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sábado, 11 de agosto de 2018

POEMA SOLIDÃO - CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

Poema: Solidão
          Cecília Meireles


Imensas noites de inverno,
com frias montanhas mudas,
e o mar negro, mais eterno,
mais terrível, mais profundo.

Este rugido das águas
é uma tristeza sem forma:
sobe rochas, desde fráguas,
vem para o mundo e retorna...

E a névoa desmancha os astros,
e o vento gira as areias:
nem pelo chão ficam rastros
nem, pelo silêncio, estrelas.
                                                                  Cecília Meireles.
Entendendo o poema:

01 – Como o eu lírico retrata a própria solidão?
      Retrata como imensas noites de inverno com frias montanhas mudas, e o mar negro, mais eterno, mais terrível, mais profundo.

02 – Nos versos: “...mais eterno, mais terrível, mais profundo.”, o eu poético repete o “mais” para enfatizar e tornar mais expressiva a mensagem. Que figura de linguagem é esta?
      Anáfora.

03 – Transcreva o verso da segunda estrofe que tem uma conjunção aditiva.
      “... vem para o mundo e retorna...”

04 – Nos versos da 2ª estrofe há a ausência de conjunções. Que figura sintática é esta?
      Assíndeto.

05 – Como as pessoas percebem que estão sofrendo de solidão?
      Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu desabasse sobre sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo.


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