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domingo, 1 de abril de 2018

TEXTO: TRECHO DE ENTREVISTA - DRÁUZIO VARELA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


TEXTO: TRECHO DE ENTREVISTA FEITA POR DRAUZIO VARELA, EM 13/10/2011, À DRª JÚLIA GREVE, MÉDICA E FISIATRA DO INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DA USP

     Drauzio- em países com leis rígidas em relação ao álcool, nota-se que a população leva isso muito a sério. Numa festa, os que vão dirigir na volta para casa não experimentam uma gota sequer de bebida alcoólica. No Brasil, ao contrário, no que se refere ao uso do álcool, as restrições existentes para as pessoas que vão pegar num volante são logo desrespeitadas e elas voltam a dirigir embriagadas. 
        Julia Greve – O Código de Trânsito promulgado em 1997 prevê penas severas para o motorista que dirige embriagado. Ele perde a carteira de motorista e responderá a processos se for apanhado dirigindo bêbado. No entanto, como costuma acontecer em nosso país, não há fiscalização efetiva sobre os transgressores. Parece não existir, ainda, por parte das autoridades e dos cidadãos, a preocupação com o fato de que o álcool é a grande causa de morte no trânsito, e isso impede a adoção de medidas efetivas para resolver o problema. 
         Num primeiro momento, policiamento e repressão forte é o que resolve. Claro que programas educativos são importantes. No Japão, se o indivíduo for apanhado dirigindo embriagado, as sanções são pesadas. Ele perde a carteira e vai preso. Mesmo nos Estados Unidos ou na Alemanha, país em que as pessoas ingerem habitualmente mais álcool, nota-se um comportamento mais responsável em quem bebe e pretende dirigir. É uma questão de postura social. O brasileiro é mais permissivo e não demonstra estar preocupado o bastante quanto à educação dos filhos no que se refere ao álcool. 
         Quem já não escutou – “Bebe um pouquinho. Tudo bem. Um pouco só dá para dirigir”. Na verdade, não é bem assim. Mesmo bebendo pouco e a coordenação motora não estando seriamente comprometida, a euforia provocada pela bebida pode ser tão perigosa quanto não conseguir manobrar o volante com destreza.

Entendendo o texto:
01 – Na argumentação, a médica se valeu da seguinte estratégia:
       a) autoridade de conhecimento;       
       b) relato de fatos;
       c) exemplificação comparativa;
       d) dados estatísticos.
       e) relação de causa e efeito.

02 – Marque a passagem em que a entrevistada não se atém apenas ao fato, mas à avaliação dele:
       a) “O Código de Trânsito promulgado em 1997 prevê penas severas para o motorista que dirige embriagado.”
       b) “No entanto, como costuma acontecer em nosso país, não há fiscalização efetiva sobre os transgressores.”
       c) “Num primeiro momento, policiamento e repressão forte é o que resolve.”
       d) “Claro que programas educativos são importantes.”
       e) “O brasileiro é mais permissivo e não demonstra estar preocupado o bastante quanto à educação dos filhos no que se refere ao álcool.”

03 – A palavra “álcool”:
       a) é acentuada pelo mesmo motivo que imóvel;
       b) mantém-se acentuada no plural pelo mesmo motivo que no singular;
       c) mantém-se acentuada no plural por se tornar oxítona;
      d) não é acentuada no plural;
       e) no plural, sofre mudança na prosódia, sendo acentuado por outro motivo.

04 – A palavra “problema” se refere:
       a) à perda da carteira de motorista;
       b) a dirigir embriagado;
       c) à falta de fiscalização;
       d) ao álcool como grande causa de morte no trânsito;
       e) à irresponsabilidade de muitos cidadãos.

05 – “Em países com leis rígidas em relação ao álcool, nota-se que a população leva isso muito a sério. Numa festa, os que vão dirigir na volta para casa não experimentam uma gota sequer de bebida alcoólica.” A ausência de vírgulas isolando a expressão em destaque:
       a) deve-se ao fato de seu emprego ser facultativo;
       b) faz-se necessária em função da clareza do enunciado;
       c) está correta, pois a expressão faz parte do sujeito da oração;
       d) imprime celeridade ao texto;
       e) não está correta, já que se trata de um adjunto adverbial deslocado.

06 – Na fala de Drauzio, a palavra “que”:
       a) é pronome relativo nas quatro ocorrências;
       b) é conjunção integrante na primeira e terceira ocorrências;
       c) só não é pronome relativo na primeira ocorrência;
       d) é pronome relativo apenas na última ocorrência;
       e) é conjunção integrante na terceira ocorrência.

07 – “No Japão, se o indivíduo for apanhado dirigindo embriagado, as sanções são pesadas.” Marque a alternativa em que a reescrita do trecho não altera a sua estrutura sintático-semântica;
       a) Se apanharem o indivíduo no Japão, dirigindo embriagado, as sanções são pesadas.
      b) Se o indivíduo for apanhado dirigindo embriagado no Japão, as sanções são pesadas.
    c) Se o indivíduo for apanhado dirigindo embriagado, as sanções japonesas são pesadas.
       d) Se o indivíduo japonês for apanhado dirigindo embriagado, as sanções são pesadas.
       e) Se apanharem o indivíduo embriagado dirigindo no Japão, as sanções são pesadas.

08 – Marque o trecho em que as partes unidas pela conjunção “e” podem ser invertidas sem prejuízo da lógica original:
       a) “Ele perde a carteira e vai preso”
       b) “...as restrições existentes para as pessoas que vão pegar num volante são logo desrespeitadas elas voltam a dirigir embriagadas.”
       c) “Parece não existir, ainda, por parte das autoridades e dos cidadãos...”
    d) “Mesmo bebendo pouco e a coordenação motora não estando seriamente comprometida...”
  e) “...nota-se um comportamento mais responsável em quem bebe pretende dirigir.”


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