÚSICA: NINGUÉM = NINGUÉM - ENGENHEIROS DO HAWAII - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música: Ninguém = Ninguém

                                Engenheiros do Hawaii

Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente sinta
(Se é que sente) A mesma indiferença

Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase:
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente minta
(Descaradamente) a mesma mentira

Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais

Há pouca água e muita sede
Uma represa, um apartheid
(A vida seca, os olhos úmidos)

Entre duas pessoas
Entre quatro paredes
Tudo fica claro
Ninguém fica indiferente
Ninguém é igual a ninguém
Me assusta que justamente agora
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora

Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais, mas uns mais iguais, mas uns mais iguais
Que os outros

O que me encanta é que tanta gente
Sinta (se é que sente) ou
Minta (desesperadamente)
Da mesma forma

Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Todos iguais, todos iguais

Tão desiguais, tão desiguais
Tão desiguais, tão desiguais

Todos iguais, todos iguais.
                                            Composição: Humberto Gessinger
Entendendo a canção:
01 – Leia a estrofe com atenção:
“Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém é igual a ninguém.”

        O eu lírico do poema afirma que nada precisa ser igual, no entanto podemos perceber que quando algo ou alguém é diferente sofre com o preconceito e com a discriminação. Na sua opinião, o que realmente é importante em uma pessoa?
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Explique os versos: “Me encanta que tanta gente sinta / (se é que sente) a mesma indiferença.”
      Ele diz que a indiferença perturba, incomoda, já que provavelmente as pessoas nem sintam mesmo.

03 – Nos versos: “São tão iguais / E tão desiguais / Uns mais iguais que os outros”, percebe-se uma ironia. Qual é esta ironia?
      A ironia é dizer que uns são mais iguais a outros, pois se uns são mais, outros são menos iguais – ou mais diferentes.

04 – Nos versos: “Há pouca água e muita sede” / “(a vida seca os olhos úmidos)”, quais as figuras de linguagem que aparecem?
      “Há pouca água e muita sede” – Antítese.
      “... a vida seca os olhos úmidos” – Metáfora.

05 – No 2° verso da 4ª estrofe, o eu lírico faz uma referência ao romance “Vidas secas” de Graciliano Ramos, e um jogo de palavra entre represa e apartheid (separação). O que ele quis dizer?
      Quer dizer que tanto a represa quanto o apartheid servem para SEPARAR – água ou pessoas. E já que se fala da represa, nada como citar o romance de Graciliano Ramos (Vidas Secas) como fonte de tristeza, que umedece os olhos – o que umedece os olhos numa vida seca.

06 – Em que estrofe o eu lírico ironiza o comportamento dissimulado do ser humano, em relação ao preconceito e a discriminação?
      Na 9ª estrofe: “Tão desiguais, tão desiguais / Tão desiguais, tão desiguais”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário