Política de Privacidade

sábado, 13 de outubro de 2018

FÁBULA: O MORCEGO - WILLIAN BENNETT - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O MORCEGO
              Willian Bennett


     Era uma vez uma guerra entre pássaros e feras. O morcego estava do lado dos pássaros. Mas na primeira batalha os pássaros foram severamente espancados. Ao constatar que as coisas estavam indo contra ele, o morcego saiu de fininho e se escondeu debaixo de uma tora, e lá ficou até terminar a briga.
  Quando as vitoriosas bestas estavam indo para casa, ele se meteu no meio delas. Após terem caminhado por um tempo, as feras notaram sua presença e disseram:
        -- Espere um minuto. Você não é um dos que lutou contra nós?
        O morcego respondeu:
        -- Oh, não! Eu sou um de vocês. Não pertenço ao grupo dos pássaros. Vocês não estão vendo minhas orelhas e garras? E olhem os meus dentes. Vocês já viram algum pássaro com caninos como os meus? Claro que não. Não, eu faço parte do grupo das bestas.
        Elas nada disseram e deixaram o morcego ficar.
        Logo depois houve uma nova batalha, e desta vez os pássaros venceram. Assim que percebeu a derrota do seu lado, o morcego saiu de fininho e se escondeu debaixo de uma tora. Quando a batalha terminou e os pássaros foram para casa, o morcego foi com eles.
        Ao notarem sua presença, os pássaros disseram:
        -- Você é nosso inimigo. Nós o vimos lutando contra nós.
        E o morcego respondeu:
        -- Oh, não. Eu pertenço ao seu grupo e não ao outro. Você já viu alguma besta com asas?
        Eles nada disseram e o deixaram ficar.
        Então o morcego ficou indo de um lado para o outro enquanto durou a guerra.
        Mas, finalmente, cansados de lutar, os pássaros e feras decidiram fazer as pazes. Organizaram um conselho para decidir o que fazer com o morcego.
        -- Você lutou com os pássaros, então vá viver entre eles – exclamaram as bestas.
        -- Nós não o queremos! – gritaram os pássaros. – Você lutou com as bestas. Vá viver entre elas.
        Ficou decidido que eles o excluiriam, e disseram-lhe:
        -- De agora em diante, você voará sozinho à noite e não terá amigos dentre os que voam ou os que andam.
        Por isso agora o morcego se esconde no escuro e vive nas cavernas sem luz. Ele voa como os pássaros, mas nunca pousa no topo das árvores. Ninguém procura saber que tipo de criatura ele é.
        Moral da história: O oportunista nem sempre se dá bem.

BENNETT, Willian J. O livro das virtudes II – O compasso moral.
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1995. p. 559-60.
Entendendo o conto:
01 – O texto lido é uma fábula. Que características apresenta esse tipo de narrativa?
      O diálogo falado entre animais.

02 – “... o morcego saiu de fininho e se escondeu debaixo de uma tora.” Essa atitude revela covardia. Por quê?
      Sim. Porque na hora que precisavam da tua ajuda, ele abandonou-o.

03 – Essa fábula trata principalmente de uma atitude humana. Qual?
      Sim. A covardia, a falta de companheirismo.

04 – A frase final do texto – “Ninguém procura sabe que tipo de criatura ele é.” – é verdadeira? Justifique sua resposta.
      Sim. Porque é uma criatura em que não se pode confiar.

05 – Indivíduo responsável é aquele que responde pelos seus atos. O morcego da história foi responsável? Explique.
      Não. Porque ele não assumiu as decisões que ele tomou.

06 – Na sua opinião, a lealdade deve existir apenas entre companheiros ou vai além disso? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Que animal é considerado como símbolo da lealdade?
      É o cachorro.

08 – Na frase: “Quando as vitoriosas bestas estavam indo para casa, ele se meteu no meio delas.” Qual é, nesse texto, o significado do termo destacado?
      São as mulas, ou seja, as fêmeas do burro.

09 – Você concorda com a moral da história? Caso não crie uma nova moral.
      Resposta pessoal do aluno.






Nenhum comentário:

Postar um comentário