Política de Privacidade

segunda-feira, 4 de junho de 2018

TEXTO: AS ENCHENTES DE MINHA INFÂNCIA - RUBEM BRAGA - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


Texto: As enchentes de minha infância

      Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
      Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara à enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
        Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.


Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. 3. Ed. Rio de Janeiro:
Ed. Do Autor, 1962. P. 157.

Entendendo o texto:

01– A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” é:
a) Às vezes chegava alguém...
b) E às vezes o rio atravessava a rua...
c) E se tomava café tarde da noite!
d) Isso para nós era uma festa...

02 – Como era sua casa?
      Era uma casa muito bonita, verde e tinha uma tamareira junto a varanda.

03 – Por que as casas dos vizinhos de frente enchia d’água?
      Porque as casas fazia fundo com o rio. E quando chovia o rio enchia e a água invadia suas casas.

04 – De acordo com o texto; o que acontecia quando as casas dos vizinhos enchia d’água?
      Os vizinhos ficavam com medo e vinham dormir em sua casa.

05 – Por que os meninos ficavam tristes quando o dia clareava?
      Porque eles iam correndo ver a enchente do rio, chegando lá o rio já tinha baixado. Eles achavam uma traição e fraqueza do rio Itapemirim.





9 comentários:

  1. Diga com suas próprias palavras o que você entendeu do texto.as enchente são descritas sob o ponto de vista de um adulto ou adolescente

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. São descritos sob o ponto de vista de um adulto, conforme a seguinte frase"...E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, OS MENINOS, torcíamos para ele subir mais e mais.
      Um abraço,
      Profa. Jaqueline

      Excluir
  2. DEVIDO AS FORTE ENCHENTES EM MINAS,GOSTARIA DE MAIS SUGESTO~ES SOBRE TEXTO E ATIVIDADES SOBRE ESSE ASSUNTO.

    ResponderExcluir
  3. Quais os advérbios presente nesse texto aí?

    ResponderExcluir
  4. A resposta certa da questão 01 é: Isso para nós era uma festa...

    ResponderExcluir
  5. fiquei em dúvida na questão 1
    a resposta D ...caberia também?)

    ResponderExcluir
  6. Profa. Jaqueline, boa noite. Na minha edição de Ai de ti Copacabana (11ª ed) não encontro essa crônica. Você pode me confirmar a edição que você consultou?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      A Fonte que mais pesquiso e posto é o livro didático. Provavelmente porque aqui é 3ª Edição, e a que você tem é 11ª.
      Não tenho o livro para consultar, infelizmente. Me coloco sempre a disposição.

      Excluir