Crônica: A pequena autoridade
Ao querer estacionar em local reservado
ao portador de deficiência física, num shopping center de Florianópolis, fui
interrompido por um agudo apito.
– Não pode parar aí não! – esbravejou
um dos guardas do shopping, do alto do pedestal de sua “pequena autoridade”.
– Desculpe, mas não estou entendendo –
reagi.
– Não tem o que entender. Só não pode
estacionar aí. Não tá vendo que tem um monte de vagas?
– Mas a placa… – iniciei, tentando
explicar que estava justamente parando na vaga para portadores de deficiência
física.
– É! Justo pela placa – cortou seco.
– Pois a placa…
– A placa indica que aqui não pode
parar carro não. Não sabe de trânsito? – disse, quase gritando.
– Mas…
– Sem mas! – cortou o guarda, num
grito. – Tira logo o carro! Não vê o desenho da placa? Aqui é lugar de parar só
as bicicletas…
A crônica é de autoria do
jornalista Chiko Kuneski, portador de necessidades especiais, e pode ser
encontrada no livro “D’vagar si não Aleija” (Insular,
2001).
Entendendo a crônica:
01 – Quais são os personagens?
O narrador-personagem e o guarda.
02 – Qual a temática do texto?
Fala de um
deficiente físico querendo estacionar na vaga reservada para os deficientes.
03 – Qual o local que a
história aconteceu?
Num Shopping Center de Florianópolis.
04 – Quando o narrador
estaciona na vaga reservado, ele ouve um apito. O que lhe disseram?
“—Não pode parar aí não!”
05 – Por que o guarda
continuou discutindo com o narrador?
Porque ele achou
que era uma pessoa normal.
06 – Na frase: “A placa
indica que aqui não pode parar carro não. Não sabe de trânsito? Quem disse essa
frase? Por quê?
Foi o guarda.
Porque a vaga era pra deficiente físico.
07 – Você concorda com a
atitude do guarda? Explique.
Resposta pessoal
do aluno.
08 – Quem é o autor da
crônica? Ele possui alguma deficiência?
Chico Kuneski. Ele é portador de
necessidades especiais.
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