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quarta-feira, 16 de maio de 2018

POESIA: RECORDA AINDA - MARIO QUINTANA - COM GABARITO


Poesia: RECORDA AINDA – GÊNERO LITERÁRIO – DRAMÁTICO
             MÁRIO QUINTANA



Recordo ainda... E nada mais me importa
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta....

Mas veio um vento de desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...


Estrada afora após segui... Mas ai,
Embora idade e senso que aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:

Eu quero meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai...
Que envelheceu, um dia, de repente! ...

                                         QUINTANA, Mário. Poesias. Porto Alegre:
                                                                            Globo, 1962, p. 7-8.

 Entendendo a poesia:

01 – Analisando-se comparativamente o texto I e o texto II, podemos afirmar:
     a) Ambos os textos fazem uso do mesmo nível de fala e há neles o predomínio da linguagem artística, literária.
     b) Ambos os textos tratam do mesmo assunto, mas nenhum deles faz referência ao enfoque do retorno temporal.
     c) Os textos I e II utilizam-se, rigorosamente, das mesmas formas de linguagem no ato da comunicação.
     d)  Enquanto o texto I faz a abordagem do tema subjetivamente, o texto II pontifica o tratamento objetivo.

02 – Sobre a comunicação do texto I, podemos afirmar:
     a) A atitude do eu lírico é de pessimismo melancólico.
     b) A utilização do termo interjetivo no primeiro terceto é mero adorno formal.
     c) O primeiro terceto traduz a ideia de dor pela infância perdida.
     d) O querer os brinquedos novamente funciona como senso irônico.

03 – Na mensagem do texto, percebemos um clima de desengano que toma conta do eu-lírico em função do seu distanciamento da infância. A propósito, que palavras apontam esse desengano no poema? Assinale-as:
     a) Mansa / torta / morta / brinquedos.
     b) Noite / mansa / morta / luz.
     c) Criança / brinquedo / luz / lembrança.
     d) Desesperança / cinzas / noite / morta.

04 – O par de versos do texto I que comprova a ideia contida em um velho com alma de menino, ajustado plenamente à mensagem do poema, é:
     a) “Recordo ainda...  E nada mais me importa
      Aqueles dias de uma luz tão mansa...”
     b) “Mas veio um vento de Desesperança
      Soprando cinzas pela noite morta!”
     c) “Embora idade e senso eu aparente,
      Eu quero meus brinquedos novamente!”
     d) “E eu pendurei na galharia torta
     Todos os meus brinquedos de criança...”






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