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sexta-feira, 27 de julho de 2018

POEMA: SONETO 11 - LUÍS VAZ DE CAMÕES - COM GABARITO

Poema: SONETO 11
         Luiz Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
                                                        
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o amor?
                                                                          Luís Vaz de Camões.

Entendendo o poema:

01 – Nesse poema Camões fornece diversas definições para “amor”. Cite-as.
      Para Camões o amor é fogo, é ferida, é contentamento, é dor. Mas sempre procurando conceituar a natureza contraditória do amor. Por meio da razão, buscou analisar um sentimento vago, imensurável. Não havendo como separar o que sentia do que pensava, por serem movimentos antagônicos, o texto resulta em contradições e paradoxos.

02 – Você concorda com alguma dessas definições? Qual(is) e por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – No primeiro verso, o poeta diz que o “Amor é fogo que arde sem se ver”. Explique o porquê?
      Para o poeta o amor é como o fogo, forte, devastador, intenso. Mas por ser um sentimento, não o vemos, é algo interior, apenas sentimos.

04 – Explique o verso: “É um solitário andar por entre a gente”.
      Trata-se de mais um verso contraditório do poeta, que mesmo estando entre várias pessoas sente-se sozinho.

05 – De acordo com sua leitura e interpretação, como o autor entende o amor? Justifique sua resposta com passagens o texto.

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Que tipo de amor o poeta está cantando, amor físico ou idealizado?
      Amor idealizado.

07 – O que vem a ser amor idealizado?
      É um amor muito planejado pela pessoa, na maioria das vezes todo perfeitinho, e que geralmente está longe de ser um amor real.

08 – O texto se apresenta em que gênero?
      Apresenta no gênero lírico.   

09 – Analise as afirmativas a seguir:
I – O poema explora o recurso da conotação. 
II – É possível perceber a intertextualidade no texto. 
III – Esse poema retrata uma época específica.
        É correto o que se afirma em:
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) apenas II e III.

10 – De acordo com o poema, qual é a palavra que inicia e termina o poema?
      A palavra é Amor.

11 – No verso: “É ferida que dói e não se sente”, qual é a parte que representa:
·        Exteriormente: “É ferida que dói.”
·        Interiormente: “E não se sente”.

12 – Como é formado este poema?
      É formado por dois quartetos e dois tercetos.

13 – Qual é o tipo de linguagem utilizado no poema?
      Linguagem antítese.

14 – Quanto a sua forma, o poema de Luís Vaz de Camões, é:
a)   Um soneto.
b)   Uma elegia.
c)   Um madrigal.
d)   Uma écloga.
e)   Uma ode.





14 comentários:

  1. Gostei dessa interpretação. Bem clara e objetiva para os alunos.

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  2. Quais figuras de linguagem e usada ?
    E quais são significados delas?

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  3. Quais são as figuras de linguagem utilizadas no texto?

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  4. Quais são as figuras de linguagem utilizadas no texto?

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  5. Quais palavras do texto não expressam sentido literal ( sentido real)

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  6. Como é formado este poema (quantos quartetos e quantos tercetos)? *

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    1. A estrutura do poema chama-se Soneto e ele é composto por dois quartetos e dois tercetos, isto é, duas estrofes de quatro versos e duas estrofes de três versos, totalizando quatorzes versos, formados por versos decassíbos, isto é, dez sílabas poéticas, chamada de medida nova.

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