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sexta-feira, 6 de julho de 2018

TEXTO: "NOSSO CHÃO, NOSSA GENTE" - JORNAL MEIO NORTE - COM GABARITO


Texto: Nosso Chão, Nossa Gente”
          Com a mão na massa, pela Solidariedade

        Os adolescentes de Teresina e também do interior do Estado deram exemplo de cidadania ao se engajarem na campanha “Nosso Chão, Nossa Gente”, iniciada pelo Sistema Meio Norte.

             Eu faço a minha parte!
        Não são calango, cacto e farinha os únicos alimentos do povo que passa fome por causa da seca na região Nordeste. Na falta de comida, qualquer que seja, é o próprio organismo que serve de alimento. A situação chega a ficar trágica, pois as reservas energéticas do corpo somem e as pessoas, também. Depois das denúncias dos meios de comunicação, muitas campanhas estão tentando sanar, pelo menos temporariamente, a fome dessa gente. Não só os adultos estão se preocupando. Os adolescentes tomaram consciência do seu dever de ajudar e entraram na luta.
        A maior prova da sensibilidade do jovem foi a sua grande participação na campanha “Nosso Chão, Nossa Gente. O Piauí contra a fome”, idealizada pelo Sistema Meio Norte. De todos os cantos da cidade, centenas de adolescentes resolveram se empenhar e fazer parte da corrente de solidariedade, que também atingiu, de forma marcante, as outras áreas da sociedade.
       Para Saulo Marinho Costa, de 14 anos, a iniciativa de ajudar as pessoas através de campanhas é louvável, mas já deveria ter acontecido há muitos e muitos anos. “Somente agora a gente vê todo o país se mobilizando, mas o problema da seca é bem antigo. Mesmo assim, está sendo uma maravilha ver todos ajudando”, afirma Saulo, acrescentando que fez questão de participar e fazer a sua doação.
        Com apenas 15 anos, o estudante do primeiro ano do 2° grau Bruno Costa é exemplo de adolescente integrado com os problemas sociais. Depois de ver o exemplo do colégio da irmã, o Gradus, que promoveu uma campanha interna para arrecadação de alimentos para doar a “Nosso Chão, Nossa Gente”, ele resolveu discutir com o diretor de sua escola, o Dom Barreto, a possibilidade de também realizar algo parecido.
        Bruno afirma que o apoio para as pessoas que passam fome não está vindo de cima para baixo, ou seja, do governo para a população. Graças a essa falha, ele diz que é papel da sociedade estar totalmente integrada e ajudar cada vez mais. “A população tem que se mobilizar e reagir, já que cobrar no Brasil não adianta nada, não é? Por isso, quem tem que fazer alguma coisa somos nós”, argumenta.
        Para Bruno, é um erro comum dos brasileiros colocar a culpa de todos os seus problemas apenas no governo. Na sua opinião, a sociedade não é representada pelos políticos e sim, pelas próprias pessoas que a integram. “Se no nosso país eles não tomam a iniciativa, somos nós que temos que encabeçar campanhas e tentar ajudar uns aos outros”, diz.
        A participação dos jovens é destacada por Bruno, como sendo da maior importância, não só para tentar solucionar esse, como outros problemas. “O jovem tem que se preocupar e estar consciente porque a fome deve ser ruim. Não posso descrever direito pois nunca senti, mas suponho a sua crueldade. Eu faço questão de sempre colaborar porque sei que os adultos já estão completamente entregues ao capitalismo e não têm muito tempo para se preocupar com as necessidades dos outros”, afirma contundente.

          FLAGA!
        Estudante vestem a camisa da campanha e mobilizam o colégio inteiro para arrecadar alimentos, roupas e medicamentos para os que passam necessidades no interior do Piauí. Durante o dia de solidariedade, no sábado passado, vários carros como esses chegaram ao Auditório Carlos Jansen carregados de donativos conseguidos através da mobilização teen.

                                                          Jornal Meio Norte (Teresina/PI).
                                                     Caderno For Teens, 21 maio 1998.
Entendendo o texto:
01 – Você já ouviu falar no programa do governo federal chamado FOME ZERO? Que relação você percebe entre o texto lido e o Fome Zero?
      Resposta pessoal do aluno.

02 – O que significa “mobilização teen”?
      Mobilização dos jovens. Teen: terminação, em inglês, dos números entre treze e dezenove.

03 – Qual o sentido do subtítulo “Com a mão na massa”?
      Entrando em ação, participando, agindo.

04 – Reescreva a frase “Eu faço a minha parte”, substituindo o pronome eu por “Cada um” e fazendo as devidas concordâncias.
      Cada uma faz a sua parte.

05 – Qual das opiniões emitidas pelos jovens piauienses mais o impressionou? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Reescreva a frase a seguir, substituindo o sujeito “Os adolescentes” pelo pronome “nós”, fazendo as concordâncias necessárias:
“Os adolescentes de Teresina deram exemplo de cidadania ao se engajarem na campanha.”
      Nós de Teresina demos o exemplo de cidadania ao nos engajarmos na campanha.

07 – Reescreva a frase usando o pretérito perfeito e depois o futuro do indicativo:
“Eu faço a minha parte!”
      Eu fiz a minha parte!
      Eu farei a minha parte!

08 – Reescreva a frase, colocando “comida” no plural e fazendo as concordâncias:
“Na falta de comida, qualquer que seja, é o próprio organismo que serve de alimento.”
      Na falta de comidas, quaisquer que sejam, é o próprio organismo que serve de alimento.

09 – Reescreva a frase, usando o pronome “nós” como sujeito e fazendo as concordâncias:
“Não posso descrever a fome, pois nunca senti, mas suponho a sua crueldade.”
      Não podemos descrever a fome, pois nunca sentimos, mas supomos a sua crueldade.



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