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quarta-feira, 2 de maio de 2018

CONTO: ESCRITORA FAZ CARTAS VIRTUAIS PARA AMIGOS E DESCONHECIDOS - ELISA MOTTA -COM GABARITO

Conto: Escritora faz cartas virtuais para amigos e desconhecidos


      Começou com um hobbie para ajudar os amigos, hoje, Elisa Motta já publicou mais de 90 cartas abertas em sua plataforma digital
    “Escrevo desde criança. Meu avô, Hildebrando Afonso de André, era professor de português e me inspirou a começar. Textos, cartinhas para amigos, familiares... A escrita, para mim, sempre foi a forma mais verdadeira de se expressar”, explica Elisa de André Motta, paulista de 32 anos que escreve cartas como hobbie. Formada em Publicidade e Propaganda e Administração de Empresas, Elisa trabalhava com as palavras, mas sempre no intuito de vender alguma coisa. “Queria algo mais verdadeiro e menos marqueteiro, aquilo não era bem o que eu queria fazer”, conta ela.
        Empreendedora, Elisa decidiu lançar o próprio projeto digital na plataforma medium, onde lançou seus primeiros textos que, segundo a autora, eram uma grande vazão dos seus sentimentos. Um dia, uma grande amiga veio até Elisa e disse que não estava bem. “Foi quando eu fiz uma carta para ela, e ela me respondeu que era exatamente aquilo que ela precisava ouvir. Percebi que queria escrever para os outros, e não só para mim”, conta. Elisa postou a carta no Facebook e perguntou se alguém mais gostaria de receber. Na hora, 30 pessoas comentaram pedindo para receber cartas também. “Fui escrevendo, postando e marcando os endereçados, que iam compartilhando a carta que recebia. Quando vi, tinha gente que eu nunca tinha visto antes pedindo para receber uma carta minha”, rememora.
        Pedidos por inbox também pipocaram: alguns tinham vergonha de pedir a carta publicamente. “Percebi como algumas tinham medo do que pudesse vir escrito na carta, ao mesmo tempo em que queriam recebê-la. Esse é um hábito que não morreu, apenas se modificou um pouco com a tecnologia”, comenta ela. Elisa sentiu-se desafiada ao escrever para desconhecidos, mas descobriu que não havia dificuldade: a autora conta um pouco de si, do momento que está passando, abre sua vulnerabilidade e não economiza na poesia. “Quero que o destinatário se lembre do quanto é importante e de como ele tem valor. A carta é um afago”, completa. A autora já escreveu mais de 90 cartas abertas em sua plataforma.

                                 ELISA MOTTA
Entendendo o conto:

01 – O assunto do texto é:
a) a publicação de cartas virtuais por Elisa Motta.
b) a escrita de cartas na era tecnológica.
c) os sentimentos despertados pela leitura de uma carta.
d) a relação de Elisa Motta com a escrita.

02 – Por que Elisa Motta decidiu escrever cartas abertas em sua plataforma digital?
      Porque, certo dia, uma amiga lhe disse que não estava bem. Diante disso, Elisa resolveu escrever uma carta para ela, que se sentiu acalentada. O interesse pelas cartas cresceu pelas redes sociais. Com isso, Elisa Motta já escreveu inúmeras cartas em uma plataforma digital.

03 – Identifique a finalidade do texto lido:
      O texto tem a finalidade de divulgar o trabalho, desenvolvido por Elisa Motta, que consiste na escrita de cartas virtuais, dirigidas a familiares e a desconhecidos.

04 – Em “Elisa sentiu-se desafiada ao escrever para desconhecidos, mas descobriu que não havia dificuldade [...]”, a conjunção grifada estabelece entre as orações a relação de:
      Oposição / adversidade.

05 – As aspas foram empregadas para sinalizar:
a) os comentários de quem escreveu o texto.
b) as ideias mais importantes.
c) a transcrição das falas da escritora entrevistada.
d) os trechos escritos na 1ª pessoa do singular.

06 – No segmento “[...] Elisa trabalhava com as palavras, mas sempre no intuito de vender alguma coisa.”, o verbo em destaque exprime um fato que:
a) poderia acontecer.
b) está em realização no passado.
c) já ocorreu.
d) está acontecendo.

07 – Em todas as passagens, o termo sublinhado indica a ideia de tempo, exceto em:
a) “Escrevo desde criança.”
b) “A escrita, para mim, sempre foi a forma mais verdadeira de se expressar”.
c) “[...] aquilo não era bem o que eu queria fazer”.
d) “Quando vi, tinha gente que eu nunca tinha visto antes pedindo para receber [...].


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